Malia

Era de manhãzinha quando meu telefone começou a tocar incessantemente. Sinto os braços fortes de Etore enrolados ao meu corpo e, quando abro os olhos devagar, vejo-o todo esparramado pela cama, grudado em mim.

Pego meu telefone para que o barulho não o acorde e vejo o nome de Zarina no visor.

Tiro seus braços de mim levemente, para que ele não acorde, e vou até a varanda.

Zarina me conta que pensa em fugir para não ter que se rebaixar às leis da máfia, e eu, como uma boa prima, a ajudarei. Queria poder confiar 100% em meu marido para que ele me ajudasse, mas sei que ainda não posso confiar nesse nível.

Desligo o telefone com Zarina e olho para Etore, que ainda continua a dormir. Então, ligo para Kira.

— Oi gatinha, preciso de um favor. Ainda está em Paris?

— Oi amiga, estou sim. O que precisa?

— Preciso de um novo passaporte para Zarina, com nome falso e identidades novas para hoje ainda. Ninguém pode saber, apenas eu e você. Me ajuda?

— Sempre, amiga. Vou ligar para uns contatos e, à
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