Mansão dos Souza.Depois de levar Amanda pessoalmente à creche, George estava cuidando com carinho das orquídeas preciosas que plantara em seu jardim.Leila se aproximou para anunciar:- George, a Srta. Marta está aqui.- Marta?- Sim.Marta atravessou o jardim e, ao ver George cuidando das orquídeas, cumprimentou-o com um sorriso:- Tio, tudo bem?George olhou para ela com um olhar afetuoso e perguntou:- Como você teve tempo de me visitar hoje?- Eu sei que o senhor sempre teve frio nas pernas, então pedi a um amigo que é especialista em medicina tradicional para preparar uma receita. É muito eficaz para tratar esse mal.- Sério? Muito obrigado. Nem Lucas tem esse cuidado.Marta entregou as ervas medicinais a Leila e continuou falando com George:- É meu dever respeitá-lo, e é normal que Lucas, sendo um homem ocupado, não se preocupe com essas pequenas coisas. Além disso, se ele ficasse falando sobre isso o tempo todo, o senhor provavelmente se cansaria dele.George, apoiando-se em
Quando George chegou à Mansão da Baía Rasa, Rita descia de seu escritório no andar de cima.- Pai, se você precisava de alguma coisa era só ter me ligado que eu ia até você. O que te fez vir até aqui pessoalmente?George entrou na casa, com um sorriso distraído, ele disse:- Rita, tem algo muito importante que eu preciso discutir com você.Rita lhe trouxe um copo de água quente.- Pai, beba aqui. O que é tão importante?George a encarou e perguntou:- Vou direto ao ponto. Por acaso você sabe que o tio de Lucas tem parentesco com você? As pálpebras de Rita tremeram, seu rosto empalideceu, suas mãos fecharam firmemente por cima das pernas, o silêncio foi inevitável. George suspirou e disse:- Pelo seu jeito, você já sabe. Lucas sabe disso?- Não tenho certeza, mas de qualquer forma eu ainda não decidi como contar a ele.- Então, o que você planeja fazer?Rita mordia o lábio com força.- Eu não sei,. Pai, me desculpe, eu realmente não sabia de nada disso...George levantou a mão e lentame
Rita nunca imaginara que, ela e Lucas, teriam esse tipo de relação. Olhando para ele, ela sorriu e disse:- Se eu não tivesse deixado o hospital naquele dia e já tivesse te conhecido, você acha que nosso resultado teria sido diferente?Lucas, indiferente à sua pergunta, franziu ligeiramente as sobrancelhas.Um resultado diferente? Ele não pensava assim.- Se tivéssemos nos conhecido naquele momento, talvez pudéssemos ter nos casado mais cedo, sem ter que esperar três anos. Quanto ao resultado, só poderia haver um, você se casando comigo, tornando-se Sra. Souza, tudo era apenas uma questão de tempo.Ele falava de maneira calma, firme, sem espaço para dúvidas. Sentada ao lado deles, Amanda cobria os olhos grandes e escuros com as pequenas mãos, reclamou com a voz infantil:- Papai não tem vergonha!Lucas e Rita pararam por um momento, trocando um sorriso inevitável. Lucas levantou Amanda do sofá e pegou a pequena mochila que estava jogada no chão.- Vá fazer sua lição de casa.Amanda agar
florestaNos últimos dias, Amanda sempre vinha à mansão em Baía Rasa depois da escola, e junto com Lucas e Rita, ela visitou parques de diversões, zoológico, jardim botânico e tudo mais o que queria. No terceiro dia, a tarde, George ligou e disse que o visto de Rita para o exterior já havia sido emitido e que ela poderia partir no dia seguinte.Rita, que já havia se preparado mentalmente, ainda assim estava insegura.Ela não esperava que o visto fosse liberado tão rápido.- Mas se eu for embora e o Lucas me procurar, o que devo fazer?- Não se preocupe com isso, vou distraí-lo depois do trabalho amanhã. Quando ele chegar em casa provavelmente você já estará no exterior. ...Depois de desligar o telefone, Rita ficou em frente a um mapa-múndi, olhando cuidadosamente os países e cidades.Ela procurou por muito tempo até encontrar Florença, uma cidade não muito grande nem muito pequena, localizada no centro da Itália.A diferença de horário entre a Itália e o Brasil é de cerca de sete
No caminho de volta para casa, Lucas, ao volante, disse:- Se você realmente gosta de observar as baleias por bastante tempo, da próxima vez nós vamos direto para uma praia em um motorhome.Rita sorriu e respondeu:- Sim.Se ela tivesse a chance de voltar a Cidade S, ela realmente gostaria de ir à praia com ele para esperar as baleias, ver o nascer e o pôr do sol.No entanto, ela não tinha certeza se ainda teria essa sorte....Ao chegar na Mansão da Baía Rasa, Rita estava bastante avoada. Lucas a abraçou por trás, beijou-lhe a testa e perguntou em voz baixa:- O que aconteceu? Você parece desanimada.- Nada, eu estava apenas pensando... Quando vamos à praia para ver as baleias?Lucas deu um sorriso leve e disse:- Espere até as férias, acredito que viram em alguns dias. Eu a levarei lá, podemos ficar na praia por três dias e três noites se quiser.- Não temos que visitar os parentes durante os feriados?- Temos muitos parentes, mas como George é o mais velho, todos em nossa família sã
- Rita, peço-te e te imploro: não entre em contato com Lucas de forma alguma, ok? Você conhece o caráter dele melhor do que ninguém. Mesmo que tenham laços de sangue, mesmo que sua identidade possa ser revelada, ele não desistirá de voltar com você. E se ele realmente decidir ficar contigo sem pensar nas consequências, você sabe quantos serão afetados?Os olhos de Rita se encheram de lágrimas. Elaela respirou fundo e disse:- Eu entendi, pai. Não vou entrar em contato com o Lucas.Rita entregou o celular que estava em seu bolso para George, simbolizando que não contataria com mais ninguém da Cidade S.George, pegando o telefone, aconselhou:- Ao chegar em Florença, seja cuidadosa. É um lugar desconhecido e, sendo você jovem, é bom manter-se em segurança. Se decidir procurar um emprego ou não, é contigo. Se precisar de dinheiro, ligue para minha assistente. Os contatos dela também estão na bolsa.O assistente atrás do velho falou:- Senhorita, se tiver qualquer problema, pode me ligar a
Lucas dirigiu a uma velocidadede 200 km/h de volta para a Mansão dos Souza. Era madrugada e um silêncio dominava a casa. Não havia sinal de Amanda e Mateus brincando. Apenas George estava sentado sozinho no sofá da sala, parecendo até estar esperando por ele.Lucas entrou em casa visivelmente furioso e sem sequer saudar George, imediatamente o questionou:- Onde você levou a Rita?George apertou firmemente sua bengala d olhou fixamente para Lucas com uma expressão de cansaço. Vendo o desespero de Lucas, seus olhos revelaram uma leve irritação.- Olhe para você agora! Rita está segura! Não há motivo para preocupações!- Ela estaria segura comigo! Você a leva embora sem dizer uma palavra e ficaagora ai em paz, tudo em silêncio. Já parou para pensar como ela se sente?- Lucas! Que atitude é essa? Sou seu pai! Você entra aqui assim, tão agressivo! Ainda estou vivo! Esta casa ainda é minha!Lucas respirou fundo, seus olhos ficaram frios como gelo. Ele pressionou as têmporas, tentando conter
No caminho de volta para casa, Lucas, talvez pela ansidade começou a sentir intensas dores estomacais, sua barriga tremia, as costas ficaram ensopadas de suor. Dentro do carro, com umas de suas mãos Lucas segurava o volante e com a outra, apertava o seu abdômen.Desde que começou a namorar Rita, sua gastrite nunca tinha atacado dessa forma..Em meio a essa situação, Lucas se lembrou da primeira vez que teve dor de estômago na frente dela. Rita, sem muito saber o que realmente estava acorrendo com ele, pegou um pedaço de babosa no canto do escritório, foi até a cozinha, trouxe um copo de água gelada e mandou ele tomar.Na época Lucas achou que essa atitude de Ritafoi muito cruel. Ele estava com dor e ainda assim ela o fez comer babosa crua com água gelada, dava vontade de estrangular ela.Mas quando ela disse que era um remédio caseiro para gastrite, ele acreditou sem questionar.Como ele poderia acreditar em um remédio sem base científica como esse? A única razão para engolir a babosa