Yasmin Ayala
Eu sei que ela quer saber de Aleksey, ele nunca fala com ninguém, não sei o que fez ele falar comigo, eu pensei que todos fôssemos um bando de insectos para ele, ainda mais para mim que a minha conta bancária nem sequer serve para comprar a pasta dentifica dele. O que fez ele me convidar para a casa dele, convidar não, ordenar. — Como oi! Eu quero saber o que vocês conversaram! — ela berra como se fosse a dona do mundo, quem ela pensa que é? A dona do universo? A dona do mundo? Eu não devo satisfações a ninguém, como é que ela se atreve a falar assim comigo? Ela pensam que o cartão sem limites dela, a dá poderes sobre todo o mundo. — Eu ouvi Madison, eu não sou surda, eu só estou surpresa, porque você pensa que tem algum tipo de poder sobre todo o mundo nessa escola, eu não sou uma de suas escravas, quer saber o que nós conversamos, vá perguntar para ele então! — eu sei que não devo ser rude com ele. Madison é praticamente a rainha da São Petersburgo, quando ela bem entender, pode acabar com a minha vida, eu só queria continuar nas sombras.Por quê é que as pessoas insistem em me tirar das sombras? Aleksey insiste em me provocar, consequentemente, ele faz com as pessoas que nunca olham para mim, fiquem atentas aos meus movimentos, eu não mereço isso, sou uma pessoa tão boa, não é justo. — Então me fala logo o que vocês tanto conversaram, para quê tanto mistério, ele por acaso está interessado em você? Não me faça rir, por favor — a desgraçada da Carter não aceita que o Markovic está nem aí para ela. Ela pensa que Aleksey é propriedade dela, como se ele fosse uma espécie de objeto e não um ser humano. — Eu não vou falar nada, você não manda em mim, quem pensa que é? — saio de perto dela, só porque o pai dela é um milionário, isso não implica que deva tratar a todos dessa faculdade igual a seus escravos, eu não sou da família dela e não aceito esse tipo de tratamento de alguém que nem sequer me ajuda a pagar as minhas contas. Eu não tenho sangue de barata, mesmo que ela seja a mais forte e a mais rica da faculdade, eu não vou abaixar a guarda e nem a minha cabeça, não sou uma criança assustada que ela pode pisar quando bem entender. Saio da faculdade correndo, pois, estou atrasada para o meu trabalho na lanchonete, ela fica há algumas quadras da faculdade e do meu apartamento, se eu estivesse no meu país, eu provavelmente, andaria até lá, mas nesse frio insuportável da Rússia, a única solução para mim é pegar um ônibus mesmo. O ônibus logo chega e porra! Eu tenho que gastar meus trocados, que provavelmente usaria para comprar algumas meias térmicas na SHEIN, mas eu tenho que escolher entre correr contra o frio no ônibus ou correr contra o frio na calçada cheia de neve, como pode imaginar, a melhor decisão é pegar o ônibus. A viagem de ônibus até o meu local de trabalho, não dura não mais de quinze minutos, assim que chego nela, encontro o local totalmente lotado, parece que toda a Rússia tirou o dia para vir comer aqui, com tantos lugares para comer, os estudantes da São Petersburgo, preferem essa lanchonete aos pedaços, isso é um verdadeiro bônus para mim, ao menos eu poderei ganhar algumas gorjetas e aumentar a minha renda com o salário miserável que ganhou, mas apesar do pouco salário, eu não tenho do que reclamar, esse é o melhor trabalho que eu poderia arranjar, sendo mulher e morando sozinha na Rússia. — Bom dia! O que vão desejar? — eu me dirijo a uma das mesas para atender um dos riquinhos da faculdade. Collin North, filho de um bilionário do ramo do petróleo, ele é um dos alunos mais influentes da São Petersburgo, quem está ao lado de Collin, tem alguma espécie de poder naquele hospício. Todo esse poder, meio que virou a cabeça dele, ele pensa que pode tudo, onde e como quiser, como se as coisas no mundo só existissem para que ele pisassa, ele é pior que Aleksey Markovic. — Você temperada e grelhada ao molho com especiarias — como sempre, eu tenho que ouvir coisas desagradáveis dele. Ele acha que tem algum poder sobre o mundo e sobre tudo que nele está, desde que eu comecei a estudar na São Petersburgo, ele não me deixa em paz, ele arruma um jeito sujo de chamar a minha atenção, ele é simplesmente alguém insuportável que eu tenho que aturar quando estou no serviço e na faculdade também, ninguém merece isso. Piadas como essa, são o meu pão de cada dia, eu simplesmente tenho que engolir o meu orgulho e atender ele, mas não pense que estou satisfeita com isso, ou que vou abaixar a cabeça para ele, se eles pensam que só por terem mais dinheiro, têm alguma influência na minha vida, eles estão enganados, no final de tudo eu vou embora e nunca mais volto. — Sinto muito senhor, mas não existe Você temporada e grelhada ao molho com especiarias, o nosso menu é muito antigo, mas caso o senhor não se importe, eu posso perguntar a dona do estabelecimento se temos isso — falo debochada. Ele sabe que Mona! A dona do estabelecimento não gosta dele e não vai permitir uma loucura dessas vinda dele, da última vez que ele quis fazer piadas sem graças para mim, ele se arrependeu amargamente. A dona do estabelecimento, não brinca em serviço, ela deu uma sova nele e nos amigos dele, os expulsou da lanchonete e baniu a entrada deles, acho que o pai dele ou os capangas dele, fizeram algo para que ela permitisse a entrada dele novamente.. — Acho que não há necessidade disso cachinhos, você não precisa ser tão radical comigo — ele tenta se aproximar de mim, mas me afasto a tempo, sua mão toca somente a barra do meu avental. — Falem logo o que querem que eu tenho outras mesas para atender — estou preparada para sair da mesa deles quando um dos cães do grupo, logo fala o que quer. — Eu vou querer o milkshake de chocolate, o Jason um café e o Ethan um hambúrguer — ele faz o pedido dele e dos amigos dele, ele é tão maníaco que até os próprios amigos ele controla.. Ele não consegue controlar a própria vida e coloca todas as frustrações na vida dos amigos, ele controla tudo deles, as roupas, o que eles vão comer, quando eles devem comer e onde. Isso não é só nos amigos, todas as corajosas que já se atreveram a se envolver com ele, passaram pelo mesmo, ninguém merece um louco como ele de namorado, se for para ter mais um louco na minha vida, eu prefiro o sem coração do Aleksey Markovic. — Está aqui senhores, por favor aproveitem — deixo seus pedidos na mesa e volto ao balcão. Eu trabalho por seis horas na lanchonete, mas eu vou sair mais cedo que outros dias, tenho um trabalho por fazer na casa do rei do gelo e como ele mesmo disse, odeia atrasos e eu preciso chegar cedo ou pelo menos tentar chegar alguns minutos atrasadas, está no meu sistema, eu simplesmente não consigo chegar na hora marcada ou antes, eu não faço de propósito, é simplesmente mais forte que eu. — Mona! Eu estou indo, até amanhã — me despeço dela com um sorriso e ela simplesmente acena para mim. Mona é uma senhora de cinquenta anos de idade, sem filhos e sem marido, ela foi fuzileira naval, mas as sequelas da guerra a tornaram alguém que aparentemente não tem emoções, muitos chamam ela de mulher de ferro, mas ela é um amor de pessoa, pelo menos comigo, ela é um anjo.. — Vê se toma cuidado, não quero ficar sozinha aqui — ela cuida de mim igual a uma mãe cuida de uma filha, confesso que é bom ter alguém assim cuidando de mim num país tão distante do meu, ainda mais um país em que não tenho os meus pais comigo ou os meus amigos. A temperatura hoje está um pouco amena, comparada a outros dias, eu diria até que está quente, pelo menos, eu consigo andar sem parecer um pinguim engripado, eu posso finalmente andar como gente. Saio da lanchonete as pressas, preciso chegar em casa, tomar um banho, organizar o meu ninho de rato que eu insisto em chamar de cabelo, procurar uma roupa decente mais que não vai me matar de frio, preciso estar bonita sem que pareça que me organizei para o encontro, digo o trabalho. — O que aconteceu? Mona vai ao banco? — Mika já está em casa, fazendo suas atividades. Minha amiga costuma voltar mais tarde da faculdade, ela não trabalha em meio período igual a mim, os pais dela conseguem enviar algum dinheiro para ela, para que ela não viva a base de miojo e pão. — Não, eu pedi para sair mais cedo, tenho um trabalho por fazer ainda hoje, na casa de um colega — corro até o banheiro e me preparo para tomar banho. Espero a água ficar quente, não muito quente, mas também não muito fria, uma temperatura aceitável para mim, que eu não morra de frio e que não me queime também. — Onde será esse trabalho amiga, você está cogitando fazer um trabalho na casa de alguém que você nem sequer conhece? Está quase escurecendo, você não vai sozinha — o modo amiga protetora dela, logo é activo na hora, quando ela começa com as ideias dela, ninguém consegue tirar isso da cabeça dela, ela simplesmente sisma e ponto final, ela sismou. — Ai relaxa, não vai acontecer absolutamente nada comigo, ele não é alguém que deva se preocupar, para ele eu não passo de uma formiga — falo saindo do meu quarto, um pouco apresentável, um conjunto de saia até os joelhos, acompanhada de meias calças térmicas, um body e um sobretudo..Aleksey MarkovicPorra! Esse velho esse velho caquetico está louco ou o quê? Minha boneca sente medo de falar em público, foi uma das razões que fez com ela escolhesse esse curso, ela está trémula e assustada. Ela olha para mim a busca de uma ajuda ou resposta, mas acho que isso não será ao todo mau, é uma óptima oportunidade para mim, é a minha chance de ter ela perto de mim, é a minha oportunidade de manter ela presa ou quem sabe, conquistar ela. — Dezoito horas, na minha casa, não se atrase — a minha voz sai com algumas notas elevadas, preciso me acalmar porra! Saio do laboratório totalmente desnorteado, com um monte de ideias passando pela minha mente, não posso me precipitar, preciso de toda a calma possível para que os meus demônios não tomem meu lugar. Essa pode ser a minha melhor oportunidade para que tudo dê certo entre nós os dois, mas preciso ser mais cuidado ainda, não posso me deixar levar, se eu quiser levar Yasmin para ser completamente minha, preciso que ela confie e
Yasmin Ayala Espero a água ficar quente, não muito quente, mas também não muito fria, uma temperatura aceitável para mim, para que eu não morra de frio e que não me queime também.— Onde será esse trabalho amiga, você está cogitando fazer um trabalho na casa de alguém que você nem sequer conhece? Está quase escurecendo, você não vai sozinha — o modo amiga protetora dela, logo é activo na hora, quando ela começa com as ideias dela, ninguém consegue tirar isso da cabeça dela, ela simplesmente cisma e ponto final, ela cismou. — Ai relaxa, não vai acontecer absolutamente nada comigo, ele não é alguém que deva se preocupar, para ele eu não passo de uma formiga — falo saindo do meu quarto, um pouco apresentável, um conjunto de saia até os joelhos, acompanhada de meias calças térmicas, um body e um sobretudo. — Não vou relaxar, você está louca de fazer uma coisa dessas? Você é uma mulher e nós mulheres precisamos nos proteger — ela continua falando e falando enquanto eu luto com o meu cab
Aleksey Markovic — Oi Collin, os meus amigos cuidaram bem de você — debocho dele, ele está com uma venda e está procurando pela origem do som. — Quem é você, o que quer comigo, olha! Meu pai é um bilionário, ele pode dar a você tudo o que quiser, só por favor, não me mate, por favor — ele implora com lágrimas nos olhos, a venda está molhando na parte em suas lágrimas deslizam. Mas é muito frouxo, além de brincar com a mulher dos outros, o desgraçado é uma princesa indefesa, pensasse nisso antes de brincar com a minha mulher, eu não sou um homem violento, mas não gosto que me faltem com o respeito, ele fez isso, ao provocar a minha rainha, ele se atreveu a encostar nela, como se não bastasse o facto de respirar o mesmo ar que ela. — Collin, Collin, Collin — canto seu nome dando uma volta pelo corpo dele só para deixar ele ainda mais desesperado que nunca. Eu não vou mata-lo tão já, eu só preciso deixar um aviso para ele e para a minha ratinha, que qualquer que chegar sequer há um
Yasmin AyalaEle cheira tão bem meu Deus. Eu não senti esse aroma da última vez que estive perto dele, na verdade da última vez, eu só me preocupei em brigar com ele e fugir logo em seguida, não tive a chance de ver o quão seus cabelos pretos são perfeitos e sedosos, o quão eles combinam com sua pele pálida, o quão eles criam um verdadeiro contraste com seus olhos azuis cristalinos. — Bom! Vamos ao piso superior, o meu quarto fica lá — ele fala com tanta naturalidade como se fosse a coisa mais normal do mundo me levar ao quarto dele. Eu pensei que ricos tivessem um escritório para essas coisas, o que nós vamos fazer no quarto dele? Socorro Deus..—Seu quarto? — Indago com a voz falha ainda. Aleksey está a minha frente, andando como um verdadeiro anfitrião, a medida que ele se move, sua bunda acompanha os movimentos. Deus ele tem uma bunda tão grande que supera a minha. Como é que ele conseguiu isso? — Oh! Não se preocupe, não é como se eu fosse trancar você no quarto e fazer horr
Aleksey MarkovicEstou esperando por Yasmin e o senhor Bircov, ele o meu motorista e foi antigo motorista dos meus pais. Ele um velho caquetico e sem força para nada, acho que o pau dele nem sequer sobe mais. Quando eles finalmente chegam a minha casa, nós não ficamos muito tempo para discutir sobre o trabalho, agora estamos nas escadas rumo ao meu quarto. Confesso que não tenho intenção de deixar ela sair com tanta facilidade dele, mas se eu a mantiver na minha casa agora, nesse momento que ela nem sequer confia em mim, isso vai se tornar num verdadeiro problema mais tarde. Preciso que ela se apaixone por mim antes que ela descubra quem eu realmente sou.Agora estou amarrando os cadarços dela, ela é muito fã de séries coreanas, uma cena clássica dessas séries é o protagonista masculino, atacar os cadarços para a mocinha, eu sei que é um truque muito clichê, mas as virgens adoram clichês, o que posso fazer? Tenho que usar os mesmos ao meu favor. — Ah! Obrigada rei do gelo, digo Aleks
Yasmin Ayala Eu não sei o que está acontecendo comigo, mas parece que não tenho domínio sobre minhas próprias palavras e acções, eu só estou falando atoa igual a um rádio sem fio. Eu realmente estou insultando a casa do meu anfitrião? — Oh! Bem que ela parece um castelo mal assombrado — minhas palavras saiem sem a minha autorização — Quem são antigos donos? Um velho casal apaixonado que morreu dormindo? — talvez seja um casal de velhinhos fofinhos. Geralmente quando um casal muito apaixonado morre junto, eles não deixam a casa deles em paz, eles tratam de castigar os novos proprietários. Os olhos de Aleksey ficam mais azuis que o normal, ele parece triste, ele olha para mim de forma intensa que não sei o que está acontecendo. Será que falei alguma loucura ou algo que não devia? — Oh! Não, essa casa pertence aos meus falecidos pais, eu só herdei deles, quando eles morreram — ele fala com tanta naturalidade que parece normal perder os pais. Os olhos dele, transmitem tristeza e po
Yasmin Ayala Porra! Se eu soubesse dessas coisas antes de sair de casa, eu vinha com o meu repelente ante macho gostoso e Nerd. Ele é um gostoso, milionário e gosta de ler, onde é que existem pessoas assim senhor? Ele parece ter saído das capas de um romance Dark e porra! Eu quero estar nesse dark romance. — Eu gosto de suspense, terror principalmente crônicas Áfricas e você? — eu estou do lado dele, ele está me falando essas coisas e eu estou morrendo. Destino! O que eu fiz para merecer isso? Eu devia saber dessas coisas antes de sair da minha casa, eu não posso imaginar uma coisa dessas estando na casa dele, no quarto dele e na cama dele. O meu lado virgem pacata é logo esquecido e dá lugar a uma Creuza, totalmente safada. — Você gosta de crônicas Áfricas? De qual país? — eu estou parecendo desesperada mas que se dane. Como africana, eu me sinto no direito de fazer essas questões sim, onde é que na Rússia, eu encontraria alguém como ele que gosta das mesmas coisas que eu? Nunca
Aleksey Markovic Está sendo tão fácil manipular Yasmin que em alguns momentos parece até que ela está fingindo, depois do trabalho que fizemos juntos, ela se tornou mais leve e até sorri para mim de vez enquando, mas eu não quero só isso, não quero ser colocado na Friend zone, eu quero que ela saiba que eu existo. Eu não enviei o dedo para ela ainda, só alguns presentinhos chatos, mas isso não a deixa assustada não, eu quero que ela morra de medo, que fique em alerta e que corra por conta própria até os meus braços. O idiota do Collin não apareceu ainda, deve estar chorando no colo da mãezinha dele. - Yasmin, você viu os últimos números de produção de petróleo no campo offshore - quase falho e chamo ela de boneca. Caralho, esse meu plano de ir devagar para não assustar ela só está assustando os meus demônios, eu quero tanto comer ela que chega a doer dentro de mim, não fazer uma coisa dessas. Hoje ela está particularmente linda, o sol decidiu dar as caras hoje e ela está de um vest