No palácio presidencial, podia se ouvir o som agudo da porcelana se quebrando em pedaços.O mordomo e os empregados, assustados, recuaram para fora da porta.- Princesa, por favor, se acalme! – O mordomo disse. Maia pegou um vaso caro e o jogou com força no chão.- Como posso me acalmar? Marco está com aquela mulher que veio de sei lá onde! E ele disse que vai se casar com ela! Eu sou a escolha perfeita para ser a esposa de Marco! O que aquela mulher tem que a faz merecer Marco? - Maia gritava e reclamava enquanto destruía, um por um, os objetos valiosos.Os empregados, com corações partidos, viam Maia perder o controle e destruir coisas que valiam bilhões de reais. “Que temperamento, a princesa realmente é caprichosa.”Enquanto o mordomo e os empregados não sabiam o que fazer, Isaac já havia voltado e, ouvindo o som de quebra-quebra no andar de cima, subiu os degraus com passos firmes.Ele olhou para o chão em desordem, franzindo a testa em desaprovação, e perguntou ao mordomo e aos
Marco continuava a ignorá-la.- Faz como quiser. – Ele respondeu de forma gélida. A resposta atingiu Jéssica como se tivesse sofrido um golpe de dez mil pontos de dano. “Então você está me ignorando de propósito, né? Então, esqueça o trabalho. Ela murmurou para si mesma. Jéssica observava o homem franzindo a testa, com um ar frio e sombrio. Ela mordeu os lábios e caminhou rapidamente até Marco, se sentando abruptamente em seu colo.Suas mãos também se agarraram firmemente ao pescoço de Marco.As sobrancelhas de Marco franziram ainda mais, olhando para ela friamente, com um brilho de irritação nos olhos.- Já não te disse que quando estou trabalhando, você não pode entrar no meu escritório? – Marco encarava os olhos da garota. - De qualquer forma, as regras do Marco são tantas, e não é só essa que eu não me lembro. Além do mais, quando você está trabalhando, Marco, e não presta atenção em mim, por que eu deveria cooperar com você? Quando eu te fiz uma pergunta, você também não me re
Após concluir suas tarefas, Jéssica saiu de uma cabine telefônica pública e, enquanto caminhava pela rua, percebeu que alguém a seguia na multidão. Ela suspeitava que fossem pessoas enviadas por Marco.Inicialmente, Jéssica planejava voltar diretamente para a Mansão da Árvore após terminar seus afazeres. No entanto, buscando cometer o crime perfeito sem deixar rastros, ela decidiu visitar o maior shopping de luxo da Cidade H.Após uma longa caminhada pelo shopping, Jéssica usou o cartão reserva da conta bancária que Marco havia dado a ela para comprar vários itens de luxo.Apesar de gastar muito dinheiro de Marco e ainda planejar trair sua confiança, Jéssica, que convivia diariamente com ele, começou a se sentir culpada e pecaminosa.Como uma forma de compensar Marco, ela decidiu usar o dinheiro dele para comprar um presente para ele.Em uma loja de roupas de luxo, Jéssica escolheu uma gravata que era perfeita para Marco.- Vou levar esta gravata. Por favor, embrulhe ela para mim. - Di
Jéssica retornou à Mansão da Árvore, encontrando Marco já sentado à mesa de jantar. Seu rosto atraente exibia uma sombra de melancolia, como se estivesse reprimindo emoções prestes a explodir a qualquer momento. Segurando algumas sacolas de compras, Jéssica planejava desviar da questão de ter chegado tarde, mas Marco não tinha a menor intenção de deixar isso passar.Marco lançou um olhar para o seu relógio de pulso.- São sete e quinze agora. O que eu te disse antes de você sair? - Questionou Marcos, com uma voz fria.Jéssica, ainda de pé perto da mesa com as sacolas em mãos, pensava em agradar ele de alguma forma, já que além de ter causado problemas lá fora e feito inimizade com a princesa, também não havia voltado a tempo. Porém, diante do tom ríspido de Marco, Jéssica, que compartilha uma personalidade similar à dele, preferindo elogios a repreensões, começou a se irritar.Sua atitude inicialmente culpada rapidamente deu lugar a uma confiança arrogante, e ela rebateu com o queixo e
Marco olhava para baixo, observando a pequena mulher em seus braços. Ela estava tentando fazer o nó da gravata há muito tempo, claramente ficando impaciente, com pequenas gotas de suor surgindo na ponta do nariz.Desde o dia em que a trouxera para a Mansão da Árvore, ela às vezes agia de maneira desajeitada, mas na maior parte do tempo, parecia mais uma astuta raposinha.Mesmo sendo Maia, a mais respeitada no país R, Jéssica ousava desafiar ela, até fazendo a princesa passar vergonha em público.Ela era realmente audaciosa, usando a curiosidade como desculpa para invadir seu escritório, mesmo ferida por armas ocultas, ainda tinha a audácia de se defender. Marco não entendia por que ainda não a tinha matado com um tiro.Talvez Marco a achasse divertida, fazia tempo que não aparecia uma presa tão interessante e ousada.Embora fosse apenas uma "pequena fera" que ele havia acolhido, seu temperamento não era menos intenso que o do seu mestre, até mesmo desafiando Marco, sem nenhum outro peq
Na manhã tranquila, Jéssica ainda estava em um sono profundo, enquanto Marco já havia se levantado e saído de casa.Quando Jéssica se levantou para tomar café da manhã e desceu, não encontrou Marco por perto. - Onde está Marco? Ele sumiu logo cedo. - Perguntou a Wilma, casualmente.- Hoje de manhã, vi Marco atender uma ligação e sair. Talvez tenha ido para uma reunião no Palácio do Presidente. - Respondeu Wilma.Jéssica franziu a testa ligeiramente."Marco é mesmo um louco pelo trabalho, não descansa nem nos fins de semana."Enquanto Jéssica tomava seu café da manhã à mesa, Wilma estava inquieta.- Srta. Uxía, na verdade, hoje é o aniversário de Marco. - Disse Wilma.Jéssica ficou surpresa.- Srta. Uxía, na verdade Marco não celebra seu aniversário. Mas desde que a Srta. Uxía chegou, essa casa, que antes era tão fria e silenciosa, parece mais animada, e já faz tempo que não comemoramos nada. Se a Srta. Uxía quiser preparar um bolo de aniversário para ele, com certeza ele ficará muito
Depois de esconder o bolo de aniversário, Jéssica saiu correndo da cozinha, animada, e viu Marco subindo as escadas para o escritório com uma expressão sombria no rosto. Jéssica não resistiu e se virou para Leandro.- O que houve com seu chefe? - Perguntou Jéssica.- Srta. Uxía, se não tiver nada importante hoje, por favor, tente não incomodar Marco. Ele não está de bom humor. - Respondeu Leandro, apertando os lábios. Jéssica torceu a boca, despreocupada.- Quando é que eu o irritei? Parece que estou sempre chateando ele. - Disse Jéssica.Ela até fez um bolo de aniversário com suas próprias mãos para agradar ele, tentando melhorar o relacionamento deles. Ela realmente estava se esforçando.- Então, o que exatamente está acontecendo com o Marco? - Perguntou Jéssica.- Srta. Uxía, isso é um segredo do Marco, e eu, como subordinado, não devo falar demais. Seria melhor você perguntar diretamente a ele. - Disse Leandro, sem saber como explicar.Depois que Leandro saiu, Jéssica não foi imed
A caixa de disjuntores geral da mansão foi desligada, e a casa ficou envolta em trevas. Marco estava prestes a se levantar para acender as luzes, quando de repente, uma fonte de luz fraca e calorosa surgiu na escuridão. Jéssica, segurando um bolo de aniversário decorado com velas, caminhou em direção a Marco enquanto cantava a canção de aniversário.- Feliz aniversário para você, feliz aniversário para você, feliz aniversário para você. - Cantarolava Jéssica.A bela e jovem voz feminina entrou nos ouvidos de Marco. Essas simples canções soavam como batidas de tambor, atingindo a parte mais macia do coração de Marco. Desde os dez anos, ele nunca mais celebrou seu aniversário. Após a morte de sua mãe, ninguém mais cantou para ele a canção de "Feliz Aniversário". Para Marco, seu aniversário era apenas um dia para lembrar da morte de sua mãe.Jéssica, segurando o bolo de aniversário, se aproximou de Marco. A luz das velas iluminava seu rosto delicado e bonito, e seus olhos brilhavam suavem