BÉATRICE* * *— E isso é um fato! — Liam sorriu presunçosamente e continuou — Você sabe… no fundo, você sabe bem que se eu não tivesse tomado determinados caminhos nós ainda estaríamos juntos. No fim, eu entendo que errei… errei porque confiei demais que você seria sempre a esposa apaixonada. Porque sendo sincero contigo, eu gostava e me sentia confortável tendo aquela vida… e eu nunca imaginei que você um dia me pediria o divórcio. — soltando todo o ar dos seus pulmões, ele me encarou — Porém, remoer isso agora não mudará nada, eu sei bem disso… é uma pena que eu tenha cometido aquele vacilo, pois se não fosse por isso, nossa… agora eu seria um homem realizado com todos os meus objetivos com você ao meu lado.Não! — minha mente gritou. Isso não é verdade.No passado eu posso até ter amado Liam, mas agora tudo que sinto é raiva, nojo e revolta. Pensar em nós dois me dá vontade de vomitar e seu olhar predador como agora me faz me sentir suja.— Nesse momento você deve estar se odiand
HENRY * * *Confiro novamente o relógio para ter certeza de que a essa hora Béatrice já deixou o edifício da polícia militar.— Senhor Fitzgerald… quanto tempo. — Louis, um dos meus associados comenta chamando a minha atenção. Realmente, já faz muito tempo que não estou tão presente no escritório como deveria. Para falar a verdade, os assuntos da família Fitzgerald nunca fizeram necessário a minha presença nessa cidade. Pelo menos, não por tanto tempo.Quando Béatrice foi embora eu já deveria ter partido há muito tempo, mas mesmo assim, a sua partida teve um impacto significativo para que eu continuasse aqui, esperando até o dia que ela finalmente retornasse para a cidade.No primeiro mês foi difícil, eu resmungava todos os dias amaldiçoando aquele sentimento. Nos próximos meses eu jurava que se a encontrasse, faria ela pagar de alguma maneira por eu estar sentindo toda aquela raiva. Mas depois disso, o tempo foi passando e a dor da sua partida oscilava entre raiva, rancor e saudade
HENRY* * *— H-Henry? — Béatrice gaguejou. Seus lábios avermelhados e grossos em formato de coração se abriram e fecharam assustados.— Estava preocupado. — sou direto fitando o seu rostinho úmido pela água que escorre por sua face. Desvio os meus olhos observando o seu pequeno corpo coberto somente com uma das minhas camisas de algodão em seu corpo úmido, os mamilos endurecidos por detrás do tecido me excitam de imediato fazendo meu membro pulsar na calçada.Ultimamente tenho agido como um tarado, mas não importo e aparentemente a minha mulher também não. Seus longos fios dourados como ouro úmidos pela água são amparados por uma toalha em suas mãos. Encaro-a por alguns segundos para ter certeza que não há nada errado.— Henry… entre por favor. — Béatrice propõe com a voz aveludada — Os vizinhos…Ela não precisou pedir outra vez. Atravessei a porta tomando minha mulher em meus braços. Seu corpo pequeno e macio está gelado provavelmente pelo banho. A água que escorre pelos seus fios
HENRY* * *O choque dos nossos corpos preenchem todo o quarto. Observo o seu aparelho vibrar mais uma vez, mas continuo estocando forte contra o seu interior.Os gemidos de Béatrice se tornam cada vez mais altos e com certeza, os vizinhos irão reclamar, mas sinceramente isso não me preocupa. Pretendo até o final do mês tirá-la desse hotel e colocá-la em uma casa no meu condomínio e transformar o seu sobrenome para sempre. O pensamento obsessivo sobre ela cada dia mais domina a minha mente e às vezes me pego pensando em como seria afastá-la de todos para tê-la somente para mim, mas logo me lembro que isso não daria certo e somente a afastaria.Viro Béatrice de frente para que eu possa fitar seus belos olhos enquanto a fodo. Seus mamilos se movem conforme movimento do meu corpo, os fios dourados se emaranham entre os lençóis e seus olhos quase se fecham de tanto prazer. Para outras pessoas essa poderia ser uma visão tortuosa, mas cada vez que a encaro revirar os olhos tão entregue à lu
HENRY* * *“Você precisa se acalmar.”Foi o que fiz.Pouco a pouco, a exaustão começava a dominar o meu corpo.Os meus olhos cada vez mais cansados começavam a fechar e não querer abrir. O brilho do lado de fora quase não me incomodava mais e não havia nenhum outro barulho no quarto para dissipar a minha atenção. Contudo, algo chamou a minha atenção.— Isso só pode ser brincadeira. — sussurrei enquanto me levantava da cama. Se o barulho do vibrador do celular não fosse suficiente, eu tive quase certeza de ouvir alguém abrir a porta do apartamento.Caminhei descalço somente de cueca até o corredor. Lentamente me aproximando do final do corredor consigo ouvir vozes e me amaldiçoou por deixar a arma no porta luvas do meu carro.— Será que Liam fugiu da polícia e veio atrás de Béatrice? — o pensamento invadiu minha mente, mas não, não poderia ser isso. Continuo a me aproximar e as vozes que escuto se misturam, elas não muito baixas, mas não parecem de assaltantes. Sem qualquer raciona
HENRY* * *— Henry… eu posso explicar. — Béatrice declarou e eu encarei perplexo. A menina em seus braços se contorce de dor, sua pele está completamente vermelha e mesmo que eu quisesse entrar em um conflito resolvo agir ao invés disso. Corri apressadamente até o quarto para vestir minha calça e pegar as chaves do meu veículo.Não demoro muito e já estou na sala. O homem de cabelo acinzentado ainda não havia retornado, sem esperar por ele eu pego a menina dos braços de Béatrice.Assim que a garota está em meu colo ela geme de dor e seu rostinho se contorce. Céus, que menina linda! Meus olhos doem e sinto vontade de chorar pelo desespero, mas me recomponho. Tomando a menina em meus braços, caminhei para fora do apartamento.— HENRY! — Béatrice me gritou do corredor. Não dei ouvidos. Desço os degraus da escada de emergência com medo de vascular e deixar a garota nos meus braços cair. Minha mente está a milhão pensando nas possibilidades dessa garota ser filha de Béatrice e…— Não vo
[ALGUNS DIAS DEPOIS]BÉATRICE* * *Tudo desmoronou, era como se uma avalanche tivesse nos pego de surpresa. Contudo, eu sabia que no final daquela história eu era a errada.Não havia justificativas.Quando eu vi minha filha tremendo nos braços de Henry eu fiquei desesperada e entrei em choque. Foi ainda pior pela forma como ele descobriu.Se eu soubesse que aquelas ligações eram de Sofia e da diretora do internato eu teria atendido, mas eu não poderia imaginar, afinal havia falado com Sofia no dia anterior e estava tudo bem… ou melhor, eu achava que estava.— Ei, não adianta se lamentar agora. — meu pai apertou o meu ombro direito tentando me tranquilizar da merda que eu havia feito.— Eu sei. — respondi tomando um pouco do café da minha xícara. Observo minha filha ainda adormecida em seu quarto na mansão do meu pai.Depois daquele dia a doutora Collins informou que devido a teve um quadro de psicogênica, mais conhecido como febre emocional, o que me deixou parcialmente mais tranquil
BÉATRICE* * *— Como? — perguntei boquiaberta com as palavras do meu irmão. De repente alguém bater na porta, é uma das empregadas.— Senhor e senhorita. — a mulher se curva — Tem um convidado aguardando pela senhorita, posso informar que a senhorita irá descer ou acompanho o mesmo até aqui?— Não. — respondi por reflexo, mas me recomponho para Aeliana não ouvir o teor da conversa — Não… informe ao convidado que estarei descendo. Peça-o para que me aguarde. Por favor.— Sim, senhorita. Irei transmitir as suas palavras. Com licença. — após se curva, a mulher saiu deixando eu e Ethan a sós.— O que pretende fazer? — Ethan questionou e só uma coisa me veio à mente, a minha filha. Sem pensar muito, respondi:— Irei vê-lo. — digo e oriento Ethan a esperar alguns minutos com Aeliana, para que de tempo até que eu leve Henry para um lugar onde possamos nos falar com tranquilidade. Afinal, é um assunto extremamente delicado.Desço os degraus da escadaria da mansão pensando nas possibilidades