Lúcia desejou que fosse sempre assim quando encontrassem com um deus ou lord da natureza, que eles sempre lhes dessem comida.
- Nossa! - Ela exclamou quando entraram, logo atrás do Pirita bonitão (Sim, Lúcia o achou bonito), na sala. - Mas que coisa fantástica!
O lugar era enorme, com teto alto onde um grande lustre de cristais azuis estava pendurado iluminando o lugar com velas. Não parecia que estavam naquele barco, a sala era muito grande e bem arrumada com sofás e poltronas fofas de forros azuis, alguns móveis bem lustrosos com detalhes azuis, haviam alguns baús velhos encostados em uma parede, estantes de livros, uma escrivaninha, o chão coberto por um enorme e fofo carpete, também azul. Tudo ali era azul. Ali de dentro nem dava para sentir o barco balançando nas ondas. Em um canto da sala, havia uma grande mesa de jantar tão far
John olhou de uma para outro e então pareceu entender o que estava acontecendo. - Eu realmente estava falando do sofá. - Ele falou rapidamente o que fez Jhanny cair novamente na gargalhada. - Não ligue para ela. - Lúcia falou. - Ahn... tá. - Ele falou olhando para Jhanny. - Ai... gente... desculpa. - Jhanny começou entre os risos. - Eu vou pôr isso aqui no lugar. - Ela se levantou, pegando o livro foi até uma das estantes e o colocou lá, depois sentou-se em uma poltrona perto da escrivaninha e começou a mexer nas coisas. - Ela... nos viu? - John perguntou a Lúcia, baixo pra Jhanny não escutar. - Eu não sei, acho que não. - Lúc
John sonhou que estava, mais uma vez, no templo de Fokon, mas desta vez estava lá sozinho. A fogueira continuava do mesmo jeito que ele a viu da última vez. Ele olhou para os lados a procura de alguém, andou em volta da fogueira, foi até a entrada do templo, mas estava realmente sozinho. Então, alguma coisa chamou sua atenção na fogueira, uma imagem, a mesma da última vez. Ele e as garotas sendo engolidos pela escuridão. Então, as chamas o engoliram e ele acordou. John sentou-se na cama, passou as mãos no cabelo, pensando naquela imagem. Aquilo não podia acontecer, ele não podia deixar aquilo acontecer. Ele tinha entendido o conselho dos seus avós, não deixar a raiva consumi-lo, mas porque teve esse sonho de novo? Será que não conseguiria se controlar quando estivesse frente a frent
Duas semanas haviam se passado desde que Jhanny, Lúcia e John tinham voltado da missão, e ela estava se perguntando por que o grifo Jake ainda não tinha voltado para seu dono, Mareh. Ela estava na varanda do quarto o observando correr e voar de um lado para o outro no centro de equitação. Ela acordou aquela manhã sem querer sair de casa. Então foi pra varanda observar a paisagem, que agora, devido ao outono, estava bastante dourada, tudo muito lindo como sempre. Outro motivo pelo qual ela estava observando o centro de equitação, era porque o Carter ainda não havia aparecido no vilarejo, ela sentia falta dele. Queria muito vê-lo. Era estranho olhar aquele lugar e ele não estar ali ajudando alguém a aprender a montar um cavalo. Era ainda mais estranho o fato de ele não ter aparecido no vilarejo, nem o Lincoln. O único que aparecia era o
Lúcia estava preocupada com John, ele ficou muito calado depois do Salão, mesmo depois de ela e Jhanny terem dito que estariam com ele. As duas estavam no quarto se preparando para partir, tinham se certificado de que não tinha mais ninguém nas ruas. Já passava das 23 horas, e, exceto pelos guardas nas torres de vigia, o vilarejo estava vazio. Tomariam cuidado para que eles não os notassem. - Pronta? - Jhanny perguntou ao terminar de prender o cabelo em um rabo de cavalo que ela jogou sobre o ombro, a mecha colorida presa atrás da orelha. - Sim. - Lúcia estava guardando no bolso o apito em forma de beija flor que a Mãe Natureza a deu. Ela tinha feito uma trança a qual jogou por cima do ombro também. - Vamos descer. Jhanny pegou a
Enquanto seguiam voando, Lúcia ficou pensando em Linus, em como ele os culpava. Ela achava isso injusto, mesmo que ela se sentisse mesmo culpada, mas a maneira como ele os culpava era diferente. O som de uma flecha passando zunindo perto de sua cabeça, fez Lúcia escapar de seus devaneios. - O que foi isso?! - Ela gritou. - Droga! - Ela ouviu John. - Acho que aquela é Cordall... ou o que sobrou! - Ele apontou. - Jake, dê a volta por trás daquela colina! - Ele gritou pro grifo que o obedeceu, dando meia volta e voando para detrás de uma colina que eles haviam passado. - Deuses! - Jhanny falou quando pousaram. - Eu consegui ver alguma coisa, Cordall está infestada de filhos da trevas.
John já tinha visto desenhos do Templo do Oráculo em alguns livros e pinturas, mas pessoalmente era ainda mais impressionante. Era exatamente como Jhanny descrevera de seu sonho. Uma enorme construção com colunas de mármore branco polidas, a imagem de uma garota sem expressão, segurando um livro aberto, entalhada na parede acima da entrada. Jhanny dissera que estava escuro, mas agora haviam dois braseiros enormes, um de cada lado da entrada, ardendo em chamas. Alguma coisa lá dentro chamava por John. - Espera aqui, Jake. - John falou, quando o grifo pousou ao seu lado. - Descanse. - O que eram aqueles... guerreiros? - Jhanny perguntou. - Elfos. - John respondeu. - Estão sentindo
Jhanny estava com tanta raiva quanto John pelo que Kallow falou da morte dos seus pais, mas ela sabia que ele estava jogando, então conseguiu se controlar. Ela o atacou pra valer quando os três partiram juntos para cima de Kallow. Ela e John com espadas e Lúcia atirando flechas. Kallow era muito bom e extremamente rápido, ele desviava das flechas de Lúcia e ainda conseguia se defender dos golpes dela e de John com bastante facilidade, porém, estava encurralado, se errasse poderia ser o seu fim. Jhanny usava sua habilidade de super velocidade para desferir seus golpes, ela e John atacavam sem parar, mas também tomavam muito cuidado para não serem atingidos pela espada flamejante do lord das trevas. Eles não sabiam o que aconteceria se fossem tocados por aquelas chamas. - Isso! - Kallow gritou. - Vocês são ótimos! - Ele gargalhou enquan
- Temos que mandar uma equipe de... - Thomas estava falando, mas parou ao vê-los invadir a sala de reunião. - Busca. - Ele finalizou.- Oh, aí estão eles. - Sther sorriu.- Equipe de busca para o quê? - John perguntou.- Nada, Canton. - Lincoln falou.- Era para vocês, mas já voltaram. - Thomas falou. - Já vou avisando que, independente do que vocês vão nos falar agora, vão ficar de castigo. Deviam ter avisado. - Lúcia riu, mas Thomas não.- Espera, isso é sério? Vamos ficar de castigo? - Ela parou de sorrir e ele assentiu. - Fala sério!
Último capítulo