Quando chegamos a minha nova moradia já eram quase cinco da manhã, o
Nando não ia trabalhar no dia seguinte, ele passou a noite agarrado com a Luaname deixado de lado, o que me magoou, poxa era meu aniversário, mas não iriacobrar isso dele agora. Fui para meu quarto, só tinha uma cama, teria que voltar nacasa da Sheila para buscar minhas coisas, por agora só desejava dormi.Acordei com batidas na porta, gritei um entra ainda roco, era uma mulher alta,
cabelos lisos, a encarei e me perguntei quem poderia ser, até que a própria seidentificou como sendo a secretaria pessoal do Nando e que o mesmo estava mechamando para comer. Aquele cretino já estava acordado? Busquei o despertador,mas não tinha nem criado-mudo ainda, quem dirá um despertador. joguei-me parafora da cama e fui no banheiro, lavei o rosto, e fui encontrar com o senhor (festa deverdade)_espero que tenha dormido bem - o encarei sem falar nada.
Sentei a mesa e me servi de um copo com suco, a secretaria dele, também
sentou, ela era muito bonita, e parecia meio desconfortável com a minha presença,acho que eles tinham algo além, o que era nojento, afinal ele estava se agarrando apoucas horas com outra. _Li eu vou ter que ir na empresa, espero que não seja nada sério, mas vou deixara Ana para te ajudar.... _sério? Não sou adulta o bastante? Engraçado que achou que ontem eu era,afinal me largou naquela droga de festa com um cara que eu nem conheço - ele mefuzilou. _ok, não tá de bom humor, na parede perto da porta tem uma cópia da chave, aportaria já está avisada sobre você, quando eu voltar pode descontar sua raiva emmim, mas agora realmente tenho que ir.Não falei nada, não tinha nada a ser dito, ele sempre ia embora, agora não seria
diferente, mas ao menos não estava mais presa a minha tia e de certa forma, a maisninguém. Eu realmente estava com raiva, de tantas coisas, de tantas formas que avontade era de sair gritando, mais para quem? Para que? Levantei derrotada,precisava de um banho e ir buscar minhas coisas, a Ana continuou a mesa quandosai, ela parecia legal, mas só não estava com cabeça de falar nada e nem ter contatocom novas pessoas. Meu banho não demorou mais quê meia hora, quando sai dobanheiro tinha uma muda de roupa para mim na cama, um short curto, e umacamiseta, junto com sutiã e calcinha, me vesti deixado o cabelo preso em um coque,o Rio tinha muitas qualidades, o calor definitivamente não era uma delas. Voltei asala e a Ana já estava na porta me esperando, dei um suspiro e resolvi levar naesportiva, afinal ela não tinha culpa. Já tinha um táxi a nossa espera, tenho queadmitir que o apartamento, do Nando era lindo, e a vista pro mar não deixava adesejar, embora soubesse que minha raiva por ele não fosse durar queria senti-lanesse momento, me daria forças para encarar minha (amada) tia.Assim que passo pela porta vejo a Sheila, o Rodrigo e um homem que não
conheço, os três me olham, o Rodrigo é que vem até mim e me dá um abraço,aproveitando da raiva que estava sentindo, o abraço por mais tempo que onecessário, ao me afastar vejo a cara da Sheila, o que me faz abrir um largo sorriso. _Li quero que conheça meu irmão Leonardo. – falou o Rodrigo empolgado. _é um prazer conhecer alguém que aturou o Rodrigo e está vivo, começo a teresperanças. – falei sorrindo para o mesmo.O homem, era bem parecido com o Rodrigo referente ao porte, acabei
deduzindo que também tivesse sido do exército, ou ainda fosse, ganhei um sorrisoe ele veio até mim estendendo a mão, segurei e lhe apertei com cordialidade._o prazer é meu, embora tenha que dizer é bem mais bonita do que me foi dito,
ela é realmente muito bonita – acabei ficando um pouco corada. _não deixe se iludir por esse Dom Ruan, ele fala isso pra todas – olhei para quemtinha falado. A voz veio que uma mulher que acabará de vim da cozinha com um bebê no colo,o irmão do Rodrigo logo foi para o lado dela pegando a criança, e dando um castobeijo na mulher, pareciam ser felizes, e mesmo com a brincadeira do maridocomigo seu rosto não tinha nenhum sinal de raiva. _amor o que ela vai pensar de mim? Até parece que não me conhece – se fez deofendido. _é por te conhecer, meu bem que digo isso – falou segurando seu queixo. _esses encantos são Michele, minha esposa, e Nataly, nossa primeira filha. –disse com orgulho na voz. _é realmente um prazer conhece-lo, mas tenho que resolver umas coisas.O Rodrigo me olhou e não falou nada, subi direto para o quarto, tinha dito a Ana
que talvez fosse precisa de algo bem maior que um carro, pois havia muita coisa, e desejava levar tudo, comecei a separar o que era mais importante em cima dacama, eram meu livros, hqs, cds, cadernos, separei as malas no chão, todas abertase comecei a guardar as roupas, para os livros e todo o restos ia precisar de caixas...Senti meu celular vibrando no bolço e tirei para ver o que o Nando queria, mas nãoera ele.SEBASTIAN: OI BOA TARDE, GOSTARIA DE TE CONVIDAR PRA SAIR. TENHO
CHANCES DE RECEBER UM SIM? 15:34Encarrei a mensagem sem saber o que responder, não estava arrependida de ter
dado meu número, só que não achei que ele realmente fosse falar comigo. Resolvopor não responder nada agora, tinha que me concentrar no que estava fazendo,termino as roupas e vou pra mesa de computador, escuto batidas na porta e era aAna, dou um sorriso e digo para ela entra._o carro já chegou, falta muita coisa?
_bastante, mas as roupas já estão prontas... Só preciso... _quer um conselho? Por que não deixa o pessoal encaixotar o restante, separe sóo que for pessoal e que não deseja que ninguém veja, o restante eu mesmasupervisiono e acompanho. – meus olhos brilharam.Fiz exatamente o que ela disse, e me odiei por quase não a querer aqui, sai do
quarto levando apernas uma caixa com coisas realmente comprometedoras, nadasexual, mas meus diários de menina eram uma parte de mim que não queriaesquecer, e me confortava tê-los comigo, eram como um amuleto. Acabeiencontrando minha tia no corredor, mas nada foi dito, e nem havia, já na sala nãovoltei a encontrar a família do Rodrigo, e nem ele, fui para fora da casa e fiqueiesperando a Ana, como não tinha muito o que fazer resolvi por responder àmensagem recebida mais cedo.LÍVIA: NESSE MOMENTO UM PROVAVEL NÃO, TENTE AMANHÃ. 16:45
SEBASTIAN: NOSSA E EU AQUI ACHANDO QUE TINHA CAUSADO UM BOA IMPRESÃO. 16:59LÍVIA: SE NÃO TIVESSE CAUSADO NÃO TERIA DADO MEU NÚMERO... 17:01
SEBASTIAN: ENTÃO ME DEIXA TE PAGAR UMA BEBIDA, PROMETO NÃO
MORDE. 17:03LÍVIA: OK, MAS NÃO HOJE, QUE TAL NO DOMINGO? 17:10
SEBASTIAN: COMBINADO. 17:12
Quando chegamos em casa o caminhão já estava lá nos esperando, claro que o
caminhão não estava cheio, mas serviu, a Ana se ofereceu para me ajudar aarrumar tudo, mas dessa vez recusei, mas agradeci pela ajuda, e claro, pedi que elanão falasse nada para o Nando, que se possível fala-se que fiz do seu dia um infernototal. Comecei a arrumar minhas roupas de maneira lenta, coloquei uma músicaqualquer para tocar e fui acompanhando o ritmo da melodia, não estava com presa, queria deixar tudo do meu jeito, embora soubesse que não fosse terminar isso hoje,me joguei na cama e encarrei o teto._posso entrar?
_se eu falar que não mudaria alguma coisa?O Nando abriu a porta e foi entrando, ele ainda estava de terno e parecia
cansado, ele se jogou na cama ficando deitado ao meu lado, mas não falou nada.Amava meu irmão, o considerava minha única família, mas as vezes é como se nãotivesse ninguém, e isso me deixa muito mal._ainda tá brava?
_não. – menti. _sinto muito por ontem, e gostaria de me redimir - ele se sentou e começou a meencarar. _vai ter que ser muito bom. – falei sem nem ao menos olha-lo. _vou de levar em um parque aquático no domingo, vamos passar o dia inteirojuntos. _domingo? Esse domingo? _o que passou não dá pra ser, quer... _posso levar alguém? – perguntei espiando sua reação.Sabia que ia acontecer, ele abriu um sorriso de canto a canto, que pensei que sua
boca ia rasgar, seria meu primeiro encontro e sim estava muito nervosa, masnunca ia admitir isso a alguém, sabia também que se falasse que era o mesmo carada noite anterior ele ia me zoar a vida inteira, as vezes nem parecia que ele tinha32 anos, agia como se fosse mas novo e inconsequente que eu._claro... A comida já tá pronta se quiser...
Apenas neguei e deixei que ele sumisse da minha vista, sorri comigo mesma e
voltei a selva que se encontrava em meu quarto, as horas foram passando e quandoachei que estava aceitável sentei no chão. Encarrei a mesa de computador, sabiaque agora passaria um bom tempo nele, mas era isso que queria, sempre me sentiuma peça faltante de um quebra-cabeça, ou uma construção incompleta, até podiaser estranho me senti assim, mas não era do todo errado, não tinha pais, nemmemoria deles, não me considerava parte de uma família, nunca tive uma afinal.Sem nenhuma coragem levantei e fui em busca de comida, a casa estavacompletamente escura, tomei o máximo de cuidado para não bater em nada. Acheia geladeira, me servi de suco, fiz dois sanduiches e fiz meu caminho de volta aoquarto, estava quase chegando a minha porta quando um gemido alto chamouminha atenção, senti meu rosto queimar e praticamente me joguei pra dentro do quarto, soltei um sorriso nervoso e tentei esquecer, a cada momento pareciaerrado estar aqui. Abri o notebook e dei uma olha nas pastas que tinha separado para quandocomeçasse a faculdade, seriam de grande ajuda. Não estava com sono, na verdadeestava pensando no Sebastian, ele era lindo não tinha como negar isso, mas umcara que vai a uma festa daquela, devia estar querendo a mesma coisa que o Nandocom a Luana. Olhei o relógio, já se passavam da 00:
1 mês depois Estava tentando explicar pela última vez ao Fernando que estava indo para oaniversário da avó dele, e que não era um fim de semana romântico para eu perdera droga da minha virgindade, mas não adiantava? Parecia que ele me ouvia emcoreano, bufei e fui pro meu quarto. Sentei em frente computador e resolvoterminar o trabalho que o professor de cálculo tinha passado, por sorte estava indobem, sabia que devia as cursos preparatórios que fiz, mas ainda assim me dedicavade corpo e alma, a faculdade tomava a maior parte do meu tempo, o que restavaera direcionado ao meu namoro com o Sebastian, como ele tinha o hospital eestava se preparando para o mestrado acabávamos não nos cobrando tantoatenção, tentávamos conciliar nossos encontros com as folgas dele, e por
Adorava as histórias da dona Filomena, era incrível como ela respondia minhasperguntas sem eu ter que fazê-las, as vezes ainda me sentia sozinha, mas namaioria das vezes me sentia feliz. Nossa tarde estava tranquila, mas podia ver acara de tédio do Sebastian, não podia dizer que não o entendia, afinal ‘queríamos’,passar algum tempo juntos, fazendo coisas de namorados. Só que a noite anteriorestava me deixando desconfortavél, e estava com medo dele tentar algo, sabia que não erajusto, mas ainda não estava pronta para dar o que ele queria. Já era fim de tarde quando os pais do Sebastian chegaram, adorava os pais deles,sempre me trataram muito bem, e sempre estavam com um sorriso no rosto, com aquele olhar amavel, de quem está sempre disposto a ouvir seus problemas, a ajudar a resolve-los.
Abri meus olhos de maneira preguiçosa, após piscar algumas vezes lembreido que havia acontecido com o Sebastian, foi quando entrei em pânico, levantei assustada, olhando em volta, não consegui reconhecer onde estava, o que me deixou ainda mais aflita,dei um salto da cama vi que ainda estava vestida, não que a essa altura issodissesse algo, mas me deixou um pouco aliviada, olhei em volta, parecia um quarto normal, uma cama de casal, um guarda-roupa, as cortinasestavam fechadas, mas alguns feixes de luz ainda conseguiam passar para dentrodo quarto, vi uma cômoda ao lado da cama, nele vi uma foto da dona Filomena,tentei acalmar meu coração, fui até a porta e verifiquei se ela estava aberta, estava,encostei a cabeça na porta tentando pensar no que fazer, no que tinha acontecido,no que poderia ter acontecido enquanto eu estava inconsciente, meu co
Optei por chegar um pouco atrasada, peguei um táxi mesmo que morasseperto o bastante para ir a pé, quando cheguei vi que o carro do Fernando estavaperto da entrada, como imaginei que estaria. Assim que me viu ele veio na minhadireção, quando tentou me abraçar, o afastei, as pessoas conseguiam ser tãodissimuladas que davam nojo, peguei minhas coisas que estavam em sua mão esegui para dentro, o ouvi chamar meu nome, quase gritando, tremi por dentro, nãotinha como ficar totalmente indiferente da noite para o dia, mas não voltaria atrás. Queria agradeçer ao Daniel pessoalmente, se não fosse por ele, nem podia imaginar o que aconteceria comigo, provavel que desse um jeito, mas tudo foi facilitado. Me deixei pensar no Sebastian com calma, os sinais de que isso acabaria mal deviam estar lá, apenas fui cega, o sol que me atraíu era falso, mas me causou queimaduras intensas. Ao entrar na sala, por sorte a prof
Três Semanas Depois Quando os trabalhos foram apresentados me sentia confiante, estava trabalahndo nisso desde a conversa com o Daniel, e agora faltava apenas o resultado, o favorito e querinho dos professores era um aluno do 2° ano, mas estava mas confiante no meu, esmagaria quem se colocasse no meu caminho, e não de maneira injusta, mas sendo a melhor. A primeira aula estava quase no fim quando uma cordenadora apareceu na sala me chamando, ergui a sobrancelha, sua cara não parecia uma das melhores, depois de ser liberada pelo professor, segui ela até a sala do reitor, soltei o ar com força me preparando para o pior. Assim que passaei pela porta entendi do que se tratava, Vínicius, o favorito, estava sentado em frente a mesa do reitor, com cara de poucos amigos, olhei para ambos os homens, e esperei que falassem. _sabe
Assim que cheguei a faculdade avistei o carro do Sr.Cross, mas não só o carro dele me chamou atenção, O Sebastian estava encostado em seu carro, com os braços cruzados na frente do corpo, ele não estava diferente da última vez que o vi, mas diferente de antes, além da voltade de ficar longe dele, a raiva e repulsa estavam juntos. Queria esmaga-lo até não sobrar nada. Segui para entrada, fingindo que não o estava enchergando, não ia deixar ninguém me tirar o foco. _amor - ouvi sua voz me chamando. Senti minha garganta se fechar, o ignorei e continuei andando, mas a direta não funcionou, senti meu braço ser puxado com força, e sem pensar duas vezes fechei o punho e acertei seu rosto, mesmo que não tivesse força o bastante para causar um grande dano, minha atitude deixou claro que não queria sua aproximação, nem agora, nem nunca. Seu olhar de surpresa foi bom, mas sua mão ainda estava em torno do meu bra
A encarei sair pela porta, e mesmo a chamando a vi se afastar, olhei a comidaque ela havia trazido e inalei o cheiro, estava muito bom, provei um pouco e logoestava comendo, os últimos dias foram terríveis, não imaginava que nãoconseguiria manter distância das pessoas, mas muitas das mulheres da faculdadeeram atiradas demais, e quando aquele mulher se jogou em mim e me beijou foi agota d’água, evitar as alunas era algo fácil, mas quando se tratava de umaprofessora, teria que pensar em algo para mantê-la longe sem ter que contar averdade, algumas mulheres ao longo da minha vida tinham a ilusão romântica deque elas seriam as exceções que me salvaria da solidão, patéticas. Mas isso melevava a pequena que acabara de sair do meu quarto, antes dela entrar vi queminhas roupas haviam sido trocadas, assim c