Isabela
Algumas semanas se passaram, quando consegui finalmente sair de casa. Olívia, Vienna e Annabeth decidiram que eu estava um porre naquele sábado, e mesmo debaixo de neve, inventaram um passeio de última hora. Com a desculpa de melhorar meu ânimo.
Eu não estava mau humorada, apenas inevitavelmente chateada, após descobrir que Olívia avisou do inscidente para o Andrew e companhia. Outra vez criei expectativa de receber ao menos uma ligação, mas não tive. Sei que ela me poupou da reação indiferente deles.
Não reconhecia o caminho que Anne fazia, mas estava bem intertida com a paisagem coberta por neve do inverno canadense. Olívia parecia um urso com tantas blusas, ela odeia frio.
IsabelaEu não queria admitir, que talvez, só talvez, estivesse arrependida por dizer aquelas palavras. A verdade é que eu estava esperando o momento perfeito para despejar tudo que estava entalado, mas eu ainda não tinha psicológico algum para aquela conversa.Por mim, eu teria causado nele, o mesmo que causou em mim, queria que ele sentisse em proporções iguais, o mesmo que eu senti todos esses dias desde que bati na porcaria daquele quarto. Só que pra isso acontecer, eu precisava admitir outra vez, que eu sinto alguma coisa pelo Ethan. Algo muito maior e destrutivo, do que eu jamais permiti que alguém tivesse posse.—Essa é a parte em que você sai batendo o pé? —Estreitei o cenho, percebendo o tom irônico que ele usou, bem diferente do que eu esperava.—É, essa é a parte em que eu saio batendo o pé. —Confirmei estre
IsabelaVocê ja se perguntou de onde veio?Ou para onde vai?Qual caminho seguir, quando a única estrada que te resta, é aquela que te faz fugir de onde saiu?E se de repente, você percebe que essa mesma estrada não te leva a lugar algum? Que o passo que você da para fugir da dor, é o passo que te leva até o limite. Uma hora, você se vê no mesmo lugar, e a única maneira de seguir em frente, é enfrentando seus maiores medos.Um exemplo claro, é a própria vida.Todos tememos a morte, todos fugimos do fim. Todos lutamos, por mais um dia de vida, mesmo sabendo que um dia a mais, é um dia a menos. Cada dia mais, você chega perto do último.Era estranho ter ciência disso. A sensação, de que cada passo que eu dei para longe de tudo, me trouxeram exatamen
— Sapatilha, Plié e brilha Ela sonhava em voar Bailarina ponta e gira Jeté um dia chega lá... Sua voz tranquilizava todo o ambiente, nem mesmo o som da estrada era audível, por um momento éramos uma bolha, a nossa bolha. ...— Fondu, Tendu e Frappé É suave aterrissar Bailarina ponta e gira Você precisa descansar... Olhei para o lado e encontrei Olívia, começando a pesar os olhinhos. —Minha irmãzinha era a coisa mais fofa. — Bocejei sorrindo. — No sonho, Grand Bettement Rond de Jambé et voilá Bailarina ponta e gira Pois é hora de acordar... Meus olhos pesaram, sua voz era resp
Isabela — Tem certeza que lembram o caminho? — Ellie pergunta pela terceira vez, ela insiste em nos levar. — Joguei migalhas pelo caminho. — ironizei e a vi contorcer o nariz em reprovação. — Isa, não é esforço algum, estão com vergonha de mim é isso? — perguntou cruzando os braços. Ela é uma típica tia coruja que tenta fazer de tudo para parecer legal e morre de medo de bancar a careta. Qual é? Ela parece minha irmã mais velha, não tem com o que se preocupar, nem mesmo com seus cuidados redobrados, isso faz parte dela. — Estamos! — Não, claro que não! — repreendo Olívia com o olhar e Ellie finge estar ofendida, enquanto minha irmã ria das suas expressões. — Não é isso boba, voc
•Isabela•Na mão, Agatha Mary Clarissa Christie, em seu romance policial, que a consagra "Dama do crime". Poucos nessa cidade tem como prazer uma boa leitura, por esse motivo, "O Assassinato de Roger Ackroy" em uma tarde agradável de domingo permanece sendo minha única companhia, as garotas que conheço não apreciam uma conversa intelectual, então grande parte do meu tempo livre encontro-me aqui, nesta pequena praça que na maioria das vezes está vazia.Todavia, hoje está sendo um dia muito agitado devido a chegada do sobrinho neto do conde, o único herdeiro da fortuna Russell, príncipe de algum lugar
•Isabela•—Santo Deus o que é isso? —Olívia finge ter se assustado quando me sentei para tomar café da manhã.—Não dormiu bem a noite? —Ellie pergunta preocupada. Espirrei antes de responder.Meu corpo havia finalmente cedido.—Peguei chuva dois dias seguidos, voltei pra casa encharcada. —Omito a cena ridícula de ontem. Passei a noite frustrada, não só com a garganta arranhando e a dor de cabeça que não me deixaram dormir direito, mas pelo fim de um livro que nunca vou saber.Será que mais alguém n
•Isabela•Caminhamos para o estacionamento onde o Noah já nos aguardava dentro do carro. Vienna apontou para um importado vermelho, que não faço a mínima ideia de qual seja, mas sabia que era para poucos. Ela entrou primeiro no banco de trás, Anne entrou pela outra porta e eu pelo mesmo lado que a Vienna, ficando assim na janela.Quando olhei pelo espelho retrovisor da frente, me deparei com o embuste,de cara fechada.—Ele vai junto? —Perguntei de repente.—São apenas quinze minutos de convivência amiga, meu cunhado vai ficar bem quieto na dele, relaxa! —Vienna comenta enquanto Noah ri
•Isabela• Cheguei alguns minutos mais cedo no colégio, os corredores ainda estavam vazios, e a culpa disso é da Olívia que me fez sair de casa mais cedo, segundo ela, para dar tempo de passar na biblioteca e terminar um trabalho que se esqueceu de concluir em casa.Fiquei sentada um bom tempo no chão do corredor, encostada em meu armário enquanto lia mais um dos livros que chegaram na mesma caixa que o outro. Este já se tratava de um romance atual, bem estruturado e diferente do melhor romance que já li na vida, era impresso, com uma narrativa completamente diferente. Um pouco mais fria, sem sentimentos. A história é at&eacut