O maior cassino subterrâneo da Cidade H.- Jéssica, este cassino não é menor do que qualquer outro no mundo. Se você quer gastar dinheiro rapidamente, este é definitivamente o melhor lugar. - Disse Adriano Tavares, enquanto guiava Jéssica para dentro do cassino.Adriano era um discípulo que Jéssica havia aceitado há alguns anos no País R. Ele era jovem, bonito, inteligente e confiável, o que fazia dele o favorito de Jéssica.- Adriano, eu não trouxe dinheiro vivo. Posso pagar com cartões de crédito? - Perguntou Jéssica. Adriano arqueou as sobrancelhas.- Claro que pode. Mas, Jéssica, você saiu da Organização Brilhante há quase um ano e não fez nenhuma missão desde então. Se você realmente perder todo o dinheiro, não venha me pedir emprestado. Você sabe que sou pobre. - Disse Adriano. Jéssica levantou o queixo de Adriano com a mão.- Olha só a sua cara de mesquinho. Desde quando uma mestra precisa que seu discípulo pague por ela em um cassino? - Retrucou Jéssica, semicerrando o olhar.
Na primeira rodada, a aposta foi no montante de cinquenta milhões de reais.Jéssica apostou alto.Assim que os dados foram lançados, apareceu um cinco, um seis e um um, totalizando doze pontos, alto!- Adriano, doze pontos é alto ou baixo? - Perguntou Jéssica, confusa, tendo em vista que nunca havia jogado dados. Adriano, incrédulo, arregalou os olhos para os dados na mesa.- Jéssica, você é demais, ganhou! Doze pontos é alto! Ganhou logo de cara! Você é incrível! - Exclamou Adriano. O homem calvo e de meia-idade do outro lado da mesa de jogo, ao ver os pontos, bateu na própria cabeça, arrependido.- Eu deveria ter apostado menos dinheiro! - Disse o homem. Jéssica também bate na testa, nunca teve sorte desde pequena, como é que logo na primeira vez que vem ao cassino, ganha?- Continuemos. Não acredito! Hoje eu não vou para casa até perder todo o dinheiro do Marco! - Afirmou Jéssica. Adriano contraiu os lábios, pensando consigo mesmo."Quanto rancor ela tem contra o Marco."- Mas J
Marco, segurando um sobretudo preto, descia as escadas com passos largos, prestes a sair. Nadia encontrou Marco no térreo.- Marco, já é tão tarde, para onde você está indo? - Perguntou Nadia, confusa. - Vou resolver umas coisas. - Respondeu Marco, de forma evasiva. Marco deixou essas palavras para trás e saiu da mansão sem olhar para trás. Nadia, perspicaz, percebeu a evasão de Marco, pois àquela hora, Jéssica ainda não havia retornado. Ele certamente estava indo encontrar aquela mulher."Aquela mulher... O que ela tem de tão especial para o Marco se importar tanto com ela?"...No cassino.Jéssica e Adriano estavam apostando alto, atraindo muitos olhares e atenção. Entre os frequentadores do cassino, não eram poucos os assassinos interessados em jogadores generosos como Jéssica. Rapidamente, Jéssica e Adriano se tornaram alvos. Adriano, nervoso, puxou a manga de Jéssica.- Jéssica, estamos nos exibindo demais, chamamos a atenção. Aposto que muita gente quer nos roubar! Melhor irmo
Assim que Benjamim Meireles avistou Marco, um brilho passou por seus olhos.- Marco, por que você veio pessoalmente? - Questionou Benjamim. Ao se aproximar de Jéssica, Marco notou que ela estava vestida de forma simples, com apenas uma camisa listrada e um suéter, apesar da profunda noite de inverno da Cidade H. Assim que desceu do carro para ir ao cassino, ele sentiu o frio do inverno da cidade.Sem hesitar, Marco tirou seu sobretudo preto e o colocou sobre os ombros de Jéssica.Jéssica franziu ligeiramente a testa.- Eu não estou com frio. - Afirmou Jéssica. - Use o sobretudo. - Ordenou Marco. A ordem incontestável de Marco ecoou, e havia outras pessoas ao redor além deles dois. Jéssica, não querendo discutir com ele, acabou aceitando o gesto. Embora não sentisse frio ao sair do cassino, na mansão ventilada, começava a sentir.“Então, que seja.”Esse gesto de Marco surpreendeu Benjamim, que, um segundo antes, acreditava que Jéssica era uma ladra.“Desde quando Marco se tornou tão
Quando Marco saiu do cassino, Jéssica já estava dentro de um carro esportivo de edição limitada mundialmente com Adriano. Adriano estava prestes a ligar o carro, mas Marco se colocou na frente do veículo, bloqueando o caminho deles. A frente do carro quase atingiu as longas pernas de Marco, mas, por sorte, Adriano freou a tempo, evitando a colisão.Com metade do corpo para fora do carro, gritou para Marco, que estava parado diante do veículo. - Marco, você ficou louco? Eu ainda não terminei de viver! - Afirmou Jéssica. Na Cidade H, no território de Marco, atropelar ele com o carro certamente causaria muitos problemas para ela e Adriano. Marco, com passos largos, se aproximou, abriu a porta do carro e, segurando o pulso de Jéssica, a arrastou para fora do veículo. Assim, Jéssica gritou: - Marco, o que você pensa que está fazendo?- Já está tarde, o que você está fazendo com um homem estranho? Está planejando não voltar para casa esta noite? - Questionou Marco. Adriano, sentado no carr
Já passava da uma da madrugada.Jéssica, recostada no banco do passageiro, havia adormecido.Marco olhou para trás e a observou profundamente, estendendo mão para ajeitar o sobretudo preto que havia deslizado do corpo dela, o puxando para cima.Parecendo ter sido tocada, Jéssica se aconchegou mais no banco, abraçando o sobretudo e dormindo ainda mais profundamente.O carro seguia veloz pela estrada, e Marco retirou a mão e suspirou profundamente.Mesmo podendo observar ela, ele não conseguia sentir sua presença, como se algo estivesse constantemente provocando seu coração, causando uma sensação incômoda e irritante.Ele havia pensado em pedir a Rogério para restaurar as memórias dela, que foram seladas pela hipnose.Contudo, Marco, sempre orgulhoso, desejava reconquistar tudo o que havia perdido, inclusive um amor ilusório, por seus próprios meios.Mesmo nesta batalha do amor, ele nunca teve chances de vencer.Durante esses dez anos, ela não se lembrava dele, e seu coração pertencia ap
Quando Marco voltou à Mansão da Árvore, estava exausto. As antigas forças que há muito se ressentiam de suas políticas progressistas, buscavam qualquer desculpa para o derrubar da liderança da Organização Radiance. - Marco, você voltou! - Exclamou Nadia. Assim que ele direcionou seu olhar para ela, Nadia continuou: - Marco, o que você gostaria de almoçar hoje? Eu disse a Wilma que vou cozinhar pessoalmente.Marco levantou a mão para ajustar a gravata no pescoço, visivelmente irritado e com uma leve ruga na testa.- Qualquer coisa está bom para mim. - Respondeu Marco, indiferente. - Marco, eu não sei cozinhar “qualquer coisa”. - Disse Nadia, sorrindo docemente, mesmo após perceber que Marco estava de péssimo humor. - Onde está a Jéssica? - Perguntou Marco, aparentemente ignorando a piada e olhando rapidamente para a sala de estar.- A Srta. Jéssica saiu cedo com o namorado e não sei se voltará para o almoço. Se quiser, posso ligar para ela. - Respondeu Nadia. Marco franziu ainda mai
- Ai! - Murmurou Rogério. Rogério foi chutado diretamente para dentro do escritório por Jéssica.Ao se levantar, Rogério viu a cena caótica no sofá do escritório e soltou um palavrão de susto.Cobrindo os olhos com a mão, ele rapidamente se virou para sair pela porta, mas o homem pressionado no sofá explodiu em fúria.- Volte aqui agora! - Ordenou Marco, com a voz furiosa, rouca, profunda e cheia de desejo. Rogério não sabia se avançava ou recuava, hesitando por vários segundos, até Marco gritar novamente: - Você está surdo?Rogério rapidamente entrou no escritório, encontrando Nadia, quase totalmente nua e extremamente constrangida.Com a cabeça baixa, ele evitou olhar para Nadia, que agarrou um cobertor ao lado e se enrolou nele. Com os olhos vermelhos e a mão sobre a boca, saiu correndo do escritório.Ao chegar à porta do escritório, ela esbarrou em Jéssica, que a olhava com diversão. - Jéssica, você deve estar muito satisfeita agora! Mas eu te digo, não vou desistir de Marco! Mes