A sensação de entrar no portal era como se estivesse mergulhando num lago gelado. Lúcia sentiu frio, mas não estava molhada, ou de baixo d'agua. Como ela atravessou de olhos fechados, não pode dizer o que viu ao entrar. Quando abriu os olhos ela estava numa floresta, segundos depois, Jhanny veio logo atrás dela. Ela olhou em volta e percebeu que estava na floresta mais linda que já vira. Belas árvores e plantas, as flores deixavam o ar completamente perfumado. O ar era maravilhosamente puro. Ela nunca respirou algo tão bom como aquilo. E então ela sentiu.
- Uau! O que... o que isso?! - Falou Jhanny, maravilhada.
Lúcia sentiu algo que ela jamais sentira em toda a sua vida. Ela não soube explicar o que era. Era bom. Uma energia incrível, como se ela jamais tivesse vivido antes, mas agora estava vivendo. Ela fechou os olhos e sentiu a en
John fechou a porta do quarto das garotas e foi para o seu quarto. Ao entrar em seu quarto ele fechou a porta. Seu quarto era maior que o quarto do apartamento no East Harlem. Tinha uma cama, que também era maior que a do East Harlem, encostada na parede perto da janela ao lado esquerdo. Um guarda roupa a direita e, ao lado do guarda roupa, um armário com uma mesa que John usava como escrivania. No armário havia uma fotografia dos pais de John segurando-o quando era bebê. Ele fitou os rostos dos seus pais. Sua mãe, uma mulher linda, de cabelos negros e olhos castanhos. Seu cabelo era curto, na altura do ombro, pele morena. Ela estava sorrindo enquanto segurava o sorridente bebê John. Seu pai, um homem ruivo e olhos azuis, também estava sorrindo. John era mais parecido com a mãe, seus cabelos eram pretos iguais a os dela só os olhos eram azuis, como os do pai, mas suas feições eram parec
Jhanny acordou cedo para começar o treinamento. Ela acordou Lúcia e em seguida, após se preparem, as duas desceram para tomar café da manhã. John estava sentado na mesa da sala de jantar. Ele estava tomando café da manhã e havia mais dois lugares à mesa. Ele convidou as garotas para se sentarem nesses dois lugares. Disse que acordou cedo demais e aproveitou para buscar o café da manhã no Salão. Ele já estava preparado para começar o treinamento, Jhanny pensou. Ele carregava na cintura uma espada embainhada de um lado e uma faca do outro. — E então, Thomas e Sther já partiram? — Perguntou Lúcia. — Sim. — Respondeu John. — Eles se foram antes do sol nascer. — Nem se despediram, quando será que voltam? — Falou Jhanny.
DIAS, SEMANAS E... MESES DEPOIS! Os dias e as semanas foram se passando desde que Jhanny chegou no Vilarejo Sfixland em Natureza, ela e Lúcia estavam se adaptando cada vez mais com o lugar e com as pessoas. Estavam ficando muito boas nos treinamentos com John e Carter, elas evoluíram bastante. Viver em Natureza era incrível. Logo Jhanny e Lúcia haviam aprendido muitas coisas sobre Natureza, os deuses e os lords da natureza e, também, sobre os reinos do Sul e do Norte. Elas adoravam as histórias que ouviam. Todos os dias elas treinavam e se divertiam pelo lugar, viam ao por do sol da Colina do Pessegueiro Azulado algumas vezes, a noite ficavam na varanda do quarto observando as estrelas no céu. Elas almoçavam e jantavam todos os dias no Salão, já haviam feito amizade com as pessoas que John as mostrou no primeiro dia delas, menos com o
Ter visto Jhanny e Carter juntos fez Lúcia sentir um pouco de inveja. Mas ela ficou feliz pela amiga. Lúcia e John haviam ficado bem próximos nesses últimos três meses, não tão próximos quanto ela gostaria, mas ele havia se aproximado bastante dela e Jhanny. Ele não era mais daquele Jeito sério e distante de antes. Ele agora era amigo delas, conversavam e saíam juntos, além de treinarem juntos. Ele as considerava tanto que havia contado a elas sobre os pesadelos que tinha com a morte dos pais que ele havia presenciado. Lúcia se sentiu muito triste por ele quando descobriu isso. Tentou se aproximar ainda mais dele, mas não teve tanto sucesso quanto Jhanny estava tendo com Carter. Parecia que John só a via como amiga mesmo. Quando ficavam só os dois juntos sozinhos, apenas conversavam e nada mais que isso. Lúcia não sabia dizer se John
Mais tarde, após o almoço no Salão, estavam os três na Colina do Pessegueiro Azulado. Olhando a paisagem, o tempo havia mudado repentinamente desde que eles deixaram a sala de meditação. O céu estava nublado e havia esfriado bastante. Lúcia podia sentir que o ar estava diferente, talvez fosse só sua imaginação, mas havia algo realmente diferente no ar desde que havia saído de lá. Mas mesmo assim, olhando a paisagem a sua frente, ela teve que admitir que, mesmo com o tempo mudado, o lugar continuava lindo. — É lindo aqui. — Foi o que disse. — Muito. — Jhanny concordou. John não falou nada, estava encostado no tronco do pessegueiro de braços cruzados e uma expressão séria no rosto. Lúcia ficou imaginando no que ele estava pensando, seria no mesmo que ela? Que seus sonhos têm algum tip
Do outro lado da muralha, o vilarejo não era tão diferente de Sfixland. As casas eram construídas quase das mesmas formas, algumas de madeira, outras de blocos de pedra e algumas com ambos os materiais. Porém, Depparow, parecia maior que Sfixland. As principais ruas eram ladeadas de pedras. Lúcia observava as crianças brincando e os jovens passeando, enquanto seguiam Lex Hygo até um prédio feito de blocos de pedra em estilo medieval. Parecia uma espécie de castelo. Algumas pessoas na rua os lançavam olhares estranhos... Claro! Eles eram forasteiros. Na frente do castelo havia um jardim com diferentes tipos de plantas, árvores com suas folhas em tons de laranja, amarelo e dourado devido a chegada do Outono. Eles seguiram direto por uma estrada de pedra, com várias folhas secas caídas no chão, para uma enorme porta de carvalho. O Sr. Hygo a abriu e esperou até todos eles entrarem.
No sonho, John estava em um templo, de frente para uma enorme fogueira com chamas em tons de laranja, vermelho e dourado brilhantes. Ele nunca havia estado naquele lugar antes, mas, de alguma maneira, ele sabia o que era. Ele sentia. Estava olhando para o Fogo Imortal, estava num templo dedicado a Fokon, o deus do fogo. O Fogo Imortal era seu símbolo, chamado assim porque nunca se extinguia. Não importa onde estivesse, nada era capaz de apagá-lo. O templo era a céu aberto, para que a fumaça pudesse subir ao ar livre. Colunas de pedra erguiam-se ao redor de onde estavam John e a fogueira, a intervalos de um metro e meio uma da outra, cada uma com uns quatro metros de altura e com uma estátua em miniatura de um homem, o deus do fogo, segurando uma espada e uma tocha nas mãos, no topo delas. O chão também era de pedra.
Jhanny não sabia por quanto tempo estavam andando. Então sentiu cheiro de comida e sentiu o estômago roncar. Mas de onde vinha o cheiro? Ela, John e Lúcia não conversaram muito durante a caminhada. Pararam algumas vezes para descansar e tomar água e então voltavam a caminhada pela floresta. Para onde estavam indo? Jhanny não sabia ao certo. Estavam seguindo o conselho que as deusas ancestrais de Lúcia haviam a dado, pois encontrariam ajuda lá, seja lá onde fosse. John havia suposto que esse lugar seria um vilarejo que havia seguindo por este caminho. O nome era Cordall. Assim como Sfixland, era habitado por filhos da natureza. Porém, segundo John, a maioria dos habitantes eram descendentes de Othor, lord do outono. — Estão sentindo? — Lúcia perguntou.
Último capítulo