Demos início a nossa reunião e Escobar me mostra o que irá ser vendido, e lógico analisei tudo com cautela e paciência.
E lancei a minha oferta, Escobar não pensou duas vezes no valor oferecido por mim aceitou logo e fechamos um grande negócio irei levantar essas empresas falidas o mais rápido possível.Ele me pede para ficar para o almoço, aceitei, mas a sua filha não desceu, quando terminamos Escobar me faz uma pergunta.— Laerte, você nunca pensou em casar?— Trabalho tanto que às vezes me esqueço desse mero detalhe, é a pergunta que mais me fazem quando irei ter uma esposa.— Laerte, é bom ter alguém para se compartilhar a vida.— Estou bem sozinho. — Por um momento fiquei em silêncio com os meus pensamentos, casar seria a maneira de algumas mulheres me deixarem em paz, detesto mulheres oferecidas e ele continua a falar.— Espero muito que Vanessa queira ir com você, Laerte, você viu ela não está bem.— Vejo que ela não tem muito a cara do campo Escobar, ela não gostou de mim, provavelmente ela não vai.Me despedi dele e saio virando as costas para o mesmo, imaginando que Escobar só pode estar louco, chego em casa com os miolos fervendo, ando de um lado para o outro lembrando dela, subo até o meu quarto e lá está a fotografia da Vanessa, ela é uma mulher delicada fina, ela jamais aceitará ir para o campo comigo.Meu irmão Célio b**e na porta do meu quarto, o mandei entrar.— Como foi a reunião com Escobar?— Foi tranquilo?Ele olha em direção onde está a fotografia da Vanessa e segura a foto, perguntando o que aquilo significa, não deu tempo de guardar para ele não ver.— Não é nada, Célio, me dê isso.— Você está interessado na garota, é isso? Quem diria que você iria se interessaria pela patricinha falida, filha do Escobar, estou surpreso, nunca assumiu ninguém.— Melhor ir parando, você veio aqui para falar de negócios ou para querer saber da minha vida pessoal, fechei os negócios, já providenciei todos os documentos sejam assinados ainda essa semana.Desconversei o assunto Vanessa e Fomos discutir sobre esse investimento e descobri que terei que ficar mais dias do que previ aqui e confesso que está me sufocando essa hipótese.Os meus dias, aqui tem sido uma correria, tenho ido diariamente para a empresa com Célio.Escobar veio assinar o restante dos documentos e agora, sim, finalmente poderei voltar em paz, não tenho, nada, mas para fazer aqui, vou deixar Célio conduzir a festa de aniversário das nossas empresas.Quando ia para a mansão arrumar a minha mala para ir embora ouço uma voz feminina me chamando, quando olho para trás me surpreendo ao ver que é Vanessa, ela fala ofegante.— Preciso conversar com você a sós.— Estou sem tempo e apressado para as suas ignorâncias, comprei tudo do seu pai, paguei o que quer mais.— M*****a hora em que vim falar com você a pedido do meu pai, você não passa de um ignorante da roça.Saio deixando ela sozinha entrando no meu carro e ela me acompanha entrando também sua aparência está caída, as olheiras denunciam que ela não dorme bem, observo o seu rosto roxo algo que a maquiagem não conseguiu esconder.— Garota, seja breve, não tenho o dia todo para as suas infantilidades, queria que ao menos um dia você conhecesse a minha tia, uma mulher forte iria aprender muito com ela.— Foi para isso que vim, o meu pai disse que eu poderia ir para a sua fazenda passar o tempo que eu quisesse.— O que prometi eu cumpro, eu iria embora hoje, mas como você decidiu ir também, irei só amanhã, dá tempo, arrumar as suas coisas e ir se despedir de alguém.— Não tenho de quem me despedir.Enquanto dirijo ela começa a chorar passando as mãos no rosto retirando toda a maquiagem revelando o seu rosto machucado.— Quem fez isso no seu rosto. — Pergunto preocupado.— Foi um acidente.— Escobar fez isso com você?Ela balança a cabeça em negativa, já imagino quem deve ter feito isso foi o filho do Maximiliano, ficamos em silêncio eu e Vanessa resolvemos falar.— Você quer ir para onde? — Falo.— Me leva até o meu apartamento, por favor.Ela me diz o endereço e quando chegamos no seu apartamento, acompanhei Vanessa e na portaria um advogado lhe entrega uma ordem de despejo.Vanessa só tem 24 horas para retirar os seus pertences do apartamento, o namorado tinha lhe dado o apartamento de presente e tomou de volta, é um canalha mesmo.— Esse apartamento é meu! — Vanessa chora desesperada.— Por favor, senhor, posso ver essa ordem!Ele me entrega os documentos, leio tudo atentamente e Vanessa foi uma ingênua na mão dele.— O que fala nesse documento fala alguma coisa. — Vanessa grita desesperada...— Consta que ele te deu e você devolveu, aqui está a sua assinatura devolvendo o apartamento.Ela desmaia, e a seguro nos meus braços bato levemente no seu rosto tentando acordá-la, o porteiro me dá um pouco de álcool e ponho no seu nariz e ela começa a despertar muito pálida, o sofrimento dela me incomodou um pouco, apesar de ser um homem frio, não gostei de vê-la triste, não sei o que falar, a deixo no silêncio do seu sofrimento, lhe entreguei um copo de água, ela esconde o rosto entre as mãos.Subimos para o apartamento em questão.— Está tudo bem? Já estou indo arrumar a minha mala, você foi vítima de um golpe, ele também te agrediu, não foi?— Não quero falar disso. — Ela fala com um semblante de decepção.— Estou indo então! — Saio abrindo a porta, a deixando pensativa naquele sofá ela se levanta e a sua mão delicada segura no meu braço falando.– Me espera, por favor me leva com você, por favor não aguento mais ficar aqui, faço a minha mala em minutos, você prometeu que me levaria com você, eu não tenho mais nada a perder mesmo.Em minutos ela sai puxando uma mala, a deixei num hotel, se a levasse para a mansão Célio não me deixaria mais em paz o resto do ano, deixei tudo pago para ela e fui organizar a minha mala para embarcar ainda hoje.Sento na beira da cama olhando a sua foto, quem diria que uma garota fosse me chamar tanto atenção, algo que nunca tinha acontecido.Minha vida virou de cabeça para baixo, literalmente nada dá certo onde chego, sou olhada dos pés a cabeça como se a errada fosse eu.Eu que fui traída e abandonada no dia do casamento, mas todos os que diziam ser meus amigos me viraram as costas, já não tem mais clientes no meu espaço de estética e beleza, está impossível recomeçar a vida aqui nesse lugar.Meu pai me aconselhou a ir procurar o tal do Laerte que me ofertou uns dias na fazenda para descansar.Enquanto criava coragem para ir, meu pai foi embora se despedindo de mim, e só me restou me desfazer de tudo o que consegui até aqui. Inclusive o meu carro de luxo e ir morar no apartamento que Leonardo me deu de presente.Arrumei as minhas malas e quando chego no meu mais novo lar, choro ao lembrar do dia em que fui presenteada com esse apartamento quando completamos um ano de namoro. Desabei de tristeza, como ele pode fazer isso comigo, enxuguei as lágrimas, tentei descansar.No dia seguinte devolvi o meu carro porque não consegu
Tive dias turbulentos aqui, e bem surpreendentes, confesso, ouvir Vanessa dizendo que queria vir comigo de uma certa forma me alegrou, vou poder fazer algo por ela que está totalmente desolada.Célio não sabe que Vanessa veio comigo, mas não me importo com o que ele acha, quero somente ajudá-la, pude acompanhar um pouco do que o seu ex noivo fez, nunca vi em toda a minha vida, atitudes tão covardes vindo de um moleque que se intitula como homem.A deixei no hotel e quando volto para irmos embora a encontro dormindo naquela cama Vanessa desperta a minha atenção, observo cada traço do seu lindo rosto quando ela acorda e se assusta com a minha presença.Uso a minha frieza falando que aquele hotel me pertence, quando já estávamos no avião mais uma vez me preocupo com ela, pois a mesma dorme sem limites, nunca vi uma mulher dormir tanto, fico sempre atento, mas ela diz que está tudo bem.Quando chegamos a fazenda somos recebidos pela tia Lurdes, mas não contava com Rose ali também e outras
Entrei de uma vez no quarto e Laerte estava somente vestido numa calça, mesmo com o susto levado, vi o quanto ele tem um corpo perfeito, másculo, tenho que admitir que ele é lindo, mas é um homem distante e frio.Ficou visível como nós dois ficamos sem jeito na frente um do outro, está difícil lidar com todos os olhares das mulheres deste lugar. Após o jantar subo para o meu quarto e fico em meio aos meus pensamentos até o sono me vencer.Quando acordo, olho o relógio, já são quase dez da manhã, o calor aqui é muito grande, tomei um banho, e quando desço tem uma mesa com um belíssimo café da manhã.— Bom dia, minha princesa, fique a vontade, está tudo quentinho e muito delicioso. — Lurdes fala e abre um sorriso ao me ver.— Fico muito agradecida. — Sento-me ao redor da mesa.Aproveito o meu apetite elevado, e desfruto de toda aquela alimentação exposta na minha frente, penso que vou engordar demais e ao terminar saio para andar um pouco, tudo aqui é tranquilo muito diferente do que eu
O meu coração ficou feliz que Vanessa aceitou a proposta de trabalhar, mas tenho me preocupado por ela passar mal uma vez ou outra. Perdi a minha paciência pelo fato dela ter se iludido tanto por um homem que nunca a amou que só ferrou a vida dela.Vanessa não me contou o que de fato estão cobrando, sinto ela desgastada com esse assunto, ela quer voltar para tentar uma solução no pagamento das suas dívidas.Mesmo sem ela aceitar a minha ajuda, irei, sim, resolver toda a sua situação e durante o trajeto ela vira o rosto para não me ver e quando chegamos a casa ela sobe para o seu quarto, brava e tia Lurdes chega curiosa ao meu lado.— Vocês dois discutiram, meu filho?— Sim, mas não é nada importante. — Falo.— O que Vanessa é sua? No primeiro instante pensei que ela é a sua namorada, vi que não dormem juntos.— Não sei o que somos, tia, ela apareceu! Vou para o meu escritório, fique de olho nela para mim.Entro naquela sala, não posso deixar me levar por Vanessa, será que ela vai embo
Depois da minha fúria com Laerte, tentei me acalmar, não quero mais ser digna de pena de ninguém, penso como irei pagar essas dívidas se não tenho dinheiro, e se eu pedir ajuda a ele, mas no mesmo instante desisto, lembro que só estou aqui porque o meu pai o pediu, não estou conseguindo descansar e tudo isso que estou passando foi só por confiar em alguém cegamente.No dia seguinte pela manhã o arquiteto esta a minha espera acompanhado do Laerte que ao me ver me lança um olhar dos pés a cabeça me apresento ao profissional e Nico nos leva até a casa que passara pela reforma, disse como quero tudo e o arquiteto confirma que me entregará essa casa pronta o mais rápido possível.Ao voltar para casa todos percebem que nos dois estamos afastados, inclusive a tia Lurdes.— Filha, estou vendo que você e Laerte estão se evitando?— É melhor assim tia fiquei um pouco chateada com Laerte, ele não me entende e acabamos nos desentendendo, ele também sumiu, não o vejo saindo e nem chegando.— Ele t
Ao ver Vanessa chegando na arena de rodeio não sei se fico preocupado ou feliz, pelo semblante dela vejo que está brava e mais uma vez tive que me revestir de paciência para tentar conversar com ela.Paciência essa que nem eu, sabia ter tanto, mas o assunto é Rose, discutimos por uma mentira inventada por ela, quando Vanessa diz que fui um homem baixo, tive que falar sério com ela, não tenho tempo e nem disposição para discutir por algo que não falei quando Rose cruzar o meu caminho ela terá que me ouvir.Vanessa foi embora com Nico que depois de um tempo retornou para me ajudar.— Patrão, a dona Vanessa é brava, falei para ela que o senhor é inocente.— Não quero mais saber dessa conversa, com a Vanessa eu me entendo depois.Continuei o meu trabalho normalmente e no caminho para a casa penso em tudo o que aconteceu, queria tanto que Vanessa me conhecesse de verdade para ela ver que jamais fui um idiota com mulher nenhuma, tenho que admitir que ela trouxe emoção a minha pacata e solit
Me senti muito sozinha esses dias em que Laerte viajou, mas a tia Lurdes sempre me acompanhava durante os dias em que ia realizar os atendimentos.Ela sempre fala do Laerte com tanto amor que parece seu filho, mas é como se fosse os pais do Célio e Laerte morreram quando ainda eram crianças. Olho o álbum de fotos da família e como os dois irmãos não são nada iguais, Célio optou por cuidar de todo o patrimônio em outro estado e Laerte optou por viver e cuidar do lugar onde eles viveram os dias mais felizes da vida deles.Aqui é a vida do Laerte, ele morre como um peixe fora d'água se passar muito tempo longe do campo. Tia Lurdes conta que nunca sabe o que se passa na cabeça dele, mas que sabe de uma coisa ele tem um coração gigante.É verdade tudo o que ela fala, cada dia que passa estou mais adaptada na fazenda, todos aqui são muito legais, aprendi até fritar ovo coisa que não sabia fazer, estou desconstruindo a fama de patricinha convicta que tinha, os meus pais sumiram, nunca ligara
Os meus cuidados com Vanessa estão redobrados, tenho medo que ela venha tentar contra a vida do bebê. Só consegui dormir quando ela dormiu também eu como homem que sou e por aquilo que acho correto jamais iria deixar ela sozinha nesse momento.Ao amanhecer abro o olho e Vanessa não está na cama, o susto é grande saio a procura dela pelo quarto e a mesma está no banheiro passando muito mal, ajudo ela levantar.— Laerte, o que você está fazendo aqui?— Te ajudando, você está fraca, tomou os remédios prescritos pelo médico?— Sim, mas não adiantou nada, como é ruim ficar toda hora desse jeito.— Tire o dia para descansar, vai fazer bem tanto para você como para o bebê.Desci até a cozinha e dou ordens a tia Lurdes que prepare o café da Vanessa e leve até ela e o mais importante está atento a cada passo dela, subo para o quarto me arrumar, Vanessa está deitada.— Vanessa tente comer algo, já mandei trazer o seu café aqui, mandei avisar que você não irá atender hoje.Quando ia saindo a tia