- Olá, garotas, não disse que eu voltava logo, para não sentirem saudades! - Elaryan surgiu, de repente, na minha frente. Raquel e eu pensamos em fugir daquele lugar, saímos, voamos até o alto do Céu e não enxergamos nada para nenhum lado do horizonte. Era só um monte de terra, mato e, mais adiante, árvores, muitas árvores. Chegamos a pensar em ir para algum lado e ver o que encontrávamos, mas acabamos desistindo. Elaryan nos encontraria e teríamos apenas perdido energia.
- Fizeram muito bem em não fugir. Afinal, vocês irão salvar, agora, suas amigas de Néon, Emma. Elas estavam procurando por você. Na verdade, decidiram que seria interessante sair da comunidade segura que você criou, que eu trouxe, de bom coração, de Vésper para cá, nesse mesmo planeta, para desbravar o resto do mundo. No subconsciente da maioria, o motivo real é te encontrar. Mas elas não tiveram muita sorte, caíram numa cilada. Quem poderia ser melhor que você para salvá-las, não é? Vou confiar tanto que é issPodíamos tanto ter ficado em nossas casa, quietinha, não é mesmo? Se existia uma lógica por trás do Universo, e tudo nos indicava que realmente existia, ela era muito trágica e até mesmo doentia. Por que não permitia a tranquilidade e a felicidade? Tudo bem que toda aquela confusão que me permitiu, além de conhecer meu marido e meus filhos, também ter Leiva e Natane em minhas vidas e as todas as outras amizades que fiz, pessoas que se importam comigo e por quem me importo. Mas era realmente necessária tanta luta e sofrimento?- Varuna, serei completamente sincera com você. Meu nome é Emma, eu fui completamente chantageada por Elaryan, não sei se você a conhece, que se acha deusa, muito poderosa e tudo mais, que tende a usar todos como marionetes com a desculpa de que sabe tudo que vai acontecer no futuro? Então, essa daí! Chantagem emocional e psicológica, de todas as formas possíveis. No momento ela disse que minhas amigas precisavam ser salvas e aparentemente elas realmente est
Saímos todas exatamente onde eu queria, a sala onde havíamos deixado Natane, meu marido e meus filhos. Quando cheguei, Clara e Eric correram para me abraçar, como faziam quando eram crianças e meu coração se aqueceu. Pena que durou o tempo em que meus olhos ficaram fechados. Quando abri, ouvi uma voz que já me deixou alerta novamente e exausta. - Sua família é mesmo encantadora, Emma! Estávamos tomando café, você quer? Imagino que não tome desde a Terra! Carlos mesmo mal lembrava o sabor. Eles contaram muitas histórias do Planeta da Felicidade. Uma pena que eu não arriscaria passar pelo planeta das crianças para chegar até lá. Tomei a liberdade de contar um pouco do que aconteceu com você também, pobrezinha. - Elaryan estava mesmo sentada à mesa, ao lado de Carlos e de Natane. - Não entregarei as armas místic
- Bom dia, meu amor! - Carlos me beijou, me acordando, trazendo o que parecia ser um café na cama. - Digamos que experimentei bastante coisa por aqui e me preparei para o dia que eu pudesse preparar algo para você. Reuni todos os gostos que eu me lembrava que você tinha e criei receitas que se aproximavam o máximo que pude do que eu acho que seu paladar vai gostar - Não era só a bandeja, olhei para o lado e tinha uma mesa farta. Era bom eu não me acostumar com essa história de acordar com um banquete. Olhei para o lado e as três ainda dormiam, estavam acordando agora.- Rapaz, você acordou com esse pique, com quatro mulheres na cama? - falei como se fosse uma espécie de elogio, pulando da cama e partindo para mesa, pois o cheiro estava sensacional.- Você voltou e eu queria muito ter você nos braços de novo e daí você me coloca numa cama com mais três? Tudo que ac
Saímos no planeta Fóster, no meio de casas completamente diferentes umas das outras e era algo absolutamente incrível. Não era só o fato de não haver padrão, mas é que todas, ou pelo menos a grande maioria, eram fantásticas.Parecia que tinham sido tiradas de planetas diferentes, algumas sequer pareciam possíveis de existirem de verdade. Mas as ruas estavam completamente vazias e, apesar de ser noite, aquilo não parecia muito normal. Apesar de bem iluminadas, não havia nenhum sinal de vida. Andamos mais, subimos por uma passagem mais larga, que poderia ser uma espécie de avenida e continuamos pelo que poderia ser alguns quilômetros, sem nenhuma perspectiva. Já estava pensando em me teletransportar para algum ponto mais distante, quando ouvi alguma coisa. Parecia música. Estava muito baixo e distante, mas parecia música.- Vocês ouviram isso? - perguntei pras meninas que estavam mais na frente.- Parece música? - Darca estava tentando saber se conseguia ouvir ou se ainda lem
Evidentemente que, tendo chegado depois, seríamos as últimas a ir. E convenhamos que não somos muito de festas. As Mileniuns mesmo não viam algo como um baile há eras.- Vamos dançar só mais um pouco, Emma, por favor. - Insistia Darca. - Mas Darca, as meninas precisam dormir um pouco, amanhã será um dia difícil e as Gigantes já estão bêbadas. Você consegue perceber que, por mais que esse espaço seja maluco, infinito praticamente, elas ainda assim conseguem ser atrapalhadas. Não é pra menos com o tamanho delas, né? Mas olha só aquilo. - Eu apontei para elas, que a cada virada de dança derrubava alguém ou alguma coisa e o tal de Hermes ficava atrás, tentando ajudar o evitar algum desastre. Discretas, elas riam muito alto de cada confusão que armavam.- Talvez você esteja certa. Olhando bem, a festa já está ficando mais vazia mesmo. Mas foi muito divertido. - Darca se lamentava ao mesmo tempo que sentia-se satisfeita. - Bom, nós vamos para os quartos e talvez, não que
Teleret não se sentiu muito à vontade para responder, levantou, tomou uma bebida que tinha em uma garrafa.- Aceitam? - ele ofereceu. Nós recusamos por já termos bebido muito. Nenhuma de nós sequer perguntou do que se tratava. - Bom, eu não achei que seria uma boa ideia estar no meio de tanta gente, meio que travei na hora. Afinal, eu estava preso, amarrado, sem poder me mexer, já tem alguns anos - foi a resposta dele.- Sério? Nossa, que coisa trágica. - Darca se mostrou bem solidária, aproveitando a oportunidade para abraçá-lo, ainda que lateralmente, como se o consolasse.- Ter sido salvo por meu pai e por Móretar também foi algo que mexeu bastante comigo. Foram muitas emoções, então...- Não queria mais emoções e nós viemos trazer alguma ainda... Nós vamos, então. - Leiva disse, para o desespero de Da
- Talvez eu possa ter uma explicação para isso.... Quando vivi minha adolescência, eu nunca saia do Palácio e era muito solitário. Sempre que recebíamos visitas eu desejava que tivesse um jeito deles nunca irem embora. Me esforçava para que eles achassem coisas interessantes, as coisas que eu achava, e ficassem mais, mas a imponência de meu era algo que não deixava nada muito convidativo. Se essa casa foi feita baseada no meu sonho de lar perfeito, ela pode sim estar fazendo isso. - Adwig explicou e não conseguia acreditar que via aquilo tudo fazer algum sentido.- Talvez seja melhor falar com Hermes. - Dafa analisou.Nós quatro saímos juntas à procura de Hermes.- Esse Palácio é muito grande, não faço ideia sequer se ele ainda está aqui - disse Adwig, perto da escadaria principal de entrada. No meio da sala subiu uma espécie de púlpito e sobre ele havia uma pequena mesa. Adwig desceu até lá e pegou o objeto que estava sobre ela, uma tela. Ela, aparentemen
- Juper? É você mesmo? - perguntou Krakor, reconhecendo-o.- Não é seu bisavô! É claro que sou eu! - ele brincou.- Olha você nem me fale dessa história, que eu sou bisavô de alguém nessa sala. - Krakor riu, enquanto abraçava efusivamente o companheiro.- Como não te achamos? Por que não mandou um sinal?- Eu estava em Nordok - respondeu.- E com a dominação das máquinas, não podia se fazer percebido - Krakor deduziu. Eu não tinha entendido muito bem aquela história toda, mas pude perceber que era um assunto que eu iria acabar sabendo em algum momento.- Mesmo que pudesse. Qualquer um que se teletransportasse para lá, poderia ver os robôs tomando conta do Universo. O único passo que faltava para essa inteligência artificial era o teletransporte - ele explicou.- Até que alguém conseguiu desligá-los - Krakor deduziu.- Exatamente. Foi aí que Elaryan me tirou de lá - ele contou.- Que mulherzinha... Ela está em todos os lugare