- Bom dia, meu amor! - Carlos me beijou, me acordando, trazendo o que parecia ser um café na cama. - Digamos que experimentei bastante coisa por aqui e me preparei para o dia que eu pudesse preparar algo para você. Reuni todos os gostos que eu me lembrava que você tinha e criei receitas que se aproximavam o máximo que pude do que eu acho que seu paladar vai gostar - Não era só a bandeja, olhei para o lado e tinha uma mesa farta. Era bom eu não me acostumar com essa história de acordar com um banquete. Olhei para o lado e as três ainda dormiam, estavam acordando agora.
- Rapaz, você acordou com esse pique, com quatro mulheres na cama? - falei como se fosse uma espécie de elogio, pulando da cama e partindo para mesa, pois o cheiro estava sensacional.- Você voltou e eu queria muito ter você nos braços de novo e daí você me coloca numa cama com mais três? Tudo que acSaímos no planeta Fóster, no meio de casas completamente diferentes umas das outras e era algo absolutamente incrível. Não era só o fato de não haver padrão, mas é que todas, ou pelo menos a grande maioria, eram fantásticas.Parecia que tinham sido tiradas de planetas diferentes, algumas sequer pareciam possíveis de existirem de verdade. Mas as ruas estavam completamente vazias e, apesar de ser noite, aquilo não parecia muito normal. Apesar de bem iluminadas, não havia nenhum sinal de vida. Andamos mais, subimos por uma passagem mais larga, que poderia ser uma espécie de avenida e continuamos pelo que poderia ser alguns quilômetros, sem nenhuma perspectiva. Já estava pensando em me teletransportar para algum ponto mais distante, quando ouvi alguma coisa. Parecia música. Estava muito baixo e distante, mas parecia música.- Vocês ouviram isso? - perguntei pras meninas que estavam mais na frente.- Parece música? - Darca estava tentando saber se conseguia ouvir ou se ainda lem
Evidentemente que, tendo chegado depois, seríamos as últimas a ir. E convenhamos que não somos muito de festas. As Mileniuns mesmo não viam algo como um baile há eras.- Vamos dançar só mais um pouco, Emma, por favor. - Insistia Darca. - Mas Darca, as meninas precisam dormir um pouco, amanhã será um dia difícil e as Gigantes já estão bêbadas. Você consegue perceber que, por mais que esse espaço seja maluco, infinito praticamente, elas ainda assim conseguem ser atrapalhadas. Não é pra menos com o tamanho delas, né? Mas olha só aquilo. - Eu apontei para elas, que a cada virada de dança derrubava alguém ou alguma coisa e o tal de Hermes ficava atrás, tentando ajudar o evitar algum desastre. Discretas, elas riam muito alto de cada confusão que armavam.- Talvez você esteja certa. Olhando bem, a festa já está ficando mais vazia mesmo. Mas foi muito divertido. - Darca se lamentava ao mesmo tempo que sentia-se satisfeita. - Bom, nós vamos para os quartos e talvez, não que
Teleret não se sentiu muito à vontade para responder, levantou, tomou uma bebida que tinha em uma garrafa.- Aceitam? - ele ofereceu. Nós recusamos por já termos bebido muito. Nenhuma de nós sequer perguntou do que se tratava. - Bom, eu não achei que seria uma boa ideia estar no meio de tanta gente, meio que travei na hora. Afinal, eu estava preso, amarrado, sem poder me mexer, já tem alguns anos - foi a resposta dele.- Sério? Nossa, que coisa trágica. - Darca se mostrou bem solidária, aproveitando a oportunidade para abraçá-lo, ainda que lateralmente, como se o consolasse.- Ter sido salvo por meu pai e por Móretar também foi algo que mexeu bastante comigo. Foram muitas emoções, então...- Não queria mais emoções e nós viemos trazer alguma ainda... Nós vamos, então. - Leiva disse, para o desespero de Da
- Talvez eu possa ter uma explicação para isso.... Quando vivi minha adolescência, eu nunca saia do Palácio e era muito solitário. Sempre que recebíamos visitas eu desejava que tivesse um jeito deles nunca irem embora. Me esforçava para que eles achassem coisas interessantes, as coisas que eu achava, e ficassem mais, mas a imponência de meu era algo que não deixava nada muito convidativo. Se essa casa foi feita baseada no meu sonho de lar perfeito, ela pode sim estar fazendo isso. - Adwig explicou e não conseguia acreditar que via aquilo tudo fazer algum sentido.- Talvez seja melhor falar com Hermes. - Dafa analisou.Nós quatro saímos juntas à procura de Hermes.- Esse Palácio é muito grande, não faço ideia sequer se ele ainda está aqui - disse Adwig, perto da escadaria principal de entrada. No meio da sala subiu uma espécie de púlpito e sobre ele havia uma pequena mesa. Adwig desceu até lá e pegou o objeto que estava sobre ela, uma tela. Ela, aparentemen
- Juper? É você mesmo? - perguntou Krakor, reconhecendo-o.- Não é seu bisavô! É claro que sou eu! - ele brincou.- Olha você nem me fale dessa história, que eu sou bisavô de alguém nessa sala. - Krakor riu, enquanto abraçava efusivamente o companheiro.- Como não te achamos? Por que não mandou um sinal?- Eu estava em Nordok - respondeu.- E com a dominação das máquinas, não podia se fazer percebido - Krakor deduziu. Eu não tinha entendido muito bem aquela história toda, mas pude perceber que era um assunto que eu iria acabar sabendo em algum momento.- Mesmo que pudesse. Qualquer um que se teletransportasse para lá, poderia ver os robôs tomando conta do Universo. O único passo que faltava para essa inteligência artificial era o teletransporte - ele explicou.- Até que alguém conseguiu desligá-los - Krakor deduziu.- Exatamente. Foi aí que Elaryan me tirou de lá - ele contou.- Que mulherzinha... Ela está em todos os lugare
- Certo, as peças imprescindíveis para cada batalha já foram direcionadas, vocês montem suas equipes e vamos!- Agora, o que Elaryan quis dizer com visitantes indesejados? - Era claro que essa lembrança viria de Krakor.- Bom, elas não são tão indesejadas assim. Para mim elas são lindas, são minha vida... É que Elaryan tem pavor delas. - Todos estavam cada vez mais curiosos para saber do que ele estava falando.- Já sei! Seus aracnídeos, né? - Krakor deduziu.Assim que ele falou, aranhas começaram a surgir de todos os lados.- Minha nossa, o que é isso? - Adwig gritou.Eu até achava que as aranhas eram animais injustiçados, na Terra, que tinham seu charme e seu valor. Tudo bem que eu tinha uma queda pelo super-herói de uniforme que fazia teias como elas e isso também me fez ter mais simpatia pelo bichinho. Pensava agora o quão bizarro era o fato de usar fantasia para combater o crime. De toda forma, aquelas aranhas eram muito maiores e
- Que bom que vocês conseguiram sair do Palácio. Pensei em deixar vocês seguras aqui, mas acho que prefiro que estejam ao meu lado e, também, não estava confiando muito mais naquele Palácio. Mesmo sendo parte da mente de Adwig, que me pareceu alguém com uma mente muito correta, ainda assim, vai saber o que poderia acontecer. - Eu estava mesmo aliviada. Ter que ir buscá-las ou ir sem elas eram cenários que já estavam atormentando minha cabeça.- Parece que o Palácio percebeu que Adwig precisaria de ajuda e nos mandou sair - Leiva explicava. - Que lugar mais insano e incrível.- Realmente. Gostaria de fazer a minha casa, quero voltar aqui se tiver uma oportunidade - pensei alto. - Emma, seu Palácio foi reconstruído duas vezes já, do jeito que você queria. - Leiva tinha que me lembrar.- Não seja estraga-prazer! Vai saber o que meu subconsciente poderia criar - me expliquei.- E qual é a nossa missão? - Darca perguntou. - Aparentemente voltar pra casa. Pelo menos eu
- Será que você me permitiria acompanhá-las? Confesso que ainda não me encaixei muito bem em nenhum grupo e, pelo que entendi, curioso, ouvindo todas as conversas, Paradise é o destino final de todos... Será que posso tentar me encaixar no seu grupo de mulheres? - Aquele era Carl. Para mim ele era um total mistério, mas era um rapaz simples, simpático, aparentemente tímido. O fato de me enxergar um pouco nele, me fez dizer sim.Deixei ele passar e eu fui também, novamente.Enquanto elas comemoravam eu subi ao céu e vi que o planeta parecia o mesmo, quase não notei diferença, nem no horizonte estranho, nem na cor do céu ou no tipo de Sol que iluminava. Voltei e entrei no Castelo de Água junto com Leiva e Raquel.Na sala principal encontramos Natane e Carlos.- Vocês voltaram! - Natane correu para me abraçar, agarrando Leiva também. Carlos não demonstrou o mesmo entusiasmo, apesar do sorriso. Se aproximou de mim, em seguida, e me deu um beijo, um leve toque de lábios.<