- Pronto? – esperei Olívia na sala enquanto ela trocava de roupa, e arrumava uma pequena mala.
- Sim. – ela apareceu na sala vestida de calça jeans, camiseta e um tênis. Os cabelos soltos e lindos. Seus olhos estavam em dor e eu sabia que era por que ela estava indo.- Eu sinto muito, você voltará... É só uma questão de tempo. – falei, embora eu soubesse que era mentira. Eu nem sabia se ela realmente poderia voltar depois que os demônios descobriram onde ela morava.Abracei-a por um momento, e segurei seu rosto para o meu para beijá-la. O beijo foi apenas para demonstrar que eu estava ali, porém, não consegui deixar de puxá-la para mais perto e aprofundar ainda mais nossa paixão. Ela me abraçou deixando cair à mochila.Eu não queria que nada estivesse acontecendo. Não queria esse perigo para ela, não queria que ela se afastasse das pessoas que ela ama, e muito menos que ela tivesse que passar por mais dor, mas isso era resultado de ela ter dons. A maioria dos especUm frio sentimento de terror se apoderou de mim. A única pessoa que eu havia se esquecido de proteger, havia sido pega por eles. E era a melhor amiga de Olívia. Eu sabia que eu devia tê-la protegido. Ela era também de certa forma especial.Tentando pensar claramente, voltei minha atenção para o telefone.- O que vamos fazer? – falei.- Precisamos pegá-la de volta. Vou voltar ao Céu para garantir mais soldados e assim fazer com que cerquemos o lugar onde estão com amiga dela, e a resgatamos. – Castiel disse.- Ok. Quando estiver pronto me ligue e vou com você. – Olívia se assustou e pegou minhas mãos nas dela.- Precisa ficar ai, irmão. Alguém forte tem que protegê-la. A situação não está muito boa para nosso lado. – ele calculou e ouvi o ar entre as nuvens enquanto ele voava a toda.- Ok. Mas, qualquer coisa me ligue. Farei o que for preciso para protegê-la e as pessoas ao redor dela. – desliguei o telefone e o joguei na cama. As coisas real
A manhã de domingo chegou preguiçosa e serena. Apesar de eu estar acordado e ter visto o Sol nascer, eu não me sentia nenhum pouco cansado.Ao contrário. Eu me sentia bem disposto e mais equilibrado do que em dois mil anos de meu nascimento. Eu sabia que a situação lá fora não poderia estar muito boa, mas eu estava calmo e tranquilo, com uma sensação tão diferente que nunca tinha me passado pela mente que poderia existir. Eu sabia o motivo disso, tinha nome e era de carne e osso.Olívia dormia tranquilamente enrolada nos lençóis e estranhamente sorria enquanto sonhava com um jardim secreto e rosas brancas. Ela estava bem, mesmo com sua amiga sequestrada e eu sabia que pelo menos quando ela acordasse estaria melhor do que ontem.Castiel ainda não tinha ligado, mas eu esperava que a situação tivesse chegado a um ponto melhor. Eu não saberia o que fazer agora com Olívia e com a perseguição dos Demônios. Por que isso não teria um fim. A família dela e seus ami
OlíviaCorremos pelo estacionamento do hotel, para acharmos o sedã preto e irmos só Deus sabe para onde.Melahel matinha os olhos ao nosso redor. Atento a qualquer pessoa e a qualquer movimento inesperado. Eu também apreensivamente olhava para todos os lados, e quando finalmente chegamos ao carro, fiquei aliviada e Melahel abriu a porta do carona para mim.Entramos e ele pisou firme no acelerador, cantando pneus e colocando o carro em movimento rapidamente.Suspirei e me recostei no banco de couro preto.Até dois meses atrás minha vida não era assim. Era comum e não a melhor que eu poderia querer, mas não tinha tantas complicações como agora. Visões, demônios, um anjo... E que anjo..
- Você quer comer alguma coisa? – Melahel me perguntou da cozinha, enquanto eu zapeava os canais na televisão moderna maior que eu já havia visto.- Seria bem agradável comer algo. – murmurei alto.Continuei esticada e suspirei. Ficar escondida era tão tedioso, pois eu queria sair poder ver minha família, minha amiga que ainda não se tinha notícia fazia dois dias.Eu estava perdendo a escola e minha mãe já devia estar enlouquecendo sem notícias minhas. Porém, Melahel não me deixara ligar para ela, por talvez demônios localizassem seu celular ou algo do tipo e tudo poderia dar errado.Eu respeitava e entendia. Mas, só não ficava pior por que graças a Deus Melahel estava aqui comigo. Sem ele e sem seu apoio eu não seria capaz de nada. Ele era o único porto seguro que eu tinha agora.- Prontinho! – ele exclamou trazendo uma bandeja com uma sopa de que eu não sabia o nome e Coca.Me sentei e coloquei a bandeja no colo.- Obrigada. – sor
MelahelSoquei a árvore mais uma vez indignado.Isso não poderia estar acontecendo! Não podia!E, no entanto, estava.Eu seria preso dali a três dias e não poderia crer que com tantas coisas que estavam acontecendo eu teria que deixar minha protegida.Eu sabia por que estava sendo preso e enfrentaria um julgamento. Eu havia possuído um corpo de uma humana, o que era terminantemente proibido no Céu. Na verdade, era para eu ter sido morto, porém como era chefe dos anjos e levava créditos, e agora apenas seria enclausurado, como dissera Samandriel.E tudo isso eu não tinha coragem para dizer a Olívia. Ela se sentiria mal, eu não teria onde encontrar explicações e ela se decepcionaria. Eu apenas havia falado que iria partir e voltaria em breve, por que não queria assustá-la, mas a verdade é que eu ir
OlíviaO dia seguinte chegou e abri meus olhos e Melahel estava com os olhos grudados nos meus, olhando-me de forma tão intensa que me fez corar. Por que ele estava me olhando assim?Sorrindo dei um beijo em seu rosto e em seguida na boca. Seus lábios macios acompanharam os meus em uma sincronia perfeita e maravilhosa, deixando meu coração disparado e ainda mais alegre apenas por ele estar ali.- Tenho algo especial para hoje. – ele me disse.Isso me fez ficar curiosa, e me lembrei de que ontem ele havia me deixado ficar sozinha durante algumas horas na madrugada, embora ele não soubesse que eu sabia. E imaginei se algo tinha haver com o que ele estava falando agora.- Sério? – me sentei na cama e me espreguicei.- Uhum. – ele disse. – Mas, isso é só de noite. Tenho outra boa notícia.Meu coração disp
MelahelEla dormia tranquilamente em meus braços e durante a noite toda eu havia olhado-a dormir falando várias vezes que me amava e que não queria que eu fosse embora.Me entregar a ela como tinha feito, havia me marcado para sempre. Tinha aberto um rompante ainda maior de sentimentos, me sobrepujando, me domando, me controlando de um jeito, que ficar dela me agoniava demais. E eu só conseguia ir, sabendo que fugir seria ainda pior, que aqui ela estaria sob a proteção de meus irmãos.Ela ainda não parava de falar a mesma coisa havia uma hora.E aquelas palavras cada vez mais me machucavam. Eu tinha que fazer algo para voltar depressa para ela. Não a poderia deixar desprotegida, eu sei que ela teri
OlíviaMeus olhos se abriram para o dia ensolarado. A luz do Sol entrava pelas janelas grandes da cabana e me espreguicei notando que se quer não havia um peça de roupa em mim.A noite passada me veio como uma avalanche e lembrei no compromisso que eu havia aceitado. Sorrindo, apesar de tudo feliz, olhei para minha aliança de ouro branco e ela brilhou com a luz do Sol que me banhava. E foi então que notei o papel em cima do travesseiro de Melahel. Que estranhamente não estava no nosso quarto e nem no banheiro, por que estava tudo silencioso.Com o lençol ao meu redor, peguei a carta e me sentei na cama para ler. Era a primeira vez que eu via uma letra tão perfeita e bonita que só poderia ser de Melahel. Respirei fundo e l