Aproveitei que os meus pais foram descansar, entrei no meu carro e fui atrás do Leonardo, preciso tirar satisfação com o mesmo, quero que ele me fale olhando nos meus olhos o porquê de toda essa humilhação que ele me fez passar.
Dirijo o mais rápido que posso até a sua cobertura, o porteiro me reconhece e a minha entrada é liberada imediatamente e quando entro naquele elevador com sangue nos olhos.Um misto de sentimentos toma o meu coração e quando toco aquela campainha e a porta é aberta por uma mulher loira.Uma raiva e uma decepção me toma naquele momento.— Quem é você? — Pergunto com a voz embargada.— Como assim quem é você? Estou esperando o almoço pedido por mim, você não é a entregadora?Quando ela fala aquelas palavras a empurro e invado a cobertura e fui direto para o quarto do Leonardo e chegando lá a porta está entre aberta, quando escancarei aquela ele está com outra mulher deitados transando na mesma cama que era de nós dois.Ver aquela imagem foi como uma facada no meu peito, não merecia toda aquela vergonha e traição ele sai de dentro da vadia pulando para fora da cama.— O que faz aqui, Vanessa está louca de invadir o meu apartamento.— A louca veio pedir satisfação do porquê você ter jogado no lixo toda a nossa história, mas tá explicado, eu tenho nojo de você, nojo. — Começo arremessar as coisas do quarto nele até que paro.— Eu nunca te amei Vanessa, pensei que se conformaria em eu ter te abandonado no altar, aliás não te abandonei, eu esqueci desse dia fui curtir com umas mulheres bem mais gostosa que você que nem lembrei de casamento.Parti para cima dele e lhe acertei um tapa e a vadia que estava nua na cama fugiu do quarto nos deixando a sós.— Mulher nenhuma b**e na minha cara.Leonardo fala com raiva nos olhos, e parte em minha direção me acertando um tapa e me j**a no chão, tento me levantar, mas não consigo, pois estou com muita dor.— Você é um covarde só em pensar que amei um homem como você me dá náuseas, um desgosto profundo.— Suma.E para acabar de me maltratar, ele me tira do chão me puxando pelos cabelos.— Aí me solta seu covarde, vou te denunciar e acabar com a sua vida.— Some da minha vida Vanessa, desaparece, sua falida, se você ousar me denunciar, seja lá o que for mando matar você e a sua família, não queira experimentar do poder que tenho sobre todos nessa capital, está avisada, tem mais, esqueça de mim e me deixe em paz.Ele me chuta para fora do seu apartamento como se eu fosse um cachorro sem dono e ali fico sem forças de seguir, estou me sentindo um lixo, usada.Tento me levantar e saio mancando, choro copiosamente um ódio maior do que eu, como pode a minha vida desmoronar assim.Tento dirigir rápido, mas com a dor que sinto faltei foi não chegar em casa e quando entro na garagem o meu pai e a minha mãe correm de um lado para o outro preocupados comigo e ali dentro daquele carro fico, os dois correm vindo até a mim e quando abrem a porta para mim eles vêm o meu estado.— Filha, pelo amor de Deus, o que ouve com você, fala alguma coisa Vanessa. — Minha mãe fala desesperada.Estou parada em silêncio, congelei na minha dor, estou igual a um zumbi, meu pai chora ao meu lado querendo saber o que aconteceu, mas não consigo dizer uma só palavra.Eles me levam até o quarto, me dão um pouco de água, eles me olham perguntando o que está acontecendo até que respiro fundo e falo o que realmente aconteceu, conto detalhes da minha conversa com Leonardo, minha chora copiosamente com medo do que venha nos acontecer.Eles não julgaram a minha ação de ter ido lá atrás dele.E uma impotência cai sobre nós três naquela conversa, pois não podemos fazer nada para colocá-lo na cadeia, ficamos em choque, a minha mãe me dá um remédio, que ao tomá-lo já fico tonta e começo adormecendo.Ao acordar me olho no espelho, não me reconheço mais, meu rosto está roxo do tapa que aquele covarde me deu, faço uma maquiagem cobrindo as marcas.E ao descer a escada vejo um homem aparentemente bem-vestido, alto, forte e cabelos castanhos claros, lindo, mas toda a minha hipnose pela beleza dele acaba quando ouço ele dizer que veio comprar as empresas do meu pai.Me descontrolei totalmente, só eu sei o quanto não aceito a hipótese que estou pobre e partir para cima dele querendo que o mesmo fosse embora e quase o agredi, fui contida por minha mãe e meu pai está decidido mesmo vender tudo o que nos resta, estou perdida, minha clínica de estética está fechada desde o dia do maldito casamento, preciso reagir não posso me entregar a ruína desse jeito.Fiquei no meu quarto e sou avisada que o tal do Laerte, esse é o nome dele que irá almoçar conosco, preferi não sair mais do meu quarto primeiro porque não fui, gostei dele e segundo por vergonha, no fundo, ele não tem culpa do que está acontecendo comigo.Horas se passam fico lembrando das cenas que vi hoje, como pude ser tão tola, as imagens de Leonardo com aquela mulher na cama me embrulhou o estômago e corri para o banheiro, passei muito mal.Ouço batidas na porta...— Pode entrar — Meu pai entra devagar, sentando-se na cama.— Filha precisamos conversar, é sobre as ameaças do Leonardo, irei morar num lugar afastado da cidade no Interior, depois de toda turbulência irei atrás da minha cura, arruinei toda a nossa vida por conta de jogos e lhe aconselho fazer o mesmo— Pai não irei morar com vocês de jeito nenhum, no interior de um sítio, irei me virar por aqui.— Não é sobre morar conosco e sim na grande fazenda do Laerte.— O que está dizendo papai, bebeu foi isso, jamais irei morar na casa de um estranho de favor como se fosse uma desolada.— Eu pedi a ele para que você fosse passar um tempo lá para descansar enquanto essa poeira baixa mais, é pela, a sua saúde, quando você renovar suas energias você volta para a cidade e retoma a sua vida, respirar um ar puro rodeado de natureza.— Não acredito que você fez isso, garanto que você falou o que passei com Leonardo para ele, me tornei uma coitada para esse fazendeiro, sei lá o que ele é.— Filha, estou querendo ajudar, somente ele irá embora amanhã e nós também assim que eu assinar passando tudo para o nome dele.— Como assim? — Pergunto surpresa.amanhã, irei para o meu apartamento que aquele covarde do Leonardo me deu de presente.Papai me diz que até os móveis e tudo dentro da casa ele vendeu para o fazendeiro, estou perdida, não gosto de natureza, necessito sumir para algum lugar, mas com esse estranho, misterioso não estava nos meus planos, não posso aceitar.Demos início a nossa reunião e Escobar me mostra o que irá ser vendido, e lógico analisei tudo com cautela e paciência.E lancei a minha oferta, Escobar não pensou duas vezes no valor oferecido por mim aceitou logo e fechamos um grande negócio irei levantar essas empresas falidas o mais rápido possível.Ele me pede para ficar para o almoço, aceitei, mas a sua filha não desceu, quando terminamos Escobar me faz uma pergunta.— Laerte, você nunca pensou em casar?— Trabalho tanto que às vezes me esqueço desse mero detalhe, é a pergunta que mais me fazem quando irei ter uma esposa.— Laerte, é bom ter alguém para se compartilhar a vida.— Estou bem sozinho. — Por um momento fiquei em silêncio com os meus pensamentos, casar seria a maneira de algumas mulheres me deixarem em paz, detesto mulheres oferecidas e ele continua a falar.— Espero muito que Vanessa queira ir com você, Laerte, você viu ela não está bem.— Vejo que ela não tem muito a cara do campo Escobar, ela não gostou de mim, pro
Minha vida virou de cabeça para baixo, literalmente nada dá certo onde chego, sou olhada dos pés a cabeça como se a errada fosse eu.Eu que fui traída e abandonada no dia do casamento, mas todos os que diziam ser meus amigos me viraram as costas, já não tem mais clientes no meu espaço de estética e beleza, está impossível recomeçar a vida aqui nesse lugar.Meu pai me aconselhou a ir procurar o tal do Laerte que me ofertou uns dias na fazenda para descansar.Enquanto criava coragem para ir, meu pai foi embora se despedindo de mim, e só me restou me desfazer de tudo o que consegui até aqui. Inclusive o meu carro de luxo e ir morar no apartamento que Leonardo me deu de presente.Arrumei as minhas malas e quando chego no meu mais novo lar, choro ao lembrar do dia em que fui presenteada com esse apartamento quando completamos um ano de namoro. Desabei de tristeza, como ele pode fazer isso comigo, enxuguei as lágrimas, tentei descansar.No dia seguinte devolvi o meu carro porque não consegu
Tive dias turbulentos aqui, e bem surpreendentes, confesso, ouvir Vanessa dizendo que queria vir comigo de uma certa forma me alegrou, vou poder fazer algo por ela que está totalmente desolada.Célio não sabe que Vanessa veio comigo, mas não me importo com o que ele acha, quero somente ajudá-la, pude acompanhar um pouco do que o seu ex noivo fez, nunca vi em toda a minha vida, atitudes tão covardes vindo de um moleque que se intitula como homem.A deixei no hotel e quando volto para irmos embora a encontro dormindo naquela cama Vanessa desperta a minha atenção, observo cada traço do seu lindo rosto quando ela acorda e se assusta com a minha presença.Uso a minha frieza falando que aquele hotel me pertence, quando já estávamos no avião mais uma vez me preocupo com ela, pois a mesma dorme sem limites, nunca vi uma mulher dormir tanto, fico sempre atento, mas ela diz que está tudo bem.Quando chegamos a fazenda somos recebidos pela tia Lurdes, mas não contava com Rose ali também e outras
Entrei de uma vez no quarto e Laerte estava somente vestido numa calça, mesmo com o susto levado, vi o quanto ele tem um corpo perfeito, másculo, tenho que admitir que ele é lindo, mas é um homem distante e frio.Ficou visível como nós dois ficamos sem jeito na frente um do outro, está difícil lidar com todos os olhares das mulheres deste lugar. Após o jantar subo para o meu quarto e fico em meio aos meus pensamentos até o sono me vencer.Quando acordo, olho o relógio, já são quase dez da manhã, o calor aqui é muito grande, tomei um banho, e quando desço tem uma mesa com um belíssimo café da manhã.— Bom dia, minha princesa, fique a vontade, está tudo quentinho e muito delicioso. — Lurdes fala e abre um sorriso ao me ver.— Fico muito agradecida. — Sento-me ao redor da mesa.Aproveito o meu apetite elevado, e desfruto de toda aquela alimentação exposta na minha frente, penso que vou engordar demais e ao terminar saio para andar um pouco, tudo aqui é tranquilo muito diferente do que eu
O meu coração ficou feliz que Vanessa aceitou a proposta de trabalhar, mas tenho me preocupado por ela passar mal uma vez ou outra. Perdi a minha paciência pelo fato dela ter se iludido tanto por um homem que nunca a amou que só ferrou a vida dela.Vanessa não me contou o que de fato estão cobrando, sinto ela desgastada com esse assunto, ela quer voltar para tentar uma solução no pagamento das suas dívidas.Mesmo sem ela aceitar a minha ajuda, irei, sim, resolver toda a sua situação e durante o trajeto ela vira o rosto para não me ver e quando chegamos a casa ela sobe para o seu quarto, brava e tia Lurdes chega curiosa ao meu lado.— Vocês dois discutiram, meu filho?— Sim, mas não é nada importante. — Falo.— O que Vanessa é sua? No primeiro instante pensei que ela é a sua namorada, vi que não dormem juntos.— Não sei o que somos, tia, ela apareceu! Vou para o meu escritório, fique de olho nela para mim.Entro naquela sala, não posso deixar me levar por Vanessa, será que ela vai embo
Depois da minha fúria com Laerte, tentei me acalmar, não quero mais ser digna de pena de ninguém, penso como irei pagar essas dívidas se não tenho dinheiro, e se eu pedir ajuda a ele, mas no mesmo instante desisto, lembro que só estou aqui porque o meu pai o pediu, não estou conseguindo descansar e tudo isso que estou passando foi só por confiar em alguém cegamente.No dia seguinte pela manhã o arquiteto esta a minha espera acompanhado do Laerte que ao me ver me lança um olhar dos pés a cabeça me apresento ao profissional e Nico nos leva até a casa que passara pela reforma, disse como quero tudo e o arquiteto confirma que me entregará essa casa pronta o mais rápido possível.Ao voltar para casa todos percebem que nos dois estamos afastados, inclusive a tia Lurdes.— Filha, estou vendo que você e Laerte estão se evitando?— É melhor assim tia fiquei um pouco chateada com Laerte, ele não me entende e acabamos nos desentendendo, ele também sumiu, não o vejo saindo e nem chegando.— Ele t
Ao ver Vanessa chegando na arena de rodeio não sei se fico preocupado ou feliz, pelo semblante dela vejo que está brava e mais uma vez tive que me revestir de paciência para tentar conversar com ela.Paciência essa que nem eu, sabia ter tanto, mas o assunto é Rose, discutimos por uma mentira inventada por ela, quando Vanessa diz que fui um homem baixo, tive que falar sério com ela, não tenho tempo e nem disposição para discutir por algo que não falei quando Rose cruzar o meu caminho ela terá que me ouvir.Vanessa foi embora com Nico que depois de um tempo retornou para me ajudar.— Patrão, a dona Vanessa é brava, falei para ela que o senhor é inocente.— Não quero mais saber dessa conversa, com a Vanessa eu me entendo depois.Continuei o meu trabalho normalmente e no caminho para a casa penso em tudo o que aconteceu, queria tanto que Vanessa me conhecesse de verdade para ela ver que jamais fui um idiota com mulher nenhuma, tenho que admitir que ela trouxe emoção a minha pacata e solit
Me senti muito sozinha esses dias em que Laerte viajou, mas a tia Lurdes sempre me acompanhava durante os dias em que ia realizar os atendimentos.Ela sempre fala do Laerte com tanto amor que parece seu filho, mas é como se fosse os pais do Célio e Laerte morreram quando ainda eram crianças. Olho o álbum de fotos da família e como os dois irmãos não são nada iguais, Célio optou por cuidar de todo o patrimônio em outro estado e Laerte optou por viver e cuidar do lugar onde eles viveram os dias mais felizes da vida deles.Aqui é a vida do Laerte, ele morre como um peixe fora d'água se passar muito tempo longe do campo. Tia Lurdes conta que nunca sabe o que se passa na cabeça dele, mas que sabe de uma coisa ele tem um coração gigante.É verdade tudo o que ela fala, cada dia que passa estou mais adaptada na fazenda, todos aqui são muito legais, aprendi até fritar ovo coisa que não sabia fazer, estou desconstruindo a fama de patricinha convicta que tinha, os meus pais sumiram, nunca ligara