Teleret não se sentiu muito à vontade para responder, levantou, tomou uma bebida que tinha em uma garrafa.
- Aceitam? - ele ofereceu. Nós recusamos por já termos bebido muito. Nenhuma de nós sequer perguntou do que se tratava. - Bom, eu não achei que seria uma boa ideia estar no meio de tanta gente, meio que travei na hora. Afinal, eu estava preso, amarrado, sem poder me mexer, já tem alguns anos - foi a resposta dele.- Sério? Nossa, que coisa trágica. - Darca se mostrou bem solidária, aproveitando a oportunidade para abraçá-lo, ainda que lateralmente, como se o consolasse.- Ter sido salvo por meu pai e por Móretar também foi algo que mexeu bastante comigo. Foram muitas emoções, então...- Não queria mais emoções e nós viemos trazer alguma ainda... Nós vamos, então. - Leiva disse, para o desespero de Da- Talvez eu possa ter uma explicação para isso.... Quando vivi minha adolescência, eu nunca saia do Palácio e era muito solitário. Sempre que recebíamos visitas eu desejava que tivesse um jeito deles nunca irem embora. Me esforçava para que eles achassem coisas interessantes, as coisas que eu achava, e ficassem mais, mas a imponência de meu era algo que não deixava nada muito convidativo. Se essa casa foi feita baseada no meu sonho de lar perfeito, ela pode sim estar fazendo isso. - Adwig explicou e não conseguia acreditar que via aquilo tudo fazer algum sentido.- Talvez seja melhor falar com Hermes. - Dafa analisou.Nós quatro saímos juntas à procura de Hermes.- Esse Palácio é muito grande, não faço ideia sequer se ele ainda está aqui - disse Adwig, perto da escadaria principal de entrada. No meio da sala subiu uma espécie de púlpito e sobre ele havia uma pequena mesa. Adwig desceu até lá e pegou o objeto que estava sobre ela, uma tela. Ela, aparentemen
- Juper? É você mesmo? - perguntou Krakor, reconhecendo-o.- Não é seu bisavô! É claro que sou eu! - ele brincou.- Olha você nem me fale dessa história, que eu sou bisavô de alguém nessa sala. - Krakor riu, enquanto abraçava efusivamente o companheiro.- Como não te achamos? Por que não mandou um sinal?- Eu estava em Nordok - respondeu.- E com a dominação das máquinas, não podia se fazer percebido - Krakor deduziu. Eu não tinha entendido muito bem aquela história toda, mas pude perceber que era um assunto que eu iria acabar sabendo em algum momento.- Mesmo que pudesse. Qualquer um que se teletransportasse para lá, poderia ver os robôs tomando conta do Universo. O único passo que faltava para essa inteligência artificial era o teletransporte - ele explicou.- Até que alguém conseguiu desligá-los - Krakor deduziu.- Exatamente. Foi aí que Elaryan me tirou de lá - ele contou.- Que mulherzinha... Ela está em todos os lugare
- Certo, as peças imprescindíveis para cada batalha já foram direcionadas, vocês montem suas equipes e vamos!- Agora, o que Elaryan quis dizer com visitantes indesejados? - Era claro que essa lembrança viria de Krakor.- Bom, elas não são tão indesejadas assim. Para mim elas são lindas, são minha vida... É que Elaryan tem pavor delas. - Todos estavam cada vez mais curiosos para saber do que ele estava falando.- Já sei! Seus aracnídeos, né? - Krakor deduziu.Assim que ele falou, aranhas começaram a surgir de todos os lados.- Minha nossa, o que é isso? - Adwig gritou.Eu até achava que as aranhas eram animais injustiçados, na Terra, que tinham seu charme e seu valor. Tudo bem que eu tinha uma queda pelo super-herói de uniforme que fazia teias como elas e isso também me fez ter mais simpatia pelo bichinho. Pensava agora o quão bizarro era o fato de usar fantasia para combater o crime. De toda forma, aquelas aranhas eram muito maiores e
- Que bom que vocês conseguiram sair do Palácio. Pensei em deixar vocês seguras aqui, mas acho que prefiro que estejam ao meu lado e, também, não estava confiando muito mais naquele Palácio. Mesmo sendo parte da mente de Adwig, que me pareceu alguém com uma mente muito correta, ainda assim, vai saber o que poderia acontecer. - Eu estava mesmo aliviada. Ter que ir buscá-las ou ir sem elas eram cenários que já estavam atormentando minha cabeça.- Parece que o Palácio percebeu que Adwig precisaria de ajuda e nos mandou sair - Leiva explicava. - Que lugar mais insano e incrível.- Realmente. Gostaria de fazer a minha casa, quero voltar aqui se tiver uma oportunidade - pensei alto. - Emma, seu Palácio foi reconstruído duas vezes já, do jeito que você queria. - Leiva tinha que me lembrar.- Não seja estraga-prazer! Vai saber o que meu subconsciente poderia criar - me expliquei.- E qual é a nossa missão? - Darca perguntou. - Aparentemente voltar pra casa. Pelo menos eu
- Será que você me permitiria acompanhá-las? Confesso que ainda não me encaixei muito bem em nenhum grupo e, pelo que entendi, curioso, ouvindo todas as conversas, Paradise é o destino final de todos... Será que posso tentar me encaixar no seu grupo de mulheres? - Aquele era Carl. Para mim ele era um total mistério, mas era um rapaz simples, simpático, aparentemente tímido. O fato de me enxergar um pouco nele, me fez dizer sim.Deixei ele passar e eu fui também, novamente.Enquanto elas comemoravam eu subi ao céu e vi que o planeta parecia o mesmo, quase não notei diferença, nem no horizonte estranho, nem na cor do céu ou no tipo de Sol que iluminava. Voltei e entrei no Castelo de Água junto com Leiva e Raquel.Na sala principal encontramos Natane e Carlos.- Vocês voltaram! - Natane correu para me abraçar, agarrando Leiva também. Carlos não demonstrou o mesmo entusiasmo, apesar do sorriso. Se aproximou de mim, em seguida, e me deu um beijo, um leve toque de lábios.<
- Como você sabia sobre a Rainha Raquel - ela própria perguntou para o filho. - Meu pai sabia sobre você. Aparentemente, Elaryan conseguiu se comunicar com ele. Ela tentava convencê-lo a parar o que estava fazendo e testar uma outra saída que ela estava encontrando. Contou tudo sobre você, para fazê-lo pensar melhor. E ele me contou. Sempre que eu pedia, ele me contava histórias sobre você. Foi nosso maior elo. - Raquel o abraçou novamente, emocionada.De repente, um estrondo e uma gigante conseguiu atravessar a parede de água do castelo, aparentemente sendo arremessada para dentro, caindo sobre a mesa da sala, que ficou destruída.Ela se levantou, pediu desculpas e saiu, quase do mesmo modo que tinha chegado, voando em velocidade. Aparentemente, apenas eu, Raquel e Leiva ficamos chocadas. - O que foi isso? - perguntei, abismada. - As meninas tem pegado mais pesado com o t
Ela acordou muito assustada.- O que aconteceu? Eu morri? - ela perguntou.- Não, fique tranquila! Eu te salvei e já curei seus ferimentos. Está tudo bem. Desculpe ter pegado tão pesado. - Apesar dela ter sido tão boa que me fez ter que agir dessa forma.- Realmente ainda sou um lixo. - Ela sentou de cabeça baixa, decepcionada consigo mesma.- De maneira nenhuma. - Sua técnica me forçou a fazer algo que não esperava. Nunca vi ninguém ser tão boa no combate corpo a corpo. Eu sei que existem dispositivos que anulam o poder mesmo de seres aparentemente invencíveis. Num cenário como esse, você com certeza pode ser fundamental. Faz muito bem de continuar se desenvolvendo, se for isso mesmo que você deseja - eu sabia que a morte poderia estar se aproximando para todos e mesmo que minha opinião fosse não lutar e aproveitar os últimos momentos com quem amava, lá estava eu, pronta para continuar lutando. Então, não sei se era necessário causar o estardalhaço do fim dos tempos par
Eu nem precisei saber como seria. Simplesmente fomos atacadas. Por sorte, parei a ser só um ataque de verificação, pois facilmente conseguimos lidar com a situação. Avisei Juper que deveriam ficar a postos. Um novo ataque deveria acontecer a qualquer momento.Não demorou muito. Aquilo com certeza tinha sido só uma pequena avaliação.Juper me chamou de volta. Agora era no local onde Adwig estava. Juntei todas, fiz um discurso motivador, abri um portal e fomos. Todas nós atravessamos e uma luta acontecia.Assim que chegamos já fomos atacados e não paravam de surgir mais e mais seres atacando. Nem perceberam nossa chegada pois um outro grupo fez uma entrada ainda mais triunfal. - Dragões! - gritou Lúcifer! - Fogo! Todos, que tinham dragões, os liberaram e eles soltaram chamas contra os anjos que, pela primeira vez pareciam recuar. Os anjos fugiam at&