No dia seguinte, seria o casamento de Valentina e Salazar e apenas os envolvidos nesse matrimônio sabiam disso, ele estava ansioso e completamente recuperado da tentativa de suicídio. Valentina estava em casa com Carmem, ela estava envolvida fazendo um vestido de noiva para neta.– Eu não quero que seja vermelho como o de toda noiva cigana, quero que seja simples e de qualquer outra cor. – Valentina estava muito triste por ter que se unir a Salazar, mesmo sabendo que aquela era a melhor decisão para afastar Benício de cometer uma loucura por ela.– Por que, Valentina? Vai fugir assim da tradição, seu marido não vai gostar nada disso.– Ele que se dane, para mim essa união não representa nada mais que uma fuga. Estou fazendo isso muito mais por Benício, do que por mim ou qualquer outra pessoa.– Eu te entendo, mas tem que se conformar e tentar amar Salazar.– Não se pode invadir assim uma casa ocupada...é isso que Salazar pretende fazer. Impor um amor a uma pessoa que já está apaixonad
Na cozinha Carmem ainda esperava por ela. – Carmem, eles estão juntos e agora são marido e mulher. Deixe-a passar a noite aqui! Carmem nem imaginava o que acontecia ali entre aquelas quatro paredes com sua neta, mas ela não era boba. Sem importar bateu na porta do quarto. – Valentina querida, está tudo bem? – Ela questionou. Salazar ainda se esfregava nas nádegas dela, deitado em seu corpo de costas e a cheirava os cabelos apontando o punhal em seu pescoço e suspirando pediu a ela. – Diga que vai ficar comigo essa noite! – Não – Ela chorou e tentou se impor a ele. – Diga, ou eu mato ela e você! – Eu...eu vou ficar esta noite aqui vó. – Sua voz saiu trêmula, mas Carmem não podia intervir, afinal ela mesma havia dito...foi para casa de coração apertado. – Você é louco, Salazar! Ele montou sobre o corpo dela que ainda estava de costas para ele, tirou a camisa, o cinto e desabotoou a calça... Saiu de cima de seu corpo e rasgou com toda força seu vestido. Valentina o sentiu lambu
Valentina levou suas coisas para a casa de Salazar, arrumou tudo e tratou de sair, naquela tarde teriam uma oração, era tradição sempre que realizariam um plantio para trazer boas energias. Estavam todos sentados naquela roda, ali entre mais pessoas Valentina se sentia mais segura e precisava distrair a mente.Salazar chega e em casa.– Mamãe, onde está Valentina?– Ela deixou as coisas dela e foi para roda de oração.Ele tratou de ir atrás dela, Valentina estava sentada ao lado de Carmem e Salazar tratou de sentar junto a ela, mostrando a todos que agora, além de ser o líder de todo o clã, era seu marido, Karen os viu juntos e saiu correndo chorando.– O que foi, filha por que está assim? – Domênica perguntou.– Aquela cachorra, está com ele. Com Salazar! – Karen respondeu desesperadamente.Domênica adorou saber disso, assim ela não perturbaria mais seu filho.Nesse instante Benício chega.– Viu só imbecil, no que deu se apaixonar por aquela maldita, mal se separou de ti e já tem out
Valentina fechou os olhos e o beijou com vontade imaginando ali seu grande amor e não ele, Salazar estava enlouquecido com ela a colocou em cima dele e ela mexeu-se sobre ele deixando-o ainda mais excitado.Ela fez com ele tudo o que fazia com Benício, se entregou-se de verdade. Tinha que deixa-lo em suas mãos e nunca mais ser submissa...cavalgou-o com vontade e até sentiu prazer, pois apenas usou aquele corpo. Salazar chegou ao orgasmo mais realizado do que nunca com os movimentos de Valentina.– Deus, como você me enlouquece! – Ele se sentou e chupou os seios dela enquanto se derramava em prazer por dentro da mulher que ama.Valentina sai de cima dele, toma um bom banho vira para o lado e dorme. Ele nem podia acreditar que tinha conseguido tê-la sem ter que apelar para força ou ameaças, aquilo era muito mais do que ele sempre sonhou.Amanhece e Kayon recebe a notícia que esperou por anos.– Está livre, hoje mesmo pode sair da cadeia!Ele chorou e pegou suas poucas coisas, pediu uma
Era um domingo e Valentina brincava com algumas crianças, parecia uma menina no meio delas. Kayon a observava de longe...era tão linda quanto Eulália, tinha uma luz naqueles olhos verdes que ele só havia visto igual em sua mãe. Uma luz que ele havia apagado para sempre com suas próprias mãos.Valentina viu que ele as observava, mas continuou correndo com eles. De repente, sentiu tudo escurecer e apagou...– Valentina, está me ouvindo filha? – Ela acordou nos braços de Kayon.– Eu senti tudo escurecer tão de repente!Kayon a levou até em casa e Késia ficou preocupada.– O que houve com ela?– Desmaiou brincando as crianças. – Kayon respondeu colocando-a na cama.Késia foi até a cozinha pegar um copo com água para a moça.– Tem se alimentado direito Valentina?– Sim, muito obrigada por se preocupar comigo Kayon.– Como não me preocuparia se você é sangue do meu sangue?– Por favor, não vamos falar disso agora.– Você sabe que pode me dizer tudo, não é? – Ele podia ver no olhar dela o
ValentinaKayon os levou para longe, graças a Deus...agora preciso dar um jeito de fugir com minha vó. Deixar esse clã e fugir feito covarde nunca foi uma opção para mim, mas não posso condenar o filho que carrego a levar uma vida miserável como a que eu estou tendo.Salazar soube da ida deles, ficou feliz e ao mesmo tempo mais receoso.– Mãe a partir de agora quero que fique na cola de Valentina, deixarei e buscarei ela todos os dias na faculdade.– Por que isso agora, filho?– Sabe que Kayon levou a família daqui.– É acha que ela pode ir atrás deles?– Talvez mãe, ela não sai mais dessa casa sozinha e muito menos com Carmem.– Impossível, se ela realmente quiser fugir não poderemos evitar.– Não só posso, como vou. – Salazar respondeu.Kayon e a família estavam bem longe, em uma cidade a mais de 500 km dali. Benício e ele logo conseguiram um trabalho e alugaram uma casa simples, porém aconchegante.Josélia a cúmplice de Domênica naquela maldição que quase levou Benício a fazer mal
Dois meses depois, Valentina já tinha uma barriguinha saliente de quatro meses, tinha tentado por tudo fugir, mas não conseguiu que Salazar saísse de sua cola e nem de Carmem. Apesar disso, ela não ia desistir de fugir de maneira alguma.Na cidade a 600 km dali, Karen ouve baterem na porta abriu e viu aquele homem todo engravatado e segurando uma pasta.– O senhor Benício Aguirre Coimbra se encontra?– Ele está no trabalho agora. – Respondeu ela.– Mas aqui é a casa dele?– Sim senhor.– Finalmente meu Deus! Eu me chamo Antenor Sales e sou advogado, Karen também está em casa?– Muito prazer senhor e eu sou Karen e entre por favor!Ele entrou e sentou-se, logo Domênica e Adriana foram para lá tentar sondar o motivo daquela procura.– Esse assunto só pode ser tratado com ele mesmo? – Domênica ela estava curiosa e demonstrava uma ansiedade crescente.– Sim senhora, esperarei o tempo que for preciso pois estou a muitos meses atrás dele e Karen.Domênica ficou branca de medo, sentia que aq
Os trâmites legais para que Benício e Karen recebessem herança foram realizados, o clima entre Domênica e a jovem não era nada amistoso, ela estava cheia de remorso pelo que a mãe havia feito com sua vida no passado ao tirá-la de sua família verdadeira.No clã, Sandra e Carmem ainda tentavam encontrar respostas para ligar aquelas pontas soltas na história, o que elas sabiam até ali, era que Kayon havia sido usado para tirar a vida de Eulália, mas o motivo e quem realmente teria encomendado aquele trabalho para Josélia, ainda era um grande mistério.Carmem estava deitada de barriga para cima, tudo estava claro e ouviu alguém a chamar bem suavemente como se fosse um sussurro ao pé do ouvido.– Mamãe venha comigo...Era sua filha Eulália, usava um vestido longo branco e parecia estar em paz. Ela a seguiu e foram até o rio onde a filha de Carmem apontou o dedo para que ela olhasse naquela direção...Carmem viu a silhueta de uma outra mulher, morena como Eulália, porém mais alta. Ela chorav