Serafim se aproximou do casal e colocou as mãos em seus ombros em sinal de apoio.
—Sei que é difícil, mas vocês precisam confiar em nós. Uma união prematura agora poderia desencadear consequências terríveis, não apenas para vocês, mas para todos— seu tom transmitia a gravidade do assunto.
—Aren, deixe-a ir, você já aprendeu a você— o pai dele avança, um pouco irritado por eles estarem se opondo, —Gil, vá até seus pais, que nunca o abraçaram. Você tem que estar com eles o tempo todo.
—Sim, senhor.
Gil respondeu com tristeza e depois se voltou para Enver e Zoran, que a observavam com expectativa e carinho. P
Leia entrou cautelosamente na floresta, coberta por um denso manto de neve que abafava seus passos. Os enormes pinheiros e carvalhos pareciam observadores silenciosos, vestidos com toucas macias e geladas que brilhavam à luz tênue da noite. O ar gelado tingia suas bochechas de vermelho e inflamava seu peito a cada respiração, uma torrente de emoções conflitantes inundava sua mente. Seu coração ainda batia forte e uma felicidade calorosa brotava em seu peito ao se lembrar de como Enril a havia defendido daquelas garotas loiras cruéis que costumavam provocá-la. Desde que ela era criança, os comentários ofensivos sobre sua pele cor de trigo tinham afetado sua autoestima. O fato de ele finalmente tê-la defendido a encheu de profunda gratidão.Ele seguiu Enril timidamente, com medo e esperança por
Leia olhou para ele com espanto. Ela nunca o tinha visto defendê-la com tanta veemência. Enril se voltou para ela, com o olhar cheio de pesar e ternura. Ele pegou suas mãos gentilmente.—Perdoe-me, Leia. Eu fui um idiota ao não apreciar a mulher maravilhosa que você é. Mas agora vejo claramente: você é a única pessoa para mim. Perdoe-me por não ter percebido isso antes— disse Enril, diante dos olhares furiosos das outras. —Vamos lá, temos muito o que conversar.Atônita, mas feliz, Leia olhou para Enril, sentindo que aquele era o início de algo mágico. Era verdade ou ela estava fazendo aquilo para que todos a deixassem em paz? As meninas invejosas olhavam para elas incrédulas, e o coração de Leia estava batendo for
Enquanto Enril, sem soltar a mão de Leia, caminhou com ela até a sala do trono. Quando a porta se fechou atrás deles, ele a abraçou com força e a beijou com paixão. Ele estava morrendo de vontade de fazer isso; desde que Serafim apagou as memórias dela, ele não conseguia. Quando se afastaram, ela olhou para ele, ruborizada.—O que você está fazendo? —perguntou ela, ainda sem acreditar no que estava acontecendo e se afastando dele.Enril a observava com atenção. Ele realmente a achava linda daquele jeito, tão tímida e ruborizada, tão diferente da maneira como ela sempre se comportava com ele, desafiadora e mal-humorada.—Isso não é uma piada, é? —Leia p
—Você tem um Arconte ? Como ele é? Pode me mostrar o seu?—Não posso, mamãe os levou com ela— responde ele, sentindo seu Arconte protestar, ele quer se mostrar para Leia para que ela pare de duvidar. Então, para tranquilizá-lo, ele pergunta a ela, que ainda o está encarando incrédula: —Você quer ser minha namorada, Leia?—O que você quer dizer com a namorada?Enril está muito irritado neste momento, assim como seu arconte, porque eles apagaram todas as memórias de Leia e ele tem que explicar tudo de novo para ela. Ele fica em silêncio por um tempo, lembrando-se da explicação de Gil sobre o significado daquela palavra e a repete para ela. Leia, pergunta assustada, pegando o cabelo, intrigada ao ver que ele ficou completamente azul, não mais apenas uma mecha, e olhando para Enril, que sorri para ela.—Seria por causa do beijo, acho que se você o devolver para mim ele voltará à sua cor.Ele explica que quer que ela finalmente o aceite, mas também porque a acha muito bonita, pois sabe que foi seu Arconte quem fez isso. E não se importa que ele tenha feito isso sem contar a ela, porque, na verdade, sua metade é a mulher mais bonita que ele já viu e, com a cor dela, ele a acha ainda mais bonita. Ela ainda está desconfiada, mas agora pergunta a ela com um sorriso de flerte.—Ambos— ele responde honestamente, —vamos, querida, deixe-me beijá-la e voc&ecir159 O ASMODIN
Mas para Leia, somente a palavra dele não é suficiente. Ela sabe muito bem que precisa ver os fatos com seus próprios olhos para se convencer de que é verdade, portanto, quando sente que seu governante lhe diz para demonstrar, ela pergunta a ele.—Você quer tentar? Feche seus olhos, eu desaparecerei e faça o que eu pedir sem medo.—Não tenho medo, tudo bem, embora eu ache que você está me enganando, eu vou fazer isso.Léia diz e fecha os olhos, Enril atravessa a parede e entra em uma sala. Leia abre os olhos quando não o vê e suspira, pensando que vai bater a cabeça com força. Mas ela está determinada a tentar, ela dará a ele o benefício da dúvida, ele mudou a cor d
Leia sentiu suas forças se esvaírem ao ver a criatura se aproximar. Não podia ser real. Só podia ser um pesadelo. Ela rezou para acordar logo, antes que a abominação infernal colocasse suas garras nela. Ela se afastou lentamente do estranho ser que avançava incansavelmente.Ela olhou em volta desesperadamente, esperando que Enril aparecesse para resgatá-la. Onde ele estava? Por que a deixara sozinha com aquele ser infernal? O que realmente estava acontecendo? A criatura estava se aproximando cada vez mais, enquanto Leia continuava recuando. Sua mente estava nublada pelo medo, mas ela se esforçou para permanecer firme.—Quem é você? —Ela perguntou, fazendo sua voz soar com falsa integridade. —Onde está o Beta Enril?&n
A Arconte de Enver grita em desespero ao ver, horrorizada, as chamas saírem do peito de sua filha. Um terror visceral a dominou ao ver sua filha sofrer daquela forma. Como qualquer mãe, ela daria tudo para poupar a dor de sua filha.Sua mente estava cheia de lembranças: o dia em que Gil nasceu e ela o segurou pela primeira vez em seus braços, e ela morreu. Agora, tudo o que ela conseguia pensar era em protegê-la, em salvar seu filho de qualquer ameaça. Desesperadamente, ela tentou alcançá-la, mas outros Arcontes a impediram. Desamparada, as lágrimas escorriam por seu rosto enquanto ela ouvia os gritos da filha. —Eles não vão tirar você de mim— pensou ela com ferocidade maternal. —Lutarei com unhas e dentes antes de perder você.—Minha Lua...!