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P. D. V. de Ravena Ravem. Enquanto eu observava ao meu redor as acolitas, organizando o ambiente e alguns itens, que seriam colocados no altar da Deusa Hécate, percebi a presença serena e firme de Adama orientando a todos com amabilidade e ao mesmo tempo seriedade. Ela emanava a aura de uma mestra paciente e perfeccionista, o que não me surpreendia, considerando as histórias que minha mãe Huína, e minha irmã Irina, já haviam compartilhado sobre ela... Foi Adama quem primeiro suspeitou do meu paradeiro no castelo de Neverha, conforme me contaram a minha mãe e Irina. Ao vê-la tão dedicada aos detalhes, não pude deixar de refletir sobre sua perspicácia. E quando a vi depositar um item no altar, meu coração deu um salto. Era meu antigo colar! Eu não tinha ideia de onde ele estava, mas reconheci imediatamente a energia que emanava dele. Era a minha! Uma parte de mim... Os colares dos Ravem têm um significado especial. Se um de nós se perder, ou não conseguir encontrar o caminho de v
P. D. V. de Ravena Ravem.Adama me olhava com aquele olhar penetrante, como se estivesse pesando cada palavra que iria proferir. Seus olhos carregavam uma mistura de curiosidade e preocupação, e eu podia sentir o peso de sua indecisão pairando no ar. Finalmente, ela rompeu o silêncio com uma pergunta que me pegou de surpresa...— Eu estava decidida a não questionar nada, mas, por que você não solicitou a sua mãe, ou irmã, para realizar esse feitiço com você? Com certeza, elas são feiticeiras bem mais poderosas, e conhecedoras de inúmeros encantamentos, bem mais do que eu..., mas você veio para alcateia, e pediu a mim... Por que? Seria por causa de... Lyanna?Seus questionamentos ecoaram em minha mente, revelando uma percepção que me deixou impressionada...Ela realmente, era uma mulher, impressionante! Adama era incrivelmente perspicaz, capaz de ler nas entrelinhas, e captar até mesmo os sentimentos mais sutis. Sua empatia me assombrou, pois era como se ela conseguisse mergulhar nas
D. V. de Raphael Stone. Minha mente estava completamente focada em Adama, e na minha linda companheira, Ravena. Enquanto elas estavam imersas, em uma atmosfera de serenidade momentânea...pelo menos era o que aparentava. Pareciam tranquilas...então por que a sensação de aperto no meu coração? Se a minha ligação com Rígil, estivesse bem, eu diria que os meus sentidos de lobo, estavam ativados, e EXTREMAMENTE ALERTAS... No entanto, um furacão de pensamentos tomou conta da minha mente, quando comecei a presenciar, o horror que se sucedeu... Ravena estava tão concentrada em Adama, que mal percebeu, o perigo que se apresentou de surpresa para elas... Uma acólita, se ergueu subitamente do nada, realizando um ato de violência impensado, ceifando a vida de sua própria irmã de clã, com um golpe brutal, no pescoço, fazendo sua artéria jorrar sangue, sobre o seu athame e face... O grito de agonia da jovem que foi ferida, ecoou pela sala, deixando a todos atordoados. Até mesmo Adama, que mome
D. V. de Raphael Stone. Eu olhei ao redor, buscando por um local seguro onde pudesse depositar Ravena em segurança. Ela tinha que ficar, em segurança. Aquela situação não estava nada favorável... O lobo cinza que se aproximava não parecia estar ali para facilitar minha passagem; ao contrário, ele vinha em nossa direção, rosnando ameaçadoramente... Uma sensação estranha, me invadiu, como se eu o conhecesse, de algum lugar, mas não conseguia identificar de onde... De onde, eu já tinha o visto? De repente, o lobo cinza parou, e começou a latir para os outros lobos, que ainda estavam em processo de transformação, mais adiante. Eles estavam em meio a uma luta com os lobos da Dawn Moon, que os haviam cercado, mas algo parecia mais importante, para aqueles lobos em transformação: Se aproximarem de Adama... O que eles queriam com ela? A questão me intrigava enquanto eu tentava decifrar a situação que estava ocorrendo ali. O lobo cinza emitiu uma ordem, e os outros lobos se entreolha
P. D. V. de Ravena Ravem. Ai, que dor de cabeça!... Abro os olhos lentamente, despertando do baque recebido das acólitas. Eu estava com uma tremenda dor latejante na minha cabeça... Inferno! Como isso aconteceu? Detesto ser pega de surpresa. Tento focar as imagens na minha frente, para facilitar minhas lembranças, e só me deparo com um Raphael, com o semblante preocupado, e diversos lobos espalhados, ao nosso redor, alguns reconheci como sendo da nossa alcateia, e outros, não... Invasão? Estávamos sendo invadidos, de novo? O que estava acontecendo? Eu estava dentro da casa da irmandade...e agora, aqui?...Teletransporte? Não...estava desacordada...então alguém me trouxe. A confusão estava instalada na minha mente, enquanto tentava juntar as peças, desse quebra-cabeça surreal, que me encontrava... Que ódio! Fazia tempos que não levava um baque tão forte...pelo menos, que eu me lembrava...Aff, que aborrecimento! O cheiro de terra úmida e musgos, enche minhas narinas. Lembro-me va
P. D. V. de Ravena Ravem. Respirei fundo, tentando acalmar os turbilhões de pensamentos que ecoavam em minha mente. Droga! Detestava quando não conseguia controlar minhas emoções... A suíte que haviam designado para mim, era o refúgio que eu precisava naquele momento. Raphael insistira em que ficássemos no quarto dos alfas, da alcateia, mas eu pedi fervorosamente por um espaço só meu. Para pensar e moer emoções explosivas, nada melhor... Às vezes, eu questionava a minha própria sanidade, por isso, eu precisava de um lugar onde pudesse me encontrar, onde pudesse processar tudo, o que estava acontecendo a minha volta... EU sabia que era a companheira de Raphael. Era como se cada célula do meu ser, sussurrasse esse fato incessantemente. E o amor que sentia por ele, era avassalador, palpável como uma chama, que queimava dentro de mim. Ao olhar para ele, meu corpo inteiro se incendiava, minha mente se embriagava, e todas as minhas vontades, convergiam para estar com ele, entregando-m
P. D. V. de Ravena Ravem. Após conversarmos na suíte, seguimos pelo corredor, discutindo as possíveis formas de libertar a mãe de Anne... Eu tinha que resolver essa questão, o quanto antes, ainda tínhamos que auxiliar a Royal Creek e partir para Noruega. Parece que desde que eu despertei do sono macabro induzido por aquela feiticeira e seus asseclas, uma avalanche de intrigas, traições e embustes estava ao meu encalço... Raphael aproveitou aquele momento, para me colocar a par de como Marisa acabou morando na casa grande, e ajudando a criar Lyanna, e torna-la aquela grande mulher. Era evidente que ela era uma loba especial, e ao longo dos anos, tratou minha filha, como se fosse a sua própria. Não podia permitir que ela sofresse tal tormenta por mais tempo, especialmente considerando que a própria filha dela, até então, não fazia ideia do que estava acontecendo com a sua mãe... Era hora de agir, e garantir que justiça fosse feita, não somente, pela mãe de Anne, mas também por todas
P. D. V. de Ravena Ravem. Antes de tomar qualquer decisão em relação a Marisa, parei e lancei um olhar significativo para Raphael. Sabia que ela era uma amiga de longa data dele e de todos da alcateia, e que ele tinha um vínculo muito forte com ela... Ela esteve ao seu lado, em muitos momentos difíceis, os quais eu não estava, esse pensamento até me entristeceu, mas sem me permitir pensar muito nisso, eu fitei sua face, eu podia sentir o peso da preocupação, em seus olhos, enquanto ele a observava com pesar. Era evidente, que o que estava por vir, o afetaria profundamente... Aproximei-me dele com determinação, e o beijei, transmitindo toda a confiança que eu tinha em nossa conexão... — Meu amor, você confia em mim, não é?... Então, por favor, aguarde lá fora. O que preciso fazer, pode causar dor a Marisa, mas confie em mim...eu não farei, nada que não seja necessário, para livrarmos ela deste feitiço. Raphael me olhou, pronto para expressar o seu desejo de ficar ao meu lado.