Todos os presentes voltam suas cabeças para Gil e Aren, que estão envolvidos em um confronto tenso. De repente, com uma brutalidade surpreendente, Aren se abaixa e agarra Gil pelas pernas, carregando-a sem esforço sobre seu ombro. Apesar dos protestos furiosos de Gil, que bate desesperadamente nas costas de Aren, Aren a carrega com determinação. Enril dá uma olhada para os pais de Gil, encolhe os ombros em sinal de resignação e faz um gesto para que eles o sigam. Nara suspira profundamente e segue Seraphim, cujos olhos se desviam constantemente para a porta pela qual Alpha Aren e seu Moon Gil desapareceram.—É isso— murmura Serafim com voz firme. —Vocês ficarão aqui esta noite. Não se preocupe, Aren é como uma criança. No final, ele fará tudo o que sua Lua desejar.—Tem certeza de que ele não vai forçá-la a fazer nada?— pergunta Serafim, lutando para conter a vontade de ir em busca da filha. —Gil acabou de atingir a maioridade, sabemos que é um direito dele. Embora eu ache que ela d
Determinada a preencher essa lacuna e encontrar uma conexão mais profunda com o Alpha Aren, que é sua metade decretada pela deusa Lua. Gil promete a si mesma aprender e se adaptar aos modos dele, enquanto eles navegam juntos em sua jornada rumo à compreensão mútua e ao amor verdadeiro.—Eu entendo, mas por que você me carregou e me trouxe aqui à força, como se eu fosse um animal, em vez de me pedir gentilmente? Eu teria vindo, não quero deixá-lo sozinho. Estou preocupado que papai faça algo com você.—Sério, minha Lua? — Oto responde com surpresa em sua voz.—Sim, Oto. Então não faça mais isso. Não me carregue como um saco. Isso não é legal.—Prometemos, minha Lua. Forçaremos Aren a aprender com nosso Arconte, mesmo que ele esteja relutante. Após a maldição, ele nunca quis estudar, apesar das tentativas de Enril de forçá-lo. Tudo o que conseguiu foi mantê-lo preso na caverna por anos. Vivíamos como lobos, ele não interagia com nenhum humano e rosnava para os membros da matilha que se
Seus pensamentos estão cheios de gratidão pela oportunidade de experimentar o amor e a proximidade que sua linda Lua lhe proporciona. Pela primeira vez, ele se sente verdadeiramente amado, sabendo que ela sempre estará lá para amá-lo. Naquele instante, Oto está imerso em serenidade e felicidade, sabendo que encontrou um lar em sua amada companheira loba Lua. No entanto, Oto se lembra do pedido da humana Gil e a olha diretamente nos olhos.—Não sou eu, minha Loba, que quero ver meu humano. É a sua humana Gil que quer falar com Aren, mas podemos fazê-los esperar um pouco. Diga-me o que está sentindo, para ver se posso ajudá-lo.—Sinto que algo dentro de mim está selado e não me deixa assumir o controle do corpo de Gil. Você sabe o que é, meu Lobo? Não sei como explicar, algo me impede de usar meus poderes e me libertar. Você me entende?Oto acena com a cabeça em sinal de compreensão, com o olhar cheio de preocupação. Ele tenta se lembrar do que Aren fez com os poderes de seu Arconte M
FRUSTRADA Aren olha para ela sem entender o que está acontecendo com ele, demonstrando certa relutância em ceder aos seus modos, como se fosse uma criança pequena. Gil se lembra do que Oto lhe pediu para fazer, então ela suaviza sua maneira de falar e decide ensiná-lo.—Carregue-me, mas não assim, por favor— ele sorri enquanto olha para ela intrigado e esquece seu desconforto ao ver a inocência em seus olhos. — Venha cá, coloque sua mão direita em minhas pernas e a esquerda em minhas costas e me carregue, e eu me segurarei em seu pescoço.—Então, minha Lua? Aren pergunta sorrindo e feliz por poder segurar sua Lua novamente. Ele também gosta mais desse jeito, porque pode ver o rosto de sua Lua. Naquele momento, ela está chorando de alegria porque está em seus braços e ele a observa.—Sim, está vendo como está mais bonito? Você merece um beijo— e ela o beija no rosto, notando como Aren fica corado, assim como ela, —é..., é mais bonito. Me coloque no chão agora. Aren não quer fazer i
Aren, em sua inocência e falta de compreensão, responde com sinceridade e naturalidade.—Eu senti, minha Lua. Meu coração acelerou como o seu e uma grande corrente percorreu todo o meu corpo. Isso é porque você é minha Lua.Gil suspira desamparada, sentindo a decepção e o desamparo brotarem dentro dele. Ela nunca teria imaginado que seu primeiro beijo seria compartilhado com um homem que viveu mil anos, mas cuja mente se assemelha à de uma criança de dez anos. A realidade da situação a oprime e ela acha difícil aceitar que Aren não entenda a importância e o profundo significado do primeiro beijo em um relacionamento romântico.Ela balança a cabeça em sinal de resignação, incapaz de encontrar uma solução para essa situação incômoda. O desamparo toma conta de suas emoções, gerando uma mistura de frustração e decepção. Ela sente que suas expectativas e desejos se chocaram com a realidade da natureza de Aren. Em uma explosão de irritação, Gil grita com Aren, liberando parte de sua frustr
Todos eles se reuniram cedo na floresta, nos arredores do castelo. Eles se transformaram em humanos. Aren se tornou um jovem da mesma idade de Gil, dando a impressão de que são dois irmãos com seus pais. Embora ele se comporte como sempre, algo nele está diferente. A maneira como ele olha e sorri para Gil mudou. Ele também se movimenta com confiança, às vezes indo à frente dos outros e depois ficando para trás, como se estivesse cuidando de todos, o que sugere que ele é um verdadeiro Alfa cuidando de seu rebanho. Ele está sempre atento à sua Lua, ajudando-a e protegendo-a da neve que cai, até mesmo trazendo uma capa para cobri-la. Ele a toma em seus braços quando a vê afundando na neve. Serafim e Nara olham para ele com espanto, enquanto Gil fica feliz por Aren tratá-la dessa forma. Ele sorri amplamente para ela e, como ele a ensinou na noite anterior a carregá-la, ele o faz quando a toma nos braços, ela acaricia alegremente seu rosto, satisfeita por ele ter aprendido muito rapidam
Suas palavras carinhosas e o olhar amoroso em seus olhos aprofundam ainda mais a conexão emocional entre eles. Cada palavra dita por Aren parece alimentar o fogo do amor deles. —Sei que falhei ao não ser o primeiro a aparecer diante de você, minha Lua. Juro que não foi por minha própria vontade.—Aren, já me desculpei por repreendê-lo, você não precisa fazer isso.—Ni Lua, eu sou o Arconte Maior, não o humano Aren, nem o lobo Oto. Sou uma divindade superior e independente que, embora tenha estado presente, não pude cumprimentá-la. Desculpe-me por isso, minha Lua.—Não sei do que está falando, mas obrigado por aparecer e ajudar o Aren e o Oto a aprender. —Gil, como humana, sei que você precisa de mim para conquistá-la. Prometo que farei com que você se apaixone por mim a cada segundo da minha vida. Mas agora, peço sua permissão para unir nossas energias e tornar seu cabelo dourado novamente. Você me aceitará, minha Lua? —sussurra ele, enquanto se transforma lentamente em sua forma de
—Filha, nós, lobos, somos muito possessivos. Se ele não marcar você com o cheiro dele, Aren e Oto terão de lutar com outros jovens por você. Você é muito bonita e é uma loba Alfa que atrairá todos os lobos Alfa da matilha, que vão querer marcá-la, melhor assim, como um jovem casal. Gil tenta expressar sua insatisfação, mas recebe uma recusa categórica de seu pai, que não está nada feliz por ela estar discutindo com ele na frente de todos sobre sua autoridade. —Mas...—Não, mas foi assim que eu disse, filha! Pare com isso, você nunca falhou comigo dessa forma antes, Gil, você deixou de confiar na sabedoria de seu pai? Gil se cala com lágrimas nos olhos em sinal de frustração, perguntando-se por que tudo em sua vida tem que ser tão complicado. Nara, percebendo a frustração de Gil, se aproxima na tentativa de acalmá-la. Ao ouvir, ele abaixa a cabeça para o pai e sussurra.—Com licença, papai...—Filha, isso não significa que Aren não tenha que se esforçar para conquistá-la. Você não