A lua sorri, continuando o que começou. Aren e Enril gritam a plenos pulmões, sentindo como se ela os estivesse partindo em dois. Lágrimas grossas rolam por suas bochechas, sem parar. Quando a extração é concluída, seus filhos desmaiam, enquanto a antiga Lua segura as almas dos Arcontes em suas mãos trêmulas, emitindo uma luz suave e brilhante. Sua expressão reflete uma mistura de dor e resignação, mas também de determinação.—Perdoe-me, meus filhos, perdoe-me— ela murmura, —é a única maneira de protegê-los.—Vamos lá, coloque-a em nós! —pede o Ancião, avançando em direção à lua, que abre os braços e começa a deixar seu corpo e a se fundir com as almas de seus filhos.—Pare-a, pare-a, pare-a! —comanda o Ancient Major, mas é tarde demais, ela se ergue em sua forma etérea e os encara.—Vocês nunca terão o poder milenar do Arconte Maior! Nunca! Com um olhar penetrante para seus filhos, a antiga Lua parte, levando consigo as almas dos Arcontes de seus filhos, deixando-os apenas licantr
Gil se aproxima de Aren, que, embora tenha se tornado um Arconte, ainda não acordou. Por indicação de Serafim, ela coloca sua testa sobre a de sua metade, invoca o Arconte Maior que imediatamente se levanta envolto em uma poderosa aura dourada. Ele olha para a enormidade em que Enril se transformou e lhe lança um raio que imediatamente o transforma na semelhança do humano e eles sorriem felizes, fundindo-se em um abraço como se há muito tempo não se vissem.—Seu irmão mais novo o cumprimenta, irmão mais velho— diz o Arconte de Enril e se curva diante dele.—Eu o saúdo, irmão mais novo, é um prazer finalmente estar completo. Senhor mestre, continue— diz o Arconte Maior dirigindo-se a Serafim, que está muito surpreso por ter sido nomeado por ele como um beta e se curva diante de Aren em sinal de profundo respeito.O poder dos Arcontes e as energias mágicas fluem em harmonia com as de Gil, criando um vínculo único com o mundo espiritual elementar. Ela sorri de espanto com o que está vive
Depois que Oto deixa a sala do trono, seguido por Gil e Leia, a jovem Luna se volta para Enril. Ela está realmente desesperada porque está cada vez mais longe de seu objetivo, o de pertencer a essa alcateia e se apoderar dos grandes poderes que eles possuem, bem como da chave, mesmo que ela abra a porta da cidade celestial que seu pai tanto deseja. Ele olha para Beta Enril, que sorri ao ver que Leia piscou para ele e pediu que se apressasse, que ela estava esperando que ele continuasse com o encontro e mais um pouco. Se o alfa não serve, ela vai se contentar com o beta, diz a si mesma. Então, ela decide falar com a bruxa por meio do link.—Faça do beta a minha metade! —ordena a bruxa.—Não posso fazer isso, Srta. Luna. A força espiritual que eu sentia se foi junto com a outra que você conhece— respondeu a bruxa.—Faça isso! —Luna insiste.—Por que você não usa sua beleza?— sugere a bruxa. — Ele nunca teve uma namorada. Ele é inexperiente nisso, e nenhum lobo consegue resistir a voc
Foi então que ele percebeu o que estava acontecendo e se afastou da comitiva de Nanutet, aproximando-se de Leia.—Muito bem, senhores. Por enquanto, não posso esperar mais. Leia, acompanhe-os até o portão sul— anunciou Enril.—Mas... Mas, Beta Enril, você não ia nos convidar para ficar aqui na sua matilha por um tempo? —Luna perguntou, surpresa. Ela estava acostumada a que todos os homens caíssem em seus encantos, e essa era a segunda vez que alguém interrompia e quebrava seu poder e encanto sobre eles. Primeiro foi a humana tola que abraçou o lobo do Alfa Amaldiçoado, e agora essa serva.—Isso é proibido pela Alpha Aren— respondeu Leia em vez de Enril, com um tom seco e hostil. —Por favor, venha comigo— acrescentou com um gesto ameaçador ao se aproximar de Luna. Enril conhecia Leia muito bem, eles haviam crescido juntos, e ele sabia que ela estava prestes a explodir, não apenas contra Luna, mas também contra ele. Por esse motivo, ele decidiu voltar à sua cadeira e falar seriament
O Arconte de Enril gentilmente solta a jovem Luna, pois com seu toque ele conseguiu provar que suas suspeitas eram verdadeiras, que através dela há outra pessoa. E ele está impressionado em saber quem é, por isso se afasta imediatamente. Ele faz uma reverência de despedida, sinaliza para que Leia o siga e para que os outros guardas os acompanhem até a porta. Ao sair, Serafim, que havia desaparecido, o chama com urgência, pega Leia e aparece no quarto da ala de sua mãe, para ver Aren quase desmaiando. Serafim explica tudo o que aconteceu e Enril o guia até a fonte de sua mãe, onde eles recuperam a outra metade da alma do Arconte. Depois de finalmente reunirem suas energias e se tornarem completos, eles ficam sabendo o que Aren fez com a filha da lua. Ele os interrompe assustado.—Serafim, meu Alfa, é terrível o que acabei de descobrir, ou melhor, o que meu Arconte acabou de descobrir.—O que você quer dizer com isso?—Alpha Tobias, sua filha Luna e a bruxa estão todos sob o domínio
O Arconte Maior, sentindo o profundo medo de Gil, aproximou-se dela com determinação. Ele liberou toda a sua força protetora, irradiando uma energia espiritual e divina que envolveu a jovem em uma auréola de segurança. Gil, assustada, mas confiando nele, olhou em seus olhos e sentiu um lampejo de esperança na escuridão.—Olhe para mim, minha Lua— ele pediu com uma voz firme, canalizando todo o seu ser para transmitir calma e proteção. Gil, obedecendo ao chamado, fixou os olhos no Arconte. —Não olhe para ele, sinta minha força espiritual e divina. Embora o Desuellamentes seja poderoso, ele não é mais poderoso do que nós. Venha até mim, desvie o olhar dele— insistiu o Arconte Maior com determinação, mas uma estranha força interior em Gil parecia resistir às suas palavras. Incapaz de desviar o olhar, seus olhos ainda estavam fixos no terrível Desuellamentes, que, em um instante fugaz, voltou seu olhar para o lugar onde eles, sem serem vistos, os observavam.O Arconte Maior, percebendo qu
A voz convincente de sua loba Lúa ecoando em sua cabeça, envolvida em um tom de urgência e determinação, aterroriza Gil ainda mais. Sem escolha, ela sente que a filha da deusa Lua começa a assumir o controle, arrancando dela o seu ser e se tornando o Arconte Maior. A agonia toma conta de Gil enquanto ela assiste, impotente, à transformação que está ocorrendo em seu interior. Seu corpo se contorce e seus músculos ficam tensos, sujeitos à vontade da filha da deusa que agora domina sua existência. Um misto de dor e medo a consome, enquanto ela sente sua própria identidade se esvair diante da poderosa entidade que a reivindica. A risada malévola e perturbadora ecoa em sua mente, a voz da filha da deusa lua se regozijando com sua vitória. —K,k,k,k... é isso aí! Torne-se um Arconte e você será minha para sempre! K,k,k,k... —Aren...! Ela o chama, Gil se encontra em um abismo de confusão e desconforto, presa no meio de duas forças opostas. Por um lado, a filha da deusa Lua que busca po
O Arconte Maior olha para ele com seriedade e separa o Arconte de Gil de seu próprio corpo, virando-a lentamente para seus pais, que abrem os olhos com espanto ao ver a marca inconfundível do Arconte Maior na testa de sua filha. Ele a marcou sem permitir que ela se tornasse um lobo.—Meu Alfa, por que você fez isso? — eles perguntam com surpresa e confusão.—Oh, meu Deus! Nara exclama alarmada, voltando-se para Gil, que deixou de ser um Arconte e voltou a ser humana, embora seus olhos brilhem dourados enquanto ela sorri para Aren, que também abandonou sua forma de Arconte.—Não pode ser, não pode ser— repete Serafim, observando como Aren também tem a marca de Gil em sua testa prateada.—O que não pode ser? —pergunta Enril, intrigado.—Somente os grandes Arcontes da primeira geração são capazes de fazer o que acredito que seu irmão, Enril, fez.—O que exatamente meu irmão fez?—Ele liberou suas almas etéreas de arconte e marcou sua Lua sem afetar sua loba. Eles apenas marcaram um ao o