O caminho de volta para Povoado de Águas Claras não era tão longo, mas também não era curto.A hora em que sairam do hospital de carro, o centro da cidade ainda estava um pouco congestionado.Quando chegaram ao viaduto, já eram mais de quatro horas da tarde.Amélia estava no banco do passageiro, entediada, mexendo no Twitter no seu celular.Tiago falava pouco. Amélia sempre foi uma tagarela, então enquanto mexia no celular, ela perguntava casualmente a ele:- Mestre, onde vivem seus parentes em Povoado de Águas Claras? Talvez eu os conheça.A cidadenão é grande, as pessoas da cidade, pelo menos de vista, eram conhecidas de Amélia.Quem diria, Tiago respondeu friamente:- Isso é da sua conta?..."Ele é tão mesquinho, não posso nem fazer uma pergunta." – pensava Amélia.O celular de Amélia começou a tocar, a chamada mostrava "mãe".Depois de atender a ligação, sua mãe perguntou do outro lado da linha:- Amélia, onde você está?- Acabamos de subir no viaduto, provavelmente vamos demorar
Tiago, preso no sofá por conta do abraço caloroso da senhora, levanta a sobrancelha e olha para Amélia.Ela olha ferozmente para Tiago, agita as mãozinhas e entra na cozinha.Quando Amélia e a mãe entram na cozinha, a mãe ainda continua a falar com ele:- Eurico, estou ocupada cozinhando agora e não posso cuidar de você, fique à vontade, não precisa ser formal!Tiago realmente se solta, seus olhos escuros dão uma boa olhada em volta da casa.A casa não é grande, provavelmente cerca de noventa metros quadrados, mas é muito aconchegante. O pôr do sol agora se espalha pelo pequeno salão, combinado com o som chisporroteante do cozimento vindo da cozinha. Esse conglomerados de som e imagem faz seu coração se sentir especialmente calmo e tranquilo.Dois quartos e uma sala. O quarto de Amélia é fácil de ser descoberto.. Tiago não pode resistir, se levanta e entra no quarto.O pequeno quarto de Amélia também é muito aconchegante.Uma cama de solteiro é coberta com um cobertor de tons quentes.
Durante o jantar no quarto do hospital, José apareceu de repente, fazendo Rita corar quando alimentava Lucas com um pedaço de carne vermelha.Mas Lucas permaneceu impassível, apenas colocando os hashis talheres de lado e dizendo: - Tio, o que o traz aqui? José olhou para os dois e sorriu: - Lucas, vim conversar uma coisa com vocêpreciso conversar com você. - O que foi, tio? - Você poderiaVamos dar uma volta comigo lá fora? Parecia que o tio queria conversar a sós.Lucas levantou da cama, e vestiu um casaco, e disse para Rita:.- Continue comendo. Rita assentiu, mas não esqueceu de alertar: - Volte logo, não deixe a comida esfriarsenão esfria e não fica gostoso. Lucas afagou oseus cabelos dela. - Certo. Lucas seguiu José para fora do quarto, indo para o jardim atrás do hospital. José continuava franzindo a testa, sem falarsem dizer nada.Lucas perguntou: - O que foi, tio? Fale logo. José parou e seus olhos revelavam uma grande luta interior. - Lucas, pensei muito sobre iss
No jantar na casa dos pais de Almeida, o pai Almeida e a mãe Almeida não tiravam os olhos de Tiago. Achavam o genro cada vez mais interessante!Até Amélia, que não os via há um mês, foi deixada de lado. Durante a refeição, os pais Almeidas só serviam Tiago.Amélia, a filha única, se sentia excluída.A Mamãe Almeida perguntou animada: - O que achou da comida, Purodá para comer? Tiago comia com elegância. O pai Almeida e a Mamãe Almeida ficaram ainda mais impressionados.- Está muito bom, adorei. A Mamãe Almeida, lisonjeada com o elogio, sorriu: - Coma mais um pouco, não seja tímido. Aqui, mais costelinhas. Vocês jovens precisam se alimentar bem para ter energia no trabalho. - Obrigado, tia. - Não precisa agradecer, somos uma família! Daqui pra frente também contaremos com você para cuidar da nossa menina. Amélia arregalou os olhos. - Mamãe Almeida! Parece que já me vendeu! A Mamãe Almeida riu e a repreendeu com o olhar: - Bobagem, coma, coma. Em certo momento, o pai Almeida p
Amélia foi lentamente com a MaMmãe Almeida para o outro quarto.A Mamãe AlmeidaMãe Almeida andava de um lado para o outro no quarto, parecendo querer dar uma lição em Amélia, mas sem saber por onde começar, de tão nervosa que estava.A Mamãe AlmeidaMãe Almeida apontou para Amélia:- Você! Fique de cara parana parede aí! Amélia obedientemente ficou de frente para a parede, mãos na cabeça em rendição, como se estivesse hasteadoa uma bandeira branca.- Mamãe AlmeidaMãe... Agora pouco eu e ele não estávamos... Não estávamos... A Mamãe AlmeidaMãe Almeida estreitou os olhos: - Não estavam o quê? O que vocês estavam fazendo? Amélia torceu as orelhinhas queimando de vergonha, resmungando: - Não estávamos fazendo nada... Nada... - Amélia, você está muitoficou atrevida, hein? Como O que eu te ensinei desde pequena? - Menina de família deve ser recatada, se respeitar, não se comportar mal. - Não se comportar mal, você tem boasua memória é boa! E como você explica o que eu vi agora pouco?
No quarto de hospital, à noite, Rita se aninhava em Lucas após as luzes se apagarem, inalando ode leve o aroma de tabaco dele. Com os braços ao redor do pescoço dele, ela sussurrou: - Não fume tanto daqui em diante, faz mal à saúde. Anteriormente, quando Jorge ficava estressado com os negócios, costumava fumar muito, tossiando o ano todo. Rita sempre fazia caldo de pera para ele beber. - Quando sairmos do hospital, vou fazer um caldo de pera para você e Amanda. Lucas a abraçava, murmurando secamente. um- HmSem emoção.Rita olhou para ele e disse: - Você está estranho desde que conversou com meu tioJorge mais cedo. Será que surgiu alguma crise nos Grupo Souza estava passando por uma crise?Mas desde o retorno deque Lucas voltara, a crise dos Grupo Souza já não havia se dissipado?Lucas cobriu os olhos dela com a mão. Rita piscou várias vezes, seus longos cílios fazendo cócegas na palma dele. Lucas beijou sua têmpora e disse roucamente: - Durma. - Boa noite. Rita levantou um
Marta ponderou por um momento, então ajudou Clara a enxugar as lágrimas e disse: - Hoje estamos aqui para resolver seu problema, não para falar dela. Ou seja, Você acha que sua dor tem a ver com Rita? Ao ouvir o nome de Rita, Clara cerrou os punhos, mordeundo o lábio, e seus os olhos se encheram cheios de ódio: - Meu irmão sempre me mimou, mas desde que Rita se casou com ele, todo mundo passou a favorecê-la. Até meu pai começou a defendê-la e quer dar metade de seusdos bens da família para essa mulherela. Marta, não estou entendo, o que Rita tem de tão especial que enfeitiçou meu irmão e até meu pai?!- O quê? Seu tio quer dar metade dose seus bens para Rita?Marta se surpreendeu.Clara tremia de raiva, soluçando: - Por que... Por que ela? Eu sou filha dele, Rita não é nada dele, por que de repente ela receberia metade dos bens do meu pai? Eu não me importo com o dinheiro... Mas fico chateada com a atitude dele! Marta achou tudo muito suspeito.No momento anterior, José pediura um
Após passar mais da metade do mêsde duas semanas no hospital, Lucas e Rita finalmente receberam alta.No dia da alta, José foi visitá-los nao hospital vê-los.Quando Lucas viu José, seu olhar escureceu por um momento, mas ele logo se controlou.José sabia que sua visita não era convenientenão deveria ter ido, mas sorriu e disse: - Da última vez que estive internado, Rita me visitou várias vezes. Já que vocês estão de alta, também vim ver como estão. Rita não desconfiava de nada, achando natural a gentileza de José com ela.Apenas sentia que ele era afetuoso como um tio desde o primeiro encontro.- Tio, mesmo com umcom sua saúde frágildebilitada, o senhor ainda se dadár ao trabalho de vir vim nos visitar ao hospital num dia tão frio nos ver... Muito obrigada. José vinha com mais frequência que George.Então a gratidão de Rita era normalnatural.Quando saíram, Francisco já esperava com o carro na porta do hospital. Lucas entrou comajudou Rita a entrar no carro e não fez menção de tamb