Jéssica estava prestes a abrir a boca para explicar algo quando, de repente, um som urgente de batidas na porta veio de fora.Marco, ainda com a raiva aflorada, foi perturbado pelo som das batidas e perdeu a paciência:- O que você quer!?Do lado de fora, veio a voz de um soldado:- Marco, Rogério disse que tem um assunto urgente para discutir com você.Marco lançou um olhar severo para a mulher sob ele, franzindo a testa."Rogério, é melhor que seja algo realmente importante!"Ele se virou agilmente, se levantando da cama, pegou um casaco ao lado e o vestiu casualmente. Com uma expressão séria, caminhou rapidamente em direção à porta.Jéssica apertou os punhos. Marco a tinha caluniado, e sua reação inicial não foi chutar ele da cama, mas sim tentar explicar a situação, com medo de ser mal interpretada.Depois de recuperar as memórias de Uxía, por alguma razão, sua maneira de lidar com Marco mudou.Antes de recuperar as memórias de Uxía, ela não era indiferente a Marco, mas seus sentim
Após terminar a ligação, Marco segurou o celular e ficou parado na porta do dormitório por um longo tempo. Depois de tomar coragem, Marco abriu a porta do dormitório e entrou com passos largos. Jéssica estava deitada na cama, dormindo.Ele caminhou silenciosamente até ela, se sentou ao lado da cama e a observou em silêncio. Justo quando ele ia afastar o cabelo que caía sobre o rosto dela, a mulher na cama acordou. Ela esfregou os olhos, parecendo confusa e adorável.- Já é tarde, você não vai dormir? - Perguntou Marco, escondendo o afeto que transparecia em seus olhos. - Eu não vou dormir, ainda tenho coisas para resolver.Quando ele estava prestes a se levantar e ir embora, a mulher na cama subitamente segurou sua mão.- Eu tenho algo para explicar para você.Marco se virou, afastou a mão dela e disse:- Não precisa explicar, se você quer ir, eu não vou te segurar. Daqui a pouco vou mandar alguém te levar embora.Jéssica ficou atônita por alguns segundos antes de finalmente despertar
Quando todas as tochas foram jogadas na caverna e o lugar começou a arder, eles ouviram o som agudo de morcegos saindo de dentro da caverna. Ao retornarem ao acampamento, um morcego ferido voou para fora do fogo em direção a eles. Marco, para proteger o soldado ao seu lado, acabou com um corte no braço feito pelo animal. O soldado ao lado usou um desinfetante biológico da sua mão e pulverizou várias vezes no morcego semimorto, que acabou morrendo de vez. Em seguida, acenderam um isqueiro e queimaram completamente o corpo do morcego. - Marco, seu braço está cortado, você precisa ir rapidamente ao departamento de emergência tratar seu ferimento! Marco olhou para o traço de sangue, com os olhos escuros e uma ruga na testa. …Quando Marco voltou ao acampamento, encontrou Jéssica na entrada, que estava indo ao encontro deles. - Vocês estão bem? Foram atacados pelos morcegos? O assistente ao lado, ansioso e preocupado, disse: - O braço de Marco foi cortado por um morcego, ele precis
Jéssica, observando o olhar terno de Marco, disse:- Eu pensava que não me importava tanto com você. Mas depois percebi que, neste mundo, as pessoas com quem tenho uma conexão são poucas. Cresci órfã, sem família. Tiago e Thomson são quase como minha família. Depois, Tiago se casou com Amélia, e ela também passou a ser quase como minha família. Os filhos deles são adoráveis. Eles até me chamam de tia. Então, as crianças também são minha família. Mas, somando todos, são apenas quatro pessoas. O irônico é que todos eles, Tiago, Amélia e Thomson, todos têm as suas próprias pessoas e coisas mais importantes para proteger, e eu não sou incluída nisso. Parece que, neste mundo, a pessoa que mais se importa comigo é você, Marco. Mesmo quando Uxía era uma agente infiltrada, você arriscou sua vida para salvá-la. Se eu não valorizar alguém como você, parece que não haverá mais ninguém no mundo que me ame. Eu não quero perder mais ninguém.Foi a primeira vez que ela foi tão sincera com ele.Marco
Jéssica deixou a área de isolamento na madrugada.Depois de sua saída, Marco, deitado na cama do hospital, não tinha vontade de dormir.Em sua mente, só havia o rosto ligeiramente astuto e belo da “pequena raposa”. Quando ela o olhava, seus olhos estavam cheios daquele olhar intenso, um sentimento tão sincero, algo que ninguém mais poderia dar a ele....Na tarde do dia seguinte, um grito surpreso e alegre ecoou repentinamente da área de isolamento.- Eu descobri! Finalmente sei qual é o anticorpo para o Vírus S! - Rogério correu até Marco, radiante. - Marco, eu posso te salvar! Eu posso te salvar!Em comparação com a excitação de Rogério, Marco, o paciente prestes a ser salvo, parecia muito mais calmo.Ele olhou firmemente para Rogério:- Nunca duvidei de você. Sempre acreditei que você poderia descobrir o anticorpo para o Vírus S.Rogério apertou os punhos, com um brilho ardente nos olhos. Se Marco não estivesse doente, ele com certeza lhe daria um abraço!...Após o tratamento, Marc
Jéssica estava finalmente aprendendo os passos da dança, quando de repente uma mão grande agarrou sua cintura e a puxou para dentro de seus braços.Ela franziu a testa e, ao virar o rosto, viu o rosto possessivo de Marco.- Não dance mais, venha comigo.Jéssica sorriu e disse:- Foi você quem me empurrou para dançar, querendo me ver passar vergonha. Agora que comecei a me interessar pela dança, você me puxa para ir embora, Marco, você está fazendo isso de propósito?Ele baixou a cabeça e sussurrou em seu ouvido de forma insinuante:- Se você quer dançar, pode dançar no meu quarto, lentamente, para eu assistir. Mas você não pode continuar dançando aqui, meus soldados estão quase sendo seduzidos por você.Jéssica sorriu constrangida e tocou seu nariz, perguntando se era tão sério assim.Marco segurou sua mão delicada e, aproveitando a multidão, saiu sorrateiramente.Eles caminhavam de mãos dadas sob a luz do luar, em direção ao dormitório.Entre os dedos entrelaçados, havia calor e tranq
Após Jéssica deixar a fronteira e retornar ao País Z, ela passou a morar sozinha na Mansão da Serra. Ela cuidava do jardim, regava as flores, se deitava na espreguiçadeira do jardim para tomar sol e bebia chá feito com folhas colhidas em seu próprio quintal. Eram dias muito agradáveis. Inicialmente, ela havia prometido a Marco que voaria para a fronteira oeste do País R todas as sextas-feiras, achando que seria muito frequente, mas quando finalmente teve um tempo livre, percebeu que de vez em quando sentia falta dele. Desde pequena, ela era muito solitária. Na verdade, o que as pessoas solitárias temiam nunca era a solidão, afinal, estavam acostumadas com ela. O que elas verdadeiramente temiam era que alguém entrasse em suas vidas, e quebrassem a sua tão segura solidão.Agora, ela não suportaria voltar à solidão.Na Mansão da Serra, ela não se desconectou completamente do mundo exterior, ela acompanhava ocasionalmente as notícias, e mantinha informada sobre os assuntos do País Z e
Fronteira ocidental.Numa tarde de início de verão, se ouvia o ocasional canto de cigarras. A desolada fronteira começava a mostrar sinais de vida vegetal. Os soldados marchavam em passos sincronizados em direção ao refeitório.Era uma sexta-feira, e à noite os soldados teriam folga. Rogério correu até lá e perguntou:- Marco, que tal darmos uma volta na cidade esta noite, depois do expediente?Marco olhou para ele e respondeu com um leve desprezo em sua voz:- O que eu teria de interessante para fazer com você?- A gente não poderia sair para beber e comer? Você só consegue se divertir ao lado de uma mulher?Marco estava sentado no parapeito, com as longas pernas apoiadas no corrimão, olhando fixamente para o pôr do sol e o céu ao longe.Ele respondeu friamente:- Estou esperando por uma mulher para jantar. Não tenho tempo para você.Rogério desdenhou dele internamente e perguntou:- Aquela Jéssica vai voar até aqui esta noite?- Sim, algum problema?- Receio que essa mulher esteja bri