Minha vontade é de mandar que ela vá para a p**a que pariu, afinal depois que confiei nela, mas me lembro que não posso, preciso seguir o plano. Se ela souber sobre Thay pode dar tudo errado.
Respiro fundo para me acalmar, olho para a loira em minha frente, ela é linda, possui um corpo escultural, porém é uma pessoa vazia, que pensa apenas em si mesma e tem inveja de outras mulheres, pois só pode ser isso, para fazer o que fez para Thay.
- Vou falar apenas uma vez Danila, escute bem. – Olho em seus olhos e sem pestanejar, profiro: - você nunca mais vai citar o nome da Thaynara, não olhará para o lado dela e não vai sequer pensar nela, pois se fizer isso, você estará demitida. Fui claro?
Vejo as lágrimas escorrerem por seu rosto, porém, ela mantém a postura firme e não desvia os olhos dos meus, sem emitir som nenhum.
- FUI CLARO, PORRA? – Grito fazendo-a pular no lugar e arregalar os olhos.
- Enrico, você está falando sério? – Vejo seus ombros caírem e sua postura altiva mudar, fazendo com que eu recue um pouco minha postura, porém não deixo de olhá-la firme.
- Eu vou ter que repetir, Danila?
- Não chefe, não precisa. – Vira-se e caminha para a porta a abrindo, mas para quando a chamo e me olha.
- Eu nunca te dei motivo para esperar algo mais de mim, sempre a tratei como minha funcionária, por que a insistência? – Espero que Thay já esteja na porta, ouça minha fala e acabe de vez com suas inseguranças.
- Eu amo você Enrico, amo de verdade e com todas as minhas forças. – Fico estático a olhando sem piscar, por essa eu não esperava, ela não pode achar que quem ama faz o que ela fez. – Mas, não se preocupe, não ficarei mais em seu caminho e quando ela quebrar seu coração, não me procure. – Solta o ar dos pulmões de forma audível. – Eu me demito, não posso mais.
Ela fica me olhando esperando uma reação minha, porém, não posso fazer nada, não retribuo seu sentimento, não sou nem seu amigo, como poderia fazer algo que nem está ao meu alcance, como livrá-la das consequências de seus atos?
- Amanhã você pode entrar em contato com o contador e ele vai te passar tudo que precisa ser feito para seu desligamento.
Ela se vira ao mesmo tempo em que Thay aparece na porta e meu estômago se aperta, será que ela ouviu? Meu coração acelera e uma onda de excitação me invade.
- Chegou bem na hora de sambar na minha cara? – Pergunta para minha flor de diamante.
Thaynara se afasta do caminho de Danila, a olha impassível e firme, sem se abalar ou responder de forma grosseira e faz um gesto para que ela passe, e com um bufado, nada feminino, xingando baixinho, minha agora ex-funcionária deixa-nos a sós olhando um para o outro.
Minhas entranhas estão revoltas e meu coração parece que vai sair pela boca, pois sua presença em minha sala é uma lembrança dos meus maiores pesadelos.
- Posso entrar? – Pergunta com a voz suave que me cativou e faço um gesto para que entre. – Desculpe-me, mas ouvi sua conversa com ela, assim que abriu a porta.
- Não tem por que se desculpar, não é segredo. – Faço mais um gesto para que se sente.
- E-eu... – Começa a falar, porém para, pigarreia e me olha com os olhos marejados. – O que disse para ela é verdade? Vo... – Suspira mais uma vez e termina em um rompante: - vocês nunca tiveram nada?
- Não, nunca tivemos, não sei de onde ela tirou essa obsessão. – Passo as mãos no rosto e espero mais uma briga entre nós, afinal não conseguimos manter uma conversa civilizada nos últimos dias, ou gritamos um com o outro ou fodemos como coelhos no cio.
Porém, ela permanece em silêncio e quando a olho, vejo seus olhos fixos em mim, mas sem nada que denuncie seus pensamentos, nervosismo ou que tenha recuado em sua decisão. Ficamos nos encarando até que ela abre a boca, mostrando que não voltou atrás.
- Vim me despedir de você, vou embora de Goiânia e não pretendo voltar.
Ouço ao longe o som animado de “Coldplay” com a música “Viva la vida”, porém, não consigo me desfazer da névoa que permeia minha mente, tento abrir os olhos, mas fecho-os novamente, uma vez que parece que um bumbo está tocando dentro da minha cabeça. Aos poucos, consigo me situar e percebo que a música vem do meu celular que se encontra ao meu lado na cama, no lugar que nunca foi ocupado por ninguém, já que durmo sozinha e nunca consegui terminar uma noite sequer, aqui com um homem.- Se eu fosse você, não tentaria levantar-me de uma vez.- É mesmo? – Pergunto para a voz do meu amigo que pelo tom, deve estar sorrindo da minha cara. – O que me sugere, senhor entendido em ressaca? É isso mesmo,
Quando a recepcionista me indica que direção tomar, me encaminho rapidamente para o local e ao adentrar, sinto como se tivesse levado um golpe invisível, pois meu corpo inteiro sente um tipo de descarga, como se houvesse levado um choque. Levanto a cabeça e antes que a hostess fale alguma coisa, me deparo com dois olhos penetrantes que fazem a descarga ficar ainda mais forte. O que será isso, será que estou a ponto de ficar gripada? - Posso ajudá-la? – Uma loira estonteante e bem-vestida para a minha frente, quebrando a hipnose que ele colocou em mim. - Vim me encontrar com o senhor Pedro Alcântara. - A sim, ele a aguarda, siga-me por favor. – Vira-se e anda com desenvoltura por entre as mesas, quase todas ocupadas e eu a sigo. Sem me conter olho na direção do homem misterioso e s
Arregalo os olhos e tento achar uma saída de emergência ou outra rota de fuga, mas ele percebe e começa a sorrir.- Não precisa ter medo, não farei nada que você não queira. – Ergue as mãos em sinal de rendição. – Queria apenas te conhecer.- No banheiro? – Minha voz é quase um sussurro, porém ele ouve.- Você saiu correndo, tive que dar meu jeito. – Estando sem reação, fico apenas olhando-o e percebo que mais uma calcinha foi embora, mesmo com o medo presente, o tesão se sobrepõem. – Sou Enrico e você?- Thaynara – Respondo no automático.- Bem, ao menos para mim você disse o nome, para o velho babão não deu abertura. – Seu sorriso agora é
Encontro-me, neste momento, tomando café em meu escritório na sede dos hotéis de luxo Garibaldi, que fica muito bem localizado, próximo ao centro da capital, permitindo que aos que se hospedam nele, fácil locomoção na cidade. Moro sozinho em uma cobertura, em um bairro de alto padrão e como não tenho a mesma sorte que o Olavo ou até mesmo Carolina, apenas uma empresa especializada em faxinas, se encarrega da limpeza e eu faço minhas refeições no hotel ou em restaurantes.Prático e rápido já que passo boa parte do meu dia aqui, administrando a rede e as noites sempre estou na boate, que adquiri, para ajudar um amigo com problemas financeiros. Mas, tomei gosto pelo negócio, aprendi a gostar de analisar as pessoas que a fre
A manhã passou voando, em meio a quantidade de pepinos que precisaram do meu parecer e as reuniões, não percebi o tempo passar. Imagino se eu não tivesse Amanda, pois ela resolve grande parte dos problemas, deixando para mim apenas o que não tem jeito. E ainda tive uma videoconferência de última hora com o gerente de uma das filiais do sul, devido a um problema envolvendo acusação de assédio moral, contra um de nossos diretores de marketing, por parte de uma ex-funcionária, que pediu demissão recentemente. Com a apuração, descobrimos que o diretor vem mantendo essa conduta a algum tempo e que uma funcionária saiu, também por causa de assédio sexual. Então não perdi tempo e o despedi, apresentando uma ótima p
Rita que está ao meu lado se engasga com susto, perante a fala da amiga e eu coloco a mão em seu ombro para ajudá-la. Vendo o rapaz ficar roxo de vergonha e tentar segurar o riso, que eu, é claro, não consigo.- Será que dá para tirar as patas de cima da minha mulher? – Bernardo me dá um tapa na mão e se enfia entre mim e sua namorada. Abrindo mais o sorriso, levanto as mãos em sinal de rendição, vendo-o abraçá-la e beijá-la com fervor. Olho para o lado, vendo Thay sentada em sua mesa falando com alguém ao telefone e gesticulando de forma expansiva, será que é algum homem? Sinto o tapa na nuca e olho para o lado, vendo um Olavo sorride
Na verdade, pelo pouco que percebi dela, sua pureza e docilidade lembram uma flor delicada e extremamente macia, ao mesmo tempo em que suas atitudes demonstram que ela é forte como um diamante, podendo ser lapidada pela vida, mas inquebrável diante dos problemas.- Hum-hum, não quero namorar, não quero compromisso, blá, blá, blá ... – Bernardo fala ao meu lado e saio do encanto que a diaba me colocou, percebendo que todos estão me olhando com semblantes jocosos.- Pois é, fico pensando, porque será essa posição de galo pronto para a briga, quando o nosso mais novo amigo ali – Olavo aponta para George, com o polegar - abraçou sua rosa do deserto. – Ele fala enquanto a mulher em questão entra em sua sala acompanhada de um idiota muito sorridente.- Afinal, qual o nome dele mesmo
- Jesus, Maria e José! Acho que derreti com tanto calor que emanou dos dois, incendiando tudo ao redor.- Você não ia embora bicha fofoqueira? Isaac se engasga com a própria saliva, ao ouvir minha provocação e para soltar toda a tensão que permeia meu corpo, solto uma gargalhada estrondosa, fazendo com que até os seguranças esbocem pequenos sorrisos.- Respondendo a sua pergunta, virgem da terceira idade, tive que ir ao banheiro, ou não posso agora?- É claro que pode, Georgito, - Nat chega falando – o problema da nossa virgem da terceira idade, – tapo meu rosto com as mãos, ao mesmo tempo em que escuto a risadinha do recepcionista – é que ela precisa dar essa periquita cheia de teias, para acabar com a frustração...- Mas ela, está com medo, pois a vers&a