Capítulo Sete

Voltamos as duas da manhã.

Era tarde eu havia bebido um pouco e Loren também. A festa seguiu ainda noite à dentro, mas Loren e eu não queríamos dar margem para os empregados especularem que ficamos a noite fora. Então, decidimos voltar antes que amanhecesse. 

Dançamos e rimos muito, até mesmo parecendo um casal jovem e que se amava. 

Ele abriu a porta da carruagem quando chegamos em casa e durante todo o caminho ele havia estado em silêncio. Não havíamos mais tocado no assunto de quando ele fosse embora. E isso no fundo me afligia. 

Ele estaria falando certo? 

Iria me querer por perto mesmo? Que eu fosse embora... Mas, e minha família? E se ele queria que eu fosse, quer dizer que ele me amava? Havia tantas perguntas... E no fundo, eu queria saber, mas não tive coragem de perguntar nada. 

Aceitei a mão dele e caminhamos em silêncio para dentro. O cocheiro saiu com a carruagem e tirando ele, a casa estava em silêncio e escura. Algumas luzes estavam acesas apenas dar claridade na escuridão total e os empregados deveriam estar dormindo. Me apertei nos braços de Loren e estava frio lá fora. Ele abriu a porta e depois fechou-a. Subimos para o segundo andar e meus pés estavam doendo. Meu tornozelo estava meio dolorido, e eu deveria tê-lo forçado demais. 

Na porta de meu quarto, Loren parou e me olhou. 

- Essa noite foi incrível. – ele sorriu e passou a mão por meu rosto, segurando meu queixo. – Vou deixar você dormir... Está tudo bem? Notei que estava mancando. Seu tornozelo está doendo? 

Fiquei sentida com seu carinho e apenas assenti. 

- Entre e troque de roupa. Eu já venho com a pomada. 

Assenti mais uma vez e abri a porta de meu quarto. 

Caminhei para o closet e puxei a fita das minhas costas, depois desatei o corpete e tirei todo o vestido. Deixei ele no chão e sorri. Essa noite eu jamais esqueceria. Procurei entre os cabides e achei uma camisola preta de cetim. Seu tecido era macio e ela era longa. Tirei as meias e fiquei apenas com ele. Soltei meu cabelo e por mais incrível que parecesse, minha maquiagem ainda estava intacta. A camisola era decotada e de alças. 

De volta ao quarto, me sentei na cama e meu tornozelo estava inchado mesmo. Gemi quando passei os dedos e então um par de mãos brancas o tocaram. Olhei assustada e Loren tinha entrado no quarto e eu nem havia percebido. 

Ele sorriu olhando em meus olhos e acariciou meu tornozelo. 

- Acho que o forçamos demais hoje. – ele beijou e então aplicou a pomada refrescante. Fechei os olhos de alívio e ele riu. – Isso aqui ficou lindo em você. – ele tocou com os dedos a joia que ele havia me dado. Eu tinha esquecido de tirar e ela ainda estava em meu pescoço. – Combina com você. 

Ficamos a centímetros perto um do outro e sorri para ele. 

Seus olhos começaram a derreter e vi desejo neles como deveriam estar refletidos nos meus. 

Loren tocou minha bochecha e então chegou mais perto com a boca quase na minha. Olhou todo meu rosto e o acariciou com as pontas dos dedos. 

- Eu provavelmente não deveria estar fazendo isso, mas não consigo. – ele sussurrou.

- Então não pare. – sussurrei de volta.

Ele não se conteve mesmo e então me beijou. 

Não foi o primeiro beijo de minha vida. Mas, foi o mais longe que eu já havia chegado com alguém. Ele abriu meus lábios com os seus e sua língua provocou a minha de um jeito excitante. Nossas bocas se encaixavam perfeitamente e se moviam em uma sincronia rítmica. As mãos dele apertaram meu rosto e segurei seus braços. 

Ele me curvou na cama, aprofundando o beijo e passou suas mãos por minha cintura enquanto eu apertava a dele. Minha respiração começou a se acelerar e meu sangue bombeava mais rápido, trazendo provavelmente trazendo cores avermelhadas para minha pele. 

Ele me deitou na cama e deslizou as mãos pela lateral de minha cintura. A camisola deslizou para baixo e ele tocou a pele nua de minhas coxas. Gemi quando ele acariciou-as lentamente e então puxou minhas pernas para se fecharam em sua cintura, em um ato rápido ele me puxou para cima e me sentou em seu colo na beirada da cama. 

Dessa vez o beijo já estava mais quente e intenso, ele acariciava minha perna ainda e subiu os dedos, subindo a camisola junto. Eu gemia e arfava enquanto ele me tocava. Ele mordeu meus lábios e desceu sua boca para minha garganta, chupando e beijando. Agarrei seu cabelo e puxei ainda extasiada. Seus dedos estava entre minhas pernas dentro de minha lingerie e meus olhos se reviraram nas orbitas. 

Soltei um gritinho quando sua boca chegou ao meu decote. As alças de minha camisola caíram, revelando meu corpete íntimo. Ele gemia junto comigo e acelerou o ritmo entre seus dedos ao mesmo tempo que com a boca. 

Achei que fosse desmaiar, mas abafei o grito quando sua boca juntou-se a minha depois. Ele me beijou mais agressivo e agarrei sua blusa de linho, pois ele já havia tirado o smoking. Tirei-a em poucos segundos e ele ainda mantinha suas mãos se movendo na parte interna de minhas coxas e a outra na parte de meu corpo traseira. 

Minha respiração foi à loucura novamente e ele gemeu quando eu mordi seus lábios de prazer. Ele parou e então beijou minha testa que estava suada. 

- Fique aqui. – Loren me sentou delicadamente na cama e se levantou. 

Ele andou até a porta e a trancou. Depois apagou algumas velas do quarto deixando apenas duas perto da cama, deixando o quarto em um clima romântico. Ele me olhou mais sério do que qualquer outro momento e me senti nada tímida. Algo dentro de mim estava me dando coragem, me impulsionando para frente, para Loren. 

Ele tirou o cinto e as calças, depois os sapatos e ficou apenas de cueca em minha frente. Ergui as sobrancelhas diante da perfeição daquele corpo. Ele era totalmente definido desde o pescoço até as pernas. Seu abdômen era liso e esculpido de forma angelical. Seus cabelos já haviam se desarrumado o deixando sexy e perigoso. Os olhos derretidos em prata fundido. 

- Você tem certeza? – ele me perguntou. 

Olhei para ele e corei, apesar de tudo. 

- Eu nunca fiz isso. E quero que seja com você. Não quero estar com outra pessoa há não ser você. – falei baixo. 

Ele sorriu e caminhou para a cama. 

- Se deite. 

Fiz o que ele pediu e Loren se sentou na cama de joelhos, se curvou entre minhas pernas, beijando e mordendo minha panturrilha. Gemi alto e ele subiu para as coxas. O tecido da camisola havia decido quando me deitei, mas ele levantou até em minha cintura expondo tudo. Ele beijou mais intensamente e sua boca beijou algo mais íntimo, me fazendo delirar em poucos segundos. Ele beijou e minha respiração ficou presa na garganta. 

Ele beijou minha barriga e lambeu meu umbigo. 

- Você é linda. Adorável. – ele abriu um sorriso largo e travesso. Aquilo doeu entre minhas pernas e gemi. 

Sua boca continuou passeando e ele puxou minha camisola entre meus braços, me deixando de lingerie. Passei minhas mãos por seu corpo e memorizei cada traço dele como se fosse meu. Ele colocou as mãos em minhas costas desabotoando o corpete e sua boca estava na minha de repente. Senti a urgência dele tão profunda quanto a minha.

Ele tirou o corpete e passou a mão por meu busto e gemi. Senti ele gemendo junto comigo e ele me fez ficar de joelhos na cama com ele. Sua boca desceu por meu pescoço e clavícula. Em seguida ele beijou todo o resto do meu corpo, me deixando nua em sua frente. 

Ele tirou suas roupas e me puxou para debaixo das cobertas. 

Sua boca estava na minha e nunca me senti mais feliz e completa. Ele cobriu meu corpo com o seu e como antes puxou minhas pernas para sua cintura, possuindo meu corpo de forma única. 

- Ah! – sussurrei incoerente. 

- Eu te amo, anjo. – ele sussurrou.

Com um ritmo intenso ele se aprofundou mais em mim e me deixou em êxtase durante toda aquela noite.

                             ***

De olhos fechados eu podia sentir a frieza da arma apontada sob minha cabeça. 

Eu sabia que Harrison jamais teria misericórdia de mim e eu nem queria que tivesse. Por que, por mais fim trágico que eu tivesse, se eu não tivesse feito as escolhas que fiz, eu jamais teria vivido intensamente cada momento com Loren como se fosse o último. 

E talvez no fundo eu soubesse que isso aconteceria. Que o meu não estava muito longe. 

Abri um sorriso e esperei minha passagem. 

Os sons vieram de forma lenta e muito real. O gatilho da arma foi disparado, o mecanismo da arma girou e a bala disparou. 

Só o que senti depois foi escuridão. 

Os dedos me apertaram e tremi empurrando para longe quem quer que fosse antes mesmo de abrir os olhos. O grito saiu de meus lábios, aterrorizada por meu pesadelo. Eu estava morta? Ou Harrison dera de fato um jeito, e ele estava entrando em meu quarto?

- Aria... Aria! Shhhh... – a voz de Loren soou bem perto do meu ouvido. 

Senti as lágrimas inundando meu rosto de terror e então abri meus olhos completamente embaçados pela água. 

A ficha ainda não havia caído, mas finalmente notei que estava no meu quarto, Loren na minha cama, nu junto comigo e me abraçando de um jeito terno. Suas mãos acariciavam meu cabelo, tentando me acalmar. Nós tínhamos passado a noite juntos, e minha consciência talvez estivesse lembrando o que nós fizemos, mostrando um final para meu romance proibido. 

Chorei com toda minha alma e me senti aliviada um tempo depois. Não queria fazer isso em nossa primeira manhã juntos, mas algo parecia querer esmagar meu peito. 

- Aria, meu amor. – Loren me chamou. – O que houve? – me afundei em seu peito forte e ele suspirou. – Foi algo que eu fiz? Eu te machuquei? 

Senti aos poucos meu choro passando, respirei fundo, fungando e fiz que não com a cabeça. Me soltei dele, e peguei um lenço dentro do criado mudo. Assoei meu nariz, me sentando e enxuguei minhas lágrimas. Não eram gestos muito elegantes, mas não tinha jeito. Tomei o copo de água ao lado da cama. 

Mais calma, notei que o sol se estendia calmamente pelo meu quarto. Deveria ser cedo ainda, cedo demais para mim levantar. 

- Você está bem? – Loren me perguntou novamente. 

Olhei para ele e quase voltei a chorar. Ele estava com o rosto retorcido em preocupação e medo de que pudesse ter feito algo de ruim para mim.

- Sim. Me perdoe. – falei baixo. – Tive um pesadelo e acordei assustada. Só isso. 

Ele me puxou, se sentando na cabeceira e me colocando em sua frente, deitando-me de costas em seu peito. Seu hálito doce soprou em meu rosto e ele beijou o topo de minha cabeça. Me balançou enquanto cantarolava em meus ouvidos e fechei os olhos, apreciando cada instante com ele, como se de fato, fosse o último. 

- Não precisa pedir desculpa. Todos nós temos sonhos ruins. Mas, agora eu estou aqui. Vou ficar com você. Sempre. – ele disse e segurou meu rosto, me virando para encará-lo. 

Abri os olhos e seus olhos cinzentos estavam sorridentes assim como a boca. 

- Eu tenho medo de perder você agora que me mostrou a felicidade. – falei. 

- Eu não vou embora. Não sem você. – ele disse sincero. 

Uma pequena parte de mim ainda não conseguia acreditar que ele era real, que alguém tão lindo estava disposto a ficar comigo como eu era, sem julgamentos e só para me proteger quando eu precisasse, até mesmo de mim mesma. 

Me aproximei, tímida e com as pontas dos dedos toquei o rosto de Loren. Ele sorriu lentamente e fechou os olhos, curvando a cabeça sob meus dedos. Acompanhei de leve seus traços angulosos e perfeitos, memorizando ainda como ontem, cada detalhe mínimo de sua beleza radiante. Enrolada no lençol e nua como ele, me envolvi com as cobertas e me virei de joelhos para ele. Agora, fazendo o mesmo, mas com a boca, beijei todo o seu rosto e deixei a boca por último, sabendo a reação que teria nele e em mim. 

Reparei que estava dolorida, principalmente entre minhas pernas, mas não me importei, por que a vontade de ficar perto dele era muito maior. 

Meus lábios tocaram os dele e calmamente mexi meus lábios com os seus. Loren gemeu e sua mão tocou minha bochecha e a acariciou, depois segurou a raiz de meu cabelo. A outra tirou tudo que me envolvia e ele me puxou para seu colo. Minhas pernas se moldaram a sua cintura e beijei-o mais profundamente, senti minha pele se arrepiando com o contato com a dele. 

Me lembrei que ontem ele disse que me amava e estremeci de prazer quando ele tocou meu colo, me incentivando a continuar. Deixei seus lábios enquanto ele me provocava e beijei seu pescoço, vi que ele se arrepiou e mais uma vez gemeu. 

- Eu amo você. – sussurrei perto de seu ouvido. 

Ele me tirou suas mãos de mim e gemi. 

- Eu quero você. – ele olhou intensamente em meus olhos. 

Eu não entendia como gelo poderia se tornar fogo, mas era o que seus olhos transpareciam e ele me puxou ainda mais colada em seu colo e beijou meus lábios mais rapidamente. Sua mão fincou na raiz de meu cabelo e seu corpo se encaixou com o meu em cima. 

Gemi alto quando ele fez isso, e uma mão pousou sob a lateral de minha cintura, me fazendo descer e subir. Aprendendo os movimentos com a boca de Loren sob a minha, achei que eu tinha chegado ao Paraíso e voltado para Terra. Ele gemeu junto comigo e juntos aceleramos o ritmo cada vez mais. Ele me segurava firme fazendo-me estremecer toda e esqueci de tudo. De meu nome. De meus problemas. De quem eu era.

Menos que minha existência se resumia a ele. 

E apenas isso. 

                                 ***

Em algum lugar lá fora pássaros cantavam. 

Me senti mais leve dessa vez ao acordar pela segunda vez. Não senti a presença dele e sabia que ele já tinha ido. Abri os olhos e realmente o quarto estava vazio. O sol estava forte e eu presumia que deveria ser nove da manhã. 

Envolvi o lençol ao meu redor e me espreguicei. A dor estava presente, mas era uma dor bem vinda pela primeira vez. Era o despertar para uma nova vida. 

Do lado da cama dele estava uma bandeja de café da manhã. E como sempre, a rosa vermelha recém colida estava ali com um cartão cuidadosamente dobrado. Peguei a rosa e aproximei de meu nariz, sentindo o doce aroma do orvalho da manhã e seu cheiro doce. Lembrava o cheiro dele. E então peguei o cartão.

“De todas as coisas que pedi para Deus, Ele me deu a mais bela e a mais preciosa de todas as raridades do mundo Dele... Você.”

Os: Queria ter acordado mais uma vez ao seu lado. Mas, traria suspeitas e considero sua segurança a coisa mais importante para mim. Essa noite foi a melhor de toda vida. Espero que para você também, anjo. 

                                                                                                          Sempre seu, 

                                                                                                                       Loren

Me sentei na beirada da cama comendo algumas coisas do café da manhã e com o bilhete dele nas mãos. 

Seria possível mesmo que eu merecesse isso? 

Quer dizer, eu sempre passara a vida acreditando que as pessoas faziam por merecer, ou outras como eu, deveriam aceitar o destino que lhe foi dado e simplesmente continuar vivendo um dia após o outro. Ainda mais por que minha vida estava entrelaçada com mais duas. Com a da minha mãe e irmã. Era por elas que eu havia acordado todos os dias nesses últimos anos. Para dar sustento e qualidade para que elas não precisassem se esforçar. 

O amor nunca fora colocado nessa equação. 

Mas, olha agora. Eu me via com mais vida do que em todos os dezenove anos de minha existência. E se de fato, ele fosse dar abrigo para elas, como o que eu tinha com Harrison, por que não abraçar tudo isso? Por que não aproveitar essa oportunidade? 

Sorri. Se Deus estava abrindo essa oportunidade para minha vida por que não agarrá-la? 

Sem mancar, perfeitamente bem, menos pela dor nos músculos e entre as pernas, caminhei até o banheiro para tomar banho e depois vestir alguma coisa. Escolhi um vestido claro, da cor de perola e ele caiu bem em meu bom humor. Ele era de cetim e de mangas curtas. Deixei os cabelos soltos e vi que pela primeira vez em vários meses não precisei de maquiagem. Uma que não havia hematomas para esconder. Duas, pela noite bem dormida até, não tinha olheiras nem palidez. E terceira, meu rosto estava corado e a pele perfeita. 

Desci as escadas num pulo e ouvi o som do piano cantarolando Debussy. 

Era boas-vindas para mim, eu sabia. 

Entrei na biblioteca e Loren estava ao piano, atentamente tocando a música. Ele estava vestido com blusa branca de babados, um blazer azul marinho por cima e calças escuras. O cabelo cor de mel penteado no topete de lado e parecendo molhado. Ele deveria ter acordado a pouco também. 

- Bom dia. – sorri. 

Ele parou de tocar e se virou com o sorriso mais lindo do mundo. Seus olhos estavam alegres e claros como gelo. Percebi pela primeira vez talvez pela claridade, que nas bordas de sua íris, havia um azul dois tons mais escuros. 

- Bom dia, anjo. Dormiu melhor? – ele me perguntou. 

Me sentei na poltrona e corei. Melhor não era exatamente a palavra, mas como a porta estava aberta, não era bom dar chance ao acaso. Assenti e peguei meu bordado sob a mesa. 

Ele sorriu mais uma vez e começou a tocar mais uma peça de Debussy para mim enquanto eu bordava. Embora, eu não conseguia prestar atenção ao que estava fazendo e simplesmente parei, colocando de lado e observei o jeito com que seus dedos se moviam em sincronia com as notas. 

- O que vamos fazer hoje? – ele perguntou e ele sabia que estava sendo observado.

Olhei para ele. 

- Está um lindo dia lá fora e até mais quente. Poderíamos andar a cavalo. – falei tendo a ideia de última hora. 

Ele assentiu. 

- Seria maravilhoso. Só tenho que receber uma embarcação agora de manhã e podemos ir de tarde. – ele então parou de tocar e caminhou até a porta, olhou para fora e não viu ninguém. Depois fechou-a, trancando. 

Ele apressou os passos e se sentou ao meu lado, tomando minha boca num beijo arrebatador.

Gemi de surpresa e ele aproximou minha cintura da dele. Sua língua tocou a minha, em uma dança sensual e lenta. Minha respiração acelerou e minha pele queimava pedindo por ele. 

Ele se afastou sem folego e riu. 

- Eu estava louco para fazer isso. Jesus, como você é linda. – ele me deu mais selinho e me abraçou. – Eu amei passar essa noite com você. Foi incrível. 

Sorri, emocionada. 

- Para mim também. Eu nunca... 

Ele colocou as mãos sob meus ombros. 

- Por que Harrison nunca consumou o casamento? – ele me perguntou.

- Eu não sei. – dei de ombros.

- Você sabe que se ele nunca foi consumado... O casamento não tem validade nenhuma, não é?

Olhei para ele e fiz que não com a cabeça.

Ele me olhou curioso e algo passou por seus olhos. Vi o lampejo de algo de dor, mas ele beijou minha testa e me abraçou em silencio. Ficamos assim durante o que pareceu um longo tempo e depois ele se levantou. 

- Tenho que ir. Volto no máximo em duas horas. – ele disse. 

Olhei para cima e Loren parecia ter perdido um pouco o brilho dos olhos, mas não comentei nada. 

Ele beijou minha boca antes de sair, mas foi um beijo rápido.

Algo no que eu tinha dito, tinha-o abalado, mas eu não sabia bem o porquê. 

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