Willian parecia nervoso quando chegou ao escritório. Na reunião falou pouco e olhava o relógio se movimentar lentamente o deixando ainda mais ansioso. Quando a reunião acabou, não quis almoçar e isso era algo a se preocupar.Por volta das duas a secretária entrou em sua sala avisando que Valentina estava entrando no prédio. Ele sorriu. Às três teria uma nova reunião e não poderia acompanhá-la ao médico. - Não foi fácil, mas consegui. Disse Valentina acompanhada de uma medica e duas enfermeiras alem do equipamento se ultrassonografia. - Você é maluca! Disse Willian sorrindo, com os olhos vermelhos por causa de um cisco. Afinal, homens não choram.Deitaram Valentina no sofá e a médica ligou o aparelho portátil. Willian sentia o coracao bater rápido e descompassado. Era uma sensação que nunca havia sentido antes.- Olhe para o monitor, papai! Veja o seu bebê. Disse a médica enquanto ele segurava a mão de sua noiva.- Oh, meu Deus... Disse maravilhado.- O bebê já está todo formadinho.
O dia mal amanheceu e Cibele já estava ligando para avisar sobre a localização do restaurante onde iriam almoçar. - Se eu fosse você, não iria. Disse Willian se arrumando para trabalhar. - Julia não me desce. - Ela não vai fazer nada na frente da minha mãe. Disse sorrindo. - Se ela tentar, Antonella e Catarina acertam ela. - Isso me deixa mais tranquilo. Declarou se aproximando dela na cozinha. - Se você ficar incomodada com algo, me liga que eu vou lhe buscar.- E a reunião? Perguntou sorrindo.- Dane-se a reunião! Disse a beijando sem parar. - A minha prioridade é você. Você e a nossa princesa são a minha prioridade. Disse sorrindo ao beijá-la mais lentamente.- Vai se atrasar! Disse sorrindo.Willian a beijou novamente, pegou suas chaves e foi embora.Ela ainda levou um tempo na cozinha, depois se arrumou lentamente e foi encontrar Antonella numa loja. Antonella era apenas um ano mais velha que Valentina e, quando crianças, gostavam de
Willian parecia distante naquele dia. Tanto no escritório quanto no tribunal durante uma audiência, seu pensamento estava distante de tudo.- Sr. Willian?- Desculpe, Meritíssimo.- Algum problema?- Minha mulher foi fazer um ultrassom. É nosso primeiro bebê. Desculpe.- Então teremos um futuro advogado aqui?- Talvez uma futura advogada. É uma menina. Victoria.- Mesmo nome da netinha do Juiz Harper.- É a mesma criança. Eu me casei com a Valentina.- Uau! O Juiz é o seu sogro? Como ele é? - Digamos que estou bem agora diante dos olhos dele. Mas ele é bem exigente. Enquanto o casamento não saiu ele não me deixou em paz.- Talvez porque fosse um Don Juan. Sei das suas histórias. - Com Valentina sempre foi diferente. Eu a amo. Acho que sempre a amei.O juiz sorriu. Bateu em seu ombro assim que terminou o julgamento. Cada um seguiu o seu caminho. Willian voltou para o escritório, tomou uma dose de whisky e voltou para casa onde Valentina já se encontrava dormindo com a televisão liga
Valentina achava que depois de tantos meses divorciada que nunca mais veria o ex em seu restaurante favorito e que ele estaria acompanhado pela mulher que ter sido o pivor da separação. E o pior, se aproximar da mesa para cumprimentá-la.- Ora, ora. Parece estar muito bem depois de acabar comigo na audiência de divórcio. - O que foi? Esperava mesmo que eu não usasse dos vídeos enviados para o meu celular pela sua amante?- Você mandou o vídeo para os meus pais.- Ah, mas sua mãe disse que o problema era meu. Que eu só pensava em trabalhar. Como eu poderia ter um bebê? Bem... Eu posso ter um bebê. Foi bem rápido. - Você está grávida? Você fez uma inseminação artificial? - De jeito nenhum, meu bem. Willian, esse é o idiota do meu ex.- O coelhinho de cinco minutos?- Exatamente.- Você está tendo um caso com o advogado?- Não! Estamos noivos, mas eu não irei lhe mandar convite. E pare de dizer para todo mundo que eu o depenei. Você não t
Caramba!Só quem tem um bebê ou já teve um bebê em casa sabe as dificuldades no início da mudança de rotina de pais de primeira viagem.Valentina se afastou do escritório. Precisava cuidar do bebê nascido de sete meses e não tinha mais tempo para nada. Às vezes, via por vídeo como havia ficado alguma das obras que havia projetado entre uma mamada e outra, mas não podia se encontrar a disposição como antes.Já Willian tentava ser o pai presente e o marido perfeito, que apoia e ajuda a mulher durante as mamadas e trocas de fralda, mas durante o dia cochilava durante as reuniões e durante três audiências, irreconhecivelmente, ele esqueceu do que falava.- Dr. Willian, não estou lhe reconhecendo. O que está acontecendo com o senhor?- Eu me tornei pai, Meritíssimo. Minha filhinha não aguentou a monotonia do ventre materno e veio ao mundo dois meses antes. Veja como é linda! Ela tem cara e tamanho de uma prematura? Não. E tem pulmões fortes. Eu não consigo dormir
Valentina chegou no escritório em plena boa forma, com um novo corte de cabelo, unhas feitas e empurrando a bebê simpatia no carrinho sem a babá. Era a visão perfeita da mulher moderna e independente. Todos adoraram o bebê, principalmente porque ela sorria ao ter aquela atenção para ela.- Eu não sabia que estava tão bonita.- Obrigada, Roberto. Eu não me sinto assim, mas obrigada. Eu não tenho saído muito de casa além do roteiro de sempre. - Achei que voltaria a trabalhar. Willian disse que voltaria a trabalhar.- Tínhamos um acordo e ele rompeu. Então...- Que acordo?- Sobre beber depois do trabalho.- Oh, que merda! Poxa! Eu não sabia disso. Ainda bem que não tenho bebido ultimamente senão teria problemas sérios com você.- Por quê não tem bebido?- Estou namorando, Valentina. Willian, não lhe disse? Se tudo der certo, caso no final do ano.- Meus parabéns!- Valentina? Você por aqui?- Eu queria mesmo falar com você. E
Valentina voltou para a cidade com a filha depois de um mês distante de tudo. Estava mais calma, havia alugado um apartamento de três quartos e contratado uma babá para ajudá-la. Assim que ajeitou tudo mandou uma mensagem para avisar a Willian que estavam bem no novo apartamento e que ele poderia ver a menina na casa dos pais dele. A levaria depois do almoço, mas não o queria ver. Falaria apenas com Stella. Buscaria a filha às sete. Nada de telefonemas! Só mensagens."Eu aceito, mas me mande uma foto agora. Estou entrando numa audiência. Ela mandou e lhe desejou boa sorte.Quando viu a menina já eram cinco e meia. Ela o reconheceu e ficou sorrindo o tempo todo. Ele mesmo deu banho nela e quando Valentina chegou a menina não quis deixar o pai.- Valentina, querida, o que quer fazer?- Eu não sei. Eu não estava preparada para isso.- Quer entrar e comer alguma coisa?- Eu não sei. Minha cabeça dói tanto.- Entre, Valentina! Por favor.Val
Stella sorriu e chegou a bater palmas quando os viu descer juntos como uma família. Foi a vez do pai de Willian chorar. Abraçando Valentina que considerava ser a sua nora há muito tempo e lhe dando dois beijos no rosto como sempre fazia quando estava feliz.- Stella, ligue para o escritório. Eu não vou. Vou ficar com a minha família. - Ora, isto é um milagre!- Quero aproveitar a minha netinha.- Bôbô!- Sim, meu amor! Sou seu vovôzinho. Você é a princesa do vovô. Dois meninos da Elizabeth e uma menina do Willian.- Por enquanto.- Nem comece com isso, Willian. Victoria não tem nem um ano.- Eu sei, mas seria bom pensarmos que a nossa idade não vai nos ajudar a vida toda.- Vou pensar, mas não vou querer passar por isso sozinha. Vou querer tudo o que tenho direito. Uma babá para Victoria e uma enfermeira para mim.- Uau! Valentina já aceitou a ideia?- Só para deixar o jogo empatado com Elizabeth. Dois a dois.- Então está ferrada, Valentina. Eu estou grávida novamente. Vai ter que c