Yasmin Ayala
Estava tendo um sono tão tranquilo que, não queria acordar por nada, o mundo podia até terminar a qualquer momento, mas eu só queria ter mais algumas horinhas em paz. Mas como diz o ditado, Deus ajuda, quem cedo madruga, sou forçada a deixar a minha amada cama e partir para mais uma aula. Eu sou estudante bolsista na São Petersburgo university, não posso dispersar essa oportunidade por nada na vida. — Yasmin Ayala sua vaca, não está ouvindo o despertador tocar, se põe o despertador é para você acordar e não a casa inteira! — Mika grita irritada me dando pontapés, o humor dela nas manhãs é um verdadeiro atentado a minha vida. Ela é minha colega de apartamento, nós duas somos colegas na universidade e compartilhamos o apê, para reduzir custos. Ela é filha de uma brasileira e um Russo, logo foi um bônus para mim em questão de língua em comum. — Ai meu Deus Mika, eu já acordei pará com isso! — jogo o travesseiro nela. — A tá, vá logo tomar banho que você não é herdeira minha filha — a desgraçada me empurra até o banheiro anexo em nosso pequeno apê. Ela tem razão, diferente de todo o mundo daquela universidade, nós duas não somos herdeiras e precisamos trabalhar muito para ter o pão na mesa, já basta ser bolsista, bolsista burra, é a última coisa que me falta no mundo. Sem contar que não existem bolsistas burros. Além de estudar Engenharia de petróleo e gás, eu trabalho por meio período numa lanchonete bem próximo da minha casa, o que me garante alguns trocados no bolso. — Yas! Estou indo, não se preocupe com o café eu já fiz — Mika sai de casa mais cedo que eu, como sempre. Ela estuda economia e eu engenharia, apesar de serem dois cursos totalmente opostos, nós duas trabalhamos com números, logo é fácil de nós duas entendermos uma a outra. Saio correndo do banheiro, se Mika já saiu, isso siginifica que eu estou pouco de chegar no final da aula do senhor Serguei. Não sei por quê aquele velho desgraçado não pede a reforma dele. — Aiii! Eu vou me foder meu Deus — grunho fazendo um esforço para fazer uma skin care básica e rápida. A Rússia é um país muito frio, para muitos, é a temperatura ideal para ter uma pele óptima, mas para o meu azar, a minha pele é sensível ao frio e eu sempre descasco, é de extrema importância sempre fazer skin care. Assim que faço isso, preparo o meu conjunto de moletom branco e meus fones de ouvido básicos. Saio correndo até o ponto de ônibus, pego o mesmo e em menos de trinta minutos eu já estou na faculdade. Às vantagens de morar na Rússia é que, além de estar estudando o que eu sempre quis, os transportes nunca estão cheios, eu não preciso sair de casa duas horas antes do meu compromisso, não importa a hora que saio de casa, eu sempre encontro um ônibus me esperando. Assim que chego a faculdade, a sala já está superlotada e as pessoas já estão em pares, menos o diabo de olhos azuis. Como sempre, Aleksey Markovic, está sentado num cantinho sozinho e para o meu azar, é o único banco disponível para mim. Invocando todos os espíritos da minha família, eu vou até ele com passos vacilantes, eu espero que Deus me proteja e que no final eu não morra congelada ou petrificada pelo olhar dele. — Oi Aleksey, posso me sentar aqui? — minha voz sai tão trémula que é bem provável que ele vá rir de mim depois. Ele nem sequer se dá o trabalho de olhar em meus olhos, ele simplesmente se afasta de mim e deixa a cadeira livre. — Você já está aqui Ayala, sente-se noutro lugar se tiver — o senhor coração de gelo murmura suavemente. Sua voz sai tão gélida e fria que acho que o próprio polo norte congela ainda mais. Eu não sei o que fiz para esse menino, mas desde o primeiro dia, ele não vai com a minha cara. — Não tem outro lugar — me sento ao lado da geladeira insuportável de dois metros de altura. Ele nem sequer se dá ao trabalho de me responder, me sento na cadeira ao lado do rei do gelo. A aula do professor Serguei começa intediante como sempre, metade da turma está sonecando, mas eu não estou conseguindo dormir, porque parece que todo o frio da Rússia, está na minha cadeira. A respiração de Aleksey me desconcentrar e muito. Observo com cuidado o que ele está fazendo e para minha completa surpresa, ele não está fazendo nenhum cálculo ou coisa do tipo, ele está desenhando coisas grotescas e assustadoras. — Seus pais não ensinaram que é errado ser uma bisbilhoteira Yasmin Ayala? — ele me pega de surpresa fechando o caderno dele. Sua voz sai igual a flocos de neve e atinge a minha pele, me arrepiando no mesmo momento, todos os meus poros são despertos e porra! Isso não pode acontecer. Ele sabe o meu nome? Como assim? Eu pensei que fosse um inseto para ele. Ninguém nessa universidade parece digno de ser considerado humano por ele, nem mesmo os professores. Ele parece alguém de outro mundo, com seus olhos azuis frios e cristalinos e seu cabelo loiro platinado. Ele não parece um humano, ele parece um deus grego de outro planeta, parace um alienígena. Alto como um poste e insuportável, como um velho de noventa anos. — Ah! Eu não estava bisbilhotando, você é quem é um mal educado — mesmo que esteja me cagando de medo, não vou abaixar a guarda para ele. Só porque eu pareço uma formiga do lado dele, não vou me deixar abalar. Os olhos dele, parecem dois cristais azuis, parece até que eu estou sendo puxada para um abismo sem fim. A minha alma está piscando, me dizendo que eu devo me afastar dele, ele é perigo, a aura dele é perigosa e sim, eu tenho que fugir dele não sei como. — Mal educado? Não querer conversar com você, não faz de mim mal educado, faz de mim uma pessoa reservada — ele fala com tanta calma, como se estivesse conversando com seu melhor amigo. A calma dele me está irritando, tanto que quero furar os olhos dele, parece que o desgraçado percebe isso, os lábios dele se erguem de forma estranha, parecendo um sorriso. — O que foi seu esquisito — perco um pouco a linha, aumentando um pouco as notas da minha voz. A turma inteira parece estar prestando atenção na nossa discussão, pois, param suas actividades e observam a nossa discussão. — Senhorita Ayala, quer vir explicar a aula? — o velho Serguei j**a a culpa em mim, como se só eu estivesse provocando barulho. Todos os filhinhos de papai dos meus colegas, observam a nossa interação e porra! Eu odeio isso, odeio ser o centro das atenções e ainda mais, falar em público. Por isso escolhi cálculos, eu não preciso falar muito para ser engenharia, só preciso fazer conta e nada mais. — Sinto muito professor, eu não tive a intenção de interromper a sua aula — minha voz sai trémula e porra! Eu sinto uma vontade incrível de chorar agora. Não sei por quê, mas sempre foi assim, a atenção desnecessária sempre provocou a torneira em meus olhos. — Não interessa, vocês dois amanhã, serão os professores — o velho pará com a aula e sai da sala, deixando uma turma inteira boquiaberta e porra! Como assim nós dois? Eu e Aleksey? Que loucura é essa? Olho para o Aleksey que está do meu lado, ele não faz nada para tentar impedir essa loucura, ele nem sequer dá um pio, ele é o dono do mundo, o rei do gelo, ele pode fazer tudo o que quiser e ninguém vai impedir isso. Mas o desgraçado não faz absolutamente nada. — Dezoito horas, na minha casa, não se atrase — Aleksey simplesmente decreta isso e sai de perto de mim. Como assim? Na casa dele às dezoito horas, ele está mesmo cogitando isso? Eu não posso me atrever a pisar no castelo dele, ele vai me congelar. As pessoas na minha sala estão olhando para mim com pena, como se eu fosse morrer a qualquer momento. Sem mais nada por fazer no laboratório, saio do mesmo rumo ao refeitório, tenho que tomar o café da manhã aqui, assim, eu poupo mais dinheiro, ninguém pode me condenar por isso, chama-se economia doméstica. — Me fala o que vocês conversaram! — Madison Carter, loira, alta, branca, olhos verdes e uma conta bancária recheada, se acha a dona do mundo. Ela acha que todos os homens da São Petersburgo, pertencem a ela, inclusive o rei do gelo. — Oi? — me faço de desentendida. Eu sei que ela quer saber de Aleksey, ele nunca fala com ninguém, não sei o que fez ele falar comigo, eu pensei que todos fôssemos um bando de insectos para ele, ainda mais para mim que a minha conta bancária nem sequer serve para comprar a pasta dentifica dele. O que fez ele me convidar para a casa dele, convidar não, ordenar. — Como oi! Eu quero saber o que vocês conversaram! — ela berra como se fosse a dona do mundo, quem ela pensa que é? A dona do universo? A dona do mundo? Eu não devo satisfações a ninguém, como é que ela se atreve a falar assim comigo? Ela pensam que o cartão sem limites dela, a dá poderes sobre todo o mundo. — Eu ouvi Madison, eu não sou surda, eu só estou surpresa, porque você pensa que tem algum tipo de poder sobre todo o mundo nessa escola, eu não sou uma de suas escravas, quer saber o que nós conversamos, vá perguntar para ele então! — eu sei que não devo ser rude com ele. Madison é praticamente a rainha da São Petersburgo, quando ela bem entender, pode acabar com a minha vida, eu só queria continuar nas sombras.Aleksey MarkovicBratva é minha casa. Meu santuário, o único lugar onde uma máquina de matar como eu pertence. É bom estar de volta, depois de tanto tempo afastado, não sei se as sessões de terapia serviram para alguma coisa, os meus demônios ainda estão vivos, mais vivos do que nunca, mas sempre que eu estou perto dela, eles se acalmam. Observo seu corpo lindo e curvilíneo na cama, ela tem o péssimo hábito de se deitar sem roupa na cama, se tiver um louco igual a mim observando ela? Porra! Faz dois anos que eu comecei a ter essa vontade de aprisionar ela. Desde que os nossos caminhos se cruzaram por causa da dela, eu nunca mais esqueci dela. Eu pesquisei tudo sobre ela, nome, idade e tudo relacionado a vida dela. Nome: Yasmin AyalaIdade: Vinte e dois anosFiliação: Mohammed Ayala e Anifa Cristina AyalaTipo sanguíneo: O- Melhores amigas: Mika Volkova e Natasha BedingfieldEscolas médias: Escola secundária Da ManhangaHistórico escolar: Melhor aluna da escola, por quatro anos
Yasmin Ayala Eu sei que ela quer saber de Aleksey, ele nunca fala com ninguém, não sei o que fez ele falar comigo, eu pensei que todos fôssemos um bando de insectos para ele, ainda mais para mim que a minha conta bancária nem sequer serve para comprar a pasta dentifica dele. O que fez ele me convidar para a casa dele, convidar não, ordenar.— Como oi! Eu quero saber o que vocês conversaram! — ela berra como se fosse a dona do mundo, quem ela pensa que é? A dona do universo? A dona do mundo? Eu não devo satisfações a ninguém, como é que ela se atreve a falar assim comigo? Ela pensam que o cartão sem limites dela, a dá poderes sobre todo o mundo. — Eu ouvi Madison, eu não sou surda, eu só estou surpresa, porque você pensa que tem algum tipo de poder sobre todo o mundo nessa escola, eu não sou uma de suas escravas, quer saber o que nós conversamos, vá perguntar para ele então! — eu sei que não devo ser rude com ele. Madison é praticamente a rainha da São Petersburgo, quando ela bem en
Aleksey MarkovicPorra! Esse velho esse velho caquetico está louco ou o quê? Minha boneca sente medo de falar em público, foi uma das razões que fez com ela escolhesse esse curso, ela está trémula e assustada. Ela olha para mim a busca de uma ajuda ou resposta, mas acho que isso não será ao todo mau, é uma óptima oportunidade para mim, é a minha chance de ter ela perto de mim, é a minha oportunidade de manter ela presa ou quem sabe, conquistar ela. — Dezoito horas, na minha casa, não se atrase — a minha voz sai com algumas notas elevadas, preciso me acalmar porra! Saio do laboratório totalmente desnorteado, com um monte de ideias passando pela minha mente, não posso me precipitar, preciso de toda a calma possível para que os meus demônios não tomem meu lugar. Essa pode ser a minha melhor oportunidade para que tudo dê certo entre nós os dois, mas preciso ser mais cuidado ainda, não posso me deixar levar, se eu quiser levar Yasmin para ser completamente minha, preciso que ela confie e
Yasmin Ayala Espero a água ficar quente, não muito quente, mas também não muito fria, uma temperatura aceitável para mim, para que eu não morra de frio e que não me queime também.— Onde será esse trabalho amiga, você está cogitando fazer um trabalho na casa de alguém que você nem sequer conhece? Está quase escurecendo, você não vai sozinha — o modo amiga protetora dela, logo é activo na hora, quando ela começa com as ideias dela, ninguém consegue tirar isso da cabeça dela, ela simplesmente cisma e ponto final, ela cismou. — Ai relaxa, não vai acontecer absolutamente nada comigo, ele não é alguém que deva se preocupar, para ele eu não passo de uma formiga — falo saindo do meu quarto, um pouco apresentável, um conjunto de saia até os joelhos, acompanhada de meias calças térmicas, um body e um sobretudo. — Não vou relaxar, você está louca de fazer uma coisa dessas? Você é uma mulher e nós mulheres precisamos nos proteger — ela continua falando e falando enquanto eu luto com o meu cab
Aleksey Markovic — Oi Collin, os meus amigos cuidaram bem de você — debocho dele, ele está com uma venda e está procurando pela origem do som. — Quem é você, o que quer comigo, olha! Meu pai é um bilionário, ele pode dar a você tudo o que quiser, só por favor, não me mate, por favor — ele implora com lágrimas nos olhos, a venda está molhando na parte em suas lágrimas deslizam. Mas é muito frouxo, além de brincar com a mulher dos outros, o desgraçado é uma princesa indefesa, pensasse nisso antes de brincar com a minha mulher, eu não sou um homem violento, mas não gosto que me faltem com o respeito, ele fez isso, ao provocar a minha rainha, ele se atreveu a encostar nela, como se não bastasse o facto de respirar o mesmo ar que ela. — Collin, Collin, Collin — canto seu nome dando uma volta pelo corpo dele só para deixar ele ainda mais desesperado que nunca. Eu não vou mata-lo tão já, eu só preciso deixar um aviso para ele e para a minha ratinha, que qualquer que chegar sequer há um
Yasmin AyalaEle cheira tão bem meu Deus. Eu não senti esse aroma da última vez que estive perto dele, na verdade da última vez, eu só me preocupei em brigar com ele e fugir logo em seguida, não tive a chance de ver o quão seus cabelos pretos são perfeitos e sedosos, o quão eles combinam com sua pele pálida, o quão eles criam um verdadeiro contraste com seus olhos azuis cristalinos. — Bom! Vamos ao piso superior, o meu quarto fica lá — ele fala com tanta naturalidade como se fosse a coisa mais normal do mundo me levar ao quarto dele. Eu pensei que ricos tivessem um escritório para essas coisas, o que nós vamos fazer no quarto dele? Socorro Deus..—Seu quarto? — Indago com a voz falha ainda. Aleksey está a minha frente, andando como um verdadeiro anfitrião, a medida que ele se move, sua bunda acompanha os movimentos. Deus ele tem uma bunda tão grande que supera a minha. Como é que ele conseguiu isso? — Oh! Não se preocupe, não é como se eu fosse trancar você no quarto e fazer horr
Aleksey MarkovicEstou esperando por Yasmin e o senhor Bircov, ele o meu motorista e foi antigo motorista dos meus pais. Ele um velho caquetico e sem força para nada, acho que o pau dele nem sequer sobe mais. Quando eles finalmente chegam a minha casa, nós não ficamos muito tempo para discutir sobre o trabalho, agora estamos nas escadas rumo ao meu quarto. Confesso que não tenho intenção de deixar ela sair com tanta facilidade dele, mas se eu a mantiver na minha casa agora, nesse momento que ela nem sequer confia em mim, isso vai se tornar num verdadeiro problema mais tarde. Preciso que ela se apaixone por mim antes que ela descubra quem eu realmente sou.Agora estou amarrando os cadarços dela, ela é muito fã de séries coreanas, uma cena clássica dessas séries é o protagonista masculino, atacar os cadarços para a mocinha, eu sei que é um truque muito clichê, mas as virgens adoram clichês, o que posso fazer? Tenho que usar os mesmos ao meu favor. — Ah! Obrigada rei do gelo, digo Aleks
Yasmin Ayala Eu não sei o que está acontecendo comigo, mas parece que não tenho domínio sobre minhas próprias palavras e acções, eu só estou falando atoa igual a um rádio sem fio. Eu realmente estou insultando a casa do meu anfitrião? — Oh! Bem que ela parece um castelo mal assombrado — minhas palavras saiem sem a minha autorização — Quem são antigos donos? Um velho casal apaixonado que morreu dormindo? — talvez seja um casal de velhinhos fofinhos. Geralmente quando um casal muito apaixonado morre junto, eles não deixam a casa deles em paz, eles tratam de castigar os novos proprietários. Os olhos de Aleksey ficam mais azuis que o normal, ele parece triste, ele olha para mim de forma intensa que não sei o que está acontecendo. Será que falei alguma loucura ou algo que não devia? — Oh! Não, essa casa pertence aos meus falecidos pais, eu só herdei deles, quando eles morreram — ele fala com tanta naturalidade que parece normal perder os pais. Os olhos dele, transmitem tristeza e po