Falando mal de Amanda pelas costas, Helena e uma colega de quarto se sentiram constrangidas e culpadas quando viram Amanda entrar.A colega de quarto se levantou apressadamente e disse:- Helena, lembrei que tenho um assunto pendente, vou indo, depois passo no nosso dormitório, tá?- Tá bom.Depois que a colega do dormitório ao lado saiu, Helena, sem qualquer sinal de arrependimento ou constrangimento, se levantou calmamente e foi até Amanda.- Por que você não fica brava? Eu te xinguei tanto e você parece nem se importar, o que significa isso?Amanda estava, ao mesmo tempo, irritada e achando graça.- Como eu deveria ficar brava? Deveria falar mal de você pelas costas ou exigir um pedido de desculpas?Helena franziu a testa, se sentindo como se tivesse derramado um galão inteiro de gasolina na água. Longe de provocar raiva, apenas parecia ridícula, tornando a situação hilariante.Vendo que Amanda simplesmente a ignorava e não a olhava, Helena ficou ainda mais furiosa, agarrando o braç
Durante a semana em que Amanda esteve hospitalizada, Amadeu cuidou dela incansavelmente, sem descanso. Ele se dividia entre o Distrito de Green City e o hospital, tão ocupado que mal tinha tempo de ir ao escritório de advocacia. Enquanto Amadeu ficava ao lado da cama de hospital, seu celular tocava incessantemente com chamadas de clientes. Incapaz de abandonar o trabalho e, ao mesmo tempo, de não cuidar da namorada, Amadeu acabou levando seu trabalho para o hospital.Amanda não estava em um quarto particular, mas em um quarto comum com duas camas. Na cama ao lado, havia uma mulher casada de trinta e poucos anos. Enquanto Amadeu trabalhava, a mulher na cama ao lado disse a Amanda, sorrindo:- Irmãzinha, seu namorado é tão bom. Ele trouxe o trabalho para o quarto do hospital e fica com você o dia todo. Eu invejo você.Amadeu, trabalhando a uma curta distância, parecia concentrado e sério, como se não ouvisse a conversa delas.Amanda respondeu:- Seu marido também vem ao hospital todos os
Depois de lavar o cabelo, Amadeu pegou uma toalha seca e a colocou sobre a pequena cabeça dela, esfregando seus cabelos úmidos como se estivesse cuidando de um cachorrinho. Amanda inflou suas bochechas, olhando para ele fixamente:- Você não pode ser um pouco mais gentil?Amadeu, de propósito, bagunçou o cabelo dela novamente e ambos começaram a rir.No meio da brincadeira, Amanda esqueceu a dor na perna, subiu em cima dele e começou a fazer bagunça. Quando ela conseguiu imobilizar Amadeu, o clima de brincadeira já havia mudado silenciosamente.Amadeu segurou seu delicado pescoço, puxando ela para perto do seu rosto. Ele se virou, prendendo ela sob seu corpo. O hálito quente a envolveu, a voz baixa e magnética do homem, como um violoncelo, soou agradável em seu ouvido, enquanto seus lábios roçavam sua orelha:- Manda, você está bem com isso?Era claramente uma pergunta, mas o tom dele não admitia recusa.Amanda sempre soube como recusar coisas e pessoas que não gostava, então quando re
Devido a um ferimento, Amanda acabou perdendo muitas aulas. Ainda que Luiz tenha emprestado suas anotações e tarefas desses dias para ela, a menina ainda teria que administrar todo o conteúdo, sem falar nas aulas de matemática, que para ela, eram uma verdadeira dor de cabeça. Normalmente, ela se distraía durante as aulas de matemática, e mesmo com uma boa capacidade intelectual, perder tantas aulas significava não conseguir acompanhar o ritmo.Ela se sentou, olhou para os problemas de matemática e coçou a cabeça em desespero. "Meu Deus, se isso continuar, eu vou reprovar no exame final de matemática." Ela definitivamente não queria fazer uma recuperação, o que seria embaraçoso e uma perda de tempo.Amadeu estava sentado ao lado, observando o mercado de ações, com um caderno cheio de cálculos de modelagem matemática, parecendo algo complexo e indecifrável. Ela se aproximou, olhou para ele, depois para as linhas coloridas dos gráficos de ações no monitor do seu notebook e perguntou:- Am
A tensão pairava no ar quando Amanda questionou a origem da blusa de lã que Helena usava. Helena, com um lampejo de pânico nos olhos, rapidamente respondeu com firmeza:- Por que você está perguntando isso? Por que eu deveria te contar?- Porque eu tenho uma blusa exatamente igual e, nos dias em que não estive no dormitório, ela desapareceu. – Amanda retrucou rapidamente. - O que você quer dizer com isso, Amanda? Você está me acusando de roubar suas coisas? - Ao ouvir a acusação de Amanda, Helena se exaltou, irritada e envergonhada.Amanda havia se queimado acidentalmente e saído às pressas, por isso, durante sua ausência de mais de dez dias, seu armário havia ficado destrancado. Antes de ir embora, tudo no armário estava arrumado, mas agora estava uma bagunça.- Eu queria resolver isso internamente, mas se você insiste em não se arrepender, então terei que chamar a polícia. - Amanda falou com a face serena.- Amanda! É só uma blusa, você precisa disso? Mesmo que eu a tenha usado,
Amanda estava no chão do quarto, organizando suas coisas na mala. Após Amadeu terminar de lavar a louça, ele entrou e se deparou com a lixeira repleta de frascos e diversos batons. Ele se sentou ao lado dela, pegou um frasco de hidratante, e analisou, visivelmente confuso. - Está vencido? – Ele perguntou. - Não venceu, só estou me livrando deles. - Amanda prontamente retirou o hidrante de suas mãos e o devolveu à lixeira. - Eles te irritaram? - Amadeu indagou com um sorriso leve.A expressão de Amanda se tornou séria, incomodada. Helena havia usado esses itens secretamente, incluindo os batons, e agora que estavam brigadas, Amanda queria se desfazer de tudo. - Amadeu, você acha que estou sendo muito mesquinha ao jogar essas coisas fora? – Ela perguntou. - Um pouco. – Amadeu respondeu tentando suavizar a situação, mas deixando claro a sua opinião. - Não é intencional. - Amanda fez um biquinho.- E agora, o que você vai usar? - Amadeu acariciou sua cabeça, sem repreender a amada.
Amadeu pedalava sua bicicleta apressadamente para a escola, a fim de buscar Amanda após a aula. Ela, agachada ao lado do canteiro de flores perto do prédio escolar, já esperava há mais de vinte minutos.Quando Amadeu finalmente chegou de bicicleta, Amanda franziu os lábios em reprovação.- Por que demorou tanto? Estou te esperando há quase meia hora. – Ela disse. - Tive um contratempo no caminho. – Amadeu, com um braço só, a ergueu para sentar no quadro da bicicleta. Amanda, baixando a cabeça, notou no antebraço esquerdo de Amadeu, que segurava o guidão, uma tatuagem de uma pequena laranja.- Você fez uma tatuagem? - A menina tocou o desenho com sua mão delicada, virando o rosto para olhar para Amadeu. - Passei por lá e decidi fazer. - Ele falou casualmente, mas isso fez Amanda sorrir involuntariamente.- O contratempo foi isso? – Ela perguntou. - É. - Ele respondeu secamente.- É a laranja que eu desenhei. - Amanda sorriu docemente, com um ar de orgulho.- É. - A resposta dele con
Amanda caminhou até o púlpito e, com educação, disse ao professor:- Professor, poderia me dar dez minutos? Tenho algo a dizer.O professor, surpreso, achou interessante e, com um sorriso leve, fez um gesto para que ela prosseguisse.Amanda acessou o fórum da universidade, encontrou o post que a difamava e projetou na tela da sala.- Eu sei que vocês têm discutido esta foto recentemente. Esta foto e o post ofensivo se espalharam pelo fórum da universidade e por toda a internet. Alguns rumores maliciosos até enviaram esta foto para grandes grupos de diferentes departamentos da universidade para discussão. – Amanda disse, assim que pegou o microfone. Ela olhava desafiadoramente para a audiência de estudantes que estavam no anfiteatro. Houve um burburinho na sala.- Ela é a garota da foto?- Ela é a caloura envolvida naquele escândalo? Como ela tem coragem de aparecer na aula?Os comentários desagradáveis chegavam aos ouvidos de Amanda, mas ela não se importava.- De fato, a garota na fo