Capítulo 23Clare Vallence França | 10 de Maio Eu já sabia que Marcelus ia tentar algo comigo de novo, mas isso? Ah… foi um tanto inesperado. Porque sim, ele já tinha invadido lugares onde eu estava — como a varanda de um dos hotéis que estava — mas… isso? E desse jeito? Céus… “Com o que ele estava na cabeça? Invadindo o meu quarto de hotel desse jeito, ainda mais… perguntando sobre o Flyn! Ele é o que? O meu namorado?” Eu pensei um tanto indignada, mas… era Marcelus, o que eu deveria esperar? Que ele tivesse alguma noção na cabeça dele? Lógica? Bom, mas não era como se eu pudesse falar muito dele naquele momento, porque lógica? Era claramente algo que eu também não tinha — afinal, eu estava lá, brigando com ele, e do nada, Marcelus estava entre as minhas pernas, me fazendo um oral… “Eu devo ser uma piada pra mim mesma, não é possível…” veio em minha mente, o que me fez soltar um riso bufado, enquanto eu me virava na cama. “E outra, ele parecia achar que… eu tinha fudido co
Capítulo 24Marcelus Moreau França | 10 de Maio Não importava o que eu dissesse, Clare parecia não querer escutar a razão — muito provavelmente, porque ela achava que o meu pai era como o dela, e que entenderia qualquer coisa que eu falasse pra ele, se eu desse uma razão meramente plausível. Só que esse? Não era o caso, porque Mario Marini… era cego como a justiça, e tão rigoroso quanto a porcaria de um militar. — Marcelus, eu não vou nesse jantar, não importa o que você diga! — disse ela, cruzando os braços, depois de eu ter insistido que ela precisava ir. “Puta que pariu… essa mulher é mais teimosa que uma mula empacada!” Eu acabei pensando, apenas para recostar a minha cabeça em seu ombro. — Clare… você sabe que não pode simplesmente não ir! Não sem o meu pai ficar com uma pulga atrás da orelha, e você sabe o que acontece quando gente como ele fica desconfiada de algo? — Eu trouxe o seu rosto pelo queixo, com um dos meus dedos para ela me encarar, — ele começa a investiga
Capítulo 25Vincenzo Marini França | 11 de MaioMarcelus… noivo. Eu não consegui tirar aquelas duas coisas juntas na minha cabeça quando o meu pai citou elas — ao ponto de eu ter achado que a idade, estava mexendo com a sua cabeça — mas… quando ele citou Clare Vallence, bom… eu não sabia se aquilo fazia sentido, ou ficava ainda mais estranho. Porque o fato deles terem algo? Era inegável, ainda mais pelo jeito que o meu querido irmão, parecia estar ficcionado nela, mas… noivado? Isso era um tanto inesperado — principalmente, porque estávamos falando de Marcelus, que era nitidamente, um Don Juan sem causa nenhuma. — Mi amoré… você vai ficar com rugas antes da hora, desse jeito, — Mia brotou diante dos meus olhos, tentando esticar a minha testa que estava franzida, — o que foi, huh? Por que está com essa cara? — Nada demais, — suspirei, enquanto tomava o meu café, — eu só tive uma conversa com o meu pai ontem. — Oh… foi sobre algo tão grave assim? — Ela me questionou, e eu ape
PrólogoClare Vallence04 de Maio | França— Estou interrompendo algo, querida? — Foi a primeira coisa que eu escutei, quando eu senti uma mão pousar sobre o meu ombro, — quem é o seu amigo, não vai me apresentar?Marcelus. Marcelus Moreau Marini, tinha me achado mais uma vez, e puta que me pariu… como eu queria correr dali agora, e me enfiar no primeiro avião que eu conseguisse. Não importava se seria para um país de primeiro, segundo ou terceiro mundo, não… eu só queria achar qualquer lugar que fosse, que ele não suspeitaria, que ele não fosse conseguir achar o meu rastro, nem se ele quisesse muito. Mas… aparentemente — para a minha infelicidade — isso não parecia ser algo possível. — Clare, quem é ele? — Flyn obviamente não evitou de perguntar, com uma expressão de clara confusão. — Ele não é ninguém importante, querido. — Eu soltei, junto de um breve sorriso no rosto, — agora vamos, ou você quer parar o que estávamos fazendo, por conta dele? — Parar o que estavam fazendo? Or
Capítulo 1Clare VallenceFrança | 02 de MaioMinha vida finalmente estava do jeito que eu queria, porque depois dos últimos três anos, desde que deixei Londres… essa tinha sido a primeira vez que eu tinha conseguido ter o mínimo de paz na minha vida — afinal, Marcelus… ainda não tinha me achado na França (até porque, ele nunca esperaria que eu estivesse no seu país de origem, esperaria?).Eu poderia finalmente descansar, sem a constante apreensão de que aquele desgraçadö apareceria na minha frente a qualquer momento. Meus dias eram previsíveis, e a rotina médica preenchia meu tempo e minha mente por completo. Estava tudo ótimo. Estava tudo perfeito. Ou pelo menos, era o que eu queria acreditar, mas… eu não conseguia tirar o rosto de Marcelus da minha cabeça! Ele ainda habitava meus pensamentos, especialmente durante a noite. Naquela manhã inclusive? Acordei irritada depois de um sonho erótico que eu tive com aquele moreno filho da putä! E isso me deixava profundamente frustrada,
Capítulo 2Clare Vallence02 de Maio | FrançaAssim que eu cheguei em casa, a minha cabeça já começou a montar mil e um cenários com Flyn, ao ponto de eu começar a sorrir que nem uma idiotä, enquanto me deitava no meu sofá — como se fosse a porcariä de uma adolescênte idiotä. Porque no fim, Flyn era literalmente a definição de Príncipe encantado, ou seja… ele era perfeito pra mim, certo? Era o que eu sempre sonhei desde que eu era uma garotinha que usava maria chiquinhas. Eu sempre sonhei com um loiro alto de olhos claros, com um sorriso brilhante que poderia me cegar, e ele? Era exatamente isso, como se fosse o universo de alguma forma, tentando me compensar por todo o estresse que Marcelus Moreau… tinha causado na minha cabeça — que honestamente, não andava muito boa.“Isso, eu vou sair com ele quando ele me chamar, e nós dois vamos construir uma bela vida juntos, com bebês loiros, e nada parecidos com aquele traste do Marcelus!” Eu comecei a pensar, o que sinceramente? Até que es
Capítulo 3Clare Vallence02 de Maio | França Eu não fui mais até a cafeteria depois daquilo, e o pouco tempo que eu tinha de ter qualquer pausa sequer, eu me enfiava no refeitório do hospital, — afinal, eu já tinha me decidido, eu não faria aquilo com o Flyn, porque… ele não parecia merecer. Então, eu fiquei me colocando em um trabalho atrás do outro de novo, que eu nem precisava me enfiar, e céus… eu ocupei a minha cabeça até poder dizer chega. — Clare, você tem certeza de que está bem? — Sophie acabou me perguntando em dado momento, — você não acha que está puxando o seu limite demais? Sorri. — Não, eu estou bem… até porque, eu mal ando conseguindo dormir direito mesmo. — Vocẽ sabe que vão te mandar pra casa, não é? — Sophie insistiu naquilo, — mesmo que não esteja conseguindo dormir, vocẽ não precisa disso. Suspirei, porque no fim… eu estava sendo uma idiotä, e eu sabia disso. “Bom… a essa hora, ele já deve ter ido embora…” eu pensei comigo mesma, e quando eu me leva
Capítulo 4Clare VallenceFrança | 03 de Maio Uma parte de mim se sentia culpada por estar "usando" Flyn para ser bem honesta, afinal… ele era gentil, atencioso e merecia alguém que realmente estivesse interessada nele. Mas, ao mesmo tempo? Eu precisava desesperadamente de algo ou alguém que me ajudasse a tirar Marcelus da minha cabeça. Então, quando Flyn me convidou para uma exposição de arte naquela noite, aceitei, sem pensar duas vezes. A galeria de arte era um lugar elegante, com paredes brancas e luzes suaves destacando as obras expostas, e mesmo que grande parte das fotógrafias fossem algo — aparentemente, mais abstrato — Flyn parecia animado enquanto caminhávamos pelo local, comentando sobre as fotografias em preto e branco que preenchiam as paredes. E eu por outro lado, tentava sorrir e fingir interesse, mas nada daquilo parecia realmente me tocar, só parecia ser... cinza e sem graça, sem muita história para contar. Afinal, eu estava acostumada com os vários quadros qu