De madrugada, Marco foi trabalhar no escritório. Quando viu o sofá, se lembrou de quase ter feito amor com Nádia ali durante o dia, e se sentiu muito desconfortável. No dia seguinte, ele pediria ao mordomo que substituísse o sofá caro por outro.De manhã, Jéssica se espreguiçou ao descer as escadas e, para sua surpresa, não viu Nádia na sala.- Onde está a Srta. Nádia? - Perguntou Marco, sentado à mesa do café, com uma leve elevação de sobrancelha.- Ora, você espera vê-la todas as manhãs? - Jéssica se sentou em frente a ele, mordiscando uma torrada. - A Srta. Nádia é seu tesouro, Marco. Você até cedeu seu quarto principal a ela. Por que eu saberia onde ela está?Marco explicou de maneira simples e direta:- Eu cedi o quarto principal a ela para não ter que me envolver muito.Jéssica acenou com a cabeça, claramente irônica:- E você a trouxe para casa também para não se envolver?Marco fez uma pausa e olhou para a mulher que o acusava casualmente, achando graça.- Eu não trouxe ela aq
Mansão da Árvore.Jéssica brincava com Riso no jardim.Wilma, com uma expressão preocupada, se aproximou.- Srta. Jéssica, enquanto eu arrumava o escritório do Marco, encontrei estas fotos na mesa dele. São assuntos privados do Marco, e eu, como empregada, não deveria me intrometer. Mas estas fotos foram claramente tiradas secretamente. Dada a posição especial do Marco na Organização Radiance, receio que alguém as esteja usando para ameaçá-lo.Wilma passou as fotos para Jéssica.Jéssica as pegou e, após olhar brevemente, viu que eram todas de momentos íntimos entre ela e Marco.Marco, líder da Organização Radiance, e ela, uma ex-agente da Organização Brilhante, estavam em posições fundamentalmente irreconciliáveis.- Wilma, entendi. Coloque as fotos de volta e não mencione nada ao Marco.- Certo.Jéssica se sentou na grama, acariciando a cabeça do Riso, e murmurou para si mesma:- Com identidades tão distintas como as nossas, por que seu pai insiste em me manter por perto? Será que ele
No escritório.Leandro abriu o cofre, passando para Jéssica uma delicada caixinha de ferro pintada com óleo.- Srta. Jéssica, antes de Marco partir para a fronteira oeste, ele suspeitou que durante sua ausência você descobriria o que aconteceu entre vocês há dez anos. Ele disse que não tinha o direito de esconder isso de você. Ele me instruiu a entregar esta caixa a você caso você descobrisse. Dentro devem estar alguns esclarecimentos.Jéssica pegou a caixinha, de tamanho médio, ficando momentaneamente atônita.- Por que não me lembro de nada do que vocês estão dizendo?Leandro explicou:- Marco uma vez me encarregou de investigar você. Descobri que, na época, você caiu no mar para salvar a vida dele e foi resgatada pela Organização Brilhante. Durante seu coma, a Organização Brilhante hipnotizou e apagou suas memórias relacionadas a ele.Jéssica franziu a testa.- Eu fui hipnotizada?Na Organização Brilhante, somente três pessoas possuíam aquele tipo de habilidade, Tiago, Thomson e Mar
No aeroporto da Cidade S, Tiago e Amélia buscaram Jéssica, e o clima dentro do carro estava tenso.Amélia, sentindo a atmosfera pesada, espiou Jéssica pelo retrovisor e perguntou cuidadosamente:- Jéssica, por que você veio de repente para a Cidade S?- O que, não está feliz em me ver?As palavras dela eram frias como gelo. Amélia engoliu em seco e, com relutância, respondeu:- Claro que não! Meu filho sentiu muita falta sua!Jéssica, seguindo o fluxo da conversa, disse provocativamente:- Se ele sentiu tanta falta da tia, então vou ficar um tempo na mansão de vocês, Amélia. Você se importa?- Não, mas o Tiago pode se importar!Jéssica arqueou uma sobrancelha.- Que objeção o Tiago poderia ter?Tiago, lançando um olhar para a esposa que fazia sinais frenéticos no banco do passageiro, falou:- Eu não vejo problema. Mas por que você veio para a Cidade S desta vez? Pelo que sei, seu acordo de cem dias com o Marco ainda não acabou. Como ele permitiu que você viesse?Ao ouvir isso, o rosto
Assim que Tiago saiu do escritório, ele se deparou com Amélia, que estava espiando na porta, com os ouvidos atentos ao que acontecia lá dentro.Tiago pegou a parte de trás do vestido da sua pequena esposa, como se pegasse um pintinho, e a levou escada abaixo.Amélia, curiosa, perguntou:- O que vocês estavam falando no escritório?- Nada importante.- Então por que a Jéssica ficou lá dentro? Parece que aconteceu algo grave.Tiago olhou para baixo, para o rosto adorável dela, e sussurrou em seu ouvido:- Talvez ela esteja pensando se deve ou não sequestrar o seu marido.Ao ouvir isso, Amélia imediatamente cruzou os braços.- Ela que tente! Se ela ousar te levar, eu lutarei contra ela!Tiago sorriu levemente, olhando para o rostinho arrogante dela.- E como você pretende lutar contra ela, esqueceu que a Jéssica tem uma arma?- Eu vou agarrar as pernas dela e não deixar ela ir!- Querida, você é realmente adorável.Amélia fez beicinho e abraçou a cintura de Tiago.- De qualquer forma, eu
Jéssica foi amarrada por dois soldados e levada para dentro do acampamento.No meio da noite, o alarme acordou todos no acampamento, e aqueles mais vigilantes até pensaram que tinham capturado algum espião inimigo.Quando Jéssica foi levada diretamente para o escritório de Marco, que estava vestido com roupas casuais. Seu rosto permanecia impassível ao olhar para a mulher que era trazida à sua frente, sem sentimento em seus olhos.Marco não disse muito, apenas falou para os dois soldados que traziam Jéssica:- Podem sair agora.Um dos soldados, olhando para Jéssica, sentiu que ela não era uma pessoa comum e, preocupado, advertiu:- Marco, essa mulher pode ser uma espiã, você precisa ter cuidado.Marco acenou levemente com a cabeça e respondeu calmamente:- Eu sei.Assim que os dois soldados se retiraram, Jéssica falou primeiro:- Me solte.Marco olhou para o rosto dela, e uma leve onda de emoção finalmente apareceu em seus olhos calmos, mas logo foi reprimida.- O que você está fazendo
Depois que Marco soltou as cordas das mãos de Jéssica, ela, de forma quase casual, ela sacudiu os pulsos, reclamando:- Seus homens amarraram isso bem apertado.Marco segurou seu pulso, examinando cuidadosamente, e franzindo a testa ao ver as marcas vermelhas na pele dela.Com os dedos calejados, ele acariciou delicadamente as marcas, demonstrando preocupação.- Vou pegar uma pomada.Quando Marco estava prestes a se virar para buscar o kit médico, Jéssica o segurou pelo braço:- Marco, me diga, você me ama?Ele hesitou por um momento, surpreso pela pergunta tão direta e repentina.No entanto, ele não hesitou em admitir, olhando fixamente nos olhos dela, e disse:- Claro que te amo.- Desde quando?- Dez anos atrás.- Mesmo depois de eu ter te deixado por dez anos, você ainda me ama?- Sim.Jéssica respirou fundo e perguntou:- A pistola prateada na caixa que Leandro me entregou, foi você quem deu?- Sim, foi um presente quando te ensinei a atirar há dez anos, mas você não a levou.- E
Ao amanhecer, Marco acordou e, ao ver a mulher que dormia em seus braços, não resistiu e roçou seu nariz com a mão.Ela pareceu sentir cócegas, franzindo levemente a testa e se aconchegando mais em seu abraço - um gesto inconsciente que suavizou ainda mais o olhar terno de Marco.Independentemente do futuro e das inúmeras dificuldades que pudessem enfrentar, ele não desistiria dela.Ele a esperou por dez anos; ele não admitiria abrir mão dela novamente.Ela vestia sua camisa branca, com três botões desabotoados, revelando um colo delicadamente sedutor. Marco, incapaz de resistir, se inclinou para deixar sua marca naquela clavícula tão atraente.Depois de deixar duas marcas profundas e vermelhas, ele se sentiu satisfeito....Jéssica ainda dormia quando Marco se levantou para se arrumar e foi até o posto médico.Entre todas as áreas do acampamento, o posto médico era o que tinha mais mulheres.Naquela manhã, a visita do Sr. Marco ao posto médico causou um alvoroço considerável.Afinal,