Jéssica retornou à Mansão da Árvore, encontrando Marco já sentado à mesa de jantar. Seu rosto atraente exibia uma sombra de melancolia, como se estivesse reprimindo emoções prestes a explodir a qualquer momento. Segurando algumas sacolas de compras, Jéssica planejava desviar da questão de ter chegado tarde, mas Marco não tinha a menor intenção de deixar isso passar.Marco lançou um olhar para o seu relógio de pulso.- São sete e quinze agora. O que eu te disse antes de você sair? - Questionou Marcos, com uma voz fria.Jéssica, ainda de pé perto da mesa com as sacolas em mãos, pensava em agradar ele de alguma forma, já que além de ter causado problemas lá fora e feito inimizade com a princesa, também não havia voltado a tempo. Porém, diante do tom ríspido de Marco, Jéssica, que compartilha uma personalidade similar à dele, preferindo elogios a repreensões, começou a se irritar.Sua atitude inicialmente culpada rapidamente deu lugar a uma confiança arrogante, e ela rebateu com o queixo e
Marco olhava para baixo, observando a pequena mulher em seus braços. Ela estava tentando fazer o nó da gravata há muito tempo, claramente ficando impaciente, com pequenas gotas de suor surgindo na ponta do nariz.Desde o dia em que a trouxera para a Mansão da Árvore, ela às vezes agia de maneira desajeitada, mas na maior parte do tempo, parecia mais uma astuta raposinha.Mesmo sendo Maia, a mais respeitada no país R, Jéssica ousava desafiar ela, até fazendo a princesa passar vergonha em público.Ela era realmente audaciosa, usando a curiosidade como desculpa para invadir seu escritório, mesmo ferida por armas ocultas, ainda tinha a audácia de se defender. Marco não entendia por que ainda não a tinha matado com um tiro.Talvez Marco a achasse divertida, fazia tempo que não aparecia uma presa tão interessante e ousada.Embora fosse apenas uma "pequena fera" que ele havia acolhido, seu temperamento não era menos intenso que o do seu mestre, até mesmo desafiando Marco, sem nenhum outro peq
Na manhã tranquila, Jéssica ainda estava em um sono profundo, enquanto Marco já havia se levantado e saído de casa.Quando Jéssica se levantou para tomar café da manhã e desceu, não encontrou Marco por perto. - Onde está Marco? Ele sumiu logo cedo. - Perguntou a Wilma, casualmente.- Hoje de manhã, vi Marco atender uma ligação e sair. Talvez tenha ido para uma reunião no Palácio do Presidente. - Respondeu Wilma.Jéssica franziu a testa ligeiramente."Marco é mesmo um louco pelo trabalho, não descansa nem nos fins de semana."Enquanto Jéssica tomava seu café da manhã à mesa, Wilma estava inquieta.- Srta. Uxía, na verdade, hoje é o aniversário de Marco. - Disse Wilma.Jéssica ficou surpresa.- Srta. Uxía, na verdade Marco não celebra seu aniversário. Mas desde que a Srta. Uxía chegou, essa casa, que antes era tão fria e silenciosa, parece mais animada, e já faz tempo que não comemoramos nada. Se a Srta. Uxía quiser preparar um bolo de aniversário para ele, com certeza ele ficará muito
Depois de esconder o bolo de aniversário, Jéssica saiu correndo da cozinha, animada, e viu Marco subindo as escadas para o escritório com uma expressão sombria no rosto. Jéssica não resistiu e se virou para Leandro.- O que houve com seu chefe? - Perguntou Jéssica.- Srta. Uxía, se não tiver nada importante hoje, por favor, tente não incomodar Marco. Ele não está de bom humor. - Respondeu Leandro, apertando os lábios. Jéssica torceu a boca, despreocupada.- Quando é que eu o irritei? Parece que estou sempre chateando ele. - Disse Jéssica.Ela até fez um bolo de aniversário com suas próprias mãos para agradar ele, tentando melhorar o relacionamento deles. Ela realmente estava se esforçando.- Então, o que exatamente está acontecendo com o Marco? - Perguntou Jéssica.- Srta. Uxía, isso é um segredo do Marco, e eu, como subordinado, não devo falar demais. Seria melhor você perguntar diretamente a ele. - Disse Leandro, sem saber como explicar.Depois que Leandro saiu, Jéssica não foi imed
A caixa de disjuntores geral da mansão foi desligada, e a casa ficou envolta em trevas. Marco estava prestes a se levantar para acender as luzes, quando de repente, uma fonte de luz fraca e calorosa surgiu na escuridão. Jéssica, segurando um bolo de aniversário decorado com velas, caminhou em direção a Marco enquanto cantava a canção de aniversário.- Feliz aniversário para você, feliz aniversário para você, feliz aniversário para você. - Cantarolava Jéssica.A bela e jovem voz feminina entrou nos ouvidos de Marco. Essas simples canções soavam como batidas de tambor, atingindo a parte mais macia do coração de Marco. Desde os dez anos, ele nunca mais celebrou seu aniversário. Após a morte de sua mãe, ninguém mais cantou para ele a canção de "Feliz Aniversário". Para Marco, seu aniversário era apenas um dia para lembrar da morte de sua mãe.Jéssica, segurando o bolo de aniversário, se aproximou de Marco. A luz das velas iluminava seu rosto delicado e bonito, e seus olhos brilhavam suavem
No dia seguinte ao seu aniversário, Marco precisava ir trabalhar fora da cidade.Marco disse que estava viajando a trabalho, mas Jéssica, que também é uma agente secreta e mercenária, sabia que ele estava indo para uma missão secreta. - Marco, para onde você está indo a trabalho? Quando você volta? - Perguntou Jéssica, propositalmente.- Se tudo correr bem, volto em uma semana. Se demorar, pode ser meio mês ou até um mês. - Disse Marco, sorrindo levemente e estendendo a mão para acariciar a cabeça de Jéssica. - Então não se esqueça de me ligar. - Disse Jéssica.Os olhos profundos de Marco não desviavam de Jéssica.- Uxía, durante este tempo não poderei entrar em contato com você, então fique em casa me esperando. - Disse Marco.Jéssica torceu o canto dos lábios.- E se eu sentir saudades? - Indagou Jéssica, fazendo um biquinho.Marco estendeu a mão, puxou a garota para perto e a abraçou forte, baixou a cabeça e beijou sua bochecha.- Então você terá que aguentar. Ou pode contar formi
Dungeon.O corpo de Jéssica estava suspenso no ar, seus braços estavam amarrados por cordas. Se a pessoa capturada hoje não fosse uma mercenária, mas sim uma garota comum e frágil, o mero ato de ser deixada pendurada já seria suficiente para esgotar suas forças, sem necessidade de outras formas de tortura.No calabouço de luz tênue, Isaac desceu as escadas com imponência, olhando para Jéssica suspensa no ar como se estivesse olhando para um cadáver. - Quem deu permissão para tratar Srta. Uxía assim? Srta. Uxía é minha convidada de honra. Se vocês a tratam desta forma e Marco descobrir, imaginem como ele lidará com vocês? - Disse Isaac, de forma cortês. As palavras hipócritas de Isaac soaram aos ouvidos de Jéssica, que apenas riu ironicamente.Seus olhos estavam vendados com um pano preto, mas ela ainda assim soltou uma risada fria.- É assim que o presidente me convida para um chá? Realmente, que falta de cortesia. - Disse Jéssica.- Soltem a Srta. Uxía. - Ordenou Isaac, acenando par
- Nunca imaginei que o presidente do país R fosse tão brutal e desumano, a ponto de recorrer ao ferro em brasa. Se eu sobreviver, por cada marca que vocês deixarem em mim, devolverei dez vezes mais. - Disse Jéssica, com desdém.Ao dizer isso, seu olhar direto e incisivo se fixou nas pessoas que a torturavam, como águas mortas, mas com uma ferocidade que penetrava os ossos, fazendo com que aqueles segurando as armas, embora fossem os carcereiros, ficassem intimidados pelo olhar de Jéssica.Por um momento, eles hesitaram com o ferro em brasa em mãos, sem coragem de se aproximar.- Vão ficar parados? Querem que eu use o ferro em vocês? - Gritou o secretário, impaciente.Com alguma hesitação, os carcereiros avançaram, e o secretário, pegando o ferro, o pressionou com força contra o peito de Jéssica.Um cheiro de queimado se espalhou pelo ar.Jéssica desmaiou de dor.Os carcereiros se aproximaram para examinar ela.- Senhor secretário, ela desmaiou. - Disse o carcereiro.- É sério que vou t