4. LAERTE

Demos início a nossa reunião e Escobar me mostra o que irá ser vendido, e lógico analisei tudo com cautela e paciência.

E lancei a minha oferta, Escobar não pensou duas vezes no valor oferecido por mim aceitou logo e fechamos um grande negócio irei levantar essas empresas falidas o mais rápido possível.

Ele me pede para ficar para o almoço, aceitei, mas a sua filha não desceu, quando terminamos Escobar me faz uma pergunta.

— Laerte, você nunca pensou em casar?

— Trabalho tanto que às vezes me esqueço desse mero detalhe, é a pergunta que mais me fazem quando irei ter uma esposa.

— Laerte, é bom ter alguém para se compartilhar a vida.

— Estou bem sozinho. — Por um momento fiquei em silêncio com os meus pensamentos, casar seria a maneira de algumas mulheres me deixarem em paz, detesto mulheres oferecidas e ele continua a falar.

— Espero muito que Vanessa queira ir com você, Laerte, você viu ela não está bem.

— Vejo que ela não tem muito a cara do campo Escobar, ela não gostou de mim, provavelmente ela não vai.

Me despedi dele e saio virando as costas para o mesmo, imaginando que Escobar só pode estar louco, chego em casa com os miolos fervendo, ando de um lado para o outro lembrando dela, subo até o meu quarto e lá está a fotografia da Vanessa, ela é uma mulher delicada fina, ela jamais aceitará ir para o campo comigo.

Meu irmão Célio b**e na porta do meu quarto, o mandei entrar.

— Como foi a reunião com Escobar?

— Foi tranquilo?

Ele olha em direção onde está a fotografia da Vanessa e segura a foto, perguntando o que aquilo significa, não deu tempo de guardar para ele não ver.

— Não é nada, Célio, me dê isso.

— Você está interessado na garota, é isso? Quem diria que você iria se interessaria pela patricinha falida, filha do Escobar, estou surpreso, nunca assumiu ninguém.

— Melhor ir parando, você veio aqui para falar de negócios ou para querer saber da minha vida pessoal, fechei os negócios, já providenciei todos os documentos sejam assinados ainda essa semana.

Desconversei o assunto Vanessa e Fomos discutir sobre esse investimento e descobri que terei que ficar mais dias do que previ aqui e confesso que está me sufocando essa hipótese.

Os meus dias, aqui tem sido uma correria, tenho ido diariamente para a empresa com Célio.

Escobar veio assinar o restante dos documentos e agora, sim, finalmente poderei voltar em paz, não tenho, nada, mas para fazer aqui, vou deixar Célio conduzir a festa de aniversário das nossas empresas.

Quando ia para a mansão arrumar a minha mala para ir embora ouço uma voz feminina me chamando, quando olho para trás me surpreendo ao ver que é Vanessa, ela fala ofegante.

— Preciso conversar com você a sós.

— Estou sem tempo e apressado para as suas ignorâncias, comprei tudo do seu pai, paguei o que quer mais.

— M*****a hora em que vim falar com você a pedido do meu pai, você não passa de um ignorante da roça.

Saio deixando ela sozinha entrando no meu carro e ela me acompanha entrando também sua aparência está caída, as olheiras denunciam que ela não dorme bem, observo o seu rosto roxo algo que a maquiagem não conseguiu esconder.

— Garota, seja breve, não tenho o dia todo para as suas infantilidades, queria que ao menos um dia você conhecesse a minha tia, uma mulher forte iria aprender muito com ela.

— Foi para isso que vim, o meu pai disse que eu poderia ir para a sua fazenda passar o tempo que eu quisesse.

— O que prometi eu cumpro, eu iria embora hoje, mas como você decidiu ir também, irei só amanhã, dá tempo, arrumar as suas coisas e ir se despedir de alguém.

— Não tenho de quem me despedir.

Enquanto dirijo ela começa a chorar passando as mãos no rosto retirando toda a maquiagem revelando o seu rosto machucado.

— Quem fez isso no seu rosto. — Pergunto preocupado.

— Foi um acidente.

— Escobar fez isso com você?

Ela balança a cabeça em negativa, já imagino quem deve ter feito isso foi o filho do Maximiliano, ficamos em silêncio eu e Vanessa resolvemos falar.

— Você quer ir para onde? — Falo.

— Me leva até o meu apartamento, por favor.

Ela me diz o endereço e quando chegamos no seu apartamento, acompanhei Vanessa e na portaria um advogado lhe entrega uma ordem de despejo.

Vanessa só tem 24 horas para retirar os seus pertences do apartamento, o namorado tinha lhe dado o apartamento de presente e tomou de volta, é um canalha mesmo.

— Esse apartamento é meu! — Vanessa chora desesperada.

— Por favor, senhor, posso ver essa ordem!

Ele me entrega os documentos, leio tudo atentamente e Vanessa foi uma ingênua na mão dele.

— O que fala nesse documento fala alguma coisa. — Vanessa grita desesperada...

— Consta que ele te deu e você devolveu, aqui está a sua assinatura devolvendo o apartamento.

Ela desmaia, e a seguro nos meus braços bato levemente no seu rosto tentando acordá-la, o porteiro me dá um pouco de álcool e ponho no seu nariz e ela começa a despertar muito pálida, o sofrimento dela me incomodou um pouco, apesar de ser um homem frio, não gostei de vê-la triste, não sei o que falar, a deixo no silêncio do seu sofrimento, lhe entreguei um copo de água, ela esconde o rosto entre as mãos.

Subimos para o apartamento em questão.

— Está tudo bem? Já estou indo arrumar a minha mala, você foi vítima de um golpe, ele também te agrediu, não foi?

— Não quero falar disso. — Ela fala com um semblante de decepção.

— Estou indo então! — Saio abrindo a porta, a deixando pensativa naquele sofá ela se levanta e a sua mão delicada segura no meu braço falando.

– Me espera, por favor me leva com você, por favor não aguento mais ficar aqui, faço a minha mala em minutos, você prometeu que me levaria com você, eu não tenho mais nada a perder mesmo.

Em minutos ela sai puxando uma mala, a deixei num hotel, se a levasse para a mansão Célio não me deixaria mais em paz o resto do ano, deixei tudo pago para ela e fui organizar a minha mala para embarcar ainda hoje.

Sento na beira da cama olhando a sua foto, quem diria que uma garota fosse me chamar tanto atenção, algo que nunca tinha acontecido.

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