Adam Gautier.
Aquele Haskel me deixa puto, ele sim é um verdadeiro babaca. Não conheço ele de longa data e nunca conversamos muito, mas as poucas vezes que já encontrei ele no campo de treinamento foram sempre muito marçantes, ele sempre torcendo o nariz pra mim ou sendo arrogante. Um dia já até presenciei ele tratando mal uma fã! Mas afinal, por que Catherine estava tomando café na maior intimidade com ele? Fala sério, eu que sou o astro do momento ela ignora?
- Dá pra ir devagar Ray? - diz Laurana se referindo ao meu modo imprudente de dirigir.
- Você já ta na vantagem por eu está te levando, não enche o saco.
- Aff como você ta arrogante hoje - ela abre o espelho retocando a maquiagem - Foi por ver aquela garota com o outro cara bonitão?
- Pra começar ele não chega aos meus pés! - ela ri fraco - E depois que não tem nenhum nexo com Catherine.
- Oh, é claro - murmura ela - Então é falta de sexo mesmo? Que coisa.
- Cala a porra da boca Laurana! - apesar da raiva eu não subo o tom da voz.
- Sabe, a Adriana tem váários quartos lá na casa dela, sei que ela não vai se importar se nós dois...
- Para com isso! Presta atenção, eu só vou aparecer na entrada com você, beleza? - paro, desligo o carro na entrada e olho para a desequilibrada da Laurana - Na festa eu não quero você atrás de mim de novo! Você entendeu?
- Ta, seu petulante. Não irei - ela revira os olhos.
Saímos do carro, na entrada tem vários paparazzi que tiram fotos nossas e de outras celebridades. Todos gritam nossos nomes nos perguntando coisas, eu lhes ignoro e entro na festa, Laurana fica lá dando a atenção que eles tanto querem.
A casa está cheia, escura e com uma música eletrônica excessivamente alta. Reconheço algumas modelos famosas, jogadores do meu elenco e até alguns atores. Como sempre eu não conheço metade de todos que estão aqui, mas reconheço uma silhueta familiar na multidão. Um homem caucasiano de boa estatura com um topete alto feito nos seus curtos cabelos pretos, dança entre duas lindas mulheres. Esse cara é Bastien.
- Senhor Laurent? - seguro seus ombros, com essa música ele não me ouvira nem se eu gritasse.
- Hey Gautier? - Bastien se vira mostrando o rosto cheio de batom vermelho.
- Quanto tempo cara - cumprimento ele com um grande abraço aberto.
- Se maquiando agora?
Bastien passa a mão no rosto e tenta desesperadamente tirar todo aquele batom, mas falha. Agora além de marcas de batom, ele parece que passou blush no rosto.
- Que demora, achei que você não viria!
- Claro que viria - grito para que ele possa me ouvir - Que tal você me apresentar umas das suas amigas? - ele ri.
- Claro, vem comigo - me coloco atrás dele.
Bastien me leva em um lugar mais silencioso atrás do bar, cheio de belas mulheres de cropped e vestidos tomara que caia. Uma delas me chama a atenção, ele tem uma presença exótica, traços quase orientais e olhos negros.
- Essa é a Natasha - Bastien parece ler meus pensamentos eu me apresenta justamente a mulher que observo.
- Olá Adam - sensualmente Nathasha me cerca com seus grandes cabelos negros.
- Ela é uma modelo cubana - diz Bastien perto de meu ouvido.
- Oi Natasha, como vai meu bem? - seguro a mão dela.
- Acredito que melhor agora.
Com um jogo de corpo, Natasha esfrega seus quadris em mim.
- Então Ray... - ela abre uma parte do vestido, me convidando a passar as mãos nela - Quer ir pra um lugar mais calmo?
- É claro.
Sigo ela até o andar de cima e entramos em um quarto. Natasha já entra no cômodo tirando o vestido. Ela me puxa pra cama, e tira minha blusa. Os cabelos de Natasha são pretos e curtos, seu corpo de modelo - magro até de mais - é de um lindo tom negro. Quando já estou semi nu, eu lhe empurro na cama fazendo pressão contra seu corpo, ela aperta minhas costas e mordisca meu pescoço. Natasha geme em meu ouvido me deixando louco de desejo. Então eu não me seguro mais e permito meus instintos comandarem a noite.
Catherine Leblanc.
- Obrigada por me trazer até em casa Hask.
- Não precisa me agradecer - ele para na minha frente, encima do meio fio da calçada - Será que posso te ver amanhã?
- Eu tenho muita coisa pra fazer amanhã... - desconverso.
- Que tal eu passar lá na empresa no seu horário de almoço? - ele aproxima o corpo do meu.
- Hask...
Com uma mão eu impeço que ele avance pra cima de mim. Penso em pedir que ele se afaste, que ele me dê tempo pra pensar em tudo, e que principalmente ele não parta novamente meu coração. Mas acabo não falando nada pois ele me imprensa contra sua bmw e me beija.
Haskel envolve meu corpo no dele aos poucos, passando suas mãos por minha cintura e por meu pescoço. Seguro seus cabelos com uma mão e seu ombro com a outra. Seu beijo tem profundidade, se torna quente e fica mais quente ainda quando o beijo se encerra e ele passa a me estimular no pescoço com beijos e mordidas. Sinto meu corpo esquentar, sinto o desejo de deixa-lo me possuir me corromper. Hask desce um pouco mais sua mão, ele aberta e puxa minha bunda contra si, consigo sentir toda sua masculinidade contra minha pélvis e a umidade toma conta da minha calcinha. Meu corpo é um verdadeiro traidor. Crio forças e reúno o máximo de fôlego que consigo para afastá-lo.
- Chega Haskel - digo suavemente afastando - com muito custo - seu corpo do meu. Ele me olha confuso.
- Eu fui muito rápido? - diz ainda ofegante.
- Sim - tento me recompor e afastar os meus desejos mais carnais que tenho por ele - É melhor você ir.
- Sério? Achei que estávamos indo bem, que você estava retribuindo também.
- Só que eu não to certa de nada!
Fico em silêncio. Perdida entre desejo e raciocínio. Ele apenas me encara com as mãos ao meu redor apoiadas no carro esperando uma resposta minha.
- Será que podemos conversar disso tudo outra hora?
- Claro, você que manda Catherine - ele parece frustrado mas ainda assim calmo.
Haskel Szymanski sempre foi assim, muito respeitoso e cordial comigo, nunca se quer levantou a voz para mim, nem mesmo quando brigávamos. Sempre achei essa a sua virtude mais admirável.
- Obrigada - passo por ele e lhe dou um beijo afetuoso no rosto, ele me retribui com com abraço forte - Boa noite Hask.
- Boa noite Catter.
Observo por trás da janela Haskel deixar minha rua dentro do carro. Depois de tomar um banho e vestir uma roupa confortável eu decido abrir uma garrafa de vinho, acho que depois de uma dia como esse eu mereço. Pego uma taça e me desleixo no sofá assistindo qualquer entretenimento bobo na televisão, até que um pensamento incomum perturba minha cabeça, e o número que Adam me deu?
Salto descalça do sofá e vou até meu quarto atrás da calça com o cartão que Adam mandou Lola me entregar. O cartão é prateado um um degradê entre as cores preto e cinza da escrita, encima tem o nome completo dele "Adam Ray Gautier" e embaixo tem dois números, o de cima não tem nada escrito, mas o número abaixo tem escrito na frente "pessoal". Ele quer que eu ligue pra ele não é? Será que era sobre trabalho? Se for é importante, certo? Eu volto pra sala atrás do celular, começo a discar o número dele mas logo paro e caio na real, Adam não parece ser do tipo que dá o número pessoal dele pra uma garota porque quer falar de trabalho, ainda mais se ele tentou agarrar a força essa garota.
A vontade de ouvir a voz sexy dele e a curiosidade me deixa louca querendo ligar de uma vez, o que será que ele quer de mim? Talvez ele não queira nada já que estava tão bem acompanhado de uma mulher tão incrível como aquela. O número está discado na tela do meu celular, mas não ligo, ao invés disso eu pego a taça de vinho e tomo alguns goles. Quando vou colocar a taça de volta ao lado do celular eu derramo parte do vinho que está na taça na mesinha de centro.
- Droga, meu celular!
Com uma rápida reação eu pego meu celular com tudo impedindo que ele molhe, pego alguns panos pra secar a mesinha e volto a sentar no sofá. Após alguns momentos eu ouço um toque abafado vindo do meu lado, quando eu pego meu celular ele está ligando pro número que Adam me passou.
- Não! Não! Não! Droga.
Quando estou prestes a conseguir sair do pânico e desligar a chamada a ligação é atendida. Primeiro vem um grande barulho da ligação, uma música, vozes distorcidas, até que ouço a voz tão intimidadora de Adam.
- Alô?
Eu obviamente não digo nada, meu corpo já ta em pane.
- Tem alguém aí? Não é todo mundo que tem esse numero sabia? Quem ta falando?
Um suspiro quente de tensão escapa da minha boca e eu desligo correndo. Será que ele conseguiu ouvir meu o suspiro? Se ele reconheceu minha voz eu to ferrada, ele irá me atormentar pra sempre. Por que eu tinha que ser tão desastrada meu Deus?
Adam Gautier. Saio da casa de Adriana por volta das duas e meia da manhã, deixando Natasha na cama dormindo. A festa ainda estava rolando a todo vapor tendo muita gente, talvez mais até do que tinha antes. Para meu prazer eu não encontro Laurana. Volto pra casa e começo a me desmontar, tiro meus sapatos em movimento indo até a cozinha que ainda esta escura como quase todo o resto da casa. Quando abro a geladeira percebo que deveria fazer compras urgentes, mal tem comida dentro dela, que seja, eu não sei cozinhar mesmo, posso pedir uma pizza. Pego uma cerveja e volto pra sala. Noto que a secretária eletrônica está piscando, sinalizando que tem novas mensagens de voz. Será que ela me ligou? Fico ansioso do nada, pego o telefone e decido ouvir os recados.- Adam! Você está aí? Espero você aqui na minha casa, vem logo me buscar - esse foi de Laurana o primeiro recado
Hask estava cheio de assunto e assim fomos conversando o caminho todo até o restaurante. Ele me contou todos os possíveis detalhes sobre sua viagem de volta à Polônia, ele me falou mais uma vez de como sua família está feliz e da suposta falta que sua mãe e irmã sentem de mim. Antes que ele pudesse continuar com todo aquele papo nostálgico, eu estaciono o carro e entramos no restaurante.- Estou com um pouco de pressa hoje, tenho tanta coisa pra fazer. - pego o menu e já faço meu pedido sem pensar muito.- Não é novidade, você sempre anda ocupada - dou de ombros - Ainda estou esperando sua resposta sobre ser minha acompanhante no casamento.- Eu não sei Hask... - abro o calendário no celular, assim tenho uma ideia dos meus compromissos futuros - Dois meses passa muito rápido, eu ainda tenho que ver meu visto!- Calma Catter - ele segura minha mão sobre a mesa - Eu te ajudo com tudo, inclusive com o visto. Qualquer cois
- Claro. Agora quem está ansioso sou eu. É tão estranho Catherine se dar ao trabalho de me ligar, mas é algo estranho que eu gostaria de me acostumar. Me sento na cama e só agora eu noto que ainda estou de roupa social da viagem. Eu dormi reto na cama, sem cobertor e ainda vestido pra uma reunião, eu realmente estava muito cansado.- Aconteceu alguma coisa? É sobre a reunião de amanhã?- Ah, sim, amanhã é quinta.- Não foi por isso que você me ligou?- Sim, foi, é claro - a voz dela vacila, mostrando certo constrangimento - Por isso também.- Não foi só por isso? Achei que você só falava de trabalho, senhorita Leblanc - ouço ela rir fraco. Com uma mão folgo a gravata que aperta meu pescoço e desabotoo as mangas de minha camiseta.- Bem, você sumiu por uma semana... - começa ela, em um tom de voz baixo e tímido - Queria ter certeza que ainda lembrava sobre amanhã.- Sinto muito, estava em treinamento no clube, lá nã
Adam Gautier.- Vamos. Me explica Adam, o que exatamente Haskel te falou? Ainda longe de mim, ela aumenta o tom de voz, me acusando por ter posto outro nome no jogo. Eu não vou encobrir as palavras e atitudes venenosas de Haskel, muito pelo contrário, faço questão que ela saiba o quão duas carasHaskel Szymanski é.- Haskel garantiu que você é dele Catter, me disse que vocês estão reatando o namoro. Ele também me jogou contra meu carro e prometeu me dar uma surra se eu chegasse perto de você novamente - ela não tira os olhos de mim, mas parece aérea. Chego mais perto e acaricio seus ombros - Eu só realmente precisava te perguntar. Catherine se mantém petrificada olhando o vazio, com toda certeza ela assimila cada informação que lhe disse. Os segundos vão se passando e nada dela se pronunciar, essa espera pela conclusão do raciocínio dela está me matando. Algo no
Catherine Leblanc. Com o último resquício de sanidade restante, eu me afasto de Adam dando um passo para trás. Com um olhar mergulhado em desejo, ele me olha perdido e avança para mais um beijo, paro o corpo dele com uma mão em seu firme peito. Meus olhos só conseguem se concentrar nos lábios vermelhos e inchados que Adam está após nossos beijos desesperados. Nunca vi uma imagem tão íntima e sexy do próprio.- Nós deveríamos? O olhar confuso em seu rosto some, Adam relaxa os braços em minha volta. Com o rosto em meu ombro, ele percorre toda extensão de meu pescoço com o nariz, a respiração quente dele na minha pele me causa arrepios deliciosos.- Claro que devemos. Somos livres para fazermos o que desejamos Catherine.- É, eu sei... - seguro seus largos ombros, controlando o ritmo das carícias dele em mim - Parece tão certo, mas não é certo Adam. Com
Catherine Leblanc. A sexta e o sábado passam voando, tudo envolta de trabalho e dos meus confusos sentimentos por Haskel e Adam. O domingo vem como uma noite refrescante de outono, pela janela do quarto olho para a lua resguardada por um céu limpo de nuvens, porém sem muitas estrelas. Quando estou quase terminando de me maquiar uma mensagem de Haskel brilha na tela de meu celular, " Estou passando para te buscar em quarenta minutos, tudo bem?", pergunta ele por mensagem, " Claro.", com uma mão ocupada passando perfume, lhe respondo desajeitada com a outra mão ao telefone. Antes de sair para a varanda e esperar por Haskel eu paro em frente ao espelho, estico o vestido tubinho preto nos quadris e conserto o decote um pouco ousado, talvez ousado demais para um jantar com a família dele? Talvez, mas não acho que teria tempo de trocar minha escolha agora. Por volta das dezenove horas a bmw de Hask para na minha calçada, já em sua espera na varanda, fecho a porta e vou até seu carro.
Catherine Leblanc.Haskel não liga as luzes do quarto, ele me leva direto pra cama. Parece focado. Com metade do corpo esticado ele liga o abajur ao lado da cama e começa a se despir com maestria. Hask tira a blusa, desabotoa a calça e se inclina para me ajudar a tirar meu vestido justo - o que ele consegue com agilidade. Me centralizo na cama, oferecendo meu corpo à ele, que ostenta um sorriso malicioso nos lábios. Dessa vez ele sobe totalmente na cama, afasta minhas pernas e se enfia entre elas. Hask termina de tirar a calça e vanglória seu belo corpo seminu entre minhas pernas, até que finalmente ele tira sua cueca revelando seu imponente pênis, quando ele se aproxima do meu corpo, Instintivamente puxo a cintura dele fazendo pressão contra minha boceta enquanto voltamos a nos beijar freneticamente. Sinto Haskel s
Catherine Leblanc A Luz do sol vindo das grandes janelas do quarto de Haskel me despertam. Olho ao meu redor, estou deitada sobre o peito dele que ainda dorme tranquilamente, ainda estamos pelados por debaixo das cobertas. Uma cena tão memorável e nostálgica. Sento-me na cama e sinto meu corpo estar todo dolorido por causa da noite passada. De repente cai minha ficha e a preocupação toma conta de mim - que horas já são?? Me estico para pegar o relógio de cabeceira dele - 10:30am - estou extremamente atrasada para o trabalho, eu entro as 10 horas! - Ai meu deus - me levanto num pulo - Haskel acorda. Pego meu sutiã jogado no chão do quarto junto com minha calcinha e me visto. - Haskel! - falo alto, despertando ele de vez. - Bom dia meu amor - todo manhoso, ele parece aéreo coçando os olhos. - Haskel são 10:30, você sabe que horas eu entro droga? - 10 horas - apesar da afirmação, sua voz está totalmente tranquila. - É! - grito. - Fica logo aqui comigo Catter - ele se sent