Um berreiro trás outro, ele a balançava, a alimentava, mas nada estava bom.
Preocupado com a recusa da filha para com a mamadeira, outra vez se colocou a queimar neurônios.
Da última vez, havia tido o aperto no peito por ela, por sua pequena que não estava nada bem. Charlotte era sua vida, e se aquela garotinha ficasse doente, ele também ficaria.
De um lado para outro, com ela nos braços, o choro só aumentava. A colocou no berço e atravessou o quarto colando a testa na parede e tentando imaginar o quê poderia fazer.
Nem mesmo a pediatra estava conseguindo agradá-la com as diversas fórmulas de leite, então o quê ele poderia fazer?
Não havia resposta, até quê a porta da sala no hall de entrada se abriu.
- Alyssa. - Chamou Louise. - Ela não para de chorar.
Subiram de imediato ao segundo andar, já adentrando o quarto da bebê.
- Posso pegá-la? - Sua pergunta foi direta ao CEO, que não entendia o quê ela fazia ali.
- Não deveria estar no escritório?
- Sim, juntamente de meu chefe, mas ele ainda não está lá. - Respondeu ela ironicamente a ele.
- Não vai ajudar. - Ele respondeu, mas a pergunta anterior.
- Não vai saber se não me der ela. - Retrucou.
Ele olhou para a pequena, não havia nada que pudesse fazer pela filha.
- Está bem, pegue-a. - Esticou a bebê, e a deixou no colo de Alyssa.
Charlotte reclinou a cabeça em seu peito se agarrando a mulher, com o choro também diminuindo e conforme a secretária a balançava a bebê se acalmava cada vez mais.
- Ela está com fome?
- Antes, ela recebia o leite materno, mas o banco de leite esta em falta e agora mudaram para o formulado. Ela odeia, já não gostava da mamadeira e parece que piorou. - Louise explicava.
- Não há muito o quê possa fazer, mas se me deixarem, posso amamenta-la.
Tanto o CEO, quanto a irmã ficaram atônitos por um momento e depois Louise voltou-se para o irmão.
- O quê acha?
- Eu... - Christopher pensava, mas as palavras não se formavam bem.
No fim, assentiu e acompanhou Alyssa até o quarto da pequena.
- Pode me conseguir um travesseiro? - Perguntou a Louise.
- Claro. Já volto.
No quarto um silêncio se instalou, e o olhar fixo de Christopher em Alyssa lhe dava arrepios na espinha.
- Aqui. - Louise surgiu no quarto.
- Obrigada.
Depois de desabotoar parte da blusa social, abriu e feixe do sutiã e expôs o seio direito o levando para perto da boca de Charlotte.
Para a surpresa de todos, Charlotte não se comportou tímida ou curiosa. Agarrou o seio de Alyssa e sugou o leite como se a dias não comece.
Sorrindo para a bonequinha em seus braços, Alyssa se perguntou como seria se tivesse tido uma menininha, era claro que ela amava seu príncipe, mas ter uma filha para poder lhe trançar os cabelos, pintar as unhas ou dividir experiências seria divertido.
Olhou para Charlotte agarrada ao seu seio e sorriu ao ver o quanto a garota pareceu muito melhor depois da mamada.
- Ela comeu bem. - Disse Alyssa para Louise.
- Deu pra perceber, ela nunca mamou assim. Sempre fez pirraça pra tudo.
- Eu... - O CEO interrompeu a conversa entre as mulheres. - Te darei um cheque em branco, coloque a quantia que quiser..
- Credo Chris, não pode agradecer direito? - Disse a irmã beliscando as costas do maior, tentando fazê-lo fazer o certo.
- Não precisa. - Alyssa falou, não esperava nada do CEO.
Louise diante da falta de educação do irmão, o beliscou ainda mais forte o fazendo dar um passo para mais perto de Alyssa.
- Não. Minha irmã está certa. - Dizia nitidamente incomodado. - Não temos como agradecê-la o suficiente, mas... obrigado.
De repente tudo aquilo pareceu surreal. Christopher e suas palavras pareciam uma realidade paralela, Alyssa estava boquiaberta.
- Ann... - Alyssa se ajustou a cadeira. - De nada.
Continua...
Amamentada e dormindo, Alyssa deixou a pequena em seu berço, recolheu o seio e abotoou a blusa.Aproximou-se do CEO escorado no batente da porta do quarto e pegou em seu pulso o assustando com o repentino toque.— Não pense demais, pedi este bracelete as meninas, disseram quê é bem efetivo. Então peço que não tire até o fim do dia, está bem?— Para quê? — O homem olhou o bracelete aceso, cheio de informações.— Seu estado não é para se deixar de lado. Com este bracelete posso medir seus batimentos e sua pressão — Respondeu a secretária.— Não preciso, estou bem. — Disse ele enquanto arrancava o objeto.— Não, não está. — Alyssa o interrompeu. — Ficará com ele até o fim do dia, ou direi ao médico para interná-lo.— Está passando dos limites.— Tenho o apoio de sua irmã.— Não a coloque nisto.— Ela
— Estou aqui! — Louise gritou surgindo a porta do quarto.— Ela assina, é um pouco complicado pra mim segurando eles. — Alyssa entregou a desculpa, que passou pela médico sem questioná-la.Ela fez uma nota mental para se lembra de agradecer de joelhos a Louise, pois em todas as vezes em que achava estar perdida, era ela quem surgia para ajudá-la.Além do mais, nos últimos dias, elas haviam se aproximado tanto que Louise certas vezes deixava escapar "cunhada" ao chamar Alyssa. Não era engraçado se levasse em consideração ser esposa do CEO, mas Alyssa pensava no quão divertido teria sido ter uma irmã como Louise.Focando no que se passava ali, Alyssa sorriu em cumplicidade com Louise quando o médico por fim se retirou depois de deixar uma folha com prescrições e cuidados.— Uffa… — Louise deixou sair.— Desculpa, deve estar cansada da faculdade e ainda teve de sair correndo pra cá. — Alyss
- Estou aqui, já estavam começando sem mim? - Louise surgiu no quarto.- É claro que não, estávamos te aguardando.- Correção, você estava Alyssa, meu irmão comeria sem mim até mesmo se fosse meu bolo de aniversário. - Disse, logo depois mostrando a língua para o irmão e se sentando ao lado de Alyssa.Elas conversam em meio colheradas de comida, o CEO se mantinha incomunicável e Alyssa temia ser pelo ocorrido naquela tarde. Mas vendo de todos os pontos, não era nada demais e ela não ficaria remoendo um toque inofensivo.Alyssa atacou o pudim que Louise a trouxe e agradeceu a menor com um abraço. A garota estava feliz por uma pessoa tão carinhosa quanto Alyssa ter chego a sua vida, e queria saber se a presença contínua da secretaria poderia melhorar o comportamento do irmão.- Não concorda?- Claro. - Louise respondeu sem nem mesmo prestar a atenção ao quê Alyssa dizia.<
Três Meses Depois.Seria a primeira folga em um dia de semana e Alyssa se estranhava estando em casa em plena terça-feira.Olhou de esgueio para o berço de Bernardo e constatou que o filho dormia, havia arrumado a casa na noite anterior e agora se encontrava sem nada pra fazer. Alyssa não queria apenas maratonar qualquer coisa na Netflix ou ficar na cama o dia todo, queria que seu dia fosse diferente, mas antes que pudesse saber o quê significava exatamente aquela vontade "diferente", recebeu uma mensagem de Louise a arrancando da cama.Charlotte tem consulta com a pediatra, não conseguirei acompanhar meu irmão. Você pode ir no meu lugar?Sabe como ele é, fica nervoso com qualquer notícia.Loiuse.Depois de ler, Alyssa tomou Seu tempo e diante do nada em sua casa, assentiu para si mesma.Claro, não tem problema.Alyssa.
Era loucura e Alyssa esfregou os ouvidos, para saber se o ouvia bem.— Pode repetir por favor? Acho que não entendi.— É exatamente o quê ouviu. — Christopher confirmou. — Me diga apenas sim ou não.— Olha me desculpa, eu só estou tentando entender…— Gosta da minha filha, não é? Quer vê-la saudável tanto quanto eu, não quer?— Sim, mas…— Sem mas. — Disse ele a cortando. — Apenas sim ou não.Alyssa não entendia de onde ele tirava aquilo, mas pela crescente ansiedade na situação, a bêbe pode senti-la e começou a chorar.— Calma Charlie… — Alyssa balança a menor. — Não chora meu amor… — Falava ela, limpando as pequenas lágrimas da bebê com a fralda de boca.— E então?— Não é algo simples, não estou decidindo se levo um quilo de laranja pra casa ou não. É de um bebê que estamos falando.
Em frente ao parque aquático, eles desceram do carro com o CEO saindo mais a frente e Alyssa caminhando de forma retraída atrás.Aquilo o fez bufar, ela conseguia ser valente quando queria o obrigando a caminhar no ritmo dela, mas quando se tratavam dos passos dele Alyssa sempre se mantinha atrás.— Escute, não estamos indo a uma reunião, como mãe da minha filha você anda do meu lado. — Ele disse muito perto do ouvido de Alyssa.Ela estremeceu no lugar.— Não é Beni? A mamãe é uma chata de galocha. — O maior dizia em uma voz engraçada para o menor.Ela então apressou os passos, tentando se manter ao lado do CEO.Eles chegaram aos portões, sendo recebidos diretamente por Mônaco, o dono do parque.Pôde perceber a amizade entre Hemsworth e Mônaco, mas confirmou isso com as apresentações.— Quanto tempo? — O CEO abraçou o colega que lhe devo
— Por que não quer entrar Alyssa?A mulher simples congelou diante do tobogã.— Parece muito perigoso, é melhor eu olhar as crianças, você pode ir. — Ela arranjará uma desculpa para sair.— Subimos até aqui, vêm, vai ser divertido descer. — Christopher a pegou pela mão, levando-a a contragosto para o brinquedo.Ambos desceram em uma caída cheia de adrenalina, mas Alyssa fez questão de deixar claro com os gritos, o quão assustada estava.Por fim, se chocaram com a água da piscina e a partir do momento que seus corpo afundou, Alyssa se lembrou de que nunca aprendeu a nadar.Christopher subiu para a superfície, agitando os cabelos, para retirá-los dos olhos, mas ao perceber que a secretária não submergia, voltou a boca do tobogã, mergulhando fundo para pegá-la.Bolhas de ar escapavam da mulher que se debatia inútilmente na parte mais profunda da piscina. Ele nadou na
Sentindo as pálpebras pesadas, Alyssa lentamente abriu os olhos, era difícil focar a vista, mas pelas poucas informações visuais, ela soube estar na casa do Hemsworth.- Bom dia flor do dia! - Louise quase pulou sobre ela.- O quê... o quê aconteceu?- Pelo quê entendi você entrou em choque depois de pular em uma piscina, daí desmaiou e meu irmão a trouxe pra casa, para o médico da família cuidar de você. - Ela explicava enquanto andava de um lado a outro no quarto.Alyssa sentia a cabeça doer tentando foca-lá.- Então eu estou bem?- Algumas horas de repouso e o médico disse que ficaria bem.- Onde estão os bebês?- Tranquila, meu irmão está cuidando deles no quarto da Charlie. - Louise informou, e pouco depois um choro agudo irrompeu na casa. - Bom, acho quê não leva muito jeito com a Charlie, mas o Beni é um amorzinho.Alys