Foi então que ele percebeu o que estava acontecendo e se afastou da comitiva de Nanutet, aproximando-se de Leia.—Muito bem, senhores. Por enquanto, não posso esperar mais. Leia, acompanhe-os até o portão sul— anunciou Enril.—Mas... Mas, Beta Enril, você não ia nos convidar para ficar aqui na sua matilha por um tempo? —Luna perguntou, surpresa. Ela estava acostumada a que todos os homens caíssem em seus encantos, e essa era a segunda vez que alguém interrompia e quebrava seu poder e encanto sobre eles. Primeiro foi a humana tola que abraçou o lobo do Alfa Amaldiçoado, e agora essa serva.—Isso é proibido pela Alpha Aren— respondeu Leia em vez de Enril, com um tom seco e hostil. —Por favor, venha comigo— acrescentou com um gesto ameaçador ao se aproximar de Luna. Enril conhecia Leia muito bem, eles haviam crescido juntos, e ele sabia que ela estava prestes a explodir, não apenas contra Luna, mas também contra ele. Por esse motivo, ele decidiu voltar à sua cadeira e falar seriament
O Arconte de Enril gentilmente solta a jovem Luna, pois com seu toque ele conseguiu provar que suas suspeitas eram verdadeiras, que através dela há outra pessoa. E ele está impressionado em saber quem é, por isso se afasta imediatamente. Ele faz uma reverência de despedida, sinaliza para que Leia o siga e para que os outros guardas os acompanhem até a porta. Ao sair, Serafim, que havia desaparecido, o chama com urgência, pega Leia e aparece no quarto da ala de sua mãe, para ver Aren quase desmaiando. Serafim explica tudo o que aconteceu e Enril o guia até a fonte de sua mãe, onde eles recuperam a outra metade da alma do Arconte. Depois de finalmente reunirem suas energias e se tornarem completos, eles ficam sabendo o que Aren fez com a filha da lua. Ele os interrompe assustado.—Serafim, meu Alfa, é terrível o que acabei de descobrir, ou melhor, o que meu Arconte acabou de descobrir.—O que você quer dizer com isso?—Alpha Tobias, sua filha Luna e a bruxa estão todos sob o domínio
O Arconte Maior, sentindo o profundo medo de Gil, aproximou-se dela com determinação. Ele liberou toda a sua força protetora, irradiando uma energia espiritual e divina que envolveu a jovem em uma auréola de segurança. Gil, assustada, mas confiando nele, olhou em seus olhos e sentiu um lampejo de esperança na escuridão.—Olhe para mim, minha Lua— ele pediu com uma voz firme, canalizando todo o seu ser para transmitir calma e proteção. Gil, obedecendo ao chamado, fixou os olhos no Arconte. —Não olhe para ele, sinta minha força espiritual e divina. Embora o Desuellamentes seja poderoso, ele não é mais poderoso do que nós. Venha até mim, desvie o olhar dele— insistiu o Arconte Maior com determinação, mas uma estranha força interior em Gil parecia resistir às suas palavras. Incapaz de desviar o olhar, seus olhos ainda estavam fixos no terrível Desuellamentes, que, em um instante fugaz, voltou seu olhar para o lugar onde eles, sem serem vistos, os observavam.O Arconte Maior, percebendo qu
A voz convincente de sua loba Lúa ecoando em sua cabeça, envolvida em um tom de urgência e determinação, aterroriza Gil ainda mais. Sem escolha, ela sente que a filha da deusa Lua começa a assumir o controle, arrancando dela o seu ser e se tornando o Arconte Maior. A agonia toma conta de Gil enquanto ela assiste, impotente, à transformação que está ocorrendo em seu interior. Seu corpo se contorce e seus músculos ficam tensos, sujeitos à vontade da filha da deusa que agora domina sua existência. Um misto de dor e medo a consome, enquanto ela sente sua própria identidade se esvair diante da poderosa entidade que a reivindica. A risada malévola e perturbadora ecoa em sua mente, a voz da filha da deusa lua se regozijando com sua vitória. —K,k,k,k... é isso aí! Torne-se um Arconte e você será minha para sempre! K,k,k,k... —Aren...! Ela o chama, Gil se encontra em um abismo de confusão e desconforto, presa no meio de duas forças opostas. Por um lado, a filha da deusa Lua que busca po
O Arconte Maior olha para ele com seriedade e separa o Arconte de Gil de seu próprio corpo, virando-a lentamente para seus pais, que abrem os olhos com espanto ao ver a marca inconfundível do Arconte Maior na testa de sua filha. Ele a marcou sem permitir que ela se tornasse um lobo.—Meu Alfa, por que você fez isso? — eles perguntam com surpresa e confusão.—Oh, meu Deus! Nara exclama alarmada, voltando-se para Gil, que deixou de ser um Arconte e voltou a ser humana, embora seus olhos brilhem dourados enquanto ela sorri para Aren, que também abandonou sua forma de Arconte.—Não pode ser, não pode ser— repete Serafim, observando como Aren também tem a marca de Gil em sua testa prateada.—O que não pode ser? —pergunta Enril, intrigado.—Somente os grandes Arcontes da primeira geração são capazes de fazer o que acredito que seu irmão, Enril, fez.—O que exatamente meu irmão fez?—Ele liberou suas almas etéreas de arconte e marcou sua Lua sem afetar sua loba. Eles apenas marcaram um ao o
As revelações de Aren causam um silêncio tenso entre os presentes. O perigo representado pela intervenção de da filha da deusa Lua, e sua possível aliança com as forças das trevas fica claro. Desuellamentes e os Drider são inimigos antigos, cuja maldade e sede de poder ameaçam a estabilidade e a paz. A situação se torna mais complicada e urgente. Eles precisam tirar Lúa de lá e devolvê-la ao seu devido lugar antes que ela cause mais danos. Todos eles percebem que precisam encontrar uma maneira de tirá-la da loba de Gil, Lua, antes que um desastre inimaginável aconteça.—Eu também acho, Serafim. Enquanto estávamos no salão, notei que ela estava se conectando com a bruxa da matilha, Nanutet— diz Aren, em um tom preocupado.—Precisamos convocar a Mãe Lua para nos ajudar— concorda Serafim. —Mas, meu Alfa, há algo mais importante que você deve fazer primeiro.—O que você quer dizer com Serafim? —Aren pergunta, confuso.—Mesmo que você tenha marcado sua Lua dessa forma, transmitindo-a ela
Gil caminhou ao lado de Oto, que estava determinado a mostrar-lhe o orgulho e mantê-la ocupada para evitar suas constantes demonstrações de afeto. Enril estava ocupada com o conselho da alcateia, convocado para discutir o incidente causado pelo ataque da alcateia Nanutet a outras alcateias em busca da suposta Lua Alfa, que acabou se revelando uma farsa. Gil tentou esconder sua decepção, pois desejava passar um tempo com o humano Aren, que ele não conseguia fazer aparecer apesar de seus telefonemas. Sempre que tentava fazer com que ele assumisse o controle do lobo e se tornasse Aren, Oto fechava os olhos e não deixava. Frustrada, ela decidiu perguntar a ele.— Oto, por que você não vai ajudar seu irmão com aquela coisa do conselho? Parece que era importante.—O que você fará nesse meio tempo? —perguntou Oto.—Sentarei ao lado de Leia e esperarei por você— respondeu Gil.—Tudo bem, vamos, mas lembre-se de que você não pode olhar ou sorrir para mim. É melhor dar o controle à Lua.—Minha
—Senhora Lua, será uma honra ensiná-la. O nome do meu pai é Honoré, ele é o Maior que veio com os pais do Alfa e formou esse rebanho com eles.—Bem, isso é muito importante. Você deve conhecer toda a história de todos aqui.—Meu pai é, como seu nome, muito honrado. Oto olha para Jan, que fala com orgulho de seu pai. Ele o deixa porque não quer perder tempo. Entretanto, poucos na matilha conhecem o verdadeiro Ancient Honoré, apesar de ter descido com os governantes punidos, ele não é um deles. Ele é um ser sombrio, enigmático e maquiavélico, cheio de intrigas e traições. À primeira vista, ele parece ser um líder respeitado e astuto dentro da matilha, ocupando a posição de Maior. Honoré conseguiu manter sua posição de poder tecendo uma rede de influência e manipulação entre os lobos. Ele usa sua astúcia e habilidade para disfarçar suas verdadeiras intenções, sempre mantendo as aparências e agindo de acordo com seus próprios interesses. No entanto, por trás de sua fachada de lealdad