Preparativos para uma Noite de RevelaçõesValentina estava em meio à organização do maior evento do ano. Cada detalhe precisava ser perfeito. A galeria da família Moretti receberia uma coleção rara de artefatos egípcios, além de outras peças exclusivas que atrairiam os maiores investidores do Brasil e do mundo. Convites foram enviados para famílias influentes e empresários renomados. Entre eles, a família de Cecília, os pais de Fábio, que estava encantado por Luna, e Rodrigo Martins, agora um CEO de uma grande empresa internacional.Valentina sabia que aquele evento não seria apenas uma exposição. Seria uma oportunidade para restabelecer contatos importantes, reacender antigas chamas e, talvez, resolver questões mal resolvidas. O brilho do evento estava na grandiosidade das peças, mas também na presença das pessoas certas.Na casa de Cecília, a chegada do convite trouxe euforia. Assim que Cecília leu o nome da galeria Moretti e o glamour envolvido, correu até o pai:— Pai! Eu preciso
Luxo e Glamour da galeria Moretti. O salão principal estava impecável. Lustres de cristal pendiam do teto, iluminando o espaço com um brilho suave. As peças egípcias estavam dispostas em vitrines de vidro, com iluminação delicada que destacava cada detalhe dos artefatos milenares. Os convidados chegavam em trajes luxuosos, ostentando joias e sorrisos, enquanto garçons circulavam com bandejas de champanhe. O evento era a expressão máxima do glamour, e a atmosfera estava carregada de expectativa e negócios.Valentina, imponente e serena, recebia os convidados ao lado de alguns curadores da galeria Moretti. Investidores do Brasil e do mundo a cercavam, ansiosos por assinar a lista de intenção de compra e garantir a chance de adquirir alguma das peças. O nome "Moretti" não era apenas uma marca: era um símbolo de prestígio. A cada novo nome inscrito, o evento se tornava um sucesso ainda maior.Rodrigo Martins, impecável em seu terno preto, observava Cecília de longe. Seus olhos a seguira
Quem é seu pai?Miguel manteve o olhar fixo em Luna, confuso e intrigado ao mesmo tempo. Ele cruzou os braços, como se estivesse tentando processar o que havia acabado de ouvir.— Luna... — ele começou, com a voz baixa e suave. — Você tem pai?Luna piscou, surpresa pela pergunta repentina. Ela nunca havia realmente pensado nisso.— Devo ter, né? — ela disse com um sorriso tímido e encolheu os ombros. — Mas eu não o conheci... Sabe qual é a verdade? Eu nunca perguntei pra minha mãe sobre ele. Ele nunca me fez falta...Miguel desviou o olhar para Clara, que permanecia em silêncio, com a cabeça baixa. Ele percebeu a tensão nas mãos dela, apertando o tecido do vestido como se tentasse conter algo. Algo que ele ainda não compreendia completamente.Luna, percebendo o clima estranho, mordeu o lábio inferior, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Miguel voltou a falar.— Luna... — disse ele, hesitante, escolhendo cuidadosamente as palavras. — E... Se eu te pedisse para continuar me
A viagem que Não quero fazer. A manhã de sábado começou com um clima tenso na casa de Miguel. Cecília estava determinada a levar seu noivo para uma viagem de fim de semana, desejando ostentar a companhia dele em um dos destinos mais badalados do momento. Sentada no sofá, ao lado do pai, ela jogava os cabelos para trás e repetia, com um ar de capricho e frustração:— Vamos, Miguel! Vai ser divertido. Todo mundo vai estar lá. Vai ser ótimo pra você sair um pouco de casa.Miguel, em sua cadeira de rodas, cruzou os braços e lançou um olhar firme.— Cecília, eu não posso viajar. Não sem a minha enfermeira. — Ele falou calmamente, mas com a convicção de quem sabia que não abriria mão de Clara.O pai de Cecília, Henrique Salles, estreitou os olhos e inclinou-se levemente à frente, tomando as rédeas da conversa.— Escute aqui, Miguel. Você é noivo da minha filha. E, como tal, tem compromissos com ela. Se você a escolheu para ser sua esposa, então precisa honrar esse compromisso. E essa hist
Entre Desafios e Desentendimentos, a Jornada Começa.Clara subiu silenciosamente para o quarto enquanto Miguel permanecia na cozinha com Isabel, que preparava um lanche simples para ele. Com a mochila aberta na cama, Clara organizava os itens essenciais para a viagem. Escolheu roupas confortáveis para Miguel, suas medicações e acessórios, além de uma muda de roupa para si. Separou tudo com eficiência e cuidado, mas sua mente estava longe. Sabia que a viagem seria mais uma prova para ela e para Miguel, especialmente com Cecília por perto, sempre pronta para lançar farpas e criar desconforto.Enquanto isso, na cozinha, Miguel aproveitava o momento leve ao lado de sua mãe. Com o sorriso descontraído, ele olhou para Isabel e disse:— Mãe, pode chamar a Luna? Preciso falar com ela.Isabel enxugou as mãos no avental e chamou por Luna, que logo apareceu na porta, curiosa.— Oi, senhor Miguel, o que houve? — perguntou, inclinando a cabeça com um sorriso no rosto.Miguel suspirou, sabendo que
Um Refúgio EfêmeroChegando ao hotel luxuoso em Fortaleza, Miguel, Cecília e Clara foram recebidos na recepção. Cecília, sempre atenta ao seu reflexo e postura, logo se afastou, sentando-se em uma poltrona na área de espera. Ela cruzou as pernas com elegância, pegou uma revista e ignorou completamente Miguel, enquanto ele fazia o check-in com Clara ao lado. Miguel optou por um quarto com duas suítes, uma para casal e outra separada.Assim que o atendente entregou as chaves, Cecília, com desdém, fez um sinal com a mão.— Vai, vai na frente, Miguel.Miguel suspirou e seguiu com Clara empurrando sua cadeira de rodas até o elevador. A viagem até o quarto foi silenciosa. Ao chegar, Miguel pediu que Clara o levasse até a varanda. Lá, ele respirou fundo, sentindo o vento marítimo tocar seu rosto.— Meu Deus, onde é que eu me meti? — sussurrou, frustrado.Clara se posicionou ao seu lado, colocando uma mão gentilmente em seu ombro.— Eu só quero ver até onde você vai suportar tudo isso.Migue
Traições à Vista e Sentimentos em ConflitoClara estava no quarto de Miguel, terminando de ajeitá-lo para descansar, quando percebeu que havia esquecido de solicitar alguns itens de higiene na recepção.— Vou até a recepção pegar umas coisas — disse Clara, tentando soar casual.Miguel acenou com a cabeça, já demonstrando sinais de cansaço. — Tudo bem. Eu vou descansar aqui, qualquer coisa me chame.Clara desceu até a recepção, caminhando pelo hall iluminado do hotel, mas ao virar um corredor, avistou Cecília com um homem que ela não conhecia. A postura casual de Cecília ao lado dele chamou sua atenção, e Clara não conseguiu ignorar a curiosidade que crescia dentro dela.Com passos leves, ela se escondeu atrás de uma coluna próxima e observou. O homem puxou Cecília de repente, e o que se seguiu foi um beijo profundo, cheio de desejo. Não havia afeto ou carinho naqueles movimentos, apenas uma química física intensa e descarada. As mãos dele percorriam o corpo de Cecília com uma confianç
Quando o silêncio é mais revelador que palavrasClara observava Miguel dormir profundamente, o cansaço evidente em seu corpo. A respiração dele havia se acalmado depois de tanto sofrimento. Ela se recostou na poltrona ao lado da cama, pegou seu livro e começou a ler novamente, tentando se distrair dos pensamentos que insistiam em voltar.De repente, a porta se abriu bruscamente, revelando Cecília com uma expressão furiosa. Ela não se preocupou em ser discreta e, com os braços cruzados, ordenou:— Vem aqui agora. Vamos conversar.Clara suspirou profundamente, fechou o livro e o colocou de lado. Levantou-se e caminhou até Cecília, fechando a porta com cuidado para não acordar Miguel.— O que foi, Cecília? O que você quer? — Clara perguntou, mantendo a voz calma, mas firme.Cecília deu um passo à frente, estreitando os olhos.— Você quer o meu noivo, é isso? Tá dando em cima dele com esse papinho de enfermeira? Vamos lá, abre logo o jogo!Clara manteve a compostura, inclinando a cabeça l