Uma valsa repentina começou a tocar. E a ficha de Helena demorou e muito para cair. O bonitão do prédio ao lado do seu estava ali bem na sua frente, em carne e osso... mais carne do que osso, é claro.
Quando ela tentou dizer algo, ele somente levou um de seus dedos até os seus lábios, como se estivesse pedindo silêncio e lhe estendeu a mão. Queria dançar com ela. Deu-lhe a mão como se estivesse em transe. Ele a encostou junto ao seu corpo e abraçou a sua cintura. Começaram a dançar.
Ela não conseguia tirar os olhos dele. Era muito mais bonito de perto, com aqueles olhos azuis da cor do mar caribenho. Era alto e forte, mas sabia segurá-la com gentilez
Elas chegaram na casa de Dayane quase de manhã. Quando entraram, deram de cara com um casaco preto, próprio para inverno, no sofá. Se a memória de Helena não falha, era o mesmo casaco deMitchel. _ É do namorado dela. _ Cochichou para Samantha. Estavam cansadas demais para questionar qualquer coisa e cada uma foi para seu quarto. Deixariam as perguntas para quando amanhecesse. Porém antes de dormir, Helena foi dar mais uma espiada pela janela para ver se ele estava lá. Isto já virou um hábito, mas se deparou com as janelas fechadas mais uma vez. Após o acontecido, Dayane levouMitchelpara conhecer melhor as suas amigas. Vestidos é claro. _ Antes de mais nada,bonjour. _Bonjourpara você também, sua bicha safada! _ Disse Samantha sem papas na língua: _ pelo jeito a sua noite foi boa, hein? _ Oh sim... e a noite de vocês, non? As duas não responderam. Vendo o s17 - A recalcada da Internet
Dayane deu um calmante para Samantha e ela dormiu o dia todo. No fim da tarde, foi ver se Helena estava melhor. Pelo jeito, não estava. E como poderia? Mesmo assim a procurou para conversar, junto com uma xícara de chá de camomila. _ Eu fiz um chá para você. Não é igual ao da sua mãe, mas espero que ajude. _ Ofereceu a xícara para ela. _ Por que ela nunca me contou? Ou ele nunca me contou? _ Perguntou com a cara toda inchada de tanto chorar e aceitando a bebida. _ Deve ser para não te aborrecer...
"Ele sabe o meu nome!"Ficou impressionada ao ouvi-lo dizer o seu nome. Parecia até uma melodia. E ela ainda nem sabia o dele... _ Que foi? Eu errei o seu nome? _ Não, pelo contrário, você acertou. Como sabia? _ Foi na noite da festa na Torre Eiffel. Aquele cara que apareceu do nada, fugindo da sua amiga, disse o seu nome e ficou gravado na minha memória, pois eresunnombrelindo... assim comosuduena
E lá foi ela conhecer a casa de seu vizinho misterioso. Ou melhor dizendo, a casa de CarlosSabriel. Assim como no prédio de Dayane, teve de usar as escadas, já que também não tinha elevador. Ainda bem que ela já se acostumou com a prática. Chegando lá, ele cumpriu a sua promessa: deixou a porta aberta e ela preferiu ficar na entrada. O apartamento dele era um pouco menor do que o apartamento de sua amiga, tinha somente dois quartos. _Bien... agora que você já sabe onde moro, pode vir me visitar.
Os dois deram uma pausa para recuperar o fôlego. Se a intenção deSabrielera fazer Helena mudar de ideia e voltar para o apartamento dele, conseguiu: _Quieroestar contigo estanochepara poder sentiresesucuerpodesnudo cerca demí!(Eu quero estar contigo esta noite para poder sentir esse seu corpo nu perto de mim!)_ Sussurrou em seu ouvido em espanhol. E ela, é claro, adorou. A quanto tempo ela não sentia amada, desejada... e a chance de sentir tudo isso mais uma vez estava ali bem na sua frente, com um
Helena chegou ao apartamento de Dayane, pensando que explicação daria. Ao entrar, se deparou com ela cochilando no sofá. Ela até queria deixar a amiga dormir, mas precisava lhe dar alguma satisfação. _ OhmonDieuHelena, por onde esteve durante todo esse tempo? _ Eu fui dar uma voltinha... _ A gente estava preocupada com você, principalmente Sam. Ela acha que você está brava com ela. Enquanto isso na cozinha de Dayane, Helena preparava as caipirinhas e trocava mensagenscalientescomSabriel. "Holachica, conseguiu se acertar com sua amiga?" "Sim deu tudo certo obrigada" "Posso te ver amanhã?" "23 - Ressacadas