IanVer Rebecca dormir enrolada no lençol é uma visão paradisíaca. Seus cachos bagunçados de uma maneira sexy e engraçada no travesseiro e alguns cachinhos caindo no rosto, sua pele branca e macia envolta dos lençóis cobertos pelo seu perfume, seus lábios rosados e inchados, com certeza pelos beijos e por causa do sono. Infelizmente, terei que deixar ela aqui com Samuel e Mary. Meus seguranças ficarão também, para a proteção deles. Nem parece que se passou um mês, Lizzy foi para Istambul inventando uma desculpa esfarrapada de um desfile da sua nova coleção de roupas, Simone entregou as provas para a corregedoria e para a INTERPOL e está trabalhando junto a polícia para prender Bastille, faz duas semanas que encontraram meu irmão numa casa de prostituição, minha filha e eu estamos mais próximos e Rebecca também. Mirella tem feito progresso quanto a socializar, a loucura tem sumido aos poucos com as sessões de psicanálise, medicamentos e orações. Os passeios também ajudaram ela
Ian Acordei no susto e vi Lizzy me sacudindo de leve. Ela estava com uma expressão apreensiva no rosto. Como se estivesse com medo. Acho que falei enquanto dormia. Foi um sonho bem pesado, pensei. — Você está bem, Ian? — Lizzy me oferece uma garrafa de água e se senta. Pego a garrafa e dreno todo o líquido. — Falei enquanto dormia? Foi só um sonho ruim. Está tudo bem, baixinha. Obrigado por se preocupar. — Lizzy emburrou a cara como se fosse criança e depois sorriu. Ela não gosta que chamem ela de baixinha. — bom, então como foi esse sonho ruim? Me conte se quiser, nada forçado. — ela perguntou, mas dessa vez, vi a antiga Lizzy voltar a vida. Ela eatava mais feliz, mais leve e elétrica como antes. Suspirei e então comei a contar. — Foi bem assim. Estava correndo numa floresta, estava chovendo e eu estava sujo de lama e com uma arma na mão. Eu estava sendo seguido, mas não sabia por quem. Vi meu carro na beira da estrada de terra e entrei. Liguei o carro e vi Rebecca do meu lado
Rebecca Um ano depois Desde o acidente de carro com Ian, minha vida virou de cabeça para baixo. Bastille veio atrás de mim e de Mary, na tentativa de nos matar e assim ficar com a ficha limpa, sem testemunhas, sem prova. Ainda me lembro desse dia como se fosse ontem. Estávamos no campo brincando de bola com Samuel. Sentimos sede e voltamos para casa, fomos direto para a cozinha e Samuel correu para o quarto dele. Achei que ele fosse guardar a bola, então subi ,para ver se Mary estava acordada. De repente, ouvi um barulho no meu quarto e resolvi ir ver. Quando entro, encontro um homem enorme apontando uma arma para a cabeça de Mary. Ela estava assustada, mas se mantinha na mesma posição. O homem estava encapuzado e apontou a arma para mim também. — Calma, o que você quer? Se é dinheiro, podemos te dar. Só não faça algo de que vá se arrepender. — falei com as mãos levantadas, tentando acalma - lo. Mas ele gargalhou e tirou a máscara que estava encapuzado, revelando seu rosto... Era
Rebecca Um ano atrás Acordei um pouco atordoada, numa cama de hospital e assim que abro os olhos, as lembranças vem como uma bomba, boom! Comecei a chorar copiosamente, uma mistura de tristeza, alegria, dor, expectativa, que não conseguia raciocinar e muito menos perceber que Lizzy estava me abraçando. Ao me acalmar, Lizzy me deu um copo de água e bebi todo o líquido sentindo dor e ardência. Ela se senta ao meu lado na cama e segura minha mão.— Estou aqui com você, Becca. Para o der e vier. E sobre esses bebês lindos que estão a caminho, estarei aqui para ajudar e te apoiar. Você não está sozinha. — Ela sorriu para mim e apertou levemente minha mão. Me senti um pouco melhor, mas ainda me preocupava com Ian que estava em coma. Então, perguntei forçando um pouco a voz. — Como está Ian? — minha garganta doía e ardia ao falar e comer. — Ele está melhorando, mas continua em coma. Fique tranquila . — ela sorri sem mostrar os dentes, se levanta para jogar o copo descartável no lixo do
RebeccaAcordei durante a madrugada para alimentar os gêmeos. Coloquei a mamadeira para esquentar e os troquei; Se eu sentia sono? Sim, Muito! Estava cansada? Com toda a certeza! Mesmo cansada, eu cuidaria dos meus amores, eles mereciam cada segundo do meu tempo. Fiquei três dias sem dar atenção a Samuel, pois estava no hospital passando por exames do pré natal. Isso me incomodou muito, pois é meu bebê, uma parte de mim e sou sua protetora, sua mãe, seu colo. Então, tenho me dedicado completamente em cuidar dos meus filhos de todas as formas que eu pudia. Ambos dormia enquanto trocava suas fraldas, peguei a mamadeira que estava no aquecedor, próximo ao berço. Testei a temperatura no pulso, estava na temperatura certa, bem morninho. Alimentei Ryan primeiro, pois eles estava com duas bolas de diamante brilhando para mim. Dei a mamadeira e esperei ele terminar, enquanto eu admirava o quanto ele era igual ao pai. O cheirinho de bebê na cabeça dele é tão bom! Quando crescem, esse cheiri
Rebecca Flashback onDepois daquele dia, tudo mudou. Vi meus dois pequenos em meus braços e senti como se Ian estivesse aqui conosco. Estava caindo uma chuva terrível do lado de fora, por isso não fui para o hospital. Christian ligou para a emergência e uma ambulância estava a caminho de casa. Ele se aproximou de mim e me cobriu com um lençol, se sentou ao meu lado e sorriu para os bebês, quando me perguntou.— Qual nome você escolheu? — ele pegou uma gaze e limpou a cabeça do bebê menino. Essa pergunta me fez pensar muito, não tinha escolhido um nome, muito menos dois. — Ainda não escolhi, olho para a carinha deles e só me lembro do quanto são parecidos com o pai. — Christian e eu rimos. — Isso é normal, quase todos os bebê são parecidos com o pai. Mas o cabelo dessa menina linda, se parece com o seu, na verdade os dois tem alguns traços seus. — ele enrolou os bebês em toalhas limpas, antes eles estão enrolados com o lençol da cama. — Fique tranquila, terá tempo para escolher o n
RebeccaDias atuais Verifiquei a babá eletrônica e saí do quarto de Liz e Ryan. Desci até a cozinha e fiz um chá de camomila. Andei até a varanda e me sentei na poltrona confortável de madeira e observei o horizonte. As roseiras em frente a varanda estavam tão perfumadas e lindas neste mês, colocar mais adubo nelas valeu a pena. Os primeiros raios de sol, nascia atrás dos morros. Senti uma brisa suave tocar meu rosto e um calor tão bom, preencher meu coração. Me senti segura de novo, renovada depois de tanto tempo sofrendo, sentindo um buraco no peito. Respirei fundo e sorri, depois de muitos meses sem sorrir de alívio ou felicidade. Meu relógio apitou, vi um lembrete em vermelho brilhar na tela, era a festa da colheita. Todo ano, na colheita dos alimentos, milho,trigo,uva, laranja, morangos e entre outras frutas e legumes que plantamos na fazenda, é cultural realizarmos essa festa. Tradição da minha tia-avó, que foi feito durante todos esses anos. E esse é o meu primeiro ano, plan
É exaustivo quando precisamos explicar a quem amamos o que sentimos em certos momentos. Isso acabou de acontecer comigo, meu namorado de longa data me pressionou tanto pra saber como eu me sentia a respeito de nos casarmos, que simplesmente gritei.Desculpe, não me apresentei, sou Rebecca Gonzáles Cruz. Esse história vocês jamais vão esquecer.Depois de ter gritado com meu namorado, agora provavelmente ex, peguei minha bolsa e meu celular e saí dali o mais rápido possível. Afinal de contas, eu ja tinha perdido a paciência e não queria falar algo que eu com certeza me arrependeria depois. Pedi um uber e continuei andando até chegar a saída do condômino. Pedro e eu trabalhamos muito para comprar nosso cantinho, sempre sonhamos com a vida a dois. Ter nosso porto seguro era nosso objetivo... Pena que isso mudou. Talvez seje coisa do momento ou nossa relação está no fim. Não sei ao certo. Nesse momento só preciso sair daqui, pensei. O uber chegou e entrei no carro. N