Capítulo 27Clare Vallence França | 12 de MaioA mansão dos Marini era tão opulenta quanto eu esperava, porque cada canto da casa parecia ostentar riqueza e poder, — não que isso fosse algo novo —, mas que eu precisava admitir, tinham seu impacto. E claro, ainda estar em um lugar que tinha alguém que podia literalmente me matar — sem deixar rastro algum, ao ponto do meu pai provavelmente achar que eu só sumi no mundo — ainda era um poico assustador, mas… eu játinha feito um acordo com Marcelus então… eu tinha que ir até o final — mesmo que eu soubesse que isso fosse a mesma coisa, que vender a minha alma ao diabo. Porque teria um preço. Eu sabia que teria. Mas… agora não era hora de pensar sobre isso, porque depois de tomar um ar — e Marcelus começar com aquele papo de que me deixaria em paz se eu entrasse na sua brincadeira — tivemos que voltar para o meio da família Marini. “Eu achei que iria ser bem mais cansativo…” eu acabei pensando enquanto voltávamos, porque no fim…
Capítulo 28Marcelus MoreauFrança | 12 de MaioAssim que eu fiz Clare sair de perto de mim — completamente revoltada por conta da minha mão nas suas costas — eu admito… eu tive que segurar para não rir, porque a forma como ela parecia completamente puta, mas ao mesmo tempo cheia de tesão, era… impagável. Porém, eu tinha que admitir, uma parte minha achava tudo aquilo uma perda de tempo, afinal… por que ela queria continuar negando isso? Porque sim, era divertido torturar Clare daquela forma — e eu estaria mentindo se dissesse o contrário — mas… o jeito que ela reagia ao meu toque, e a forma como o seu corpo parecia querer cada vez mais, me fazia pensar o porquê dela continuar com esse orgulho e marra toda — sendo que nós dois queríamos a mesma coisa. No fim, eu achava que toda aquela tentativa de Clare de querer negar isso, era inútil — porque convenhamos… nós sempre acabávamos do mesmo jeito que no caso, era comigo dentro dela, enquanto ela gemia o meu nome — mesmo ela sempre ju
Capítulo 29Vincenzo MariniFrança | 12 de MaioMarcelus parecia observar tanto Mia quanto Clare de longe, com um sorriso no rosto — e por mais que eu quisesse muito acreditar que o meu irmão realmente tinha conseguido um noivado por vontade própria, e quem sabe, ele até gostasse da pobre médica, eu também tinha que reconhecer que eu conhecia o meu irmão muito bem, pra só me deixar cair em algo assim. Eu sabia que ele estava aprontando algo, eu só… não sabia muito bem o que — ou melhor, eu não tinha conhecimento de até onde, tudo aquilo o que ele me dizia era verdade — mas independentemente… esse imbecil me preocupava — tanto por conta de si mesmo, tanto quanto pela família como um todo. — Marcelus… — falei ao me aproximar, enquanto eu já sentia a minha cabeça latejar. Ele virou para mim com um olhar curioso, mas aquele sorriso malicioso não saiu do seu rosto. “Essa expressão…” eu pensei enquanto olhava para o rosto de Marcelus — porque parecia muito a de quando ele era menor, e
Capítulo 30Marcelus MoreauFrança | 12 de MaioEu sabia que Vincenzo estava tentando dar uma de irmão mais velho responsǘel — que estava tentando fazer a porcaria de um controle de danos —, mas eu estava longe de querer ouvir lições de moral naquele momento, ainda mais, quando ele estava com aquele tom de quem sabe tudo, — o mesmo que usa quando tenta me ensinar alguma coisa que, na visão dele, eu não estou entendendo. — Não brinque com um casamento que seria benéfico para a família, — ele disse em dado momento, e eu só conseguia pensar em como aquilo me irritava, porque não era que eu não entendi o que ele estava dizendo; era só que, naquele momento, eu não queria ouvir, — você sabe que não pode só enfiar alguém no meio de tudo, falar que é a sua noiva, e depois fingir que nada aconteceu, só porque você se cansou. Estalei a língua no céu da boa. Porque novamente, eu entendia o que ele queria dizer, sabia que um casamento na máfia era coisa séria — porque no fim, era a mulher
PrólogoClare Vallence04 de Maio | França— Estou interrompendo algo, querida? — Foi a primeira coisa que eu escutei, quando eu senti uma mão pousar sobre o meu ombro, — quem é o seu amigo, não vai me apresentar?Marcelus. Marcelus Moreau Marini, tinha me achado mais uma vez, e puta que me pariu… como eu queria correr dali agora, e me enfiar no primeiro avião que eu conseguisse. Não importava se seria para um país de primeiro, segundo ou terceiro mundo, não… eu só queria achar qualquer lugar que fosse, que ele não suspeitaria, que ele não fosse conseguir achar o meu rastro, nem se ele quisesse muito. Mas… aparentemente — para a minha infelicidade — isso não parecia ser algo possível. — Clare, quem é ele? — Flyn obviamente não evitou de perguntar, com uma expressão de clara confusão. — Ele não é ninguém importante, querido. — Eu soltei, junto de um breve sorriso no rosto, — agora vamos, ou você quer parar o que estávamos fazendo, por conta dele? — Parar o que estavam fazendo? Or
Capítulo 1Clare VallenceFrança | 02 de MaioMinha vida finalmente estava do jeito que eu queria, porque depois dos últimos três anos, desde que deixei Londres… essa tinha sido a primeira vez que eu tinha conseguido ter o mínimo de paz na minha vida — afinal, Marcelus… ainda não tinha me achado na França (até porque, ele nunca esperaria que eu estivesse no seu país de origem, esperaria?).Eu poderia finalmente descansar, sem a constante apreensão de que aquele desgraçadö apareceria na minha frente a qualquer momento. Meus dias eram previsíveis, e a rotina médica preenchia meu tempo e minha mente por completo. Estava tudo ótimo. Estava tudo perfeito. Ou pelo menos, era o que eu queria acreditar, mas… eu não conseguia tirar o rosto de Marcelus da minha cabeça! Ele ainda habitava meus pensamentos, especialmente durante a noite. Naquela manhã inclusive? Acordei irritada depois de um sonho erótico que eu tive com aquele moreno filho da putä! E isso me deixava profundamente frustrada,
Capítulo 2Clare Vallence02 de Maio | FrançaAssim que eu cheguei em casa, a minha cabeça já começou a montar mil e um cenários com Flyn, ao ponto de eu começar a sorrir que nem uma idiotä, enquanto me deitava no meu sofá — como se fosse a porcariä de uma adolescênte idiotä. Porque no fim, Flyn era literalmente a definição de Príncipe encantado, ou seja… ele era perfeito pra mim, certo? Era o que eu sempre sonhei desde que eu era uma garotinha que usava maria chiquinhas. Eu sempre sonhei com um loiro alto de olhos claros, com um sorriso brilhante que poderia me cegar, e ele? Era exatamente isso, como se fosse o universo de alguma forma, tentando me compensar por todo o estresse que Marcelus Moreau… tinha causado na minha cabeça — que honestamente, não andava muito boa.“Isso, eu vou sair com ele quando ele me chamar, e nós dois vamos construir uma bela vida juntos, com bebês loiros, e nada parecidos com aquele traste do Marcelus!” Eu comecei a pensar, o que sinceramente? Até que es
Capítulo 3Clare Vallence02 de Maio | França Eu não fui mais até a cafeteria depois daquilo, e o pouco tempo que eu tinha de ter qualquer pausa sequer, eu me enfiava no refeitório do hospital, — afinal, eu já tinha me decidido, eu não faria aquilo com o Flyn, porque… ele não parecia merecer. Então, eu fiquei me colocando em um trabalho atrás do outro de novo, que eu nem precisava me enfiar, e céus… eu ocupei a minha cabeça até poder dizer chega. — Clare, você tem certeza de que está bem? — Sophie acabou me perguntando em dado momento, — você não acha que está puxando o seu limite demais? Sorri. — Não, eu estou bem… até porque, eu mal ando conseguindo dormir direito mesmo. — Vocẽ sabe que vão te mandar pra casa, não é? — Sophie insistiu naquilo, — mesmo que não esteja conseguindo dormir, vocẽ não precisa disso. Suspirei, porque no fim… eu estava sendo uma idiotä, e eu sabia disso. “Bom… a essa hora, ele já deve ter ido embora…” eu pensei comigo mesma, e quando eu me leva