Quando a zeladora chegou, Fernanda estava brigando com sua colega de quarto. Ela estava em um estado muito mais lamentável que sua oponente. Dos pés à cabeça, seu corpo estava coberto de espuma. A toalha que a envolvia não estava bem presa, correndo o risco de expor demais. Ambas as jovens tinham arranhões vermelhos em seus rostos, mas o pescoço de Fernanda exibia ferimentos mais evidentes.Com grande esforço, a zeladora e outra garota finalmente conseguiram separá-las. No entanto, Fernanda e sua colega de quarto continuavam se encarando, nenhuma disposta a ceder.A zeladora franziu a testa e repreendeu:- O que vocês estão fazendo? A escola não é lugar de brigas. Vocês podem ser punidas por isso, e em casos graves, podem até ser expulsas!A colega de quarto tentou se fazer de vítima:- Tia, eu fui injustiçada! Fernanda está abusando de mim! Ela começou! Olha para o tapa que ela me deu!A zeladora se virou para a outra garota e perguntou:- Você viu quem começou? Foi Fernanda?A garota
Dentro da limusine estendida da Lincoln, Jerônimo sentava-se ao lado dela no banco de trás. Ele estava tão perto que o aroma forte de sua masculinidade a envolvia completamente. Nesse momento, Fernanda se sentia segura. Jerônimo ergueu a mão, gentilmente examinando as marcas de arranhões em seu rosto e pescoço. Fernanda franziu a testa de dor e recuou, mas ele a puxou para seus braços. Jerônimo a abraçava firmemente e ordenou a Cerqueira: - Vá para o hospital. Fernanda, como um pequeno animal ferido, se encolhia nos braços dele, enterrando o rosto em seu peito, suas costas tremiam levemente e suas mãos seguravam firmemente o colarinho de sua camisa. "Ela está assustada? Será por causa do incidente na delegacia?"Mas a Fernanda, que Jerônimo conhecia, sempre foi audaciosa e impulsiva, e não se amedrontava tão facilmente. Os braços fortes e esguios de Jerônimo a envolviam, ele inclinou a cabeça e deu um beijo reconfortante na testa dela, chamando-a suavemente com a voz rouca: - F
Depois de ser acordada por Jerônimo, Fernanda se sentou na mesa de jantar no térreo e degustou o Mingau de camarão fresco que Cerqueira tinha comprado com tanto esforço de um lugar a dez quilômetros de distância. Ela estava plenamente satisfeita, e com humor revigorado.Cerqueira se aproximou e disse em um tom baixo:- Srta. Fernanda, foi muito difícil comprar essa refeição. Esperei em uma fila longa e dirigi como se estivesse em uma corrida de carros para trazer isso antes que esfriasse. Você realmente deve terminá-lo, senão Jerônimo não vai gostar.- Me peça.- O quê? - Cerqueira ficou confuso, com a boca aberta.Fernanda sorriu maliciosamente e levantou o canto dos lábios.- Me peça para terminar esta tigela.- Por favor, não me torture assim. Jerônimo vai me matar.- Já que você é tão leal, vou te poupar.Só então Cerqueira se sentiu aliviado.Após tomar seu banho, Jerônimo, vestido em roupas casuais confortáveis, desceu as escadas, e disse a Cerqueira:- Venha até o escritório.Ce
Fernanda foi carregada por Jerônimo de volta à mansão. Em um estado de inconsciente, ele a levou para um banho e, em seguida, a colocou delicadamente na cama grande, abraçando-a enquanto adormeciam. Sem pensar, ela se virou em seus braços, se recusando a encará-lo e se encolhendo como um bebê, excluindo-o de seu mundo. Os olhos escuros de Jerônimo se focaram na nuca alva dela, um calor crescente se formava em seu íntimo. Com firmeza, ele a virou para que ela ficasse de frente para ele. - O que você está evitando?- Não quero te ver.Os olhos de Fernanda estavam avermelhados enquanto ela o encarava.- Mas eu sou o seu homem.Um homem que há apenas um momento a havia subjugado.Não aguentando mais, Jerônimo suavemente tocou o canto de seus olhos avermelhados e úmidos com a ponta dos dedos, se inclinando para beijar a testa dela.- Venha aqui, deixa eu te abraçar.Ele parecia estar acalmando uma criança de três anos.Naquele momento, tudo que Fernanda queria era mordê-lo até a morte.M
Lucas segurava a mulher em seus braços com uma mão, seus olhos negros fixos nela. - Por que você voltou de repente?Ouvindo o tom inquisitivo em sua voz e notando sua testa ligeiramente franzida, Rita murmurou: - Você não está feliz que eu voltei para Cidade S? "Será que ele está em um encontro com outra?" Inconscientemente, Rita olhou ao redor e, de fato, viu uma mulher esbelta e elegante. - O que você está olhando?Lucas a segurou enquanto atravessava a rua, apenas agora tendo tempo de realmente olhá-la. "O clima de Curitiba é tão agradável assim? Ela parece ainda mais jovem, como se nem estivesse grávida, muito menos parecendo a mãe de dois filhos."Rita deu um leve tapa em seu ombro, sinalizando para ele colocá-la no chão. - As pessoas estão olhando, me coloque no chão.Depois de atravessar a rua, Lucas a colocou no chão. Ele passou a mão pelo vestido rosa-pálido que ela vestia, uma cor suave e saturada que ele nunca a vira usar antes. Ela estava com um suéter curto cor crem
Itália, Roma.Tiago estava enrolado há dias com o caso do divórcio de Xuxa. Desde que retornou à Itália, não teve qualquer contato com Amélia.Ao ligar o celular, ele tentou chamá-la, mas a chamada não foi completada. Seu número, parecia ter sido bloqueado pela moça.Com a testa franzida em desagrado, Tiago abriu um aplicativo de mensagens para falar com Amélia. Quando tentou enviar uma mensagem, a janela de chat informou que ela já não era mais amiga dele na plataforma...O semblante dele escureceu ainda mais.Tiago, aos 32 anos, nunca havia se sentido tão humilhado. Seu ânimo estava completamente abalado.Ele ligou para o hospital da Cidade S, perguntando sobre o estado de Amélia. Eles informaram que ela já havia se demitido e voltado para casa.Com poucos amigos em comum entre ele e Amélia, Tiago estava num dilema sobre quem contatar. Decidiu então ligar para Rita, para sondar se ela sabia algo sobre os recentes movimentos de Amélia.Talvez, nesse momento, a pessoa com quem Amélia m
Rita se aconchegou na cama, adormecida. Seu respirar era suave, seus cílios longos. Lucas a olhava com um olhar carinhoso, seus lábios se curvaram num sorriso suave. Ele deixou um beijo terno em sua testa. Cerca de meia hora depois, Rita acordou. O céu lá fora já estava escuro. Ela também estava com fome.Lucas perguntou:- Está com fome?- Sim, estou com vontade de comer peixe."Peixe? Tão simplória", pensou Lucas enquanto a ajudava a se levantar.- Vamos comer.Enquanto se vestia, Rita perguntou:- Este hotel de luxo tem peixe? Eu também queria comer alguns salgadinhos fritos...- O que a senhora quiser, o chef terá que preparar. Senão, ele será demitido.Rita cobriu o rosto e começou a rir, imaginando a expressão confusa do chef. Um chef de um hotel sete estrelas sendo forçado a fazer peixe e salgadinhos fritos era realmente humilhante....Ao entrar no elevador, Lucas subitamente caminhou atrás dela e colocou as mãos sobre seus olhos. Rita instintivamente colocou suas mãos sobre a
Quando o garçom trouxe o peixe fumegante e os petiscos fritos, o apetite de Rita aumentou significativamente.Ela pegou um pedaço da carne do peixe com os hashis e provou. O sabor era inesperadamente delicioso.Lucas a observava e perguntou:- Está gostoso?- Como esperado de um restaurante sete estrelas, este peixe é muito mais gostoso do que o dos restaurantes de beira de estrada!Lucas também provou um pedaço e achou bastante agradável.Rita continuou:- Mas é normal, os ingredientes deste restaurante de alta classe devem ser excelentes.Ela provou outro pedaço de peixe e realmente era suculento e delicioso, muito diferente dos restaurantes comuns.Quanto aos petiscos fritos, eram igualmente irresistíveis. Rita comeu bastante. Desde que engravidou, seu apetite não tinha sido ruim, mas ela nunca tinha comido tanto quanto naquele dia.- Eu gostaria de um pouco de arroz.Lucas disse ao garçom:- Traga uma tigela de arroz.- Você não vai comer? - Perguntou Rita.Ela sempre sentia que se