Era estranho estar diante de cinco testes de gravidez no banheiro do apartamento de Willian enquanto ele parecia aflito do lado de fora.- Está tudo bem?- Sim. Eu vou sair. Eu estou um pouco tonta.- Saia daí e venha se deitar um pouco. Quer comer algo?- Não! Estou morrendo de sede.- Quer suco ou água? - Um pouco de suco.Valentina saiu do banheiro vestindo um pijama curto de seda. Parecia pálida demais e assustada. O que era estranho porque ela sempre quis um bebê. - Em que está pensando?- E se for apenas uma má digestão? - Eu acho que não é. Pode ser nervosismo. Mas nós estamos na batalha já faz algum tempo.- Eu não quero pensar mais nisso.- Está tudo bem. É apenas uma possibilidade. Tem quanto tempo?- Pode ver.- Quer vir comigo? Nós fizemos juntos.- Eu sei, mas sou uma covarde.Willian respirou fundo e foi até o banheiro onde estavam os testes. Ele deu um grito bem alto que pareceu movimentar tudo. Valentina se sentou na cama sem saber o que pensar. Estava grávida ou nã
Valentina havia acordado e ja estava no banho quando Willian apareceu no banheiro vestido para o trabalho parecendo assustado por vê-la fora da cama.- Eu não estou doente. Declarou Valentina sem olhar para ele enquanto tomava banho.- Eu pensei que passaria o resto da semana em repouso. Disse enquanto mantinha os olhos fixos no corpo dela.- Você ouviu o que o médico disse. Eu estou bem e só passei por um período de adaptação. Eu nunca achei que ficaria grávida, Willian. Disse se virando para ele. - O que foi?- Eu estou tentando me controlar para não tirar a roupa e não bancar o tarado safado. Disse respirando fundo.- Vai ter alguma audiência hoje? Perguntou o vendo afrouxar a gravata.- Não! Disse jogando a gravata para longe. - Só escritório. Disse tirando o resto da roupa como um desesperado a fazendo rir. - Vai com calma, safado. Disse o vendo nu ao seu lado debaixo do chuveiro.Willian a beijou desesperadamente a puxando pelos quadris, ensaboando o seu corpo lentamente, senti
Valentina não se considerava ciumenta, mas havia ficado aborrecida quando uma das ex-amantes de seu noivo interrompeu o que seria um jantar romântico. Willian tentou ser cordial no início, mas ao ver que a mulher não os deixava, fechou a cara e seus olhos nublaram.- Não tem bom senso? Perguntou usando um tom severo em sua voz grave. - Quero ficar a sós com a minha noiva. Disse autoritário.- Ui! Que coisa! Debochou a mulher de cabelos chanel e vestido preto muito justo.- Acho uma falta de indelicadeza você não perceber isso. Disse a olhando com desprezo.- Como pode ser tão egoista? Perguntou se fazendo de vítima. - Faz tempo que não nos vemos. Lamentou o deixando irritado.- E há um motivo para isso. Você é grudenta! Disse a deixando com raiva. - Eu não suporto isso! Por favor, vá encontrar quem veio ver. Disse dando um suspiro longo para manter a calma. - Eu quero ficar a sós com a minha rainha.- Rainha? Que coisa brega! Comentou com desdém.
Willian parecia nervoso quando chegou ao escritório. Na reunião falou pouco e olhava o relógio se movimentar lentamente o deixando ainda mais ansioso. Quando a reunião acabou, não quis almoçar e isso era algo a se preocupar.Por volta das duas a secretária entrou em sua sala avisando que Valentina estava entrando no prédio. Ele sorriu. Às três teria uma nova reunião e não poderia acompanhá-la ao médico. - Não foi fácil, mas consegui. Disse Valentina acompanhada de uma medica e duas enfermeiras alem do equipamento se ultrassonografia. - Você é maluca! Disse Willian sorrindo, com os olhos vermelhos por causa de um cisco. Afinal, homens não choram.Deitaram Valentina no sofá e a médica ligou o aparelho portátil. Willian sentia o coracao bater rápido e descompassado. Era uma sensação que nunca havia sentido antes.- Olhe para o monitor, papai! Veja o seu bebê. Disse a médica enquanto ele segurava a mão de sua noiva.- Oh, meu Deus... Disse maravilhado.- O bebê já está todo formadinho.
O dia mal amanheceu e Cibele já estava ligando para avisar sobre a localização do restaurante onde iriam almoçar. - Se eu fosse você, não iria. Disse Willian se arrumando para trabalhar. - Julia não me desce. - Ela não vai fazer nada na frente da minha mãe. Disse sorrindo. - Se ela tentar, Antonella e Catarina acertam ela. - Isso me deixa mais tranquilo. Declarou se aproximando dela na cozinha. - Se você ficar incomodada com algo, me liga que eu vou lhe buscar.- E a reunião? Perguntou sorrindo.- Dane-se a reunião! Disse a beijando sem parar. - A minha prioridade é você. Você e a nossa princesa são a minha prioridade. Disse sorrindo ao beijá-la mais lentamente.- Vai se atrasar! Disse sorrindo.Willian a beijou novamente, pegou suas chaves e foi embora.Ela ainda levou um tempo na cozinha, depois se arrumou lentamente e foi encontrar Antonella numa loja. Antonella era apenas um ano mais velha que Valentina e, quando crianças, gostavam de
Willian parecia distante naquele dia. Tanto no escritório quanto no tribunal durante uma audiência, seu pensamento estava distante de tudo.- Sr. Willian?- Desculpe, Meritíssimo.- Algum problema?- Minha mulher foi fazer um ultrassom. É nosso primeiro bebê. Desculpe.- Então teremos um futuro advogado aqui?- Talvez uma futura advogada. É uma menina. Victoria.- Mesmo nome da netinha do Juiz Harper.- É a mesma criança. Eu me casei com a Valentina.- Uau! O Juiz é o seu sogro? Como ele é? - Digamos que estou bem agora diante dos olhos dele. Mas ele é bem exigente. Enquanto o casamento não saiu ele não me deixou em paz.- Talvez porque fosse um Don Juan. Sei das suas histórias. - Com Valentina sempre foi diferente. Eu a amo. Acho que sempre a amei.O juiz sorriu. Bateu em seu ombro assim que terminou o julgamento. Cada um seguiu o seu caminho. Willian voltou para o escritório, tomou uma dose de whisky e voltou para casa onde Valentina já se encontrava dormindo com a televisão liga
Valentina achava que depois de tantos meses divorciada que nunca mais veria o ex em seu restaurante favorito e que ele estaria acompanhado pela mulher que ter sido o pivor da separação. E o pior, se aproximar da mesa para cumprimentá-la.- Ora, ora. Parece estar muito bem depois de acabar comigo na audiência de divórcio. - O que foi? Esperava mesmo que eu não usasse dos vídeos enviados para o meu celular pela sua amante?- Você mandou o vídeo para os meus pais.- Ah, mas sua mãe disse que o problema era meu. Que eu só pensava em trabalhar. Como eu poderia ter um bebê? Bem... Eu posso ter um bebê. Foi bem rápido. - Você está grávida? Você fez uma inseminação artificial? - De jeito nenhum, meu bem. Willian, esse é o idiota do meu ex.- O coelhinho de cinco minutos?- Exatamente.- Você está tendo um caso com o advogado?- Não! Estamos noivos, mas eu não irei lhe mandar convite. E pare de dizer para todo mundo que eu o depenei. Você não t
Caramba!Só quem tem um bebê ou já teve um bebê em casa sabe as dificuldades no início da mudança de rotina de pais de primeira viagem.Valentina se afastou do escritório. Precisava cuidar do bebê nascido de sete meses e não tinha mais tempo para nada. Às vezes, via por vídeo como havia ficado alguma das obras que havia projetado entre uma mamada e outra, mas não podia se encontrar a disposição como antes.Já Willian tentava ser o pai presente e o marido perfeito, que apoia e ajuda a mulher durante as mamadas e trocas de fralda, mas durante o dia cochilava durante as reuniões e durante três audiências, irreconhecivelmente, ele esqueceu do que falava.- Dr. Willian, não estou lhe reconhecendo. O que está acontecendo com o senhor?- Eu me tornei pai, Meritíssimo. Minha filhinha não aguentou a monotonia do ventre materno e veio ao mundo dois meses antes. Veja como é linda! Ela tem cara e tamanho de uma prematura? Não. E tem pulmões fortes. Eu não consigo dormir