CAPÍTULO 53

Calcei as sapatilhas simples de balé. Em seguida, peguei o controle remoto do pequeno aparelho de som que eu sempre mantinha no canto da parede.

Avancei até a segunda música, escolhendo Nothing Else Matters, do Apocalyptica, e aumentei o volume para abafar o ruído do lado de fora, largando o controle e meu celular sobre a mesa.

A batida marcou um, dois, três, quatro e cinco, e sincronizei meus passos à medida que outros instrumentos se juntavam à melodia; subi na ponta dos dedos e dei uma pirueta.

Ergui os braços, dobrei os punhos e abri um pouco os dedos, curvando a cabeça e me movendo, deixando a música assumir o comando.

Isso. O familiar frio no estômago tomou conta, e eu girei e avancei, balancei e mergulhei ao redor do salão, sentindo a energia da música percorrer minhas veias.

Então sorri.

O que eu dançava não era nada clássico, e provavelmente nunca faria essa performance, mas era meu momento de diversão

Movi-me por todo o lugar, sentindo o suor refrescar a pele e o cabelo
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