Dayane deu um calmante para Samantha e ela dormiu o dia todo. No fim da tarde, foi ver se Helena estava melhor. Pelo jeito, não estava. E como poderia? Mesmo assim a procurou para conversar, junto com uma xícara de chá de camomila.
_ Eu fiz um chá para você. Não é igual ao da sua mãe, mas espero que ajude. _ Ofereceu a xícara para ela.
_ Por que ela nunca me contou? Ou ele nunca me contou? _ Perguntou com a cara toda inchada de tanto chorar e aceitando a bebida.
_ Deve ser para não te aborrecer...
"Ele sabe o meu nome!"Ficou impressionada ao ouvi-lo dizer o seu nome. Parecia até uma melodia. E ela ainda nem sabia o dele... _ Que foi? Eu errei o seu nome? _ Não, pelo contrário, você acertou. Como sabia? _ Foi na noite da festa na Torre Eiffel. Aquele cara que apareceu do nada, fugindo da sua amiga, disse o seu nome e ficou gravado na minha memória, pois eresunnombrelindo... assim comosuduena
E lá foi ela conhecer a casa de seu vizinho misterioso. Ou melhor dizendo, a casa de CarlosSabriel. Assim como no prédio de Dayane, teve de usar as escadas, já que também não tinha elevador. Ainda bem que ela já se acostumou com a prática. Chegando lá, ele cumpriu a sua promessa: deixou a porta aberta e ela preferiu ficar na entrada. O apartamento dele era um pouco menor do que o apartamento de sua amiga, tinha somente dois quartos. _Bien... agora que você já sabe onde moro, pode vir me visitar.
Os dois deram uma pausa para recuperar o fôlego. Se a intenção deSabrielera fazer Helena mudar de ideia e voltar para o apartamento dele, conseguiu: _Quieroestar contigo estanochepara poder sentiresesucuerpodesnudo cerca demí!(Eu quero estar contigo esta noite para poder sentir esse seu corpo nu perto de mim!)_ Sussurrou em seu ouvido em espanhol. E ela, é claro, adorou. A quanto tempo ela não sentia amada, desejada... e a chance de sentir tudo isso mais uma vez estava ali bem na sua frente, com um
Helena chegou ao apartamento de Dayane, pensando que explicação daria. Ao entrar, se deparou com ela cochilando no sofá. Ela até queria deixar a amiga dormir, mas precisava lhe dar alguma satisfação. _ OhmonDieuHelena, por onde esteve durante todo esse tempo? _ Eu fui dar uma voltinha... _ A gente estava preocupada com você, principalmente Sam. Ela acha que você está brava com ela. Enquanto isso na cozinha de Dayane, Helena preparava as caipirinhas e trocava mensagenscalientescomSabriel. "Holachica, conseguiu se acertar com sua amiga?" "Sim deu tudo certo obrigada" "Posso te ver amanhã?" "23 - Ressacadas
Após um banho gelado e um café quente e bem forte para amenizar a ressaca, Helena foi até a empresa francesa para mais uma reunião com os acionistas. Participou também de um treinamento com os funcionários. Já se sentia como parte da equipe. Também encontrou Pierre. Tentou conversar com ele de boa, mas este não quis nem lhe ouvir. Precisou ser firme. _ Olha, eu sinto muito por você e minha amiga não terem dado certo. Mas antes vocês do que o acordo com as duas empresas e perdemos os nossos empregos. Sabrielestendeu a mão para Helena, pedindo para que o acompanhasse até o outro quarto. Para ela ter aceitado, estava conseguindo ganhar a sua confiança. Quando entrou no outro quarto, deu de cara com uma linda e imponente cama de dossel. Pelo modelo, deve ter mais ou menos a idade do piano. Ela não tirava os olhos da cama. E ele não tirava os olhos dela. _ Fique à vontade para experimentar. _ É sério isso? Helena acordou em um quarto digno de um rei. A cama onde dormia era também de dossel, mas um modelo diferente. Estava com o corpo todo dolorido devido à queda na escada. _ Onde estou? _ Está em minha humilde residênciamonchéri! _ Disse alguém na porta do quarto, com um delicioso lanche francês sobre a bandeja nas mãos. Era o vizinho gay deSabriel, Thierry Beaumont. Ele é escritor, além de ser um renomado professor de literatura. Também era poliglota, por isso ele falava e entendia português. E estava para lançar o seu primeiro livro.Último capítulo25 - Quando tudo ia bem...
26 - Assumindo o Controle