A Universidade A era uma instituição renomada, conhecida nacional e internacionalmente, onde a supervisão dos dormitórios era limitada. Amanda começou a passar mais noites na casa de Amadeu, mas devido à presença de Tristão e ao fato de haver apenas um banheiro, suas visitas não eram tão frequentes.Numa noite de sábado, Tristão, mastigando uma maçã, encostado na porta do quarto de Amadeu, perguntou:- Amanda vai vir amanhã, no fim de semana?- O que você tem a ver com isso?- Se a Amanda vier, vou dormir no escritório de advocacia para deixar espaço para vocês. Comigo aqui, vocês não conseguem ter uma conversa mais íntima.Amadeu olhou para ele friamente.- Você finalmente percebeu que está atrapalhando, né?- Claro. Veja como sou bom para você, Amadeu. Vou sacrificar meu conforto para dormir naquela cama pequena do escritório por vocês. Quando vocês se casarem, você tem que me convidar para ser padrinho.A ideia de casamento surpreendeu Amadeu, que estava olhando para um gráfico de a
O jantar foi preparado por Amadeu na cozinha da sua nova casa. Amanda o deu um grande polegar para cima:- Amadeu, suas habilidades culinárias são realmente boas. Se meu paladar ficar exigente, não vou mais querer comer na cantina da escola.- Esta casa fica a apenas um quilômetro da escola, então você pode voltar para cá para almoçar.Amanda sorriu e disse:- Então você terá que vir me buscar na escola.- Se eu não for ao escritório de advocacia, irei buscar você, mas se eu for, você terá que se virar para o almoço.Amadeu a passou um pedaço de carne, que Amanda mordeu e sentiu um sabor doce. Na noite de sábado, Amadeu não a deixou ir embora. Quando Amadeu foi tomar banho, Amanda, nervosa, mandou uma mensagem para Lívia:"Hoje à noite, vou ficar na casa de Amadeu. O que devo fazer?"Lívia respondeu diretamente:"Amanda, força!"Amanda franziu os lábios. Ficou sob o mesmo teto e compartilhou a mesma cama com Amadeu tantas vezes, mas nenhuma delas foi tão tensa quanto aquela noite. Prov
Falando mal de Amanda pelas costas, Helena e uma colega de quarto se sentiram constrangidas e culpadas quando viram Amanda entrar.A colega de quarto se levantou apressadamente e disse:- Helena, lembrei que tenho um assunto pendente, vou indo, depois passo no nosso dormitório, tá?- Tá bom.Depois que a colega do dormitório ao lado saiu, Helena, sem qualquer sinal de arrependimento ou constrangimento, se levantou calmamente e foi até Amanda.- Por que você não fica brava? Eu te xinguei tanto e você parece nem se importar, o que significa isso?Amanda estava, ao mesmo tempo, irritada e achando graça.- Como eu deveria ficar brava? Deveria falar mal de você pelas costas ou exigir um pedido de desculpas?Helena franziu a testa, se sentindo como se tivesse derramado um galão inteiro de gasolina na água. Longe de provocar raiva, apenas parecia ridícula, tornando a situação hilariante.Vendo que Amanda simplesmente a ignorava e não a olhava, Helena ficou ainda mais furiosa, agarrando o braç
Durante a semana em que Amanda esteve hospitalizada, Amadeu cuidou dela incansavelmente, sem descanso. Ele se dividia entre o Distrito de Green City e o hospital, tão ocupado que mal tinha tempo de ir ao escritório de advocacia. Enquanto Amadeu ficava ao lado da cama de hospital, seu celular tocava incessantemente com chamadas de clientes. Incapaz de abandonar o trabalho e, ao mesmo tempo, de não cuidar da namorada, Amadeu acabou levando seu trabalho para o hospital.Amanda não estava em um quarto particular, mas em um quarto comum com duas camas. Na cama ao lado, havia uma mulher casada de trinta e poucos anos. Enquanto Amadeu trabalhava, a mulher na cama ao lado disse a Amanda, sorrindo:- Irmãzinha, seu namorado é tão bom. Ele trouxe o trabalho para o quarto do hospital e fica com você o dia todo. Eu invejo você.Amadeu, trabalhando a uma curta distância, parecia concentrado e sério, como se não ouvisse a conversa delas.Amanda respondeu:- Seu marido também vem ao hospital todos os
Depois de lavar o cabelo, Amadeu pegou uma toalha seca e a colocou sobre a pequena cabeça dela, esfregando seus cabelos úmidos como se estivesse cuidando de um cachorrinho. Amanda inflou suas bochechas, olhando para ele fixamente:- Você não pode ser um pouco mais gentil?Amadeu, de propósito, bagunçou o cabelo dela novamente e ambos começaram a rir.No meio da brincadeira, Amanda esqueceu a dor na perna, subiu em cima dele e começou a fazer bagunça. Quando ela conseguiu imobilizar Amadeu, o clima de brincadeira já havia mudado silenciosamente.Amadeu segurou seu delicado pescoço, puxando ela para perto do seu rosto. Ele se virou, prendendo ela sob seu corpo. O hálito quente a envolveu, a voz baixa e magnética do homem, como um violoncelo, soou agradável em seu ouvido, enquanto seus lábios roçavam sua orelha:- Manda, você está bem com isso?Era claramente uma pergunta, mas o tom dele não admitia recusa.Amanda sempre soube como recusar coisas e pessoas que não gostava, então quando re
Devido a um ferimento, Amanda acabou perdendo muitas aulas. Ainda que Luiz tenha emprestado suas anotações e tarefas desses dias para ela, a menina ainda teria que administrar todo o conteúdo, sem falar nas aulas de matemática, que para ela, eram uma verdadeira dor de cabeça. Normalmente, ela se distraía durante as aulas de matemática, e mesmo com uma boa capacidade intelectual, perder tantas aulas significava não conseguir acompanhar o ritmo.Ela se sentou, olhou para os problemas de matemática e coçou a cabeça em desespero. "Meu Deus, se isso continuar, eu vou reprovar no exame final de matemática." Ela definitivamente não queria fazer uma recuperação, o que seria embaraçoso e uma perda de tempo.Amadeu estava sentado ao lado, observando o mercado de ações, com um caderno cheio de cálculos de modelagem matemática, parecendo algo complexo e indecifrável. Ela se aproximou, olhou para ele, depois para as linhas coloridas dos gráficos de ações no monitor do seu notebook e perguntou:- Am
A tensão pairava no ar quando Amanda questionou a origem da blusa de lã que Helena usava. Helena, com um lampejo de pânico nos olhos, rapidamente respondeu com firmeza:- Por que você está perguntando isso? Por que eu deveria te contar?- Porque eu tenho uma blusa exatamente igual e, nos dias em que não estive no dormitório, ela desapareceu. – Amanda retrucou rapidamente. - O que você quer dizer com isso, Amanda? Você está me acusando de roubar suas coisas? - Ao ouvir a acusação de Amanda, Helena se exaltou, irritada e envergonhada.Amanda havia se queimado acidentalmente e saído às pressas, por isso, durante sua ausência de mais de dez dias, seu armário havia ficado destrancado. Antes de ir embora, tudo no armário estava arrumado, mas agora estava uma bagunça.- Eu queria resolver isso internamente, mas se você insiste em não se arrepender, então terei que chamar a polícia. - Amanda falou com a face serena.- Amanda! É só uma blusa, você precisa disso? Mesmo que eu a tenha usado,
Amanda estava no chão do quarto, organizando suas coisas na mala. Após Amadeu terminar de lavar a louça, ele entrou e se deparou com a lixeira repleta de frascos e diversos batons. Ele se sentou ao lado dela, pegou um frasco de hidratante, e analisou, visivelmente confuso. - Está vencido? – Ele perguntou. - Não venceu, só estou me livrando deles. - Amanda prontamente retirou o hidrante de suas mãos e o devolveu à lixeira. - Eles te irritaram? - Amadeu indagou com um sorriso leve.A expressão de Amanda se tornou séria, incomodada. Helena havia usado esses itens secretamente, incluindo os batons, e agora que estavam brigadas, Amanda queria se desfazer de tudo. - Amadeu, você acha que estou sendo muito mesquinha ao jogar essas coisas fora? – Ela perguntou. - Um pouco. – Amadeu respondeu tentando suavizar a situação, mas deixando claro a sua opinião. - Não é intencional. - Amanda fez um biquinho.- E agora, o que você vai usar? - Amadeu acariciou sua cabeça, sem repreender a amada.