Rebecca Um ano atrás Acordei um pouco atordoada, numa cama de hospital e assim que abro os olhos, as lembranças vem como uma bomba, boom! Comecei a chorar copiosamente, uma mistura de tristeza, alegria, dor, expectativa, que não conseguia raciocinar e muito menos perceber que Lizzy estava me abraçando. Ao me acalmar, Lizzy me deu um copo de água e bebi todo o líquido sentindo dor e ardência. Ela se senta ao meu lado na cama e segura minha mão.— Estou aqui com você, Becca. Para o der e vier. E sobre esses bebês lindos que estão a caminho, estarei aqui para ajudar e te apoiar. Você não está sozinha. — Ela sorriu para mim e apertou levemente minha mão. Me senti um pouco melhor, mas ainda me preocupava com Ian que estava em coma. Então, perguntei forçando um pouco a voz. — Como está Ian? — minha garganta doía e ardia ao falar e comer. — Ele está melhorando, mas continua em coma. Fique tranquila . — ela sorri sem mostrar os dentes, se levanta para jogar o copo descartável no lixo do
RebeccaAcordei durante a madrugada para alimentar os gêmeos. Coloquei a mamadeira para esquentar e os troquei; Se eu sentia sono? Sim, Muito! Estava cansada? Com toda a certeza! Mesmo cansada, eu cuidaria dos meus amores, eles mereciam cada segundo do meu tempo. Fiquei três dias sem dar atenção a Samuel, pois estava no hospital passando por exames do pré natal. Isso me incomodou muito, pois é meu bebê, uma parte de mim e sou sua protetora, sua mãe, seu colo. Então, tenho me dedicado completamente em cuidar dos meus filhos de todas as formas que eu pudia. Ambos dormia enquanto trocava suas fraldas, peguei a mamadeira que estava no aquecedor, próximo ao berço. Testei a temperatura no pulso, estava na temperatura certa, bem morninho. Alimentei Ryan primeiro, pois eles estava com duas bolas de diamante brilhando para mim. Dei a mamadeira e esperei ele terminar, enquanto eu admirava o quanto ele era igual ao pai. O cheirinho de bebê na cabeça dele é tão bom! Quando crescem, esse cheiri
Rebecca Flashback onDepois daquele dia, tudo mudou. Vi meus dois pequenos em meus braços e senti como se Ian estivesse aqui conosco. Estava caindo uma chuva terrível do lado de fora, por isso não fui para o hospital. Christian ligou para a emergência e uma ambulância estava a caminho de casa. Ele se aproximou de mim e me cobriu com um lençol, se sentou ao meu lado e sorriu para os bebês, quando me perguntou.— Qual nome você escolheu? — ele pegou uma gaze e limpou a cabeça do bebê menino. Essa pergunta me fez pensar muito, não tinha escolhido um nome, muito menos dois. — Ainda não escolhi, olho para a carinha deles e só me lembro do quanto são parecidos com o pai. — Christian e eu rimos. — Isso é normal, quase todos os bebê são parecidos com o pai. Mas o cabelo dessa menina linda, se parece com o seu, na verdade os dois tem alguns traços seus. — ele enrolou os bebês em toalhas limpas, antes eles estão enrolados com o lençol da cama. — Fique tranquila, terá tempo para escolher o n
RebeccaDias atuais Verifiquei a babá eletrônica e saí do quarto de Liz e Ryan. Desci até a cozinha e fiz um chá de camomila. Andei até a varanda e me sentei na poltrona confortável de madeira e observei o horizonte. As roseiras em frente a varanda estavam tão perfumadas e lindas neste mês, colocar mais adubo nelas valeu a pena. Os primeiros raios de sol, nascia atrás dos morros. Senti uma brisa suave tocar meu rosto e um calor tão bom, preencher meu coração. Me senti segura de novo, renovada depois de tanto tempo sofrendo, sentindo um buraco no peito. Respirei fundo e sorri, depois de muitos meses sem sorrir de alívio ou felicidade. Meu relógio apitou, vi um lembrete em vermelho brilhar na tela, era a festa da colheita. Todo ano, na colheita dos alimentos, milho,trigo,uva, laranja, morangos e entre outras frutas e legumes que plantamos na fazenda, é cultural realizarmos essa festa. Tradição da minha tia-avó, que foi feito durante todos esses anos. E esse é o meu primeiro ano, plan
É exaustivo quando precisamos explicar a quem amamos o que sentimos em certos momentos. Isso acabou de acontecer comigo, meu namorado de longa data me pressionou tanto pra saber como eu me sentia a respeito de nos casarmos, que simplesmente gritei.Desculpe, não me apresentei, sou Rebecca Gonzáles Cruz. Esse história vocês jamais vão esquecer.Depois de ter gritado com meu namorado, agora provavelmente ex, peguei minha bolsa e meu celular e saí dali o mais rápido possível. Afinal de contas, eu ja tinha perdido a paciência e não queria falar algo que eu com certeza me arrependeria depois. Pedi um uber e continuei andando até chegar a saída do condômino. Pedro e eu trabalhamos muito para comprar nosso cantinho, sempre sonhamos com a vida a dois. Ter nosso porto seguro era nosso objetivo... Pena que isso mudou. Talvez seje coisa do momento ou nossa relação está no fim. Não sei ao certo. Nesse momento só preciso sair daqui, pensei. O uber chegou e entrei no carro. N
Parada em frente a porta do mercadinho, fiquei pensando nos meus próximos passos. Primeiro, voltar para casa, segundo arrumar minhas coisas e terceiro encarar Pedro novamente. Verdade seja dita, eu não estou nenhum pouco preparada para encarar ele denovo e conversar denovo e denovo... Saco. Liguei para um uber e mandei o endereço. Entrei no estabelecimento e comprei alguns doces. Quando sai vi o uber se aproximando. Entrei no carro e fui pra casa.Quando chegamos o paguei e saí do carro, estava me preparando para encarar Pedro, mas avistei o porteiro vindo em minha direção.Mário- Senhorita Rebecca. O senhor pediu para lhe entregar isso. Disse me entregando uma caixinha de Madeira.Rebecca - obrigado Mário! Disse pegando a caixinha e indo pra casa.Quando entrei em casa, não vi Pedro na sala. O procurei pela casa e percebi que estava sozinha. Olhei para a caixinha em minhas mãos e a abri. Que porra é essa? Era um anel de noivado e as c
Dormi o voo inteirinho, foi bom descansar, assim me desligo um pouco dos problemas e me desligo do medo de voar. Finalmente o avião pousou. Segui para a fila de desembarque com minha mala de mão. Não tinha mala adicional então segui direto para a saída.Como prometido pelo meu chefe, seu motorista foi me buscar no aeroporto.Motorista- Senhorita Gonzáles? Sou Henry Gray. Motorista do senhor Alcântara. Vou leva- la para o hotel em que está hospedada. O senhor Alcântara a espera. Disse cordial e com um sorriso gentil no rosto. Era um homem alto,forte e elegante para um motorista.Rebecca- Sim sou eu mesma. É um prazer conhecê-lo. Responde educadamente.Sem dizer mais nenhuma palavra, ele pegou minha mala e abriu a porta da carro para que eu entrasse. Entrei e ele bateu a porta. Colocou minha mala no porta malas e seguiu viajem para o hotel.Enquanto seguia para o hotel, conferi cada documento que guardei na nuvem para a reunião
Realmente não tenho para onde correr. Tenho que conversar com a Senhora Alcântara. Não sou obrigada a falar sobre a minha vida pessoal com ninguém, mas com ela... Ela me deu apoio, me deu um emprego, me ajudou e sempre, sempre me respeitou. Nunca exigiu conversar comigo, pois sabe que não sou de conversar. Ela só insiste em algo ou alguma coisa, quando senti que algo esta cheirando mal. E além do mais, essa conversa ja esta sendo mais que adiada.Fiquei em pé, enfrente a porta do quarto, pensando nisso tudo. Acabei de sair da reunião com os sócios da empresa e meu chefe ficou com eles comemorando mais um negócio bem sucedido e um acordo fechado.Eu preferiria mais uma reunião do que uma conversa pessoal. Pensei. Respirei fundo e bate na porta.- Entre Rebecca! Ouvi a voz da Senhora Alcantara. Assim fiz, girei a maçaneta da porta e entrei. Ela estava sentada numa cadeira ao lado da mesa de chá. Ela ama beber chá enquanto conversa.- Sente-