3. VANESSA

Aproveitei que os meus pais foram descansar, entrei no meu carro e fui atrás do Leonardo, preciso tirar satisfação com o mesmo, quero que ele me fale olhando nos meus olhos o porquê de toda essa humilhação que ele me fez passar.

Dirijo o mais rápido que posso até a sua cobertura, o porteiro me reconhece e a minha entrada é liberada imediatamente e quando entro naquele elevador com sangue nos olhos.

Um misto de sentimentos toma o meu coração e quando toco aquela campainha e a porta é aberta por uma mulher loira.

Uma raiva e uma decepção me toma naquele momento.

— Quem é você? — Pergunto com a voz embargada.

— Como assim quem é você? Estou esperando o almoço pedido por mim, você não é a entregadora?

Quando ela fala aquelas palavras a empurro e invado a cobertura e fui direto para o quarto do Leonardo e chegando lá a porta está entre aberta, quando escancarei aquela ele está com outra mulher deitados transando na mesma cama que era de nós dois.

Ver aquela imagem foi como uma facada no meu peito, não merecia toda aquela vergonha e traição ele sai de dentro da vadia pulando para fora da cama.

— O que faz aqui, Vanessa está louca de invadir o meu apartamento.

— A louca veio pedir satisfação do porquê você ter jogado no lixo toda a nossa história, mas tá explicado, eu tenho nojo de você, nojo. — Começo arremessar as coisas do quarto nele até que paro.

— Eu nunca te amei Vanessa, pensei que se conformaria em eu ter te abandonado no altar, aliás não te abandonei, eu esqueci desse dia fui curtir com umas mulheres bem mais gostosa que você que nem lembrei de casamento.

Parti para cima dele e lhe acertei um tapa e a vadia que estava nua na cama fugiu do quarto nos deixando a sós.

— Mulher nenhuma b**e na minha cara.

Leonardo fala com raiva nos olhos, e parte em minha direção me acertando um tapa e me j**a no chão, tento me levantar, mas não consigo, pois estou com muita dor.

— Você é um covarde só em pensar que amei um homem como você me dá náuseas, um desgosto profundo.

— Suma.

E para acabar de me maltratar, ele me tira do chão me puxando pelos cabelos.

— Aí me solta seu covarde, vou te denunciar e acabar com a sua vida.

— Some da minha vida Vanessa, desaparece, sua falida, se você ousar me denunciar, seja lá o que for mando matar você e a sua família, não queira experimentar do poder que tenho sobre todos nessa capital, está avisada, tem mais, esqueça de mim e me deixe em paz.

Ele me chuta para fora do seu apartamento como se eu fosse um cachorro sem dono e ali fico sem forças de seguir, estou me sentindo um lixo, usada.

Tento me levantar e saio mancando, choro copiosamente um ódio maior do que eu, como pode a minha vida desmoronar assim.

Tento dirigir rápido, mas com a dor que sinto faltei foi não chegar em casa e quando entro na garagem o meu pai e a minha mãe correm de um lado para o outro preocupados comigo e ali dentro daquele carro fico, os dois correm vindo até a mim e quando abrem a porta para mim eles vêm o meu estado.

— Filha, pelo amor de Deus, o que ouve com você, fala alguma coisa Vanessa. — Minha mãe fala desesperada.

Estou parada em silêncio, congelei na minha dor, estou igual a um zumbi, meu pai chora ao meu lado querendo saber o que aconteceu, mas não consigo dizer uma só palavra.

Eles me levam até o quarto, me dão um pouco de água, eles me olham perguntando o que está acontecendo até que respiro fundo e falo o que realmente aconteceu, conto detalhes da minha conversa com Leonardo, minha chora copiosamente com medo do que venha nos acontecer.

Eles não julgaram a minha ação de ter ido lá atrás dele.

E uma impotência cai sobre nós três naquela conversa, pois não podemos fazer nada para colocá-lo na cadeia, ficamos em choque, a minha mãe me dá um remédio, que ao tomá-lo já fico tonta e começo adormecendo.

Ao acordar me olho no espelho, não me reconheço mais, meu rosto está roxo do tapa que aquele covarde me deu, faço uma maquiagem cobrindo as marcas.

E ao descer a escada vejo um homem aparentemente bem-vestido, alto, forte e cabelos castanhos claros, lindo, mas toda a minha hipnose pela beleza dele acaba quando ouço ele dizer que veio comprar as empresas do meu pai.

Me descontrolei totalmente, só eu sei o quanto não aceito a hipótese que estou pobre e partir para cima dele querendo que o mesmo fosse embora e quase o agredi, fui contida por minha mãe e meu pai está decidido mesmo vender tudo o que nos resta, estou perdida, minha clínica de estética está fechada desde o dia do maldito casamento, preciso reagir não posso me entregar a ruína desse jeito.

Fiquei no meu quarto e sou avisada que o tal do Laerte, esse é o nome dele que irá almoçar conosco, preferi não sair mais do meu quarto primeiro porque não fui, gostei dele e segundo por vergonha, no fundo, ele não tem culpa do que está acontecendo comigo.

Horas se passam fico lembrando das cenas que vi hoje, como pude ser tão tola, as imagens de Leonardo com aquela mulher na cama me embrulhou o estômago e corri para o banheiro, passei muito mal.

Ouço batidas na porta...

— Pode entrar — Meu pai entra devagar, sentando-se na cama.

— Filha precisamos conversar, é sobre as ameaças do Leonardo, irei morar num lugar afastado da cidade no Interior, depois de toda turbulência irei atrás da minha cura, arruinei toda a nossa vida por conta de jogos e lhe aconselho fazer o mesmo

— Pai não irei morar com vocês de jeito nenhum, no interior de um sítio, irei me virar por aqui.

— Não é sobre morar conosco e sim na grande fazenda do Laerte.

— O que está dizendo papai, bebeu foi isso, jamais irei morar na casa de um estranho de favor como se fosse uma desolada.

— Eu pedi a ele para que você fosse passar um tempo lá para descansar enquanto essa poeira baixa mais, é pela, a sua saúde, quando você renovar suas energias você volta para a cidade e retoma a sua vida, respirar um ar puro rodeado de natureza.

— Não acredito que você fez isso, garanto que você falou o que passei com Leonardo para ele, me tornei uma coitada para esse fazendeiro, sei lá o que ele é.

— Filha, estou querendo ajudar, somente ele irá embora amanhã e nós também assim que eu assinar passando tudo para o nome dele.

— Como assim? — Pergunto surpresa.

amanhã, irei para o meu apartamento que aquele covarde do Leonardo me deu de presente.

Papai me diz que até os móveis e tudo dentro da casa ele vendeu para o fazendeiro, estou perdida, não gosto de natureza, necessito sumir para algum lugar, mas com esse estranho, misterioso não estava nos meus planos, não posso aceitar.

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