Jéssica deixou a área de isolamento na madrugada.Depois de sua saída, Marco, deitado na cama do hospital, não tinha vontade de dormir.Em sua mente, só havia o rosto ligeiramente astuto e belo da “pequena raposa”. Quando ela o olhava, seus olhos estavam cheios daquele olhar intenso, um sentimento tão sincero, algo que ninguém mais poderia dar a ele....Na tarde do dia seguinte, um grito surpreso e alegre ecoou repentinamente da área de isolamento.- Eu descobri! Finalmente sei qual é o anticorpo para o Vírus S! - Rogério correu até Marco, radiante. - Marco, eu posso te salvar! Eu posso te salvar!Em comparação com a excitação de Rogério, Marco, o paciente prestes a ser salvo, parecia muito mais calmo.Ele olhou firmemente para Rogério:- Nunca duvidei de você. Sempre acreditei que você poderia descobrir o anticorpo para o Vírus S.Rogério apertou os punhos, com um brilho ardente nos olhos. Se Marco não estivesse doente, ele com certeza lhe daria um abraço!...Após o tratamento, Marc
Jéssica estava finalmente aprendendo os passos da dança, quando de repente uma mão grande agarrou sua cintura e a puxou para dentro de seus braços.Ela franziu a testa e, ao virar o rosto, viu o rosto possessivo de Marco.- Não dance mais, venha comigo.Jéssica sorriu e disse:- Foi você quem me empurrou para dançar, querendo me ver passar vergonha. Agora que comecei a me interessar pela dança, você me puxa para ir embora, Marco, você está fazendo isso de propósito?Ele baixou a cabeça e sussurrou em seu ouvido de forma insinuante:- Se você quer dançar, pode dançar no meu quarto, lentamente, para eu assistir. Mas você não pode continuar dançando aqui, meus soldados estão quase sendo seduzidos por você.Jéssica sorriu constrangida e tocou seu nariz, perguntando se era tão sério assim.Marco segurou sua mão delicada e, aproveitando a multidão, saiu sorrateiramente.Eles caminhavam de mãos dadas sob a luz do luar, em direção ao dormitório.Entre os dedos entrelaçados, havia calor e tranq
Após Jéssica deixar a fronteira e retornar ao País Z, ela passou a morar sozinha na Mansão da Serra. Ela cuidava do jardim, regava as flores, se deitava na espreguiçadeira do jardim para tomar sol e bebia chá feito com folhas colhidas em seu próprio quintal. Eram dias muito agradáveis. Inicialmente, ela havia prometido a Marco que voaria para a fronteira oeste do País R todas as sextas-feiras, achando que seria muito frequente, mas quando finalmente teve um tempo livre, percebeu que de vez em quando sentia falta dele. Desde pequena, ela era muito solitária. Na verdade, o que as pessoas solitárias temiam nunca era a solidão, afinal, estavam acostumadas com ela. O que elas verdadeiramente temiam era que alguém entrasse em suas vidas, e quebrassem a sua tão segura solidão.Agora, ela não suportaria voltar à solidão.Na Mansão da Serra, ela não se desconectou completamente do mundo exterior, ela acompanhava ocasionalmente as notícias, e mantinha informada sobre os assuntos do País Z e
Fronteira ocidental.Numa tarde de início de verão, se ouvia o ocasional canto de cigarras. A desolada fronteira começava a mostrar sinais de vida vegetal. Os soldados marchavam em passos sincronizados em direção ao refeitório.Era uma sexta-feira, e à noite os soldados teriam folga. Rogério correu até lá e perguntou:- Marco, que tal darmos uma volta na cidade esta noite, depois do expediente?Marco olhou para ele e respondeu com um leve desprezo em sua voz:- O que eu teria de interessante para fazer com você?- A gente não poderia sair para beber e comer? Você só consegue se divertir ao lado de uma mulher?Marco estava sentado no parapeito, com as longas pernas apoiadas no corrimão, olhando fixamente para o pôr do sol e o céu ao longe.Ele respondeu friamente:- Estou esperando por uma mulher para jantar. Não tenho tempo para você.Rogério desdenhou dele internamente e perguntou:- Aquela Jéssica vai voar até aqui esta noite?- Sim, algum problema?- Receio que essa mulher esteja bri
Depois de jantar no bar, Marco dirigiu o carro de volta ao acampamento.A viagem era longa.Jéssica estava sentada no banco do passageiro, e perguntou:- Por que eu nunca ouvi falar da sua avó?Marco sorriu levemente e lhe lançou um olhar enigmático.- Antes, nosso relacionamento ainda não havia chegado ao ponto de pensarmos em casamento, não é?No sorriso dele havia uma pitada de brincadeira e provocação.Sob a luz tênue, o rosto de Jéssica aqueceu um pouco, e ela mordeu o lábio, dizendo:- Quem disse que eu vou me casar com você? Por enquanto, só concordei em namorar com você.Marco assentiu e disse:- Primeiro namoramos, depois nos casamos.O casamento era só uma questão de tempo.Jéssica apertou os lábios, mas preferiu ficar em silêncio.Ele tinham acabado de comer, e ela estava cansada depois de pilotar por horas naquela tarde. Ela se encostou no banco do passageiro, e sentiu seu corpo relaxar.Olhando pela janela, ela observou as montanhas e a linha costeira deslizando pela paisa
Depois de passar o final de semana com Marco, Jéssica retornou ao País Z.Mas, assim que chegou ao País Z, foi interceptada por duas pessoas conhecidas.- Leandro, Sérgio, o que vocês estão fazendo aqui?Os dois haviam viajado até o País Z justamente para encontrar ela, certamente era uma questão importante.Sérgio, com uma expressão sombria, olhou para Jéssica e disse friamente:- O seu namoro com Marco já chegou aos ouvidos do Sr. Nelson, e sua identidade também já foi descoberta por ele.Leandro, mais educado, falou calmamente:- Srta. Jéssica, por favor, venha conosco até a Cidade H.Jéssica arqueou as sobrancelhas. Ela estava na Mansão da Serra, ela não tinha medo em seu próprio território.- E se eu não quiser ir com vocês?Sérgio, impetuosamente, sacou uma arma da cintura e a ameaçou:- Então não nos culpe por sermos rudes!Leandro lançou um olhar repreensivo a Sérgio e, com um gesto, tentou conter a raiva dele, franzindo a testa.- Sérgio, o que você está fazendo? Por que você
Nelson franziu a testa, com o olhar frio e severo fixo em Jéssica.- Como assim, você acha que uma pessoa insignificante como você é mais importante do que o futuro dele? - A voz de Nelson carregava um tom desdém e zombaria.Jéssica permaneceu imperturbável, e encarou Nelson com calma, dizendo de forma serena:- Sr. Nelson, por que você me menospreza tanto? E se eu fizer parte do futuro do seu filho?- Que pensamento arrogante!Jéssica mordeu levemente os lábios vermelhos e sorriu, se esforçando para manter a calma.Ela ficava se lembrando que aquele homem era o pai biológico de Marco, talvez até um futuro membro de sua família.Ela suportou as zombarias de Nelson não porque não ousasse confrontar ele, mas simplesmente porque ele era o pai de Marco. Ela tinha que se segurar.Se fosse qualquer outra pessoa falando com ela daquela forma, aquele jardim já estaria aos pedaços.- Sr. Nelson, eu respeito você por ser o pai de Marco, mas discordo da maneira que você que está agindo.Ele estav
No quintal da Mansão Juana.Isaac saboreava seu chá, observando as flores vivas do jardim, quando o mordomo entrou para avisar algo.- Isaac, a Srta. Nadia chegou.Nadia usava um chapéu de veludo preto, cujo véu escondia seus belos olhos e parte do rosto.- Sr. Isaac.- Se sente, por favor.Ela se sentou numa cadeira de vime ao lado da mesa e disse:- Jéssica veio para a Cidade H.Isaac sorriu levemente.- Ela não só veio, mas também se encontrou com o Nelson. Eles quase chegaram às vias de fato.Ao ouvir isso, um brilho de satisfação surgiu nos olhos de Nadia. Mesmo que Marco preferisse Jéssica, certamente Nelson não gostava dela.- Sr. Isaac, nossa chance chegou?Ele se virou para ela e respondeu:- Não é nossa chance, é a sua chance.- O que o senhor quer dizer, Sr. Isaac?- Marco está na fronteira agora. Mesmo que ele tenha deixado pessoas vigiando a Cidade H, ele não está lá para controlar a situação. Se você aproveitar essa oportunidade e usar a influência do Nelson para eliminar