[KILLIAN WHITE]Não sei quanto tempo fico ao lado da cama de Cecily.Tudo o que tenho certeza é que permaneço aqui, imóvel, observando, observando, muito depois de ela adormecer com lágrimas nos olhos.Estico o polegar e enxugo aquelas lágrimas, espalho-as nas minúsculas sardas e esmago-as entre os dedos.Agora que ela está dormindo, ela parece a personificação da inocência interior misturada com um relacionamento ruim com seu mundo sensorial.O pior relacionamento.Afasto seu cabelo branco de seu rosto. Pequeno, macio e com restos do meu esperma seco.A visão engrossa minha ereção, embalando-me, convidando-me a me masturbar em cima dela novamente, desta vez, eu marcaria seus seios e boceta.Risca isso. Desta vez, eu reivindicaria sua boceta. E eu a quebraria. Eu esticaria sua pequena boceta e a dividiria ao meio.Essas lágrimas se transformariam em um tsunami se eu conseguisse o que queria com ela. É por isso que não vou.Por enquanto.Sei que isso é errado. Eu nunca deveria me
O que diabos eu fiz?Tenho me feito essa pergunta desde que acordei esta manhã com uma dor de cabeça épica, uma dor entre as pernas e uma enorme marca de mordida no pescoço.Sem brincadeiras. É um vermelho tão grande e raivoso que nenhuma quantidade de maquiagem poderia apagá-lo. Então tive que usar um lenço para escondê-lo.Durante a aula, fico no piloto automático, distraída, incapaz de me concentrar por mais de dez minutos.Minha cabeça gira e desisto de uma de minhas palestras favoritas, comportamento humano, no meio do caminho. As palavras do professor sobem e descem na entonação, mas nenhuma delas passa pelos meus ouvidos.Afundando na cadeira, pego meu telefone e olho para o texto no topo.Meu dedo indicador esfrega a lateral do meu nariz uma, duas vezes, e então empurro meus óculos de armação preta para cima enquanto leio e releio o texto.Killian: Esteja nesse lugar depois da aula. Não se atrase.É o killian. Não preciso adivinhar, pois tem o nome dele. Não tinha o número d
Ele está segurando uma maldita faca no meu pescoço. Não foi para isso que me inscrevi, não houve menção a facas.— Kil... — Shh. — sua voz baixou, se aprofundou e está puxando uma parte secreta de mim. — Você não diz meu nome.Engulo, minha garganta trabalhando contra a lâmina de metal.Certo. Somos anônimos agora.Não é sobre nós como pessoas, mas mais sobre como nós dois somos ferramentas para o prazer.Nesse cenário, não preciso pensar em repercussões ou sentir vergonha por querer esse tipo de barbaridade.Esse conhecimento me enche de paz ilimitada.Deixo meu corpo relaxar e nem o peso congelante da faca me assusta.É um segundo no tempo, um segundo de silêncio, de compreensão mútua.Mas então ele está em mim.Seu peito musculoso empurra para dentro de mim por trás, firme e inflexível. Não preciso ver, mas sinto sua altura diminuindo meu corpo.Ele é alto e intimidador. Escuro e sedutor. Ele é toda fantasia fodida e muito mais.Estico minha cabeça um pouco para trás e todo o ar
Tento me mexer, me libertar, mas é impossível. Ele está me segurando com total facilidade enquanto estou me esforçando, ofegante e completamente sem saber o que fazer.Ele prende meus pulsos com um cotovelo e agarra a cintura, e então um longo som cortante enche meus ouvidos antes que o ar frio forme arrepios na minha pele.A faca. Ele cortou minha calcinha com sua faca.Uma sensação estranha queima através de mim.Minha língua sai, molhando meus lábios ressecados.A faca fria toca minhas costas e estremeço. Com minhas roupas caindo em farrapos, estou totalmente exposta a ele, seu toque insensível e sua faca impiedosa.Se não fizer algo, ele pode agir de acordo com quaisquer pensamentos assassinos que estejam em seu cérebro de sangue frio.A necessidade de lutar e correr pulsa através de mim e uso seu aperto solto em meus pulsos para fazer isso.Ele me solta, mas no momento em que estou rastejando para longe, algo rasga meu crânio.Um punho apertado agarra meu cabelo e me arrasta de
Babaca! — grito, batendo meus punhos nas costas dele. — Eu não sou um saco de batatas!Um forte tapa no meu traseiro é a sua única resposta.Ele me leva para a casa assombrada. O tempo todo eu luto, dando pontapés e socos, mas ele age como se uma borboleta o estivesse atacando.Como se ouvisse minhas frustrações, ele diz:— Querida, o vento pode fazer mais estragos do que o que você está fazendo.— Quer experimentar meus dentes de novo, imbecil? — ele ri, divertindo-se com minhas palavras.Ele me joga para trás, meu estômago afunda quando ele me coloca no chão, deitada de costas. E se ajoelha diante de mim, seus braços em cada lado da minha cabeça enquanto ele se apoia em mim.Acima dele, as estrelas estão brilhando, e a lua quase cheia lança um suave brilho branco pelos vários buracos no teto. — Que cavalheiro, deixando-me olhar para as estrelas enquanto você me mata. — falo, forçando as palavras através da minha garganta apertada.Eu realmente preciso aprender a ficar calada. Mas
No começo eu fico chocada, pensando que ele tenha me largado aqui no chão, pelada, usada. Mas logo ele retorna com nossas roupas em baixo do braço. Ele coloca as minhas em minha frente. — Vista-se. Reviro os olhos. Ele dá ordens até mesmo depois do sexo. Pego minhas roupas e as coloco. Na verdade, apenas meu vestido, já que minha calcinha ele cortou. Minhas bochechas esquentam ao lembrar. Lentamente, juntando forças depois de um orgasmo avassalador, eu me coloco em pé. Evito olhar em seus olhos. Não sei quais sentimentos estou sentindo agora. Mas ele parece perceber. Uma parte de mim está me incentivando a correr, me esconder, enterrar esse episódio no abismo torturado da minha alma onde residem todas as criaturas fodidas.— Cecily. — ele chama. Eu engulo. E reúno o que resta da minha coragem e me viro.Eu nem estou totalmente de frente para ele quando ele me agarra pelos ombros, seu dedos cavando na carne antes que ele me empurre contra a parede.Seu corpo de mármore pres
[KILLIAN WHITE]Quatro horas da manhã e ainda não dormi. Precisava purgar a energia que estava me dilacerando mais do que tudo. Sempre me considerei assertivo, eficiente e altamente não afetado, mas minha determinação e a própria medula do meu controle foram testadas nos últimos dias.Uma semana desde que toquei em Cecily. Uma semana desde que espalhei seu sangue por todo o meu pau e a fodi como uma prostituta experiente em vez de uma garota inocente. Planejei fazer isso apenas uma vez e depois seguir normalmente, como se nada tivesse acontecido. Não éramos amantes e nem gosto dela. Eu só transei com ela porque nós dois atendemos à depravação de fingir ser estranhos primitivos no escuro.Nada mais. Nada menos.Mas o fato é que não consegui.Ela parecia tão vulnerável e pequena, sua pele pálida servindo como isca perfeita para os predadores que espreitavam no escuro.Eu simplesmente não estava permitindo que outro predador além de mim a tocasse.Minha cortesia deveria ter parado n
[CECILY RUSSEL]Duas pequenas orelhas pontudas, bigodes de bebê e um nariz rosa são a definição da minha fraqueza. Seguro o pequeno gato listrado na minha mão e acaricio sua cabeça. Ele se esfrega contra a minha mão e uma sensação confusa desce até a medula dos meus ossos.Ele solta um gemido suave, um miado de afeto, e meu coração sangra.— Sinto muito por você ter perdido sua mãe, Tiger. Prometo cuidar de você até que comece a causar estragos por aqui.Eu o encontrei há alguns dias na beira da estrada em uma caixa com outros três gatinhos. A chuva torrencial e provavelmente a fome, mataram todos eles, exceto este pequeno lutador.Eu o escondi no meu bolso e o trouxe para o abrigo de animais onde Reina é voluntária. A Dra. Clare ficou surpresa que Tiger não conheceu o destino trágico de seus irmãos, mas eu tinha certeza de que o bebê sobreviveria.— Você é um lutador, não é? — falo com ele com voz de criança, tentando não chorar ao lembrar o que aconteceu com os outros gatinhos.Cho