Marco, com sua estatura alta e imponente, passou diante de Jéssica e sentou ao lado dela no sofá. Mesmo em silêncio, sua presença impunha uma grande pressão sobre Jéssica. Apesar de ser uma agente qualificada, Jéssica raramente enfrentava missões de campo ou situações de emergência. Desconsiderando sua posição na Organização Brilhante, ela era apenas uma jovem que havia acabado de atingir a maioridade. Passar no teste do polígrafo sem uma forte resistência psicológica era quase impossível.Cautelosamente, Jéssica deslizou a mão para trás, mantendo um olhar atento em Marco, sentado no sofá a uma curta distância. Havia um ponto cego em sua visão, uma oportunidade sutil que ela explorava com precisão. Com destreza, ela retirou uma agulha do bolso e a cravou no dedo, resistindo à dor que se infiltrava. Ela se concentrava a cada movimento na sala, ela não podia dar o luxo de franzir a testa, qualquer alteração em sua expressão seria captada pelo polígrafo, cujo coração acelerado estava pres
Na majestosa Mansão da Árvore, Jéssica, postada respeitosamente ao lado de Leandro, absorvia seus ensinamentos:- Srta. Uxía, pode explorar à vontade esta casa, mas jamais entre no escritório de Marco. Se você entrar lá sem permissão, Marco não vai hesitar em jogá-la no rio para servir de alimento aos peixes. Além disso, há inúmeras armadilhas ocultas em seu escritório. Um toque acidental e você poderá se ferir levemente ou até perder a vida.Com as mãos cruzadas atrás das costas, Jéssica assentiu com a cabeça. - Marco já me alertou sobre isso. E ele mencionou que não posso ficar aqui sem fazer nada. Qual será o meu trabalho e minhas responsabilidades? - Ela perguntou. - Marco ordenou que você acompanhe o mordomo, Coutinho, para podar as flores, cuidar das plantas e das árvores no jardim. Se Coutinho precisar de ajuda, você está incumbida de ajudá-lo. –Leandro explicou.- Então, meu trabalho é basicamente ser assistente do Coutinho? – Jéssica indagou com a voz suave. - É mais ou men
Depois de morar na Mansão da Árvore por quase meio mês, Jéssica finalmente entendeu todos os mecanismos da mansão. Os dispositivos, aparentemente simples, eram na verdade extremamente perigosos. Qualquer um que entrasse na mansão sem conhecê-la, mesmo que fosse um agente treinado, dificilmente conseguiria sobreviver.Jéssica estava particularmente curiosa sobre o escritório de Marco. Marco havia proibido sua entrada no escritório, e havia muitos olhos vigilantes na mansão, então ela não teve chance de entrar lá secretamente. Marco saíra na noite anterior para uma reunião, e, segundo Leandro, era um encontro internacional. Embora Marco não tivesse especificado o tipo de reunião, Jéssica suspeitava que fosse uma conferência internacional. Quase vinte horas se passaram desde a noite anterior até às onze da manhã, e Marco ainda não havia retornado.Jéssica pensou otimista: "Será que ele não vai voltar? Talvez tenha acontecido algum conflito entre o líder da Organização Radiante e o preside
Isaac declarou com firmeza:- As palavras não podem ser proferidas de maneira tão simplista. A proteção que eu ofereço a Maia, assim como a dos guarda-costas, não pode ser comparada à proteção de um futuro marido. Vocês cresceram juntos desde pequenos, e embora eu possa ter mimado um pouco Maia, percebo que ela tem afeição por você. Ela chegou a me dizer que, além de você, ela não se casaria com mais ninguém. Seguindo as leis de nosso país, Maia já está na idade de se casar.Antes que Isaac terminasse, Marco interrompeu calmamente:- Senhor Presidente, parece que você se preocupa muito com a minha vida pessoal. Isaac ficou surpreso, sem entender o significado das palavras de Marco.- Eu já tenho uma namorada. - Marco falou com um leve sorriso. Isaac ficou atônito e disse:- Sr. Marco, considerando sua agenda lotada, como arranjou tempo para um relacionamento? Isso é algo que nunca ouvi você mencionar. Pelo que Isaac conhece de Marco, Marco é ambicioso, implacável nos negócios, ocup
Assim que Marco saiu da sala de reuniões, Leandro, que esperava do lado de fora, entregou um computador a ele e disse:- Marco, a Srta. Uxía acabou de ligar para você. Deseja retornar a ligação?Ao pegar o celular, Marco franziu ligeiramente a testa. Durante o tempo que passaram juntos, Uxía não costumava ligar para ele. Por que ela estaria ligando? Era uma situação bastante incomum.- Não precisa, vamos para casa. – Marco respondeu. Ele considerou que ela ligou do telefone residencial, o que significa que ela estaria em casa e qualquer questão seria melhor tratada pessoalmente do que por telefone. Seria mais direto e eficaz. - Tudo bem. – Leandro assentiu. …Nesse meio tempo, Jéssica, que não conseguiu falar com Marco, supôs que ele demoraria um pouco mais para voltar à Mansão da árvore. Já que era depois do horário de almoço e Coutinho e Wilma tinham ido descansar, só restavam alguns empregados na casa.Então, Jéssica facilmente evitou ser vista por eles, conseguindo abrir a porta
Os olhos de Marco, frios e ardentes, como uma fogueira na neve, denotavam que Jéssica, com sua pouca experiência, não conseguia decifrar seus pensamentos.Ela se perguntava se ele duvidava de suas intenções. Mas por que, então, ele a havia beijado daquela maneira?Marco levantou a mão e, circulando por trás dela, tocou repentinamente em um mecanismo escondido. Uma lâmina voou em direção à parede ao lado deles. Sentindo a lâmina passar, Marco percebeu a pequena mulher em seus braços tremer.Ele desviou o olhar para os cílios densos dela, que tremiam de medo, e com uma voz grave e baixa, advertiu:- Esta biblioteca está cheia de armadilhas, que podem tirar sua vida a qualquer momento. Se eu não tivesse chegado a tempo hoje, você poderia estar agora um corpo frio e sem vida.Jéssica pensou consigo mesma, com sarcasmo: "Se você não tivesse voltado, eu já teria organizado tudo aqui." No entanto, naquele momento, ela se esforçava para parecer um gato manso e obediente.- Nunca mais entrarei
No início da tarde, Jéssica repousava no sofá, desfrutando de uma soneca, enquanto Marco, desde que retornara, se mantinha ocupado no escritório no andar de cima, sem mais aparecer. Ao despertar de um longo cochilo, Jéssica se espreguiçou, se sentindo entediada. Subitamente, o som de um motor de carro ecoou no quintal. Olhando na direção do ruído, ela avistou um carro de luxo preto parando no local, de onde desceu uma jovem elegante em um vestido, aparentando ter uma idade próxima à dela, talvez um ou dois anos mais velha. A jovem, exalando arrogância, deixou para trás o motorista e o segurança, caminhando apressadamente em direção à mansão com seus saltos altos.Assim que entrou, a moça observou ao redor, franzindo suas delicadas sobrancelhas.- Quem é você? Nunca a vi nas visitas anteriores à casa do Marco. Você é a nova empregada? – A moça indagou a Jéssica. "Mas Marco disse que não gostava de interagir com mulheres. Por que contratou uma empregada tão jovem e bonita? Por mais bon
Os olhos de Maia revelavam uma mistura avassaladora de choque, raiva e tristeza.- Marco, como ela pode ser sua noiva? Por que você está dizendo isso? Essa mulher surgiu do nada. Eu nunca a vi antes. Como você pode ser tão precipitado em ficar com ela? – Maia desabafou, atônita. - Maia, eu gostei dela assim que a vi. - Marco olhou para a garota ao seu lado, retirou o braço e passou o braço ao redor dos ombros de Jéssica, falando friamente para Maia.Jéssica, perplexa, mal conseguia articular as palavras. Maia não conseguindo conter as lágrimas, olhou furiosamente para eles.- Marco, crescemos juntos. Como você pode gostar de outra pessoa tão rapidamente? Só eu posso ser sua noiva! E sou a única digna disso! Quem ela pensa que é? Como ela pode ser digna de você? Me diga? – Maia exclamou, avançando para agarrar Jéssica. - Maia, você está exagerando. - Marco segurou seu pulso firmemente.- Marco, como você pode me tratar assim? Eu gosto tanto de você. - Maia olhava fixamente para o home