P.D.V. de Raphael Stone.Durante três horas aquele louco estava se vangloriando de quanto era inteligente.O quanto ele era superior a todos que estavam presentes e me torturando, com os seus chamados brinquedos, uma variedade de alicates, facas, serras e martelos...Meu olho direito já não estava enxergando devido ao inchaço. E desconfiava que ele estava perfurado...O esquerdo estava com dificuldade de focar as imagens ao meu redor, o sangramento sobre ele, não permitia...Não estava mais sentindo os meus dedos da mão direita, foram quebrados...Minha perna esquerda, estava com um corte que tinha se iniciado na coxa e foi parar na minha panturrilha… o sangue ainda não tinha cessado de rolar.Tinha certeza que ele tinha embebido aquela faca de prata no acônito... sentia que as minhas forças diminuíam a cada corte… o acônito impedia que o meu lobo me ajudasse a curar os diversos ferimentos, se o sangramento continuasse, eu não ia durar por muito mais tempo...Desgraçado tinha pensado
P.D.V. de Lyanna Stone.Olhando para aqueles desgraçados, pensava, como podia existir seres tão desprezíveis...— Como é gracinha? Você desistiu de brincar com a gente? não se preocupe vai ser rápido… ou talvez não...Todos caíram na gargalhada, com o comentário desagradável de Juno.— Estava pensando… vocês ainda não me disseram por que estão aqui? Seria somente para fazer uma “boquinha” e de quebra estragar o ritual de unificação dos lobos ou foi para agradar aquele velho lunático lá atrás?Enquanto falava, Lyanna se aproximava provocantemente, com um olhar desafiador para Juno.Ele se sentiu excitado com o olhar da ruiva, ela parecia ser o tipo de loba que precisava ser domada, talvez, antes de matá-la… ele pudesse se divertir um pouquinho… deixaria “miss rosa” para os outros… aquela lobinha com ar de malvada era dele...— Agradar aquele cachorro velho? Nunca! quem eu quero agradar é bem mais poderosa e ela quer uma certa Licantropa que foi vista a quatro anos aqui..., mas você não
Passagem de tempo — Três meses.P.D.V. de Lyanna Stone.Estava tão escuro… tinha um filete de luz… ainda dava para ver a luz da lua entrando através de alguma abertura… por que tão escuro?… frio..., mas, eu sinto a sua presença.É tão forte… tão denso...— Onde você está? — chamo olhando para as sombras da noite… sim, eu posso sentir… ele está ali… no escuro no frio… preso… tão triste...Ouço um choro de criança e começo a correr, tentando identificar de onde vinha aquele som.Olhando os corredores sem fim… vejo uma sombra correndo para direita...— Não… não vá por aí… você está indo cada vez mais fundo… aí é frio...Eu chamava, mas aparentemente ele não me ouvia… até que ele parou em frente aquelas portas… portas tão escuras… frias… olho para cima e vejo cabeças de lobos esculpidas em madeira… como se estivessem em agonia. Algumas se contorciam, outras choravam e outras não tinham mais faces… o menininho entrou! Não… você vai se perder...Impulsivamente entro na sala...Deparo-me com
P.D.V. de Lyanna Stone. — O que foi que você disse? Olhava para o meu reflexo no espelho, com ar estarrecido... Eu tinha ouvido bem? A Licantropa mais fodástica, que recentemente apareceu, finalizando um plano friamente articulado, por um cretino traidor… estava se derretendo por um homem que ela viu em um sonho? — Você esqueceu que eu escuto os seus pensamentos, né?... — Claro que não… só que neste momento estou BEM estarrecida!... O que deu em você? — Olha quem fala?… quem foi que ficou até com a boca seca, somente por que viu os “gominhos” daquele abdômen perfeito?... Pronto falei! E já me decidir... Ele é meu, e eu vou ser todinha dele! Ai Deusa da lua! Ela enlouqueceu de vez... — Presta atenção Mítica!... não temos tempo para ficarmos delirando com supostos homens imaginários… temos que auxiliar ao nosso pai a colocar essa alcateia nos trilhos, para irmos em busca da nossa mãe… esqueceu dos nossos planos? — Por que imaginário?... Você estava lá e também viu... — ERA
P.D.V. de Lyanna Stone. Depois da reunião com os Alfas, pedi licença a todos e sai para espairecer, a minha mente estava bem caótica. Depois daquele incidente no meu ritual de unificação, pensei que mais nada iria me surpreender, e aqui estou eu, andando sem rumo em meio a floresta. De repente, ouvir um som de queda d’águas, levantei a cabeça e me deparei com a cachoeira que ficava no limite das nossas terras, vinha sempre aqui com a Anne… tantas lembranças. Eu me aproximei, deitei sobre a rocha para me perder naquele som maravilhoso da água caindo, sempre me acalmou... Sem nem pensar, comecei a fazer movimentos com as mãos, como se fossem pássaros sobrevoando a cachoeira, e as águas se ergueram, tomando formas, seus movimentos eram tranquilos e imitavam o bailar das minhas mãos. Olhei para as águas cristalinas e pensei, como seria bom se a minha vida fosse tão calma e transparente, como essas águas... Inesperadamente ouço estalidos de gravetos sendo esmagados e olhei para trás,
P.D.V. de Raphael Stone.Voltando de mãos dadas com a minha filha, caminhamos com tranquilidade até a casa grande da alcateia. Estava feliz por esclarecer com ela as pontas soltas que ainda nos faltavam.— Filha, eu gostaria de saber a sua opinião sobre um assunto, que venho refletindo já algum tempo...— Uau… isso é novidade! você quer a minha opinião sobre algo?— Engraçadinha! você sabe que eu sempre escutei as suas ideias..., mas se ia levá-las adiante ou não, cabia somente a mim essa decisão...Olhando para minha filha vi quando ela fez uma careta brincalhona...— Tudo bem pai… o que queria me perguntar?Olhando para a casa grande, que já surgia ao longe, suspirei e falei...— Vou eleger um novo Beta para nossa alcateia… com tudo que têm acontecido, vou precisar de um “braço direito” forte, de confiança e que realmente se importe com o bem-estar da Dawn Moon… e já algum tempo venho, observando e analisando o Jerome Benson, mas gostaria de saber suas impressões sobre ele...Lya ol
Passagem de tempo — Dois meses.P.D.V. de Anne Jones.Anne olhava distraidamente pela janela do avião.Ela não gostava muito de voar, preferia navios, trens e outros transportes...Todos deveriam ser mais conscientes e manter seus pés em contato com a terra. Isso era totalmente lógico! Se deveríamos voar, por que ser lobos? Caso contrário, deveríamos ter asas e vim como periquitos ou talvez, como gaivotas...bem, era o que eu achava.Tínhamos contratado um jato particular para nos levar até o nosso destino: Bulgária.Uma nação balcânica com um território diversificado que abrangia boa parte da costa do Mar Negro.Com um interior montanhoso, cheio de rios e florestas.Um verdadeiro caldeirão cultural que foi influenciado pelas tradições gregas, eslavas, otomanas e persas.Estava muito ansiosa para conhecer!Iriamos aterrissar na capital, Sofia, que ficava na encosta da base da montanha Vitosha, sua construção datava do século V - A.C. (Cinco Antes de Cristo).Depois de um mês de debate,
P.D.V. de Luckyan Savage. Luckyan estava desnorteado...uma Ravem entre as paredes da sua fortaleza e ainda por cima, o tinha chamado de companheiro... Seria possível que a Deusa da lua, tinha lhe pregado uma peça tão grande assim? Seus Betas entraram no salão do Alfa e olharam com atenção para o seu senhor... - Falem...onde estão os forasteiros? -Fizemos como o senhor ordenou.... os colocamos em quartos diferentes, para que não possam se comunicar entre si...e deixamos três guardas fazendo sua vigia e seis com a bruxa...a ruiva, deixamos em uma ala diferente...ela permanece desacordada. -Qual ala? Os Betas se entre olharam... - A ala sul da fortaleza senhor..., mas, os homens que deixamos na porta, permanecem receosos...eles nunca tinham visto uma Ravem... E loba... Levantando o meu olhar para eles... - Receio? Eles devem ter receio de me desobedecer...eu mesmo ficarei de guarda nos aposentos dela...caso ela acorde, tenho “algumas” dúvidas a serem esclarecidas... Um dos gêm