Yasmin Ayala
Espero a água ficar quente, não muito quente, mas também não muito fria, uma temperatura aceitável para mim, para que eu não morra de frio e que não me queime também. — Onde será esse trabalho amiga, você está cogitando fazer um trabalho na casa de alguém que você nem sequer conhece? Está quase escurecendo, você não vai sozinha — o modo amiga protetora dela, logo é activo na hora, quando ela começa com as ideias dela, ninguém consegue tirar isso da cabeça dela, ela simplesmente cisma e ponto final, ela cismou. — Ai relaxa, não vai acontecer absolutamente nada comigo, ele não é alguém que deva se preocupar, para ele eu não passo de uma formiga — falo saindo do meu quarto, um pouco apresentável, um conjunto de saia até os joelhos, acompanhada de meias calças térmicas, um body e um sobretudo. — Não vou relaxar, você está louca de fazer uma coisa dessas? Você é uma mulher e nós mulheres precisamos nos proteger — ela continua falando e falando enquanto eu luto com o meu cabelo para manter ele organizado e apresentável. Só porque eu não vou com a cara do dito cujo, isso não quer dizer que ele seja um animal e eu deva tratar ele de qualquer jeito. Eu tenho que explicar para a minha amiga que Aleksey Markovic, só olha para mim quando é necessário, ou obrigado, por ele eu posso até morrer que o mundo vai continuar girando, não entendo o porquê de tanta preocupação por parte dela. Antes que eu consiga retrucar as loucuras da minha amiga, meu celular toca e preciso ver o que é. Oi bisbilhoteira, antes que você pense que sou um stalkear ou o que caralho você pensar, eu peguei seu número no grupo da turma. Oh! Ele sabe cumprimentar por mensagem, pensei que isso só fosse para a elite como ele. Oi Aleksey, eu não pensei nenhuma besteira e antes que reclame, eu já estou a caminho daí, não vou me atrasar. Trato logo de me explicar, não quero que ele me dê uma bronca só por chegar alguns minutinhos atrasada e eu não vou me atrasar, eu tenho trinta minutos para chegar a casa dele, ainda tenho muito tempo. Você vai se atrasar se pegar o transporte público, o meu motorista está aí para pegar você, saia logo de casa. Como sempre, ele não pede, ele ordena e a sua escrava Isaura, tem que obedecer, sem questionar ou sequer cogitar negar isso. Eu só quero que esse trabalho acabe logo e eu possa voltar a minha vida normal, em que eu sou um fantasma, sem vida e sem alma. — Amiga eu estou indo, não se preocupe comigo, o meu colega é um jovem com espírito de oitenta anos, ele não vai fazer nada comigo, na verdade ele só concordou com o trabalho porque não teve opção — explico saindo de casa, sem dar uma chance para ela de sequer pensar em me ajudar ou me prender em casa. Assim que saio do meu apartamento, um carro preto, uma Mercedez Benz, está estacionada do outro lado da rua, a sua frente, está um motorista, assim que ele me vê, ele acena para mim e eu vou até ele. — Senhorita Ayala? — ele sussura com seu sotaque Russo extremamente forte. Eu estou na Rússia a pouco tempo, é óbvio que o sotaque para mim é algo realmente surpreendente, mas o sotaque do motorista de Aleksey, superou todos os limites, ele carrega o “R” com tanta força que acho que nem os próprios vidros do carro aguentaram tanta pressão. — Sim sou eu mesma, como o senhor está? — Uso toda a minha educação que os meus pais deram, abro o meu melhor sorriso, mas o desgraçado do velho se mantém sério, igual a um robô, ele nem sequer esboça uma reacção humana. — Vamos, o senhor Markovic está esperando — o velho abre a porta para mim e entra no banco de frente ao meu. Parece que todo o povo que fica ao redor de Aleksey não tem emoções iguais a ele, era só o que me faltava, além de ter que suportar um velho de vinte e cinco anos com espírito de noventa, eu serei obrigada a suportar dois velhos de noventa anos. Eu mereço isso mesmo produção? Entro no carro do velho, o interior do carro é tão chique que me sinto uma moradora de rua. O couro dos bancos é tão novo e brilhante que estou cogitando roubar esse carro, um banco desses e todas as minhas dívidas de cartão estariam pagas. A viagem até o castelo do rei do gelo, dura pouco tempo, acho que por causa de tanto luxo que eu tive suportar no percurso, eu não senti a distância ou o carro se movendo. — Chegamos Senhorita, por favor — o motorista me ajuda a sair do carro e abre a porta para mim. Eu estou me sentindo uma daquelas protagonistas de musical natalino, igual ao príncipe de natal, em que conhece alguém na rua e nem sequer faz ideia que é um príncipe. Eu costumo chamar Aleksey Markovic de rei do gelo, só para provocar ele, mas isso não é só loucura, ele realmente é o rei do gelo. Além de ter um coração de gelo, ele mora num castelo, literalmente. O castelo está em uma colina, afastado de todas as casas, parece até que eu estou indo no castelo do Conde Drácula, talvez ele não seja o rei do gelo, talvez seja o conde Drácula e as histórias de Drácula nunca terminam bem. — Bem vinda a minha humilde casa Bisbilhoteira — Aleksey me recebe com um meio sorriso. É isso mesmo produção? Ele está “sorrindo” não é um sorriso grande ou coisa que me permita ver os dentes dele, mas é alguma coisa parecida com um sorriso. Ele está com roupas tão descontraídas que nem sequer parece a mesma pessoa, ele não parece o Aleksey Markovic que eu conheço. Ele está de uma calça moletom na cor cinza, chinelos sandálias na cor preta e uma camiseta na cor branca. Ele parece alguém comum até. Seus cabelos estão bagunçados, como se ele tivesse caído numa soneca, ele está tão sexy que seria bom se não fosse tão trágico cogitar uma Fanfic com Aleksey Markovic. — Obrigada, onde vamos fazer o trabalho? — minha voz sai tão trémula que ele percebe. A presença dele não me incomoda, na verdade ele não fez nada para mim, mas ele é tão tentador que a única coisa que eu quero no momento é fugir daqui e correr para a minha casa, enfiar a minha cabeça num buraco enorme e esquecer que eu desejei por alguns minutos a presença de Aleksey na minha vida. — Não se preocupe com o trabalho, vamos até a sala — ele me ajuda a colocar a pasta num lugar próprio e me conduz até a sala. Os nossos corpos ficam um muito próximo do outro, o aroma de seu perfume de sândalo, logo preenche as minhas narinas e me deixa embriagada. Ele cheira tão bem meu Deus. Eu não senti esse aroma da última vez que estive perto dele, na verdade da última vez, eu só me preocupei em brigar com ele e fugir logo em seguida, não tive a chance de ver o quão seus cabelos pretos são perfeitos e sedosos, o quão eles combinam com sua pele pálida, o quão eles criam um verdadeiro contraste com seus olhos azuis cristalinos.Aleksey Markovic — Oi Collin, os meus amigos cuidaram bem de você — debocho dele, ele está com uma venda e está procurando pela origem do som. — Quem é você, o que quer comigo, olha! Meu pai é um bilionário, ele pode dar a você tudo o que quiser, só por favor, não me mate, por favor — ele implora com lágrimas nos olhos, a venda está molhando na parte em suas lágrimas deslizam. Mas é muito frouxo, além de brincar com a mulher dos outros, o desgraçado é uma princesa indefesa, pensasse nisso antes de brincar com a minha mulher, eu não sou um homem violento, mas não gosto que me faltem com o respeito, ele fez isso, ao provocar a minha rainha, ele se atreveu a encostar nela, como se não bastasse o facto de respirar o mesmo ar que ela. — Collin, Collin, Collin — canto seu nome dando uma volta pelo corpo dele só para deixar ele ainda mais desesperado que nunca. Eu não vou mata-lo tão já, eu só preciso deixar um aviso para ele e para a minha ratinha, que qualquer que chegar sequer há um
Yasmin AyalaEle cheira tão bem meu Deus. Eu não senti esse aroma da última vez que estive perto dele, na verdade da última vez, eu só me preocupei em brigar com ele e fugir logo em seguida, não tive a chance de ver o quão seus cabelos pretos são perfeitos e sedosos, o quão eles combinam com sua pele pálida, o quão eles criam um verdadeiro contraste com seus olhos azuis cristalinos. — Bom! Vamos ao piso superior, o meu quarto fica lá — ele fala com tanta naturalidade como se fosse a coisa mais normal do mundo me levar ao quarto dele. Eu pensei que ricos tivessem um escritório para essas coisas, o que nós vamos fazer no quarto dele? Socorro Deus..—Seu quarto? — Indago com a voz falha ainda. Aleksey está a minha frente, andando como um verdadeiro anfitrião, a medida que ele se move, sua bunda acompanha os movimentos. Deus ele tem uma bunda tão grande que supera a minha. Como é que ele conseguiu isso? — Oh! Não se preocupe, não é como se eu fosse trancar você no quarto e fazer horr
Aleksey MarkovicEstou esperando por Yasmin e o senhor Bircov, ele o meu motorista e foi antigo motorista dos meus pais. Ele um velho caquetico e sem força para nada, acho que o pau dele nem sequer sobe mais. Quando eles finalmente chegam a minha casa, nós não ficamos muito tempo para discutir sobre o trabalho, agora estamos nas escadas rumo ao meu quarto. Confesso que não tenho intenção de deixar ela sair com tanta facilidade dele, mas se eu a mantiver na minha casa agora, nesse momento que ela nem sequer confia em mim, isso vai se tornar num verdadeiro problema mais tarde. Preciso que ela se apaixone por mim antes que ela descubra quem eu realmente sou.Agora estou amarrando os cadarços dela, ela é muito fã de séries coreanas, uma cena clássica dessas séries é o protagonista masculino, atacar os cadarços para a mocinha, eu sei que é um truque muito clichê, mas as virgens adoram clichês, o que posso fazer? Tenho que usar os mesmos ao meu favor. — Ah! Obrigada rei do gelo, digo Aleks
Yasmin Ayala Eu não sei o que está acontecendo comigo, mas parece que não tenho domínio sobre minhas próprias palavras e acções, eu só estou falando atoa igual a um rádio sem fio. Eu realmente estou insultando a casa do meu anfitrião? — Oh! Bem que ela parece um castelo mal assombrado — minhas palavras saiem sem a minha autorização — Quem são antigos donos? Um velho casal apaixonado que morreu dormindo? — talvez seja um casal de velhinhos fofinhos. Geralmente quando um casal muito apaixonado morre junto, eles não deixam a casa deles em paz, eles tratam de castigar os novos proprietários. Os olhos de Aleksey ficam mais azuis que o normal, ele parece triste, ele olha para mim de forma intensa que não sei o que está acontecendo. Será que falei alguma loucura ou algo que não devia? — Oh! Não, essa casa pertence aos meus falecidos pais, eu só herdei deles, quando eles morreram — ele fala com tanta naturalidade que parece normal perder os pais. Os olhos dele, transmitem tristeza e po
Yasmin Ayala Porra! Se eu soubesse dessas coisas antes de sair de casa, eu vinha com o meu repelente ante macho gostoso e Nerd. Ele é um gostoso, milionário e gosta de ler, onde é que existem pessoas assim senhor? Ele parece ter saído das capas de um romance Dark e porra! Eu quero estar nesse dark romance. — Eu gosto de suspense, terror principalmente crônicas Áfricas e você? — eu estou do lado dele, ele está me falando essas coisas e eu estou morrendo. Destino! O que eu fiz para merecer isso? Eu devia saber dessas coisas antes de sair da minha casa, eu não posso imaginar uma coisa dessas estando na casa dele, no quarto dele e na cama dele. O meu lado virgem pacata é logo esquecido e dá lugar a uma Creuza, totalmente safada. — Você gosta de crônicas Áfricas? De qual país? — eu estou parecendo desesperada mas que se dane. Como africana, eu me sinto no direito de fazer essas questões sim, onde é que na Rússia, eu encontraria alguém como ele que gosta das mesmas coisas que eu? Nunca
Aleksey Markovic Está sendo tão fácil manipular Yasmin que em alguns momentos parece até que ela está fingindo, depois do trabalho que fizemos juntos, ela se tornou mais leve e até sorri para mim de vez enquando, mas eu não quero só isso, não quero ser colocado na Friend zone, eu quero que ela saiba que eu existo. Eu não enviei o dedo para ela ainda, só alguns presentinhos chatos, mas isso não a deixa assustada não, eu quero que ela morra de medo, que fique em alerta e que corra por conta própria até os meus braços. O idiota do Collin não apareceu ainda, deve estar chorando no colo da mãezinha dele. - Yasmin, você viu os últimos números de produção de petróleo no campo offshore - quase falho e chamo ela de boneca. Caralho, esse meu plano de ir devagar para não assustar ela só está assustando os meus demônios, eu quero tanto comer ela que chega a doer dentro de mim, não fazer uma coisa dessas. Hoje ela está particularmente linda, o sol decidiu dar as caras hoje e ela está de um vest
Yasmin AyalaO que eu estou fazendo? Eu estou mesmo beijando ele, eu estou com os meus lábios colados aos de Aleksey Markovic? Porra! Como esperei por isso. Os lábios dele são mais do que eu imaginei, são doces, leves, com um toque suave de whisky escocês. Ele é tão quente e porra! Eu não quero que o beijo acabe, quero que ele continue me beijando até não puder mais. — Yasmin, me desculpe, eu não sei o que me deu — Aleksey se embola nas próprias palavras dele. Ele está com os lábios inchados e com a respiração ofegante, ele parece um lindo bebé urso, com seus olhos azuis intensos, o corpo totalmente grande e desproporcional, o cabelo totalmente desorganizado que me dá vontade de fazer carinho nele. Ele tenta se explicar mas, eu não deixo ele falar absolutamente nada, interrompo a fala dele colando os meus lábios nos dele. De princípio, ele fica assustado mas logo em seguida, ele sede ao meu beijo. Os lábios de Aleksey encontram os meus suavemente, como se fossem feitos para se enca
Aleksey MarkovicSomos amigos que se beijamEla está brincando com a minha cara? Quem ela pensa que é, ela me beija e no final finge que somos amigos? Isso não vai ficar assim. Ela acha que eu sou um palhaço? Ainda por cima me chama de Nerd, é o cúmulo dos cúmulos. Eu não quero assustar ela, muito menos transformar a vida dela num inferno mas ela está pedindo por uma lição, ela precisa aprender que é minha de uma vez por todas. — O que foi filho? Está com cara de poucos amigos — o desgraçado do meu tio não voltou para a porra da casa de, ele é um verdadeiro pé no rabo. — Você não voltou para a sua casa ainda? O que ainda quer aqui velhote? — falo sem muita paciência. Ele olha para mim de forma espantada, mas ele já está acostumado com o meu temperamento de cão. Eu não sou muito paciente. Mas o meu tio sempre teve paciência comigo, mesmo eu sendo um verdadeiro pé cu. — O que está acontecendo Alek, eu sei que alguma coisa está te deixando frustrado, é sobre a menina de cabelos cache