É exaustivo quando precisamos explicar a quem amamos o que sentimos em certos momentos. Isso acabou de acontecer comigo, meu namorado de longa data me pressionou tanto pra saber como eu me sentia a respeito de nos casarmos, que simplesmente gritei.
Desculpe, não me apresentei, sou Rebecca Gonzáles Cruz. Esse história vocês jamais vão esquecer.Depois de ter gritado com meu namorado, agora provavelmente ex, peguei minha bolsa e meu celular e saí dali o mais rápido possível. Afinal de contas, eu ja tinha perdido a paciência e não queria falar algo que eu com certeza me arrependeria depois. Pedi um uber e continuei andando até chegar a saída do condômino. Pedro e eu trabalhamos muito para comprar nosso cantinho, sempre sonhamos com a vida a dois. Ter nosso porto seguro era nosso objetivo... Pena que isso mudou. Talvez seje coisa do momento ou nossa relação está no fim. Não sei ao certo. Nesse momento só preciso sair daqui, pensei. O uber chegou e entrei no carro. Não disse uma só palavra. Estava difícil dizer qualquer coisa. Minha cabeça estava cheia, eu estava cheia, não queria magoar ninguém. Só precisava esfriar a cabeça. Chegando no fim do trajeto do uber, o paguei e sai do carro. Entrei num bar e nem vi o nome. Estava abarrotado de pessoas. Afinal era final de semana, muitos estavam comemorando, afogando as mágoas... Enfim, o que se vê num bar... Gente conversando e enchendo a cara. Sentei próximo ao balcão quando o barman me perguntou o que eu queria.
Barman- o que deseja?
Rebecca- uma garrafa de tequila.
Barman- só servimos doses.
Rebecca- estou pedindo a garrafa se não pode me vender então vai pra casa do caralho.
O barman me olhou surpreso e irritado com a resposta. Eu disse estava sem paciência nenhuma. Pessima ideia ir para um bar.
Rebecca- Desculpe. Não deveria ter falado assim com você.Tome... É tudo seu.
Dei uma gorjeta bem generosa a ele e meu pedido de desculpas. Ele ficou desconfiado e se sentiu insultado. Uma mistura dos dois em seu rosto mostrava. Saí dali sem esperar por sua resposta. Saindo do bar comecei a caminhar para um mercado de conveniência 24 horas na mesma rua. Porém meu celular toca. - Que merda! Espero não ser o Pedro. Disse em voz alta. Não era Pedro, mas meu chefe Guilherme.Rebecca- Boa noite Senhor Alcântara.
Guilherme Alcântara - Boa noite Senhorita Gonzáles. Preciso que venha comigo até a Turquia amanhã de manhã. Meu motorista irá lhe buscar.
O destino é mesmo irônico. Logo agora que briguei com meu namorado aparece essa viajem a trabalho. É isso ou contas atrasadas. Pensei.
Rebecca- Claro Senhor Alcântara. Posso ir na frente se o senhor preferir. Assim mantenho sua agenda atualizada.Guilherme Alcântara- Sim pode ir.
E desligou.
Bom acho que agora vou pra Turquia e preciso me controlar. Afinal de contas era o que eu precisava. Ar fresco.Parada em frente a porta do mercadinho, fiquei pensando nos meus próximos passos. Primeiro, voltar para casa, segundo arrumar minhas coisas e terceiro encarar Pedro novamente. Verdade seja dita, eu não estou nenhum pouco preparada para encarar ele denovo e conversar denovo e denovo... Saco. Liguei para um uber e mandei o endereço. Entrei no estabelecimento e comprei alguns doces. Quando sai vi o uber se aproximando. Entrei no carro e fui pra casa.Quando chegamos o paguei e saí do carro, estava me preparando para encarar Pedro, mas avistei o porteiro vindo em minha direção.Mário- Senhorita Rebecca. O senhor pediu para lhe entregar isso. Disse me entregando uma caixinha de Madeira.Rebecca - obrigado Mário! Disse pegando a caixinha e indo pra casa.Quando entrei em casa, não vi Pedro na sala. O procurei pela casa e percebi que estava sozinha. Olhei para a caixinha em minhas mãos e a abri. Que porra é essa? Era um anel de noivado e as c
Dormi o voo inteirinho, foi bom descansar, assim me desligo um pouco dos problemas e me desligo do medo de voar. Finalmente o avião pousou. Segui para a fila de desembarque com minha mala de mão. Não tinha mala adicional então segui direto para a saída.Como prometido pelo meu chefe, seu motorista foi me buscar no aeroporto.Motorista- Senhorita Gonzáles? Sou Henry Gray. Motorista do senhor Alcântara. Vou leva- la para o hotel em que está hospedada. O senhor Alcântara a espera. Disse cordial e com um sorriso gentil no rosto. Era um homem alto,forte e elegante para um motorista.Rebecca- Sim sou eu mesma. É um prazer conhecê-lo. Responde educadamente.Sem dizer mais nenhuma palavra, ele pegou minha mala e abriu a porta da carro para que eu entrasse. Entrei e ele bateu a porta. Colocou minha mala no porta malas e seguiu viajem para o hotel.Enquanto seguia para o hotel, conferi cada documento que guardei na nuvem para a reunião
Realmente não tenho para onde correr. Tenho que conversar com a Senhora Alcântara. Não sou obrigada a falar sobre a minha vida pessoal com ninguém, mas com ela... Ela me deu apoio, me deu um emprego, me ajudou e sempre, sempre me respeitou. Nunca exigiu conversar comigo, pois sabe que não sou de conversar. Ela só insiste em algo ou alguma coisa, quando senti que algo esta cheirando mal. E além do mais, essa conversa ja esta sendo mais que adiada.Fiquei em pé, enfrente a porta do quarto, pensando nisso tudo. Acabei de sair da reunião com os sócios da empresa e meu chefe ficou com eles comemorando mais um negócio bem sucedido e um acordo fechado.Eu preferiria mais uma reunião do que uma conversa pessoal. Pensei. Respirei fundo e bate na porta.- Entre Rebecca! Ouvi a voz da Senhora Alcantara. Assim fiz, girei a maçaneta da porta e entrei. Ela estava sentada numa cadeira ao lado da mesa de chá. Ela ama beber chá enquanto conversa.- Sente-
Mesmo depois de duas cervejas o fogo não apagou. Fiquei horas conversando e me divertindo com Lizzy e suas amigas. A senhora Alcântara foi embora durante o show que aquele ruivo deu no palco.Agora estou vendo no bar do Club vendo o mesmo ruivo que me beijou,me encarando firme. Ele não tira os olhos de mim. Parece que ele vai me consumir só pelo olhar e eu estou em chamas... Imagine ele de bombeiro... Que delícia... Não! Foco! Sexo casual. Além do mais estou fora de alcance no quesito relacionamento amoroso.Peguei minha bolsa do balcão e ao me virar vejo o ruivo bem perto olhando no meus olhos.- Vai no meu carro ou no seu? Perguntou com um sorriso maroto.Do que ele está falando? Fiquei encarando ele sem saber o que falar.- Oi?Mas me lembrei de dar meu cartão pra ele e a intenção que dei, na verdade queria dar outra coisa, mas não estavamos sozinhos.- Ah sim... Eu vi de uber. Disse dando mais uma golada na cervej
Chegando no aeroporto de Londres, pego um táxi e vou direto pra casa. Preciso deixar essas malas la e tomar um banho. Mas antes disso tudo preciso falar com meu pequeno.- Alô Mary?- Oi minha filha! Como você está? Voce ja chegou de viajem?- Sim dona Mary. Como está meu pequeno? Ele esta bem? Perguntei preocupada.- Ora minha filha ele esta ótimo! Senti sua falta. Daqui a pouco Pedro estará aqui para almoçar. Conversei com ele e ele me contou tudo. Ainda não acredito que ele fez isso com você. É meu filho mas ele ainda assim fez muito errado. Não o eduquei assim. Disse decepcionda.- Mary ele saiu de você. Você deu todo amor pra ele e mostrou o que é certo e errado. A atitude dele não tem nada haver com você, tem haver com quem ele é realmente. Mostramos quem somos com o que fazemos no nosso dia a dia.- Eu sei minha filha. Estou tão decepcionada com ele. Mas vamos mudar de assunto que isso doi em nós duas.-
Liguei para Mary e disse o que aconteceu. Imediatamente ela me ofereceu abrigo. Pedro não morava mais com a mãe a anos. Só aparecia em datas comemorativas. Sabendo disso aceitei ficar por duas semanas. Seria tempo o suficiente para encontrar um lugar para morar.O arquiteto iria avaliar a casa para me informar melhor sobre a condição da mesma. Se a estrutura estivesse forte era só reconstruir. Como se o "só" fosse pouca coisa. A casa era um carvão gigante.Sem mais o que fazer ali. Peguei um táxi e liguei para meu chefe. Ele tinha me ligado e me mandado duas mensagens com urgência na caixa postal.Rebecca- Senhor Alcântara. Desculpe me por não ter atendido. Precisa de algo? Disse não querendo contar o que aconteceu.Sr. Alcântara- Rebecca você chegou bem da viagem? Espero que sim. Ah... O casamento foi cancelado. Lizzy pediu desculpas e me pediu para que você ligasse para ela. O desgraçado daquele cara magoou minha filha. Disse u
Depois de colocar Samuel para dormir, fui para o banheiro tomar banho. Peguei minha toalha no quarto e depois fui para o banho.Pendurei a toalha no gancho da porta. Tirei a roupa, liguei o chuveiro e entrei no box.Deixei a água escorrer pelo meu corpo se me mexer. Estava me segurando para não chorar. Precisava permanecer firme. E continuaria firme sim. Só que ninguém é de ferro. Até o ferro sofre mutação para chegar ate a forma que o ferreiro quer. Mas que forma Deus quer que eu fique? Será que já acabou ou esta esperando para eu ficar feliz só um pouquinho pra sofrer denovo?Não sei o que o futuro me reserva, mas espero que compense toda a merda que vivi até agora. A única coisa boa na minha vida é meu filho. Quando penso nele o sorriso é certo. A alegria vem e é nesse pensamento que me agarro. Meu filho merece saber a verdade. Am
Já faz um mês, desde a conversa que Pedro e eu tivemos com nosso filho. Pedro tinha razão. Sua reação me surpreendeu, Samuel entendeu e ainda completou.- Mamãe, papai... Vocês sempre serão meus pais,certo?- Claro que sim filho. Dissemos jubtos.- Mas o senhor e a mamãe? Vocês vão se separar mesmo? Isso é ruim? Perguntou com os olhinhos esbugalhados.- Sim filho. Mas não é ruim ficarmos separados. Pense assim, quando queremos alguém bem, as vezes é melhor ficar separado. Disse Pedro.- Então vocês se amam e por isso querem ficar separados? Mas não eram pra estar juntos? Disse Samuel,claramente confuso.- O que o seu pai e eu queremos dizer filho,é que é melhor para nós dois ficarmos separados. Quando amamos alguém devemos sim ficar juntos, mas tem coisas que podem acontecer, que fazem se separar. Disse segurando em suas mãozinhas.- Nós amamos você filho, com to